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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros


Sinopse: Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros explora a vida secreta de um dos maiores presidentes dos Estados Unidos em uma história não contada que definiu uma nação. Os cineastas visionários Tim Burton e Timur Bekmambetov (diretor de 'O Procurado') trazem uma voz fresca e visceral para o folclore do vampiro sedento de sangue, imaginando Lincoln como o maior caçador da história dos mortos-vivos.

Massacrado pela critica, e fracasso de publico nos EUA, esse filme possui uma premissa bem bolada, mas que acaba se perdendo entre muitos vícios vertiginosos que Hollywood ainda não desvencilhou. Dirigido por  Timur Bekmambetov (O Procurado) e produzido por Tim Burton, a trama me fez me lembrar umas pequenas historias clássicas da Marvel, onde colocava os personagens clássicos da casa de idéias, em situações alternativas e fora de suas realidades. No caso aqui, é interessante pensar, sobre o que acontecerias se: se um dos maiores lideres dos Estados Unidos, fosse um caçador de vampiros em busca de vingança, apartir do momento em que um vampiro matou a sua mãe quando ainda era jovem.
Até ai tudo bem, sendo que é até aceitável a bendita trama de vingança, com o direito até de um mestre  (Dominic Cooper), para ensinar o protagonista a lutar contra os sangue sugas. Mas o filme falha em uma das suas peças fundamentais, que é justamente o próprio protagonista. Por mais que se esforce, Benjamin Walker passa a todo o momento um Lincoln com cara de bobo, mesmo em situações que deveria se exigir mais seriedade vindo da parte dele. Com isso, sua interpretação se empalidece perante o resto do elenco, fazendo do coadjuvante mais medíocre uma presença muito mais interessante. Sua situação só melhora, quando a trama (forçadamente e sem se explicar muito como Lincoln entrou na política) pula no tempo, e sua caracterização fica idêntica com a imagem do presidente que todos nos conhecemos. Mas isso graças ao fato de uma maquiagem compensar isso, que surpreendentemente, lhe deixa com umas feições de um “Liam Neeson interpretando Lincoln”, que cá pra nos, teria sido uma escolha mais acertada.   
E como eu disse acima, o restante do elenco ajuda há melhorar um pouco a produção, onde Dominic Cooper, alias, tem um desempenho ótimo, principalmente numa seqüência angustiante, que revela a terrível origem de seu personagem. Nesta seqüência também, Rufus Sewell transmite palavras venenosa muito bem ditas, que tornam o seu vilão interessante, mas que infelizmente o roteiro (criado pelo próprio autor do livro que o filme se baseou), permite isso até certo ponto. Ainda que fosse bem filmado (as reconstituição de época é ótima) o filme acaba se perdendo em seqüência de ação em câmera lenta (e rápida), que não são muito diferentes do que já vimos em outros filmes como 300, e que recentemente, essa formula demonstrou grande desgaste na nova versão de O Vingador do Futuro. E quando achávamos que tudo poderia melhorar, a situação só piora quando chegamos ao ato final, com o desejo de querer que o filme termine de uma vez, pois o que acontece na tela, já não faz nenhum sentido e tão pouco nos preocupamos com os destinos dos personagens.
Em frente a todos esses defeitos, da até para se curtir o filme, desde que não se exija muito dele. Pois no final das contas, é uma produção que já sofrerá carregando por algum tempo, o exemplo de teimosia que os engravatados de Hollywood têm, de tanto insistirem em usar uma formula tão desgastada e acreditar que nos ainda iremos engolir.  


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