Para mim será agora que 2015
começa, pois em início de abril, eu estarei retornando para as atividades do Cena Um (agora Cine Um). Nos
dias 06, 07,08 e 09 de abril participarei do curso de cinema Ficção Científica
dos anos 50, que será ministrado pelo Jornalista, crítico, historiador e
pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial Carlos
Primati. Enquanto os dias da atividade
não chegam, irei postar por aqui sobre os melhores filmes que melhor
sintetizaram o temor e a paranoia da civilização nos anos 50.
GODZILLA (1954)
MESMO COM MAIS DE 60
ANOS, GODZILLA DE 1954 CONTINUA SENDO UMA OBRA PRIMA DO CINEMA JAPONÊS.
Sinopse: Um gigantesco réptil mutante surge em virtude de testes nucleares. A monstruosa criatura cria um rastro de destruição no seu caminho até Tóquio, que corre o risco de ser totalmente destruída se o dinossauro não for detido.
O clássico do cinema
japonês criado por Ishirô Honda merece ser redescoberto por essa nova geração
cinéfila. Quando eu conheci Godzilla, foi somente quando eu vi as suas continuações
que reprisava alguns anos atrás no SBT, mas eu não tinha nenhum contato com o
primeiro filme e nem ao menos interesse em ir atrás. Talvez isso se deva de eu
ter me acostumado a continuações tão medíocres e uma versão americana de 1998
mais medíocre ainda e com isso, esperava algo parecido no primeiro filme, que
foi um grande engano da minha parte. Redescobrindo o clássico de 1954,
percebemos como a ideia da criação da criatura foi de um momento mais que
propicio, que infelizmente acabou sendo que banalizada nas continuações. Na
época que a produção foi lançada, á recém se fazia dez anos que o Japão sofreu
um golpe duro pelas costas, que foi a bomba de Hiroshima e ao mesmo tempo o
mundo vivia com medo com relação às bombas atômicas.
O monstro em si, é uma metáfora desse medo em que os japoneses estavam vivendo, como também representava a força da natureza incontrolável e que nada pode ser feita contra ela. Algo parecido no que se vê até hoje, para quem mora no Japão, depois de desastres como terremotos e tsunamis. Em contrapartida, a trama representa muito bem a força e a união do povo japonês perante as dificuldades, em cenas em que mostra a dor, mas a perseverança e coragem desse povo. Não é a toa que o filme fez um tremendo sucesso de publico e critica, gerou varias continuações (tendo sido criado uma versão americana dois anos depois) e ter gerado a mania de monstros de seriados japoneses.
O monstro em si, é uma metáfora desse medo em que os japoneses estavam vivendo, como também representava a força da natureza incontrolável e que nada pode ser feita contra ela. Algo parecido no que se vê até hoje, para quem mora no Japão, depois de desastres como terremotos e tsunamis. Em contrapartida, a trama representa muito bem a força e a união do povo japonês perante as dificuldades, em cenas em que mostra a dor, mas a perseverança e coragem desse povo. Não é a toa que o filme fez um tremendo sucesso de publico e critica, gerou varias continuações (tendo sido criado uma versão americana dois anos depois) e ter gerado a mania de monstros de seriados japoneses.
Do elenco, destaque
para o veterano Takashi Shimura, figura bastante conhecida nos clássicos filmes
de Akira Kurosawa (Viver). Embora o filme tenha envelhecido em alguns aspectos,
deve-se notar que é uma produção muito bem cuidada e bem pensada, tanto na
fotografia, como em efeitos especiais que se tinha há oferecer na época, mas é
na trilha sonora em que a parte técnica realmente se destaca. Criada pelo
compositor Akira Ifukube, a trilha possui seis temas, sendo que, “Main Title’’
é a melodia que personificaria a lembrança do Godzilla ao público em geral.
Basta ouvir os primeiros acordes do tema inicial, que associação ao mostro é
imediata, sendo que ela voltaria em todas as continuações do personagem.
Revendo esse clássico, não é
a toa que até hoje Godzilla é considerado o rei dos monstros e que serviu de
fonte para a criação de outros filmes (como o medo pós "11 de
setembro" usado como metáfora no filme Cloverfield).
Nenhum comentário:
Postar um comentário