Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de março de 2015

Cine Curiosidade: sobre a abertura da CINEMATECA CAPITÓLIO neste sexta

Por Gustavo Spolidoro:

​Então, finalmente, na próxima sexta acontece a (re)abertura do Capitólio, agora como uma Cinemateca. No evento das 19:30 serão exibidos os filmes INÍCIO DO FIM, que dirigi em 2005 nas ruínas do prédio e VENTO NORTE, clássico restaurado dirigido por Salomão Scliar. 
Muito mais do que uma sala de exibição, a Cinemateca é um espaço para a conservação, catalogação e pesquisa sobre o cinema feito não só no RS, mas no Brasil. Está lá, por exemplo, o acervo do Cine Esquema Novo, com grande parte do que se produziu de audiovisual no país entre 2001 e 2015 e que poderá ser acessado pelos interessados e pesquisadores. 
Além do ACERVO e da SALA DE CINEMA o local conta com biblioteca, sala para cursos, espaço para pesquisa, sala de exposições e cafeteria (mais detalhes no release oficial abaixo).

Sobre o curta INÍCIO DO FIM 
SINOPSE: “Um homem desiste.” 
 
EMPRESA PRODUTORA: CLUBE SILÊNCIO
DIRETOR: GUSTAVO SPOLIDORO
ROTEIRISTA: GUSTAVO SPOLIDORO
PRODUTOR EXECUTIVO: CAMILA GROCH e JAQUELINE BELTRAME
ELENCO: NILSSON ASP
DIRETOR DE FOTOGRAFIA: MAURO PINHEIRO JR, abc
DIRETOR DE ARTE: LUIZ ROQUE                                               
MONTAGEM: MILTON DO PRADO
DESENHISTA DE SOM: CRISTIANO SCHERER
MÚSICA: MARCELO FRUET
 
FINANCIAMENTO: 9º Prêmio IECINE de CURTAS-METRAGENS / Governo do RS
LOCAÇÕES: Cinemateca Capitólio; Faculdade de Medicina da UFRGS; Sítio da Família Consul Neglia
DATAS DE FILMAGENS: dias 22 e 23 de janeiro de 2005

PRÊMIOS
(16 prêmios) Melhor Curta Brasileiro – Jameson Short Film Awards/ European Coordination of Film Festivals, no 16º Fest. Intl. de Curtas de São Paulo/2005; Melhor Diretor no 10º CINE-PE; Melhor Filme de Ficção e Menção Honrosa para o ator Nilsson Asp no 12º Vitória Cine Vídeo; Melhor Filme no Curta-SE 6; Melhor Curta em 35mm, Diretor, Ator (Nilsson Asp) e Direção de Arte (Luiz Roque), na Mostra Gaúcha do  33º Festival de Gramado; Melhor Direção no 1° Festival de Atibaia; Melhor Curta, Direção, Foto e Montagem no Prêmio José Lewgoy de Cinema Gaúcho/2006; Melhor Direção e Menção Honrosa para Desenho de Som no 5º Santa Maria Vídeo e Cinema. 
FESTIVAIS
participou de mais de 40 festivais no exterior, com destaque para: Sundance/2006; 35º Festival de Rotterdam; Havana; Dresden; Drama; Toulouse; Québec (3 Amériques); Signes de Nuit (Paris); Cinema Jove (Valencia);


CINEMATECA CAPITÓLIO ABRE
SUAS PORTAS AO PÚBLICO 

Após um longo processo de restauro, que se estendeu por mais de uma década, a Cinemateca Capitólio finalmente abre suas portas ao público no dia 27 de março de 2015. A cerimônia oficial de inauguração está marcada para as 10h30. Já a partir das 19h do mesmo dia, as portas estarão abertas ao público em geral, que na ocasião poderá visitar o prédio e assistir à sessão inaugural, um programa formado pelo curta Início do Fim, de Gustavo Spolidoro (filmado nas ruínas do prédio), e pelo longa Vento Norte, de Salomão Scliar (primeiro longametragem de ficção sonoro realizado no Rio Grande do Sul). Esta sessão inaugural conta com o apoio do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, que está cedendo a cópia de Vento Norte para este evento de abertura. Ao longo do fim de semana, nos dias 28 e 29 de março, as portas também estarão abertas ao público, com uma programação em homenagem aos críticos que editaram nos anos 1960 a importante revista Filme 66, consolidando a geração moderna da crítica cinematográfica do Rio Grande do Sul. Entre sábado e domingo, haverá exibições gratuitas de três grandes clássicos do cinema, A Doce Vida, de Federico Fellini, O Leopardo, de Luchino Visconti, e Alphaville, de Jean-Luc Godard, além de um debate sobre a paixão cinéfila com Enéas de Souza, Hélio Nascimento e Hiron Goidanich, o Goida, mediado por Fatimarlei Lunardelli, autora do livro A Crítica de Cinema em Porto Alegre na Década de 60.   
A conclusão das obras da Cinemateca Capitólio representa um momento histórico na vida cultural de Porto Alegre. Iniciado em 2004, o longo e complexo processo de restauração do Cine-Theatro Capitólio, uma das mais luxuosas salas de cinema da cidade, além de recuperar a vocação original do espaço como sala de exibição, também teve o objetivo de transformar o prédio em um local destinado à preservação da memória audiovisual do Rio Grande do Sul. O projeto de restauração e de ocupação do espaço foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.  
Com esta inauguração, a capital gaúcha passa a ser uma das poucas cidades brasileiras a contar com um grande cinema de rua, preservado em toda a sua imponência e riqueza arquitetônica, possibilitando às novas gerações o contato com um autêntico memorial da era de ouro da exibição cinematográfica. Um período marcado pelos gigantescos e suntuosos “palácios do cinema”, normalmente localizados na região central das grandes cidades, cujas sessões atraíam uma multidão de espectadores.
Muito mais do que uma simples sala de exibição, a Cinemateca Capitólio será um espaço cultural único, por ser exclusivamente dedicado ao setor audiovisual, contando com uma sala de cinema stadium com 164 lugares, biblioteca, sala multimídia, cafeteria, salas de pesquisa, espaço para exposições e uma área inteira dedicada à preservação de filmes, roteiros, fotos, livros, cartazes e outros itens relacionados à memória do cinema e do audiovisual. Além disso, a Cinemateca Capitólio passa a ser a sede oficial do Programa de Alfabetização Audiovisual, projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e financiamento do Ministério da Educação. Além de desenvolver seus projetos habituais, o Programa de Alfabetização Audiovisual passa a responder pela ação educativa da Cinemateca Capitólio.

A gestão da Cinemateca Capitólio deve ser compartilhada entre a Prefeitura de Porto Alegre e a FUNDACINE RS, parceiras no projeto desde o seu início, mantendo uma ação de convergência entre o poder público, as entidades setoriais e a iniciativa privada, potencializando o ingresso de novas fontes de fomento e ações culturais em regime de cooperação. 
HISTÓRICO
 
Na década de 1990, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e o Governo do Estado iniciaram uma ampla política de revitalização da área central, focada na recuperação de praças e passeios públicos, incluindo também a implantação de equipamentos culturais, como forma de resgatar a vida artística do centro da capital. Neste contexto, em 1994, a Prefeitura adquiriu o prédio do antigo Cine-Theatro Capitólio, construído em 1928, visando a sua futura restauração. Por sua relevância arquitetônica e cultural, o prédio foi declarado Patrimônio Histórico do Município de Porto Alegre (em 1995) e do Estado do Rio Grande do Sul (em 2007).
 A ideia da criação da Cinemateca Capitólio nasceu em 2001, a partir de uma mobilização inicial da comunidade cinematográfica, representada pela APTC-RS. Em 2003, o projeto toma corpo, através de uma parceria firmada entre a Prefeitura de Porto Alegre, a Fundação Cinema RS - FUNDACINE, e a Associação dos Amigos do Cinema Capitólio - AAMICA, com o objetivo de restaurar o antigo Cine-Theatro Capitólio, transformando-o numa cinemateca, com as funções de preservar, armazenar e difundir a memória do cinema e do audiovisual do Rio Grande do Sul. Ainda em 2003, a FUNDACINE RS, através de convênio firmado com a Prefeitura de Porto Alegre, começou a captar os recursos necessários para a obra, cujo orçamento inicial era da ordem de R$ 6.500.000,00.
 O patrocínio da PETROBRAS, através da Lei Rouanet, no valor de R$ 4.082.887,35, viabilizou a primeira fase de restauro do prédio, realizada entre 2004 e 2006. Foi uma grande e complexa obra, dividida em duas etapas, compreendendo toda a reforma dos interiores e fachadas do prédio e a sua preparação para receber as instalações e equipamentos de uma cinemateca.
 Nos anos seguintes, a FUNDACINE RS continuou trabalhando na busca de recursos para a conclusão do projeto. Em 2010, a Cinemateca Capitólio recebeu o patrocínio do BNDES, com recursos de R$ 1.110.265,00 destinados aos sistemas elétricos e de climatização, aquisição de mobiliário e outros equipamentos.
 Ao longo de cinco anos sem ocupação, entretanto, foi constatado que o prédio da Cinemateca Capitólio necessitava de reparos e adaptações para o seu funcionamento adequado. Assim, em 2011, a Prefeitura de Porto Alegre firmou um convênio com o Ministério da Cultura, assegurando o valor de R$ 1.000.000,00 para a conclusão do projeto (com aporte de R$ 800.000,00 do MinC e contrapartida a de R$ 200.000,00 da Prefeitura).
 Iniciada em outubro de 2012, esta terceira e última etapa da restauração incluiu a execução das obras civis de reparos e adaptações do prédio, a compra e a aquisição de equipamentos específicos de projeção e som, equipamentos de informática e telefonia, entre outros itens necessários para a efetiva conclusão do projeto.

A obra civil de restauro foi entregue no dia 4 de abril de 2014, marcando oficialmente a conclusão do longo processo de recuperação e implantação do prédio da Cinemateca Capitólio e a sua reintegração ao espaço urbano de Porto Alegre. Paralelamente, foram iniciados os processos para aquisições de equipamentos de projeção e som, da área de acervo e de todo o mobiliário. Também entraram em finalização o projeto de climatização do espaço e as adaptações relacionadas ao projeto de prevenção contra incêndio.
 Um processo que finalmente se conclui em março de 2015, com a abertura do prédio ao público.


PRINCIPAIS ESPAÇOS DA CINEMATECA CAPITÓLIO

Sala de Cinema
A sala de exibição da Cinemateca Capitólio mantém as características originais do espaço, preservando o amplo pé direito do antigo Cine Theatro Capitólio e a arquitetura da tela, tendo contudo sua plateia adaptada para o formato stadium. A sala, com capacidade para 164 espectadores (além de um espaço reservado a quatro cadeirantes), terá sessões de cinema permanentes, de terças a domingos. Equipada com dois projetores 35mm, a sala de cinema terá programação de terça a domingo, com três sessões diárias.

Acervo
O acervo da Cinemateca Capitólio está organizado em salas distribuídas em quatro pavimentos, projetadas especialmente para a função de guardar materiais relacionados à memória audiovisual do Rio Grande do Sul. Localizada atrás da tela da sala principal de exibição da Cinemateca Capitólio, a área do acervo da Cinemateca Capitólio reúne filmes realizados em distintas bitolas (35mm, 16mm, 8mm, VHS, DVD, HD), cartazes, roteiros, fotografias, recortes de jornais e demais documentos relacionados à produção cinematográfica em nosso Estado.

Sala Multimídia

Espaço destinado à realização de oficinas, cursos, palestras e exibições de filmes, equipado com um projetor digital de alta definição e capacidade para 40 pessoas.

Salas de Pesquisa
Duas salas destinadas à consulta individual de pesquisadores interessados em assistir a filmes guardados no acervo da Cinemateca Capitólio. Equipadas com aparelhos de DVD e monitores de televisão, as salas são de uso gratuito, sendo disponibilizadas mediante agendamento prévio através do telefone 3289-7463.

Biblioteca
Biblioteca especializada em cinema, reunindo livros, catálogos e revistas, com o objetivo de atender pesquisadores da área e demais interessados pelo tema.

            Sala de Exposições
            Espaço destinado a exposições e projeções de videoarte, localizado no andar térreo do prédio.

            Cafeteria
            Localizada no segundo andar do prédio, a cafeteria é um espaço de convivência destinado a atender aos frequentadores da Cinemateca Capitólio, servindo cafés, bebidas e uma diferente carta de doces, salgados e lanches em geral.
 
Cinemateca Capitólio
Rua Demétrio Ribeiro, 1085

Telefones:
3289-7458 (Administração)
3289-7453 (Bilheteria)
3289-7463 (Centro de Documentação e Memória/Biblioteca)
3289-7450 (Portaria)
3289-7460 (Programa de Alfabetização Audiovisual)

terça-feira, 24 de março de 2015

Cine Especial: Ficção Científica dos Anos 50: Parte 1


Para mim será agora que 2015 começa, pois em início de abril, eu estarei retornando para as atividades do Cena Um (agora Cine Um). Nos dias 06, 07,08 e 09 de abril participarei do curso de cinema Ficção Científica dos anos 50, que será ministrado pelo Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial Carlos Primati. Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os melhores filmes que melhor sintetizaram o temor e a paranoia da civilização nos anos 50.



 GODZILLA (1954)


MESMO COM MAIS DE 60 ANOS, GODZILLA DE 1954 CONTINUA SENDO UMA OBRA PRIMA DO CINEMA JAPONÊS.

  
Sinopse: Um gigantesco réptil mutante surge em virtude de testes nucleares. A monstruosa criatura cria um rastro de destruição no seu caminho até Tóquio, que corre o risco de ser totalmente destruída se o dinossauro não for detido.


O clássico do cinema japonês criado por Ishirô Honda merece ser redescoberto por essa nova geração cinéfila. Quando eu conheci Godzilla, foi somente quando eu vi as suas continuações que reprisava alguns anos atrás no SBT, mas eu não tinha nenhum contato com o primeiro filme e nem ao menos interesse em ir atrás. Talvez isso se deva de eu ter me acostumado a continuações tão medíocres e uma versão americana de 1998 mais medíocre ainda e com isso, esperava algo parecido no primeiro filme, que foi um grande engano da minha parte. Redescobrindo o clássico de 1954, percebemos como a ideia da criação da criatura foi de um momento mais que propicio, que infelizmente acabou sendo que banalizada nas continuações. Na época que a produção foi lançada, á recém se fazia dez anos que o Japão sofreu um golpe duro pelas costas, que foi a bomba de Hiroshima e ao mesmo tempo o mundo vivia com medo com relação às bombas atômicas.
O monstro em si, é uma metáfora desse medo em que os japoneses estavam vivendo, como também representava a força da natureza incontrolável e que nada pode ser feita contra ela. Algo parecido no que se vê até hoje, para quem mora no Japão, depois de desastres como terremotos e tsunamis. Em contrapartida, a trama representa muito bem a força e a união do povo japonês perante as dificuldades, em cenas em que mostra a dor, mas a perseverança e coragem desse povo. Não é a toa que o filme fez um tremendo sucesso de publico e critica, gerou varias continuações (tendo sido criado uma versão americana dois anos depois) e ter gerado a mania de monstros de seriados japoneses.
Do elenco, destaque para o veterano Takashi Shimura, figura bastante conhecida nos clássicos filmes de Akira Kurosawa (Viver). Embora o filme tenha envelhecido em alguns aspectos, deve-se notar que é uma produção muito bem cuidada e bem pensada, tanto na fotografia, como em efeitos especiais que se tinha há oferecer na época, mas é na trilha sonora em que a parte técnica realmente se destaca. Criada pelo compositor Akira Ifukube, a trilha possui seis temas, sendo que, “Main Title’’ é a melodia que personificaria a lembrança do Godzilla ao público em geral. Basta ouvir os primeiros acordes do tema inicial, que associação ao mostro é imediata, sendo que ela voltaria em todas as continuações do personagem. 
Revendo esse clássico, não é a toa que até hoje Godzilla é considerado o rei dos monstros e que serviu de fonte para a criação de outros filmes (como o medo pós "11 de setembro" usado como metáfora no filme Cloverfield).


Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Dica: Paramount Pictures divulga primeiro trailer de “Missão:Impossível – Nação Secreta”




Quinto filme da franquia estreia dia 13 de agosto no Brasil
"Missão:Impossível - Nação Secreta" ("Mission:Impossible - Rogue Nation") tem primeiro trailer divulgado pela Paramount Pictures, além de imagens inéditas. No quinto filme da franquia, que chega dia 13 de agosto de 2015 aos cinemas brasileiros, o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) e o seu time enfrentam a missão mais impossível de todas, erradicar o "Sindicato", uma organização criminosa internacional, tão habilidosa quanto eles, comprometida em destruir a IMF (Impossible Mission Force).
Dirigido por Christopher McQuarrie ("Jack Reacher: O Último Tiro"), o longa foi rodado em Viena, Marrocos e Londres. Além de Cruise no papel do agente Hunt, retornarão à franquia Simon Pegg, como Benji; Jeremy Renner, como Brandt; e Ving Rhames, como Luther. O elenco conta ainda com a participação de Alec Baldwin e Rebecca Ferguson.
O quarto filme, "Missão:Impossível - Protocolo Fantasma", atingiu a marca de quase US$ 700 milhões em todo o mundo e se tornou a produção de maior arrecadação de Tom Cruise. Os quatro filmes da série já somam mais de US$ 2 bilhões em bilheteria, tornando-se uma das franquias de maior sucesso da história do cinema.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Cine Dica: Lançamento da Sessão Plataforma de 2015




FILME DE JEM COHEN NA SESSÃO PLATAFORMA #15

Na próxima terça-feira, 24 de março, às 20h30, Sessão Plataforma inicia seu terceiro ano na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro com Horas de Museu, recente filme de Jem Cohen, importante realizador nascido no Afeganistão e radicado nos EUA, autor de filmes como Chain (2004), Instrument (2003), ambos exibidos no cinema da Usina do Gasômetro (3º andar). Sessão Plataforma começa 2015 de cara nova e com muita vontade de seguir trazendo à Porto Alegre recentes filmes importantes e sem distribuição no Brasil, muitos deles que foram exibidos apenas em raros festivais no nosso país e que são difíceis de encontrar mesmo na internet. Museum Hours foi exibido por importantes festivais internacionais como Locarno (onde fez sua estreia mundial na competição oficial e ganhou Prêmio Art Cinema), Toronto, London, Vancouver, Viennale, entre muitos outros, mas não havia sido exibido em nenhum festival no Brasil até então. Nossa sessão será a premiere brasileira do filme. Sinopse: Johann é vigilante no Museu de História de Arte em Viena. As suas horas de trabalho fazem-se da observação discreta e atenta dos visitantes que atravessam as salas do museu e se detêm diante das obras de arte expostas. Johann depara-se com a presença enigmática de Anne, uma visitante estrangeira que veio de emergência a Viena ver uma amiga hospitalizada, e que, sem conhecer a cidade, procura refúgio no museu. Um filme sensível e inteligente sobre o cruzamento misterioso entre a vida, os espaços e as obras de arte, aberto a tantas leituras quantas se queiram fazer. (IndieLisboa 2013)
Serviço:
MUSEUM HOURS (Horas de Museu) dir: Jem Cohen, 107 min, EUA/AUS, 2012.
Sessão única 24 de março (terça) - 20h30 na Sala P F Gastal.
Ingresso: R$ 4,00
Projeção: Bluray com legendas em português
Sessão Plataforma é realizada pela Tokyo Filmes em parceria com a Coordenação de Cinema e Video da Prefeitura de Porto Alegre.
Nota: A partir de agora, não haverá mais cerveja após as sessões. Para nós, a prioridade sempre foi e seguirá sendo os filmes. Para os mais animados, sempre tem a opção de ir com o pessoal para um bar mais próximo. O próprio café da Sala P.F Gastal vende cerveja. Sessão Plataforma é produzida por poucas pessoas, o que inviabiliza algumas demandas. Todo nosso esforço está para trazer bons filmes e produzir cópias de projeção de alta qualidade.


Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

sexta-feira, 20 de março de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Mapa Para as Estrelas



David Cronenberg continua sendo uma pessoa que vai ao extremo. Depois de destrinchar terras tão distintas  quanto o body horror (gênero do qual ele é um dos grandes cultores, desde pelo menos Calafrios [1975]), clássicos da literatura outré (Mistérios e Paixões, de 1991, e Crash – Estranhos Prazeres, de 1996) e uma recente mudança pelo universo da moral e tentativa da pratica do bem (Marcas da Violência, Senhores do Crime), o diretor agora se envereda pelo lado obscuro do mundo da celebridade, com Mapas para as Estrelas. 
Um dos filmes mais corajosos do ano que passou, Mapas possui uma critica forte sobre figuras imprevisíveis, mas que jamais escondem o seu lado frágil. Havana Segrand (Julianne Moore, numa interpretação espetacular) é uma atriz, cujo brilho se encontra desgastado, vivendo assombrada pela imagem de sua mãe já falecida (Sarah Gadon), de quem guardou apenas lembranças ruins e pecaminosas. Agatha (Mia Wasikowska) tem o corpo marcado por cicatrizes, e chega a Hollywood com um passado obscuro e que irá confrontá-lo de frente. Já Benjie Weiss (Evan Bird) é uma espécie de Justin Bieber caricato e mimado, sendo filho de um casal que oculta a rotina oprimente sob uma aparência de sofisticação (John Cusack e Olivia Williams).
Pouco que eu descrevi acima mal dá para sintetizar o teor dramático e o humor negro em doses cavalares que permeiam todo o decorrer do filme. Há humor, mas não rimos e sim nos espantamos, já que Mapa para as Estrelas acrescenta mais uma incomoda investigação pessoal, da qual o diretor minuciosamente disseca desde os anos 1960 sobre a natureza mais escura do ser humano. 
Cronenberg, porém, consegue isso de uma forma ainda refinada, com uma abordagem mais pelo lado do terror psicológico (estilo visto em filmes como Cisne Negro), longe da violência explícita que tornaram seu cinema cultuado nos anos 70 e inicio dos 80. Aqui, o que começa como uma apresentação do lado mais fútil das celebridades vai se transformando numa trama tensa, chocante e enveredando para um final que com certeza irá dividir a opinião das pessoas que assistirem. Eu conhecendo como ninguém Cronenberg, esse final não poderia ser diferente.
O elenco é a chave do sucesso para o filme: Julianne Moore entrega mais uma vez um desempenho brilhante, num ano que comoveu plateias e a Academia de Hollywood, como a professora com Alzheimer de Para Sempre Alice. John Cusack parece que finalmente decidiu voltar a atuar de verdade, como o manipulador Dr. Weiss. E Evan Bird, da série de tv  The  Killing – Além de um Crime, é uma revelação, enfrentando um dos personagens mais desagradáveis do filme com perfeição. Difícil falar dos demais – Mia Wasikowska, de Alice no País das Maravilhas, e Robert Pattinson, da série Crepúsculo, também possuem desempenhos convincentes, assim como o lado técnico da obra. A fotografia de Peter Suschitzky, parceiro habitual do cineasta, e a trilha de Howard Shore, ambas são irretocáveis. 
Infelizmente devido ao seu teor forte (com direito até mesmo de incesto) Mapas para Estrelas esta sendo exibido em poucos cinemas do circuito. Porém, é um filme que irá sobreviver com o tempo na memória de todos os cinéfilos, mesmo para aqueles com o estômago frágil.    

Me sigam no Facebook, twitter e Google+