O
COMEÇO DO FIM
Muitos consideram o cinema
americano dos anos 70 (ou nova Hollywood se preferirem), como o melhor período do
cinema americano de todos os tempos. Isso graças a uma nova leva de jovens
cineastas que surgiram, e que decidirão injetar uma nova forma de se fazer
cinema, onde na maioria dos seus filmes, apresentavam uma realidade mais crua e
bem diferente que o cinema convencional apresentava durante os anos 60. Mas nem
tudo foram flores, porque ao mesmo tempo em que surgiam filmes originais e
desafiadores, já se fazia um bom tempo que não havia um filme que arrastasse milhões
de pessoas de todas as idades, sendo que isso acontecia normalmente, com filmes
de ação e aventura que atraia um grande publico.
Coube então, uma dupla de
jovens diretores cheios de imaginação (mais um jovem Richard Donner vindo do
sucesso A Profecia), para esse quadro mudar para sempre. Com seus filmes, se
criou o termo “blockbuster”, mais precisamente os arrasa quarteirões, que
fizeram multidões lotarem os cinemas e que isso se sente até hoje. Alguns (para
não dizer muitos) críticos acusam esses jovens diretores de ter matado um
cinema intelectual, para dar lugar a um cinema de entretenimento de altos e baixos, mas que
a meu ver, para o bem ou para o mal, foi uma forma do cinema continuar vivo até
hoje para o publico em geral que busca se entreter durante duas horas numa sala
escura de cinema.
Segue abaixo, os três filmes
essenciais que mudaram esse quadro do cinema norte americano naquele período.
TUBARÃO
Sinopse: Um terrível
ataque a banhistas é o sinal de que a praia da pequena cidade de Amity virou
refeitório de um gigantesco tubarão branco, que começa a se alimentar dos
turistas. Embora o prefeito queira esconder os fatos da mídia, o xerife local
(Roy Scheider) pede ajuda a um ictiologista (Richard Dreyfuss) e a um pescador
veterano (Robert Shaw) para caçar o animal. Mas a missão vai ser mais
complicada do que eles imaginavam.
Depois desse filme, o
cinema jamais foi o mesmo. Primeiro grande sucesso de Spielberg no cinema, que
inaugurou o termo “blockbuster” e primeiro filme da historia a chegar à cifra
de R$ 100 milhões somente nos EUA. Teve três seqüências e inúmeras imitações,
mas nenhuma claro capaz de repetir o êxito do original. Baseado em romance de
Peter Benchley, é uma aula de suspense moderno, com ótima trilha sonora de John
Willians (que o próprio Spielberg satirizou em 1941). É bem da verdade, que
muito do sucesso do filme, se deve a trilha sonora composta pelo mestre, já que
além de criar um clima de suspense, se torna também um sinal de alerta para
quando o tubarão está por perto. Se o famigerado TAM, TAM, TAM, TAM começa a
tocar, é porque o bicho vai atacar. Assistindo o filme atualmente, com suas
qualidades e tudo mais, é de se espantar o quanto foi complicado para a trama
ser filmada. Um dos principais problemas foi o próprio tubarão mecânico que
simplesmente não funcionava na hora que deveria funcionar. Com isso, as
filmagens ficaram atrasadas, os ânimos diminuíram cada vez mais, isso fora o
fato o atrito dos atores Robert Shaw, Richard Dreyfuss. Mas os produtores David
Brown e Richard D. Zanuck tinham fé naquele jovem diretor, mesmo tendo apenas
um filme no currículo (Encurralado), e com isso, as gravações prosseguiam, os
problemas foram diminuindo e o filme por fim foi finalizado, estreando e
entrando para historia do cinema. Difícil dizer qual é a minha cena preferida,
mas me arrisco a dizer que não foi com nenhuma cena com o tubarão em si, mas
uma seqüência fantástica, onde Quint (Robert Shaw) conta uma sombria historia,
dos seus dias como naufrago do navio USS Indianápolis, onde teve que passar
horrores em auto mar perante inúmeros tubarões famintos. É uma cena simples,
mas eficaz, onde realmente vemos as imagens, dentro de nossas mentes, que o
personagem de Robert Shaw conta. Anos mais tarde, Steven Spielberg diz que essa
foi uma de suas melhores cenas que ele filmou para o filme, e não é para menos.
Curiosidade: Na cena
do início do filme em que foi atacada por um tubarão, Susan Backlinie estava
presa a correntes e mergulhadores a puxavam para baixo para dar a exata
impressão de que um tubarão estava atacando.
STAR WARS: EPISÓDIO IV:
UMA NOVA ESPERANÇA
Sinopse:HÁ MUITO
TEMPO, NUMA GALÁXIA MUITO, MUITO DISTANTE...Os Cavaleiros Jedi foram
exterminados e o Império comanda a galáxia com punho de ferro. Um pequeno grupo
de Rebeldes ousou desafiar a potência roubando os planos secretos da mais
poderosa arma do Império, a Estrela da Morte. O servo de maior confiança do
Imperador, Darth Vader, precisa encontrar os planos e localizar o esconderijo
dos Rebeldes. Aprisionada, a líder dos Rebeldes, Princesa Leia, envia um pedido
de socorro que é interceptado por um simples fazendeiro, Luke Skywalker.
Seguindo seu destino, Luke aceita o desafio de resgatar a princesa e ajudar a
Rebelião a enfrentar o Império, contando com alguns aliados inesquecíveis como
o sábio Obi-Wan Kenobi, o presunçoso Han Solo, o fiel Chewbacca e os dróides
R2-D2 e C-3PO.
E lá se vão 35 anos
desde que no dia 25 de maio de 1977 que Star Wars (ou guerra nas estrelas para
os mais íntimos) estreou nas nossas terras, depois disso o mundo do
entretenimento jamais foi o mesmo. E pensar que infelizmente não tive o
privilegio de ver esses filmes no cinema pois eu era muito pequeno e o ultimo
da trilogia original que estreou no cinema foi em 83 (Retorno De jedi), tinha
apenas três anos. Fui assistir somente na telinha, e cada vez que o filme era
exibido era sempre com enorme empolgação de assistir.
Usando a idéia
simples, das antigas aventuras matines de ficção cientifica, George Lucas criou
um universo tão rico de personagens e detalhes que não coube somente em seis
filmes que formam as duas trilogias. A saga da família Skywalker e companhia
viraram séries, desenhos, livros, gibis, jogos e por ai foi e por conseqüência
acabou por influenciar os outros estúdios a
fazer outros filmes de ficção como foi no caso do retorno de Star Trek
nos cinemas em 79.
Mesmo que a nova
trilogia terminada em 2005 não chegue a perfeição da original, Star Wars jamais
perdeu o brilho e tão cedo jamais deixara de ser lembrada como o pai das super
produções atuais que sempre chegam no verão americano.
SUPERMAN: O FILME
sinopse:Jor-El
(Marlon Brando), um renomado cientista, prevê a destruição do seu planeta e
alerta o governo, que não lhe dá credito. Assim, decide salvar seu filho,
mandando-o para a Terra, onde terá superpoderes. Na Terra, ele usa o nome de
Clark Kent (Christopher Reeve) e já adulto e trabalhando como repórter em um
jornal, não demonstra ter superpoderes. Mas quando uma situação inesperada põe
em risco a vida de Lois Lane (Margot Kidder), uma colega de trabalho, ele
obrigado a se revelar para o público, ficando conhecido popularmente como Superman.
Descontente com o surgimento de um super-herói na cidade, Lex Luthor (Gene
Hackman), um gênio do mal, o obriga a se desdobrar para evitar a morte de
milhões de pessoas.
Filme que arrastou
multidões em todo o mundo na época. e não é pra menos. Foi na verdade a
primeira superprodução baseada numa HQ a ser levada a sério do começo ao fim,
isso graças a Richard Donner (A Profecia) que sempre via no projeto algo para
ser feito no modo verossimilhança. É difícil dizer qual a melhor parte, o
inicio em Kripton onde Marlon Brando da seu show de interpretação, a chegada do
seu filho a terra, a descoberta da fortaleza da solidão, o passeio de vôo do
casal e o ato final que termina num clímax angustiante e fantástico. Tanto
Christopher Reeve (Superman) como Margot Kidder (Lois Lane) ficaram marcados
para sempre com seus respectivos personagens e até hoje Christopher se tornou o
melhor interprete do ícone dos quadrinhos. Atenção para O ótimo desempenho de
Gene Hackman (no auge da carreira) interpretando o vilão Lex Luthor, da magistral trilha sonora de John Willians que da vida a cada cena do
filme e dos impressionantes efeitos visuais, que mesmo de 1978, convencem até
hoje e provou que um homem poderia voar.
Curiosidades: Para conseguir uma musculatura convincente para ser nas telas Superman, o ator Christopher Reeve fez um trabalho especial supervisionado por David Prowse, o ator que interpretou Darth Vader em Guerra nas Estrelas;- Para aparecer por apenas 10 minutos em Superman - O Filme, o ator Marlon Brando recebeu um cachê de US$ 4 milhões;- O cabelo de Clark Kent e de Superman são repartidos para lados diferentes.
4 comentários:
Eu também considero a "nova Hollywood" um dos melhores períodos do cinema americano. Incrível que muitos dos efeitos criados por esses longas permaneçam, de certa forma, atuais.
Grandes filmes, Tubarão, Star Wars - Episódio 6 e Superman.
A "nova Hollywood" é atualmente um dos períodos do cinema americano que é o mais estudado, para aqueles cinéfilos que buscam mais conhecimento. Agora, se o cinema americano dos anos 80 merece também uma analise, não sei se posso dizer o mesmo sobre o cinema dos anos 90, que de bom, podemos citar o cinema independente somente que estourou nesse período.
Não vou negar: considero o cinema dos anos 80 o melhor que já foi produzido pelos Estados Unidos.
Postar um comentário