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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: MOSTRA DE CINEMA VENEZUELANO: ZAMORA

Sinopse: Venezuela. Na segunda metade do século XIX, a polarização entre Liberais e Conservadores marcava o momento político. As desigualdades sociais herdadas ainda na Colônia mantinham os campesinos e os escravos sob o poder da oligarquia. Ezequiel Zamora, mobilizado por profundos ideais de liberdade, encabeça uma luta para tentar apagar a opulência de poucos e a miséria de muitos e repartir equitativamente as terras.
É interessante como certo filme, quando agente assisti, agente já ter uma vaga idéia do que esperar no seu final. No caso de filmes, que retratam com tamanha fidelidade, fatos históricos do país, normalmente temos essa sensação, principalmente quando for ao caso da historia retratar um grande revolucionário local, e no caso de Zamora, filme de Roman Chalhaud não é diferente. O grande problema, quando esse tipo de historia é feita, justamente no local de origem do fato histórico, normalmente os produtores se preocupam em tentar ao maximo ser fiel a historia verdadeira, enquanto a arte de se fazer cinema, fica um pouco de lado. É como se você pegasse um livro de grande sucesso, adapta ele para o cinema, e para não desapontar os fãs fervorosos, acaba no final, a produção sendo tão fiel, que ela se torna vazia e pálida.
Não que Zamora seja dispensável, para ser assistido, pois Roman Chalhaud faz até um bom esforço para transformar a trama em bom cinema, com montagem e fotografia que se alinha, a tal ponto, que disfarça um pouco a falta de recursos da produção, que poderia muito bem funcionar melhor como uma mini serie para a tv, e o que se vê, parece exatamente uma saída da telinha, só que condensada para ser levada a tela grande. E ainda que as interpretações do elenco compensassem, fazendo os protagonistas principais da trama, infelizmente fica com suas interpretações travadas, para se manter fiel a fatos históricos, principalmente o ator Alexander Solorzáno, que por mais que se esforce nos momentos dramáticos, não convence muito, o que não ocorre com outros atores que fazem pequenos personagens, que pelo fato não terem muita relevância nos fatos históricos, tem muito mais liberdade em atuarem em cena.
O filme é mais indicado para as pessoas que buscam historias do passado da Venezuela, principalmente fazendo uma comparação de questões políticas de ontem e hoje por lá, e que a meu ver, não mudou muito não.

Em Cartaz: :CineBancários
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