Sinopse: Abraham Lincoln:
Caçador de Vampiros explora a vida secreta de um dos maiores presidentes dos
Estados Unidos em uma história não contada que definiu uma nação. Os cineastas
visionários Tim Burton e Timur Bekmambetov (diretor de 'O Procurado') trazem
uma voz fresca e visceral para o folclore do vampiro sedento de sangue,
imaginando Lincoln como o maior caçador da história dos mortos-vivos.
Massacrado pela critica, e
fracasso de publico nos EUA, esse filme possui uma premissa bem bolada, mas que
acaba se perdendo entre muitos vícios vertiginosos que Hollywood ainda
não desvencilhou. Dirigido por Timur
Bekmambetov (O Procurado) e produzido por Tim Burton, a trama me fez me lembrar
umas pequenas historias clássicas da Marvel, onde colocava os personagens clássicos
da casa de idéias, em situações alternativas e fora de suas realidades. No caso
aqui, é interessante pensar, sobre o que acontecerias se: se um dos maiores
lideres dos Estados Unidos, fosse um caçador de vampiros em busca de vingança,
apartir do momento em que um vampiro matou a sua mãe quando ainda era jovem.
Até ai tudo bem, sendo que é
até aceitável a bendita trama de vingança, com o direito até de um mestre (Dominic Cooper), para ensinar o protagonista
a lutar contra os sangue sugas. Mas o filme falha em uma das suas peças
fundamentais, que é justamente o próprio protagonista. Por mais que se esforce,
Benjamin Walker passa a todo o momento um Lincoln com cara de bobo, mesmo em situações
que deveria se exigir mais seriedade vindo da parte dele. Com isso, sua interpretação se empalidece perante o resto do elenco, fazendo do coadjuvante mais medíocre uma presença
muito mais interessante. Sua situação só melhora, quando a trama (forçadamente
e sem se explicar muito como Lincoln entrou na política) pula no tempo, e sua
caracterização fica idêntica com a imagem do presidente que todos nos conhecemos. Mas
isso graças ao fato de uma maquiagem compensar isso, que surpreendentemente, lhe
deixa com umas feições de um “Liam Neeson interpretando Lincoln”, que cá pra
nos, teria sido uma escolha mais acertada.
E como eu disse acima, o
restante do elenco ajuda há melhorar um pouco a produção, onde Dominic Cooper, alias, tem um desempenho
ótimo, principalmente numa seqüência angustiante, que revela a terrível origem
de seu personagem. Nesta seqüência também, Rufus Sewell transmite
palavras venenosa muito bem ditas, que tornam o seu vilão interessante, mas que
infelizmente o roteiro (criado pelo próprio autor do livro que o filme se baseou),
permite isso até certo ponto. Ainda que fosse bem filmado (as reconstituição de
época é ótima) o filme acaba se perdendo em seqüência de ação em câmera lenta (e
rápida), que não são muito diferentes do que já vimos em outros filmes como 300, e
que recentemente, essa formula demonstrou grande desgaste na nova versão de O Vingador do
Futuro. E quando achávamos que tudo poderia melhorar, a situação só piora
quando chegamos ao ato final, com o desejo de querer que o filme termine de uma
vez, pois o que acontece na tela, já não faz nenhum sentido e tão pouco nos preocupamos
com os destinos dos personagens.
Em frente a todos esses defeitos,
da até para se curtir o filme, desde que não se exija muito dele. Pois no final
das contas, é uma produção que já sofrerá carregando por algum tempo, o exemplo
de teimosia que os engravatados de Hollywood têm, de tanto insistirem em usar uma
formula tão desgastada e acreditar que nos ainda iremos engolir.
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