Nos dias 15 e 16 de agosto, estarei participando do curso SERGIO LEONE - ERA UMA VEZ O SPAGHETTI WESTERN, criado pelo CENA UM e ministrado
pelo professor Rodrigo Carreiro. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui,
estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei desse cineasta, que deu
novo status para o gênero do Western e que se sente isso até hoje.
Meu Nome
É Ninguém
Sinopse:De autoria da
grande lenda do faroeste Sergio Leone, chega um bangue-bangue de arrepiar! O
jovem e ambicioso pistoleiro conhecido como "Ninguém", está de olho
em seu ídolo, o Rei do Gatilho, conhecido como Jack Beauregard que já pensa em
se aposentar. Decidido a evitar que seu herói deixe o cano do revólver esfriar,
ele lhe prepara uma emboscada com os piores bandidos do Oeste, apenas para
vê-lo em ação pela última vez, o que resulta em um desfecho memorável, que se
tornou um dos finais mais famosos em comédias de ação!
Por estarmos
acostumados ao humor negro de seus clássicos filmes, é de se espantar ver
Sergio Leone dirigir um filme com um tom pastelão e cartunesco como este. Felizmente, o criador do “estranho sem nome”, nos
proporciona ótimas risadas, levando agente para um lado mais divertido do velho
oeste. Aliás, o gênero de humor, misturado com esse gênero, seria algo que apareceria
muito nos anos 70, sendo que na maioria deles, seriam estrelados por Terence
Hill e “Meu Nome é Ninguém” está entre
os melhores estrelados por esse cômico ator.
Embora nos créditos,
a direção fica a cargo de Tonino Valerii, da para perceber que o filme ficou
bem dividido entre ele e Leone, e acredito que Valerii tenha aprendido ao
máximo, a maneira que Leone filmava determinadas cenas. Muito embora, acredito
que os primeiros dez minutos de projeção foi todo feito por Leone, pois tudo
que se vê ali é algo muito similar no que agente já viu em suas obras
anteriores como Era uma vez no Oeste. Logo de cara, somos apresentados ao
prólogo de um dos pistoleiros mais rápidos do mundo: Jack Beauregard (Henry
Fonda), o qual mata três homens ao som de um único disparo, embalado pela conhecida
e bela trilha sonora orquestrada por Ennio Morricone.
Quando somos
apresentados a “ninguém”(Terence Hill), o tom muda radicalmente, como se fosse
outro filme e sintetizando todo o lado bem humorado que o personagem nos
proporcionaria no decorrer da trama. É neste momento, que fica claro a presença
de Tonino Valerii na direção, e no decorrer do filme, tanto ele como Leone
faria rodízios no decorrer das cenas. Normalmente essa forma de criar um filme
não daria certa, mas pelo visto, a relação de trabalho de ambos os cineastas
deve ter sido ótima, pois o filme nos proporciona momentos muito engraçados e antológicos.
A seqüência em que o personagem de Fonda confronta 150 homens a cavalo, com a ajuda
(ou não) de “ninguém” é magistral e muito bem orquestrada.
Enfim, cheio de referências, sem apego aos
clichês e com uma direção impecável.
2 comentários:
Gosto da parceria de Leone com Eastwood. Ainda não vi este filme, mas só de ter Henry Fonda no elenco já me anima a procurá-lo. Interessante o filme ter comicidade. Gerlamente era John Ford que adicionava elementos cômicos a seus westerns.
Abraços!
Assisti esse filme recentemente, e me pegou desprevenido, pois nunca imaginava Leone num filme como esse com um tom de humor pastelão mas certeiro.
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