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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: A PELE QUE HABITO

UM NOVO ALMODOVAR, QUE É O MESMO ALMODOVAR!
Sinopse: Antonio Banderas é o protagonista da nova produção assinada pelo renomado cineasta espanhol Pedro Almodóvar. Em A Pele que Habito Banderas interpreta Robert um obcecado cirurgião plástico que após a morte de sua esposa num acidente concentra todas as suas energias e conhecimento na criação de uma pele com a qual ela poderia ter sobrevivido. Após 12 anos de estudos ele consegue criar em seu laboratório um tecido sensível ao toque mas resistente a qualquer tipo de agressão. Porém para chegar num resultado perfeito seria necessária uma cobaia humana além de um cúmplice e uma grande dose da falta de escrúpulos por parte de Robert. A cúmplice é Marília a mulher que o criou desde o dia em que nasceu. Já a cobaia uma jovem desaparecida para sua família não o fará de forma voluntária

Quando começa o filme, a sensação que se da, é que não estamos vendo um filme de Almodóvar, e devido a isso, alguns críticos e fãs do diretor começaram a tachá-lo, dizendo que ele mudou na sua forma de criar filmes, deixando então, sua visão própria. O que foi na verdade muita precipitação desses que disseram isso, pois o filme segue com todas as características que o diretor sempre explorou como identidade sexual, sexo, humor negro e universo da mulher, embalado com uma historia inusitada, mas muito bem dirigida.
É bem da verdade, o filme não é uma idéia original do diretor, sendo que a trama é inspirada no romance Mygale, de Thierry Jonquet, além de lembrar bastante o clássico Francês Os Olhos sem Rosto e do muito citado Frankenstein, mas verdade seja dita, como na vida tudo se copia, às vezes da copia, pode se tirar algo muito melhor, renovado (e porque não) inédito. Se a trama por vezes soa familiar, Almodóvar imediatamente quebra essa sensação, ao inserir um estuprador vestido de tigre de uma forma bizarra, além de (finalmente) explicar o que realmente é aquele universo novo do diretor, através de sonhos (ou flashback) que faz a trama ficar muito bem amarrada, embora agente não consiga manter o queixo no lugar, após tenebrosas e ao mesmo tempo fascinantes revelações.
Depois de vários anos, Antonio Bandeiras finalmente volta a trabalhar com o diretor, ao interpretar uma espécie de cientista maluco contemporâneo, que embora tenha seus motivos, jamais justifica o que ele fez, o que o torna mais fascinante. Mas é Elena Anaya a grande revelação da produção, onde com o seu ótimo desempenho, tem um feliz casamento com aquele universo que o diretor criou do inicio ao fim, se tornando a grande alma da historia.
Com uma fotografia vibrante, que remete as suas outras produções, A Pele que Habito pode até ter dado um novo sopro, que fez mudar por alguns momentos a direção do barco de Almodóvar, mas foi somente para dar um atalho, para o diretor continuar com as suas idéias, mas seguir novos horizontes.

Leia também: Os Olhos Sem Rosto.


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