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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Cine Dicas: Estreias do final de semana (24/09/15)



A Festa de Despedida


Sinopse: Idosos moradores de um asilo em Jerusalém inventam uma máquina de eutanásia para ajudar os amigos em condições críticas. A criação é um sucesso e a fama do objeto logo se espalha, atraindo inúmeros interessados em utilizá-lo.




A Pele de Vênus


Sinopse: A trama gira em torno de Vanda é uma atriz que luta para convencer o diretor Thomas de que ela é a pessoa certa para interpretar a protagonista de sua mais nova peça, inspirada em obra de Sacher Masoch.




Evereste

 

 Sinopse: No ano de 1996, dois grupos de alpinistas liderados por Rob (Jason Clarke) e Scott (Jake Gyllenhaal) se unem na tentativa de escalar o monte Everest, mas uma grande nevasca coloca a vida de todos em risco. Com a esposa grávida (Keira Knightley), Rob é menos aventureiro que Scott, se preocupando com a segurança dos membros de sua equipe. Ele lutará bastante para tentar proteger a todos.




Hotel Transilvânia 2


Sinopse: A vampira Mavis (Selena Gomez) e o humano Jonathan (Andy Samberg) se casaram e continuaram morando no Hotel Transilvânia, já que Drácula (Adam Sandler) ofereceu um emprego ao genro. Ele na verdade quer que sua filha permaneça ao seu lado, especialmente quando ela revela estar grávida. Eufórico com a notícia, Drácula torce para que seu neto seja um vampiro de verdade e busca, a todo instante, indícios de que isto acontecerá. Entretanto, o pequeno Dennis (Asher Blinkoff) está prestes a completar cinco anos e, ao menos por enquanto, tudo indica que ele é um humano normal.
 

Orestes


Sinopse: A filha de uma militante política traída e executada, uma defensora da pena de morte e uma enfermeira que lida diariamente com o resultado da violência são alguns dos personagens que se confrontam nesta reflexão sobre os mecanismos da justiça.


 Um Senhor Estagiário


Sinopse: Robert De Niro é Ben Whittaker, um viúvo de 70 anos que descobre que a aposentadoria não é bem como imaginava. Buscando uma oportunidade de voltar à ativa, ele se torna estagiário sênior de um site de moda criado e administrado por Jules Ostin.



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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Maze Runner: Prova de Fogo



Sinopse: Após escapar do labirinto, Thomas (Dylan O'Brien) e os garotos que o acompanharam em sua fuga da Clareira precisam agora lidar com uma realidade bem diferente: a superfície da Terra foi queimada pelo sol e eles precisam lidar com criaturas disformes chamadas Cranks, que desejam devorá-los vivos.


Maze Runner: Correr ou morrer foi uma grata surpresa do ano passado. Com um orçamento modesto, a trama se concentrava mais nos enigmas e do por que daqueles jovens presos naquele labirinto, do que ação e efeitos visuais mirabolantes. Infelizmente o ar de originalidade se perde um pouco nessa sequência que, basicamente é o capítulo do meio, e ela somente irá funcionar um dia quando a trilogia estiver completa no cinema como um todo.
Dito isso, é preciso ser fã do filme original, assim como também ser fã dos livros que serviram de inspiração, para ter que encarar um pouco da falta de ritmo, alguns momentos repetitivos e aquela sensação de “já ter visto esse filme antes”. Uma vez que os jovens saem do labirinto, descobrem que nunca na realidade se livraram dos seus algozes e cabe a eles novamente fugirem para um lugar seguro.
É ai que o filme entra em território conhecidos dos fãs dos filmes de apocalipse, mais especificamente de zumbis. Sim, eles aparecem e correndo para devorar os protagonistas, sendo na realidade uma surpresa para mim, já que não li os livros que serviram de base para a trama. Se a falta de informação com relação ao que acontece no livro ajuda, por outro lado, a pessoa veterana com relação certa fórmula já usada a exaustão (como zumbis) já sabe de cor o que acontece e o que irá acontecer em seguida.
Se a previsibilidade do roteiro impera na maioria das vezes, pelo menos, as novas caras que surgem durante a projeção ajudam a dar um novo frescor. Como é bom ver, por exemplo, Giancarlo Esposito (o Gus da série Breaking Bad) atuar num filme para o cinema e ver que sua versatilidade não restringiu naquela já clássica série de TV. Dos veteranos do filme original Dylan O’Brien novamente carrega o filme nas costas, pois o seu personagem Thomas é uma espécie de herói, cuja as suas virtudes para a pratica do bem se mantém sempre intactas, mesmo quando há outros (e até confiáveis) que o fazem querer desacreditar nisso. 
Outro fator que ajudar a Maze Runner: Prova de Fogo a não cair numa vala comum das continuações descartáveis, é o fato de colocar os personagens em situações que invocam a transição do jovem para um lado mais perigoso da vida. Menções a sexo, drogas e lutas sangrentas, fazem com que os jovens protagonistas entrem em territórios ainda mais perigosos e fazendo com que até mesmo sentissem falta da fatídica comunidade do labirinto em que viviam. Assim como no filme original, o filme explora o fato da pessoa não poder viver no comodismo, mas sim encarar os ares da mudança e enfrentar os novos desafios da vida que irá surgir.
Com um final que usa uma velha conhecida formula das trilogias clássicas com relação à segunda parte (quem viu O Império Contra Ataca sabe o que eu estou falando), Maze Runner: Prova de Fogo é o divertido filme pipoca, mas que, caso você não for fã do filme original e não desejar ver a sua derradeira terceira parte, irá ter a sensação que perdeu duas horas da sua vida, ou que deveria ter procurado algo mais original no guia do cinema do jornal mais próximo.     



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Cine Dica: Estreia e sessão especial de "Orestes"

 
"Orestes” estreia na grade de programação do CineBancários com sessão especial gratuita no dia 24 de setembro. A exibição será às 19h e, depois, haverá um debate com José Roberto Michelazzo, personagem do longa-metragem, Marcelo Perrone, crítico de cinema da Zero Hora, e outros convidados., O documentário de Rodrigo Siqueira (“Terra Deu, Terra Come”) apropria-se da história de Ésquilo e promove encontro com a história do Brasil. O filme será exibido nas três sessões diárias da nossa sala de cinema: às 15h, 17h e 19h. 

SINOPSE:
Em 458 a.C., Ésquilo encenou a trilogia Oréstia. A tragédia culmina com o julgamento de Orestes, que matou a própria mãe para vingar a morte do pai. A sua absolvição pelo júri de atenienses colocou fim ao olho por olho, dente por dente e converteu as Erínias, deusas da vingança, em Eumênides, como defensoras da democracia, um marco civilizatório na cultura ocidental.O documentário Orestes apropria-se da história de Ésquilo e promove o seu encontro com a história do Brasil. E se Orestes fosse brasileiro, filho de uma militante política e de um agente da ditadura militar infiltrado? E se aos seis anos ele tivesse visto sua mãe ser torturada e morta pelo pai? E se este mesmo Orestes, 37 anos depois, matasse o pai, um torturador anistiado em 1979, durante o processo de redemocratização?
A partir dessas perguntas, o documentário Orestes usa um júri simulado e uma série de sessões de psicodrama para investigar como a ditadura militar deixou marcas profundas nas narrativas oficiais e na subjetividade dos brasileiros. Documentário e ficção compõem um Brasil de verdades simuladas.No filme, o réu hipotético Orestes é levado a júri popular. Em sua defesa atua o ex-ministro da justiça José Carlos Dias, advogado de mais de 600 presos políticos durante a ditadura. Quem acusa é o promotor Maurício Ribeiro Lopes, exímio orador e performer em tribunais criminais.
O coro desta tragédia documental à brasileira é composto por um grupo de pessoas vítimas da violência policial, vítimas da ditadura e da sociedade civil. Reunido em sessões de psicodrama o grupo faz aflorar, sem filtros, situações e falas que normalmente não são ditas publicamente. É através do coro que os ritos da justiça são postos frente a frente com as paixões mais profundas do brasileiro comum, é no psicodrama que o presente olha para os traumas do passado.
As feridas deixadas pelo nosso violento e muitas vezes velado ou dissimulado processo histórico, permeiam o filme. As marcas da repressão nos anos 1970 encontram as marcas da violência policial de hoje. A verdade histórica é posta em xeque, as narrativas oficiais são desconstruídas, o fato e a versão são acareados, a justiça é posta em dúvida. No Brasil de 2015, talvez as Erínias, deusas da vingança, ainda estejam vivas e mais atuantes que nunca.Júri simulado do filme tem o ex-ministro da justiça José Carlos Dias na defesa e Maurício Ribeiro Lopes na acusação.

DIRETOR :

Rodrigo Siqueira é jornalista, trabalhou como editor de textos e imagens em televisão e internet e foi pesquisador para longas metragens antes de iniciar sua carreira de diretor.Como realizador de cinema, produziu, dirigiu e montou o longa metragem “Terra deu, terra come”, que foi o documentário brasileiro mais premiado no biênio 2010/2011. Também é produtor e diretor do longa documentário “Vaca, Galo, Porco” sobre a cultura do jogo do bicho, em fase final de pós-produção; e de “Brazil”, longa documental sobre imigrantes mineiros nos EUA. Atualmente desenvolve mais um longa e uma série documentais, além de trabalhar em um roteiro de ficção autoral.

FICHA TÉCNICA:

ORESTES

Brasil, 2015, 93min, cor, DCP
Sinopse: Orestes é uma adaptação da tragédia grega, de Ésquilo, para a realidade
brasileira. Com um júri simulado e uma série de psicodramas, Orestes coteja
dois momentos da nossa história: a ditadura militar dos anos 1970 e o
presente, da violência policial.
Direção e Roteiro: Rodrigo Siqueira
Fotografia: Leo Resende Ferreira
Montagem: Lessandro Sócrates e Rodrigo Siqueira
Editor de Som: Miriam Biderman
Som Direto: Celio Dutra
Produtora: 7Estrelo Filmes

GRADE DE HORÁRIOS:
22 de setembro (terça-feira)
15h – Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert
17h - Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert
19h - Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert

23 de setembro (quarta-feira)
15h – Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert
17h - Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert
19h - Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert

24 de setembro (quinta-feira)
15h – Orestes, de Rodrigo Siqueira
17h - Orestes, de Rodrigo Siqueira
19h - Orestes, de Rodrigo Siqueira (SESSÃO ESPECIAL GRATUITA: Debate com José Roberto Michelazzo, Marcelo Perrone e outros convidados)

25 de setembro (sexta-feira)
15h – Orestes, de Rodrigo Siqueira
17h - Orestes, de Rodrigo Siqueira
19h - Orestes, de Rodrigo Siqueira

26 de setembro (sábado)
15h – Orestes, de Rodrigo Siqueira
17h - Orestes, de Rodrigo Siqueira
19h - Orestes, de Rodrigo Siqueira

27 de setembro (domingo)
15h – Orestes, de Rodrigo Siqueira
17h - Orestes, de Rodrigo Siqueira
19h - Orestes, de Rodrigo Siqueira
 
29 de setembro (terça-feira)
15h – Orestes, de Rodrigo Siqueira
17h - Orestes, de Rodrigo Siqueira
19h - Orestes, de Rodrigo Siqueira
 
30 de setembro (quarta-feira)
15h – Orestes, de Rodrigo Siqueira
17h - Orestes, de Rodrigo Siqueira
19h - Orestes, de Rodrigo Siqueira

Os ingressos podem ser adquiridos no local a R$8,00. Estudantes, deficientes, idosos, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$4,00.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: LOVE



Sinopse: Murphy (Karl Glusman) está frustrado com a vida que leva, ao lado da mulher (Klara Kristin) e do filho. Um dia, ele recebe um telefonema da mãe de sua ex-namorada, Electra (Aomi Muyock), perguntando se ele sabe onde ela está, já que está desaparecida há meses. Mesmo sem a encontrar há anos, a ligação desencadeia uma forte onda saudosista em Murphy, que começa a relembrar fatos marcantes do relacionamento que tiveram.


Em 1979, o diretor Tinto Brass (A Pervertida) realizou o que foi considerado na época como o maior épico pornô da história do cinema, Calígula. No filme, acompanhamos todas as loucuras e perversões do insano Imperador Romano (interpretado pelo genial Malcolm McDowell) que, além de oferecer as filhas e esposas dos senadores para uma orgia, tinha um caso de amor e incesto com a própria irmã. Com inúmeras cenas de sexo explicito (com direito a penetrações filmadas, lesbianismo e sexo oral), o filme chocou o mundo na época, mas é considerado hoje como o filme que melhor soube retratar o que era realmente o Império Romano, seja com relação à política, seja com relação ao sexo dos romanos da época entre quatro paredes. 
A meu ver, Tinto Brass queria retratar uma época que o sexo era algo comum no dia a dia e não como uma espécie de tabu em que os conservadores de hoje tanto tentam moldurar. Vivemos numa época hipócrita em que pessoas rotulam as outras devido as suas atitudes e opiniões com relação ao sexo, quando na verdade, aquele que dá lição de moral, é o que na realidade mais gosta de uma boa sacanagem. Nesse cenário hipócrita do politicamente correto, cabe o cinema de vez em quando lançar uma obra que mexa com os pensamentos (e hormônios) daqueles que somente houve lições de moral com relação ao assunto e coube Gaspar Noé (Irreversível) lançar Love para nós dizer que o amor sem sexo não é amor, mas algo frio e sem sentido.
Mas não espere uma trama complexa, já que ela é basicamente simples: Murphy (Karl Glusman) vive uma vida monótona com mulher (Klara Kristin) e com o seu filho, quando recebe uma ligação e descobre que sua ex-namorada chamada Electra (Aomi Muyock) está desaparecida e o faz com que ele comece a relembrar o seu passado com ela. O próprio Gaspar Noé declarou que o roteiro basicamente tinha sete paginas, mas foi graças a essa simplicidade que ele soube melhor moldar da sua maneira o seu modo de filmar e colocar em pauta questões sobre amor e sexo que, sempre andam de mãos dadas, mas que alguns não gostam de admitir isso.
O filme já abre com o casal fazendo sexo oral um no outro, com o direito a uma câmera lenta e fazendo com que a gente já se prepare com que virá a seguir nas mais de duas horas de filme. Com uma fotografia moldada com cores fortes, Noé gosta de brincar com a nossa perceptiva, com o direito de sempre fazer cortes bruscos para a próxima cena, para sim sempre ficarmos despreparados para o que vier a seguir. Pelas lembranças do protagonista, conhecemos não somente a forte história de amor entre Murphy e Electra, como também o declínio da relação e sobre qual é o papel do sexo no universo particular deles.
Ao longo da projeção, percebemos certo grau de atuação natural entre os protagonistas, quase como um documentário, aonde a câmera somente os segue e vê o que acontece. Karl Glusman e Klara Kristin se saem muito bem em cena, principalmente em momentos em que exige um alto grau de naturalismo, ou seja, nas cenas de sexo obviamente. Se muitas pessoas se chocaram com o sexo explicito em filmes como Azul é a cor mais quente e Ninfomaníaca, Love é o dobro de tudo que eles mostraram e um pouco mais.

Se para alguns as cenas de sexo já choca, Noé ainda tem a ousadia de transformá-las em 3D, com o direito de encararmos um pênis ejaculando bem na nossa frente e pelo menos umas duas vezes seguidas. A intenção de Noé é somente essa que, além de chocar, tenta nos jogar na cara que somos hipócritas em não aceitarmos uma coisa comum que fazemos no nosso dia a dia e que, não debatermos com naturalidade, para não corrermos o risco de sermos julgados. Claro que todo ato há consequência e Noé não esconde também o fato do sexo também nos abrir caminhos dos quais não tem volta e cabe a nós saber como iremos administrar após determinadas escolhas.
São assuntos dos quais o cineasta sempre queria discutir num filme, tanto que, num determinado momento da trama, o próprio protagonista diz que sente falta de sexo nos filmes. Claro que, quando ocorre isso, não é o personagem falando, mas sim o próprio Noé se abrindo para nós, querendo convidar a gente a encarar o sexo sem medo e ao mesmo tempo aceitarmos nós mesmos e os nossos desejos. Não é tarefa das mais fáceis, mas independente dos resultados, o cineasta com certeza conseguiu talvez o que queria.
Com um final em aberto com relação aos destinos dos personagens, Love é previsível como história, mas corajoso da forma que ela foi moldada. Resta saber se o público em geral entenderá o recado que Gaspar Noé quis passar para nós com relação ao sexo, ou se iremos continuar na alienação do conservadorismo sendo moldando em nossas vidas.  


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Cine Dica: A Nouvelle Vague de Jacques Demy na Cinemateca Capitólio

A partir de quarta-feira, 23 de setembro, a Cinemateca Capitólio exibe a mostra A Nouvelle Vague de Jacques Demy, com os quatro primeiros longas-metragens do diretor francês – Lola, a Flor Proibida; A Baía dos Anos; Os Guarda-Chuvas do Amor; Duas Garotas Românticas; e o ensaio realizado por Agnès Varda sobre a vida do cineasta e marido, Jacquot de Nantes.
A mostra é uma realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français.
O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.
JACQUES DEMY


Jacques Demy nasceu na cidadezinha de Pontchâteau, no estado de Loire-Atlantique, França. Durante a infância, freqüentou com os pais os cinemas e teatros de Nantes, a capital de Loire-Atlantique, onde então vivia com a família. Fã do teatro de fantoches e das operetas, ainda criança ganhou dos pais um pequeno projetor Pathé-Baby, com o qual realizou seus primeiros experimentos cinematográficos. Pouco depois, adquiriu uma câmera e divertiu-se rodando pequenos filmes com os amigos e alguns curtas de animação. Quando adolescente, sua formação como cinéfilo passou pelo intercâmbio com cineastas amadores e com o movimento cineclubista de Nantes, momento em que pôde assistir a alguns clássicos do cinema como Cidadão Kane (1941), de Orson Welles. Nessa época, também conheceu a obra do tcheco Jirí Trnka e o cinema de animação de Paul Grimault. Depois de frequentar o colégio técnico, Demy ingressou na Escola de Belas Artes de Nantes para, tempos depois, aventurar-se em Paris. Em 1949, já na capital francesa, entrou para a Escola Técnica de Fotografia e Cinematografia e trabalhou como assistente de Grimault, auxiliando-o com a animação de filmes publicitários. Inspirado pelos filmes de Jirí Trnka, também realizou alguns curtas amadores com marionetes outra de suas grandes paixões. Finalmente, em 1955, rodou seu primeiro filme profissional, o documentário de curta-metragem Le Sabotier du Val de Loire. Dirigiu mais alguns curtas até estrear no longa-metragem em 1960 com Lola – A Flor proibida, estrelado pela atriz Anouk Aimée, filme impregnado pela inquietação formal da recém-inaugurada Nouvelle Vague. A ele seguiram-se A Baía dos Anjos (1962), Os Guarda-chuvas do amor (1963) e Duas garotas românticas (1967). Os dois últimos apostam numa reinvenção reverente ao cinema musical, recolocando as canções num plano essencial da mise en scène do cinema moderno.



FILMES



LOLA, A FLOR PROIBIDA

Lola (França 1961).

Com Anouk Aimée. Em preto e branco/85’.



 Lola é uma dançarina de cabaré que espera pelo retorno de Michel, namorado que há sete anos foi para a América e é pai de seu filho. Ele prometeu voltar somente quando estivesse rico. Durante sua ausência, Lola é cortejada por Roland, seu amigo de infância, e pelo marinheiro americano Frankie. Tudo indica que ela acabará escolhendo definitivamente um dos dois, mas seu coração ainda pertence a Michel. O filme é dedicado ao diretor alemão Max Ophüls, que dirigiu diversos dramas e romances. "Me agradava muito a idéia de fazer algo sobre fidelidade, a fidelidade para lembrar e misturar ali minhas recordações de Nantes" (JACQUES DEMY)





A BAÍA DOS ANJOS

La Baie des Anges (França 1962).

Com Jeanne Moreau. Em preto e branco/89’.



"Eu quis desmontar e mostrar o mecanismo de uma paixão. Isso poderia ser o álcool e a droga, por exemplo. Não era somente um jogo em si" (JACQUES DEMY). Jackie é uma parisiense de meia idade que deixa seu marido e filhos para se aventurar no mundo das apostas em Nice, onde estará em jogo não apenas o frenesi das roletas do cassino, mas também o do ciclo da sedução.



OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR

Les Parapluies de Cherbourg (Alemanha, França 1964).  

Com Catherine Deneuve, Nino Castelnuovo. Em cores/91’.



"'Os Guarda-chuvas' é um filme contra a guerra, contra a ausência e contra tudo aquilo que odiamos e que destrói a felicidade" (Jacques Demy) Geneviève Emery, cuja mãe possui um comércio de guarda-chuvas, é uma adolescente de 17 anos que se vê obrigada a decidir entre esperar por seu amor, um mecânico de 20 anos que foi servir ao exército na Argélia, ou se casar com um comerciante de diamantes, que se propõe a criar o bebê que ela espera como se fosse seu.



DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS

Les Demoiselles de Rochefort (França 1967).

Com Catherine Deneuve, Danielle Darrieux, Françoise Dorleac, Jacques Perrin, Michel Piccoli. Em cores/91’.



Delphine e Solange são duas irmãs gêmeas encantadoras e espirituosas de 25 anos. Delphine, a loira, dá aulas de dança e Solange, a ruiva, aulas de música. Elas vivem então da música e sonham ir para Paris e ter uma vida de fantasias. Alguns empresários chegam à cidade e passam a frequentar o bar que é da mãe delas. Uma grande feira é promovida e um marinheiro sonhador está à procura da mulher ideal... "Queria fazer um filme que despertasse um sentimento de felicidade, que, depois da projeção, o espectador saísse da sala menos triste do que quando tinha entrado" -Jacques Demy.



JACQUOT DE NANTES

(França 1991). De Agnès Varda.

Com Édouard Joubeaud, Philippe Nahon. Em cores/118’.



"Esta é a magnífica história do talento de Jacquot, filmado por uma mulher que ele encontrou em 1958 e que desde então compartilhou sua vida". Era uma vez um menino criado numa oficina mecânica, na qual todos amavam cantar. Era 1939, ele tinha 8 anos e adorava marionetes e operetas. Mais tarde, ele quis fazer cinema, mas seu pai o fez estudar mecânica… Trata-se de Jacques Demy e de suas recordações. O filme é a crônica de seus jovens anos com seu irmãozinho, seus amigos, seus jogos, suas trocas de objetos, a visita da “tia do Rio”, os amores infantis, os primeiros filminhos… É uma infância feliz e uma adolescência obstinada que nos são contadas, apesar dos eventos da guerra e do pós-guerra. É a evocação de uma vocação, filmada pela mulher que Jacquot conheceu em 1958 e que dividiu com ele sua vida desde então.



GRADE DE HORÁRIOS

23 a 27 de setembro de 2015

PRIMEIRA SEMANA



23 de setembro (quarta)



16:00 – Deixa Ela Entrar

18:00 – A Baía dos Anjos

20:00 – Lola, a Flor Proibida



24 de setembro (quinta)



16:00 – Deixa Ela Entrar

18:00 – Duas Garotas Românticas

20:00 – A Baía dos Anjos



25 de setembro (sexta)



16:00 – Deixa Ela Entrar

18:00 – Jacquot de Nantes

20:00 – Os Guarda-Chuvas do Amor



26 de setembro (sábado)



16:00 – Deixa Ela Entrar

18:00 – Lola, a Flor Proibida

20:00 – Duas Garotas Românticas



27 de setembro (domingo)



16:00 – Deixa Ela Entrar

18:00 – Os Guarda-Chuvas do Amor

20:00 – Jacquot de Nantes