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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'De Volta á Borgonha'

 Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

'De Volta á Borgonha'

SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 10/09/2022, sábado, às 10:15 da manhã 


"De Volta à Borgonha" (Ce Qui Nous Lie)

França, 2017, 115 min, 12 anos

Direção:   Cédric Klapisch

Elenco:   Pio Marmaï, Ana Girardot, François Civil

Sinopse: Depois de 10 anos, Jean retorna à sua cidade natal para visitar o pai, que está doente. Lá, ele reencontra seus irmãos, Juliette e Jérémie, com quem precisa reconstruir os laços familiares. Os três irmãos também precisam se entender sobre o futuro da vinícola do pai, um lugar cheio de lembranças.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - ‘A Viagem de Pedro’

Nota: Filme exibido para os associados no último sábado (03/09/2022)

Sinopse: Em 1831, durante a travessia do Atlântico em uma fragata inglesa rumo à Europa, Pedro, o ex-empregador do Brasil, busca forças físicas e emocionais para enfrentar seu irmão, que usurpou seu reino em Portugal. Pedro se vê doente e inseguro. Ele entra na embarcação em busca de um lugar e também em busca de si mesmo. 

Eu me lembro que nos tempos de escola endeusavam até demais as figuras históricas da nossa história, sendo que, por mais que os mesmos sejam importantes em nossa linha do tempo, eles também não deixam de serem seres humanos. O filme "Joaquim" (2017), por exemplo, foi o mais próximo da verdadeira figura de Tiradentes, sendo que até a pouco tempo a sua figura era bastante semelhante ao Jesus Cristo e cuja a comparação era para mim estranha para dizer o mínimo. Eis que então chega "A Viagem de Pedro" (2019) filme que mostra um lado até então obscuro de Dom Pedro I, mas que se aproxima e muito do que ele pode ter sido em um determinado momento.

Dirigido por Laís Bodanzky, responsável pelo ótimo "Bicho de Sete Cabeças" (2001), o filme é um olhar intimista sobre a vida de Dom Pedro I (Cauã Reymond) e dos eventos históricos que giram em torno do príncipe, com atenção para um momento determinante de sua trajetória. Em 1831, o primeiro Imperador do Brasil volta à Europa sob condições adversas, no navio inglês Warspite. Diante de sua abdicação ao trono do Brasil, esse é um momento de profunda reflexão para D. Pedro I, que pondera os erros e acertos de sua administração desde o momento em que chegou no país com sua família aos 10 anos de idade, em 1808.

O filme começa exatamente quando Pedro decide deixar o seu poder nas mãos do seu filho enquanto decide voltar para Portugal, para tirar o seu irmão do trono e colocar a sua filha como verdadeira rainha daquele país. É um registro histórico um tanto que nebuloso para vários estudiosos, já que até hoje não se tem registros precisos sobre o antes e depois sobre essa passagem, mas sim apenas sobre as suas consequências. Portanto, a cena de abertura da estátua de Napoleão é simbólica, pois ela representa a dúvida sobre a pessoa que é lembrada é realmente digna, ou se se a verdadeiros fatos foram pincelados ao longo da história.

Por essa linha de raciocínio, vemos aqui um Dom Pedro falho em suas ações, tanto nas questões políticas como também familiares, ao ponto que não era segredo para ninguém que ele possuía uma queda vertiginosa por diversas mulheres mesmo sendo casado com Maria Leopoldina e cuja a mesma sentiu na pele a fraqueza libertinosa do seu marido. Há indícios que por causa disso Pedro sofreu de sífilis e alinhado com crises de convulsão faziam com que ao longo do tempo a sua saúde física e mental lhe colocavam em uma situação bastante delicada. É neste ponto que o filme explora a figura mais humanizada desse personagem histórico e ganhando até mesmo contornos curiosos para serem explorados.

Em pouco mais de uma hora e meia, boa parte do filme se passa no navio em que Pedro viaja para Europa, mas ao mesmo tempo ele tem que enfrentar diversos problemas, desde a sua saúde precária, como também estar começando a sofrer com alucinações em meio a uma grande tempestade. Por conta disso o filme ganha contornos até mesmo claustrofóbicos, pois o protagonista age de forma explosiva em alguns momentos, mas também muito diferente em momentos de calmaria e que não escondia o seu lado pretensioso perante as pessoas. Cauã Reymond entrega aqui o seu mais intenso trabalho de sua carreira, sendo que ele já havia me surpreendido em outros projetos, mas aqui Reymond desaparece por completo e dando lugar a figura importante de nossa história, mas que buscava a sua própria identidade ao longo da vida.

O filme em si é sobre uma pessoa dívida, ocupada com as suas ambições políticas, mas que talvez em sua reta final buscava uma redenção pessoal através da busca pelas suas raízes, mesmo correndo sério risco de cair no limbo da história para sempre. Isso não ocorreu, porém, o tempo falou mais alto, revelando uma pessoa gente como a gente e não aquele conto de fadas que nos contava na Quarta Série. O tempo tardou, mas não falhou com a verdadeira figura de Dom Pedro I.

"A Viagem de Pedro" é um curioso retrato de um ponto nebuloso da figura de Dom Pedro I, porém, verossímil e muito melhor aceito hoje do que era contado em um passado longínquo. 


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Cine Dica: Em Cartaz - 'Men: Faces do Medo'

Sinopse: A trama acompanha Harper, uma jovem que, após se tornar viúva, decide passar um tempo sozinha no interior da Inglaterra. Vivendo o seu luto, ela começa a perceber que alguém está lhe perseguindo e suas memórias e medos voltam para assombrá-la. 

Alex Garland tem chamado atenção com pequenos projetos, porém, com grande repercussão devido a construção de tramas criativas e bem peculiares na medida certa. Se em "Ex-Machina" (2015) ele traça uma linha transitória nas questões humanas com a robótica, por outro lado, em "Aniquilação" (2020) ele usa a ficção alinhada com doses pesadas de violência e cuja a enigmática história gera desconforto do começo ao final dela. Em "Men - Faces do Medo" (2022) o realizador aposta alto na dosagem, ao trazer questões sobre culpa, relacionamentos e com um visual que irá embrulhar o estômago.

Após uma tragédia pessoal, Harper (Jessie Buckley) decide ir sozinha para um retiro no meio de um belo campo inglês, na esperança de encontrar um lugar para se curar. Mas alguém ou algo da floresta ao redor parece estar perseguindo-a. O que começa como um pavor fervente se torna um pesadelo, habitado por suas memórias e medos mais sombrios.

O estúdio A24 tem se especializado nos seus quase dez anos de existência na criação de diversos filmes com gêneros distintos um do outro, mas dos quais todos tem algo em comum que é perturbar o público. Basta pegarmos exemplos como o "Hereditário", "Midsommar - O Mal Não Espera a Noite", "A Bruxa" e "O Farol" para nos darmos conta que eles não brincam no serviço principalmente com relação na realização de filmes de terror e dando total liberdade para os cineastas criarem algo que nos toques profundamente. "Men - Faces do Medo" não foge dessa regra, pois Alex Garland cria algo perturbador em uma premissa até bastante simples, mas que através de suas mãos ele cria algo mais além do que poderíamos imaginar.

Para começar, se percebe que realizador busca inspiração em obras feitas por outros realizadores que deixaram marca na história do cinema. Em termos de efeitos práticos, por exemplo, é notório que o realizador é grande fã da filmografia John Carpenter, principalmente de títulos como "O Enigma do Outro Mundo" (1982), onde o mesmo usou e abusou do horror gore, tudo elaborado com bonecos animatrônicos e muita maquiagem pesada para dizer o mínimo. Neste último caso, Alex Garland fez o seu dever de casa, pois ato final nos reserva cenas perturbadoras, porém, tudo moldado com efeitos práticos e cujo os efeitos visuais de ponta de hoje em dia ainda não nos passa tal feito.

E se alguém acha que Garland se limita na busca da genialidade através de John Carpenter basta repararmos que o cenário principal da trama, cuja a sua bela fotografia alinhada com uma incrível edição de arte, nos remete rapidamente as obras dos diretores italianos de horror Mario Bava e Dario Argento, cujos os mesmos deram cores vibrantes e cenas cada vez mais fortes e ousadas para dentro do gênero e mudando por completo as regras do jogo. Mas toda essa busca por inspiração fez com que Garland crie uma trama com diversas camadas e tudo girando em torno sobre o papel do homem e da mulher atual em meio as velhas crenças e pensamentos que hoje em dia se tornam tabus perante uma sociedade que busca maior liberdade e principalmente desta questão vindo do anseio das mulheres.

Essas questões florescem no decorrer da trama, cuja a mesma se alinha em um horror psicológico, mas que aos poucos vai se revelando algo maior para dizer o mínimo. Tudo acaba girando em torno da personagem de Jessie Buckley, que se sente culpada pela morte do seu marido, mas que não busca exatamente redenção e sim uma razão lógica para que se explique as suas ações e consequências perante uma situação em que a mesma não soube controlar. Ao invés de adquirir consolo, ela acaba sendo julgada por homens conservadores e, por vezes, bem peculiares.

Neste último caso, alguns deles é vivido pelo ator Rory Kinnear e cujo o seu trabalho aqui nos incomoda, pois nos passa a todo momento uma sensação mórbida e nos alertando de que a protagonista não pode confiar em ninguém de sua volta. Jessie Buckley, por sua vez, carrega todo o filme nas costas, ao construir para a sua personagem uma personalidade complexa, mas não tanto perante as situações bizarras do local em que ela se encontra. Quando tudo foge do controle é aí que o filme nos fala para o que veio e Alex Garland comanda um espetáculo enigmático, que vai desde a referencias cristãs aos mais diversos assuntos vindos de diversas mitológicas fantasiosas, porém, bem enigmáticas.

Com um final cheio de simbolismos e que irão gerar diversos debates ao longo do tempo, "Men - Faces do Medo" é um filme que veio para incomodar, nos fazer pensar, tirando da nossa zona de conforto e, portanto, temos mais do que agradecer. 

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Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'UMA VOZ CONTRA O PODER'

Sinopse: Um fazendeiro luta contra uma gigante corporação do agronegócio em uma batalha nos tribunais e, sem querer, se torna a voz de pequenos agricultores pelo mundo afora. 

  

É uma produção que mais parece um telefilme, sendo o quarto filme do diretor Clark Johnson, realizador que se dedica mais na realização de episódios de séries para a televisão, além de ser ator. Com narrativa simplista e filmagem burocrática, "Uma Voz Contra o Poder" até se acomodaria na tela grande, mas funciona melhor sendo assistido em casa. Aliás, o próprio roteiro se combina ao formato, ao trazer uma história até interessante do pequeno que luta contra o gigante, ou mais precisamente Sansão contra o Golias sugerido no título quando foi lançado no norte-americano. Sem dúvida, se trata de um relato real que prende a nossa atenção, mesmo moldada de uma forma simples e, por vezes, até demais. 

O filme vale mais graças a presença do veterano ator Christopher Walken no papel principal. Walken prova novamente o seu talento, retratando um personagem simples, sendo até mesmo o oposto das características imprevisíveis da maioria dos personagens principais que ele interpretou ao longo da carreira.  Quem não se lembra dele em O Franco Atirador (The Deer Hunter, 1978) no papel que lhe deu o Oscar? Pois aqui, o fazendeiro Percy precisa superar suas características para falar em público, e Walken consegue encarnar a falta de um lado mais sociável que o personagem nos passa. Ao longo do filme, Percy desenvolve melhor essa habilidade, pelo menos o suficiente para falar com o coração num encontro mundial na Índia e que é, talvez, a melhor cena da obra.  

Além disso, o elenco inclui outros rostos famosos, como os de Christina Ricci, Zach Braff e Martin Donovan. Contudo, falta em "Uma Voz Contra o Poder" uma carga mais dramática. Com exceção desse trecho na Índia, tudo se desenrola num tom sempre com o freio na mão. A direção burocrática de Clark Johnson deixa tudo muito ameno ao retratar situações que deveriam terem sigo mais dramáticas para o verdadeiro Percy Schmeiser. Assim, não espere se emocionar tanto quanto em outros filmes com temas semelhantes, como "Silkwood, Retrato de uma Coragem" (1983); "O Informante" (1999); "Erin Brockovich, uma Mulher de Talento" (2000); ou O Preço da Verdade (2019). 



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sábado, 3 de setembro de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'Não, Não Olhe!'

Sinopse: Residentes de  uma localidade solitária no interior da Califórnia testemunham uma espantosa e arrepiante descoberta.

Jordan Peele  é um caso cada vez mais raro dentro de uma Hollywood cheia de vícios. Com apenas dois filmes, "Corra" (2017) e "Nós" (2019) ele não somente fez uma crítica acida sobre o preconceito racial que ainda assola o mundo, como também usou ingredientes de sucesso dentro do gênero de horror e criando algo especialmente novo. Com "Não, Não Olhe!" (2022) ele se envereda agora para a ficção cientifica e novamente reinventa a roda.

O filme se passa no interior da Califórnia, onde começa a ter eventos bizarros de possíveis extraterrestres. Uma dupla de irmãos interpretado por Keke Palmer (True Jackson e Alice) e Daniel Kaluuya, possuem um rancho de cavalos e são vizinhos de um parque de diversões de uma série de televisão do personagem interpretado por Steven Yeun, inspirada no velho oeste. Os dois então são testemunhas de eventos bizarros e discos voadores.

Assim como nos seus filmes anteriores, Jordan Peele abre a sua obra com uma cena inusitada, onde vemos uma sala bagunçada, pessoas no chão com sangue e um macaco que, ao que tudo indica, provocou um verdadeiro massacre. Esse cenário retorna novamente em um determinado momento do filme, para logo obtermos informações sobre o que realmente era e logo constatarmos que não é nada do que a gente imaginava. Aliás, o cineasta já logo alfineta com a sua crítica com relação ao consumismo a qualquer preço da sociedade norte americana, ao ponto que tudo tem um limite e logo tudo se explode.

Curiosamente, esse cenário estrelado pelo macaco parece que não tem muito a ver com a trama principal, porém, logo vai se conectando com o fato de como devemos encarar uma força da natureza da qual pode ser implacável, seja ela vinda de um território que a gente conheça ou vindo de algum lugar que a gente mal fazia ideia que existia. Portanto, o diretor brinca com os velhos elementos conhecidos das aparições dos discos voadores, ao ponto de aproveitar o vasto território de uma planície para incrementar tudo o que a gente já tinha visto ou ouvido falar nesses fenômenos. Vale destacar os impressionantes planos abertos que o realizador cria para o cenário e fazendo a gente querer testemunhar isso em uma tela IMAX a todo custo.

Mas o grande deleite para o cinéfilo de plantão fica por conta das homenagens que o realizador cria durante o decorrer do filme, desde ao lembrar como foi feito as primeiras cenas em película, como também como essa arte está sendo chacinada pelos recursos atuais de ponta. Portanto, ao vermos o protagonista com o seu cavalo a frente de um fundo verde em um estúdio é o mesmo que nos dizer que estamos sendo mastigados por uma indústria que nos força a querer gostar de algo artificial e sem vida alguma. Ao vermos posteriormente protagonista cavalgando em plano abertos em vários momentos do filme é nós dizer que isso sim é cinema de verdade e não o que os grandes estúdios cheios de recursos, porém vazios, tentam nos empurrar a qualquer preço.

Além disso, é notório aqui que Jordan Peele bebe da fonte de talentos de outros grandes cineastas, desde a Steven Spielberg como M. Night Shyamalan. Se por um lado o filme nos lembra em alguns momentos o clássico "Contatos Imediatos de 3º Grau" (1978) e logo em seguida percebemos que a sua simplicidade e segurança na direção nos lembra muito o que Shyamalan havia construído para o seu "Sinais" (2002). Porém, se naquele filme a família de Mel Gibson já lutava contra o luto que estavam passando, aqui os dois irmãos já lutam há muito tempo, não somente pela perda recente do pai de uma forma misteriosa, como também devido ao preconceito que ainda se encontra latente na sociedade norte americana.

OJ Haywood, por exemplo, anda e observa com total desconfiança perante a realidade em sua volta e, portanto, quando começa acontecer os fenômenos de uma possível ameaça vinda de fora ele está mais do que preparado para enfrenta-la. Daniel Kaluuya está ótimo aqui como protagonista e provando que a sua consagração em "Corra" não foi um fato isolado, mas sim uma janela que se abriu para obter novos rumos. E se Keke Palmer cumpre o seu papel como a irmã dura na queda do protagonista, os personagens secundários interpretados por Steven Yeun e Michael Wincott se tornam figuras enigmáticas que são descascadas aos poucos, mas logo se relevando peças fundamentais dentro da trama como um todo.

Na reta final da trama, o filme se envereda para momentos de ação, suspense e tudo alinhado com efeitos visuais bastante convincentes e que se alinham com a verossimilhança criada pelo cineasta no decorrer da história. É claro que o filme levanta inúmeras perguntas, principalmente com relação a sua abertura desde já fantástica, como também alguns pontas soltas que ficaram em aberto no decorrer da trama. Tudo isso é proposital para o realizador nos forçar a pensar o que havíamos testemunhado, sendo que a cena protagonizada por um menino embaixo da mesa e encarando uma ação fora do controle serve como um belo exemplo.

Com uma ligeira, porém, certeira homenagem ao clássico japonês "Akira" (1988), "Não, Não Olhe" é um espetáculo autoral de Jordan Peele, uma ficção fora dos padrões que nos faz pensar do começo ao fim e nós temos mais do que agradecer.  

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quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (01/08/2022)

 ERA UMA VEZ UM GÊNIO

Sinopse: Em Era Uma Vez Um Gênio, enquanto participava de uma conferência em Istambul, a Dra. Alithea Binnie (Tilda Swinton) encontra um "djinn" (Idris Elba), o que no ocidente, é comumente denominado como “Gênio". A criatura lhe oferece três desejos em troca de sua liberdade, e isso apresenta dois problemas: primeiro, ela duvida que ele seja real, e segundo, por ser uma estudiosa de histórias e mitologia, ela conhece todas as histórias de advertência sobre desejos que deram errado.



ENCONTROS

Sinopse: Três histórias interconectadas por apresentações e encontros. Young-ho vai visitar seu pai, um médico, mas este não o recebe, pois está atendendo a um ator famoso. A namorada dele, Ju-won, se muda para Berlim, onde se hospeda na casa de uma pintora. Por fim, o rapaz encontra sua mãe almoçando com o ator, paciente de seu pai.


PREDESTINADO – ARIGÓ E O ESPÍRITO DO DR. FRITZ

Sinopse: José Pedro de Freitas, mais conhecido por Zé Arigó (Dalton Mello), era um homem simples que morava junto com a sua esposa Arlete (Juliana Paes) em Congonhas, Minas Gerais. Durante a década de 50, uma época em que a religião espírita não era tão conhecida e respeitada no país, Arigó tornou-se um símbolo de esperança através de suas cirurgias e curas espirituais.



INGRESSO PARA O PARAÍSO

Sinopse: Em Ingresso para o Paraíso, um casal divorciado (George Clooney e Julia Roberts) descobre que a filha está apaixonada e pretende se casar impulsivamente em Bali. Os dois, então, decidem viajar às pressas para a ilha e parar o casamento da jovem, impedindo que ela cometa o mesmo erro que eles.


A Última Chamada

Sinopse: No outono de 1987, um grupo de amigos de uma pequena cidade deve sobreviver à noite na casa de um casal sinistro depois que um trágico acidente os leva até a porta do casal. Classificação indicativa 16 anos, contém drogas, violência e medo.

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 01 A 07 DE SETEMBRO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

 A NUVEM ROSA


SALA 1 / PAULO AMORIM


14h15 E 18h30 – A VIAGEM DE PEDRO Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 105min). Direção de Laís Bodanzky, com Cauã Reymond, Luise Heyer, Victoria Guerra, Isabél Zuaa. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: O ano é 1831. Rejeitado pelos brasileiros, Dom Pedro deixa o Brasil independente e volta a Portugal, disposto a enfrentar o irmão Miguel na disputa pelo trono do país onde nasceu. No meio do Atlântico, a bordo de uma fragata inglesa, misturam-se membros da corte, oficiais, serviçais e negros escravizados, numa babel de línguas, culturas e posições sociais. Pedro tenta reunir forças para a guerra fratricida que se aproxima, mas ele está doente e teme a morte. Nesta situação, o ex-imperador revive diversos momentos da sua vida, como a infância, o casamento, os filhos e as relações com o irmão.

*Não haverá exibição às 14h15min na quinta, dia 1 de setembro devido a sessão especial de DO LUTO À LUTA (fechada para convidados).

*Não haverá exibição às 14h15min no sábado, dia 3, devido à sessão inclusiva de A NUVEM ROSA.

*Não haverá sessões na terça e quarta, dias 6 e 7, devido às atividades do Frapa, o Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre.*


SESSÃO DE CINEMA INCLUSIVO

(ENTRADA FRANCA)

SÁBADO, DIA 3

14h – A NUVEM ROSA

(Brasil, 2021, 105min). Direção de Iuli Gerbase, com Renata de Lélis e Eduardo Mendonça.

Sinopse: Giovana e Yago se conhecem em uma festa, passam a noite juntos e são surpreendidos no dia seguinte por uma misteriosa e mortal nuvem rosa, que obriga todos a ficarem dentro de casa. Enquanto esperam a nuvem passar, os dois têm que se inventar como um casal – à medida em que o tempo passa, Yago vive sua própria utopia, mas Giovana não se conforma com a situação. Longa de estreia da diretora, o filme ganhou o mundo pelo seu tom premonitório – mas foi realizado muito antes da pandemia da Covid 19.

*Exibição com recursos de Libras, legendagem e audiodescrição.*


16h15 – O DESTINO DE HAFFMANN Assista o trailer aqui.

(Adieu Monsieur Haffmann - França/Bélgica, 2021, 115min). Direção de Fred Cavayé, com Daniel Auteuil, Gilles Lellouche e Sara Giraudeau. Synapse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: François Mercier vive em Paris e sonha em formar uma família junto com Blanche, sua mulher. Ele trabalha para um talentoso joalheiro judeu, o Sr. Haffmann, com quem tem um bom relacionamento. Quando eclode a Segunda Guerra Mundial e os nazistas invadem Paris, Haffmann precisa contar com Mercier para se manter em segurança, incluindo a joalheria. O filme é uma adaptação da peça homônima de Jean-Philippe Daguerre.

*Não haverá sessões na terça e quarta, dias 6 e 7, devido às atividades do Frapa, o Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre.*


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h45 – MARTE UM Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 115min). Direção de Gabriel Martins, com Cícero Lucas, Carlos Francisco, Camilla Damião. Embaúba Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O filme foi um dos destaques do Festival de Gramado 2022, com o prêmio especial do júri e os Kikitos de melhor roteiro e júri popular.

*Não haverá sessões na terça e quarta, dias 6 e 7, devido às atividades do Frapa, o Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre.*


17h e 19h – MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA

(ENTRADA FRANCA)


O festival reúne filmes dedicados às temáticas socioambientais e chega a Porto Alegre em um circuito itinerante, com sessões em quatro cinemas da cidade. No total, serão exibidos 110 filmes de 27 países.

*Até domingo, dia 4.*

SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


15h – IL BUCO Assista o trailer aqui.

(França/Itália/Alemanha, 2021, 93min). Direção de Michelangelo Frammartino, com Paolo Cossi, Jacopo Elia, Denise Trombin, Nicola Lanza. Zeta Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Durante o boom econômico da década de 1960, o próspero norte da Itália ergue o edifício mais alto da Europa. Do outro lado do país, no interior da Calábria, jovens exploradores investigam a caverna mais profunda da Europa, de 700 metros. Em uma aldeia vizinha, um velho pastor começa a entrelaçar sua vida solitária com os dois fatos.


17h15 – A TEORIA DOS VIDROS QUEBRADOS Assista o trailer aqui.

(La Teoria de los Vidrios Rotos - Uruguai/Argentina/Brasil, 85min, 2022). Direção de Diego “Parker” Fernández, com Martín Slipak, Roberto Birindelli, César Troncoso, Veronica Perrotta. Okna Filmes, 14 anos. Comédia policial.

Sinopse: Inspirado na teoria que dá título ao filme, o roteiro acompanha Claudio, funcionário de uma companhia de seguros que é designado para trabalhar em uma cidade do interior do Uruguai. A experiência deveria ser tranquila, mas, quando ele chega, vários carros são incendiados. Para se garantir no emprego – e no casamento - Claudio terá que descobrir o que realmente aconteceu. O filme foi o vencedor do Kikito de longa estrangeiro no Festival de Gramado 2021.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.


*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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