Por Gustavo Spolidoro:
Então,
finalmente, na próxima sexta acontece a (re)abertura do Capitólio, agora
como uma Cinemateca. No evento das 19:30 serão exibidos os filmes
INÍCIO DO FIM, que dirigi em 2005 nas ruínas do prédio e VENTO NORTE,
clássico restaurado dirigido por Salomão Scliar.
Muito
mais do que uma sala de exibição, a Cinemateca é um espaço para a
conservação, catalogação e pesquisa sobre o cinema feito não só no RS,
mas no Brasil. Está lá, por exemplo, o acervo do Cine Esquema Novo,
com grande parte do que se produziu de audiovisual no país entre 2001 e
2015 e que poderá ser acessado pelos interessados e pesquisadores.
Além
do ACERVO e da SALA DE CINEMA o local conta com biblioteca, sala para
cursos, espaço para pesquisa, sala de exposições e cafeteria (mais
detalhes no release oficial abaixo).
Sobre o curta INÍCIO DO FIM
SINOPSE: “Um homem desiste.”
EMPRESA PRODUTORA: CLUBE SILÊNCIO
DIRETOR: GUSTAVO SPOLIDORO
ROTEIRISTA: GUSTAVO SPOLIDORO
PRODUTOR EXECUTIVO: CAMILA GROCH e JAQUELINE BELTRAME
ROTEIRISTA: GUSTAVO SPOLIDORO
PRODUTOR EXECUTIVO: CAMILA GROCH e JAQUELINE BELTRAME
ELENCO: NILSSON ASP
DIRETOR DE FOTOGRAFIA: MAURO PINHEIRO JR, abc
DIRETOR DE ARTE: LUIZ ROQUE
MONTAGEM: MILTON DO PRADO
DESENHISTA DE SOM: CRISTIANO SCHERER
MÚSICA: MARCELO FRUET
FINANCIAMENTO: 9º Prêmio IECINE de CURTAS-METRAGENS / Governo do RS
MÚSICA: MARCELO FRUET
FINANCIAMENTO: 9º Prêmio IECINE de CURTAS-METRAGENS / Governo do RS
LOCAÇÕES: Cinemateca Capitólio; Faculdade de Medicina da UFRGS; Sítio da Família Consul Neglia
DATAS DE FILMAGENS: dias 22 e 23 de janeiro de 2005
PRÊMIOS
(16
prêmios) Melhor Curta Brasileiro – Jameson Short Film Awards/ European
Coordination of Film Festivals, no 16º Fest. Intl. de Curtas de São
Paulo/2005; Melhor Diretor no 10º CINE-PE; Melhor Filme de Ficção e
Menção Honrosa para o ator Nilsson Asp no 12º Vitória Cine
Vídeo; Melhor Filme no Curta-SE 6; Melhor Curta em 35mm, Diretor, Ator
(Nilsson Asp) e Direção de Arte (Luiz Roque), na Mostra Gaúcha do 33º
Festival de Gramado; Melhor Direção no 1° Festival de Atibaia; Melhor
Curta, Direção, Foto e Montagem no Prêmio José Lewgoy de Cinema
Gaúcho/2006; Melhor Direção e Menção Honrosa para Desenho de Som no 5º Santa Maria Vídeo e Cinema.
FESTIVAIS
participou
de mais de 40 festivais no exterior, com destaque para: Sundance/2006;
35º Festival de Rotterdam; Havana; Dresden; Drama; Toulouse; Québec (3
Amériques); Signes de Nuit (Paris); Cinema Jove (Valencia);
CINEMATECA CAPITÓLIO ABRE
SUAS PORTAS AO PÚBLICO
Após um longo
processo de restauro, que se estendeu por mais de uma década, a Cinemateca Capitólio finalmente abre
suas portas ao público no dia 27 de março de 2015. A cerimônia oficial de
inauguração está marcada para as 10h30. Já a partir das 19h do mesmo dia, as
portas estarão abertas ao público em geral, que na ocasião poderá visitar o
prédio e assistir à sessão inaugural, um programa formado pelo curta Início do Fim, de Gustavo Spolidoro
(filmado nas ruínas do prédio), e pelo longa Vento Norte, de Salomão Scliar (primeiro longametragem de ficção
sonoro realizado no Rio Grande do Sul). Esta sessão inaugural conta com o apoio
do Museu da Comunicação Hipólito José da
Costa, que está cedendo a cópia de Vento
Norte para este evento de abertura. Ao longo do fim de semana, nos dias 28
e 29 de março, as portas também estarão abertas ao público, com uma programação
em homenagem aos críticos que editaram nos anos 1960 a importante revista Filme 66, consolidando a geração
moderna da crítica cinematográfica do Rio Grande do Sul. Entre sábado e
domingo, haverá exibições gratuitas de três grandes clássicos do cinema, A Doce Vida, de Federico Fellini, O Leopardo, de Luchino Visconti, e Alphaville, de Jean-Luc Godard, além de
um debate sobre a paixão cinéfila com Enéas de Souza, Hélio Nascimento e Hiron
Goidanich, o Goida, mediado por Fatimarlei Lunardelli, autora do livro A Crítica de Cinema em Porto Alegre na
Década de 60.
A conclusão das
obras da Cinemateca Capitólio representa um momento histórico na vida cultural
de Porto Alegre. Iniciado em 2004, o longo e complexo processo de restauração
do Cine-Theatro Capitólio, uma das mais luxuosas salas de cinema da cidade,
além de recuperar a vocação original do espaço como sala de exibição, também teve
o objetivo de transformar o prédio em um local destinado à preservação da
memória audiovisual do Rio Grande do Sul. O projeto de restauração e de
ocupação do espaço foi patrocinado pela Petrobras,
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES e Ministério
da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da
Fundação Cinema RS – FUNDACINE.
Com esta
inauguração, a capital gaúcha passa a ser uma das poucas cidades brasileiras a
contar com um grande cinema de rua, preservado em toda a sua imponência e
riqueza arquitetônica, possibilitando às novas gerações o contato com um
autêntico memorial da era de ouro da exibição cinematográfica. Um período marcado
pelos gigantescos e suntuosos “palácios do cinema”, normalmente localizados na
região central das grandes cidades, cujas sessões atraíam uma multidão de
espectadores.
Muito mais do que uma simples sala de exibição, a
Cinemateca Capitólio será um espaço cultural único, por ser exclusivamente
dedicado ao setor audiovisual, contando com uma sala de cinema stadium com 164
lugares, biblioteca, sala multimídia, cafeteria, salas de pesquisa, espaço para
exposições e uma área inteira dedicada à preservação de filmes, roteiros,
fotos, livros, cartazes e outros itens relacionados à memória do cinema e do
audiovisual. Além disso, a Cinemateca Capitólio passa a ser a sede oficial do Programa de Alfabetização Audiovisual, projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal
de Cultura e pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e financiamento do Ministério da
Educação. Além de desenvolver seus projetos habituais, o Programa de
Alfabetização Audiovisual passa a responder pela ação educativa da Cinemateca
Capitólio.
A gestão da Cinemateca
Capitólio deve ser compartilhada entre a Prefeitura de Porto Alegre e a FUNDACINE
RS, parceiras no projeto desde o seu início, mantendo uma ação de
convergência entre o poder público, as entidades setoriais e a iniciativa
privada, potencializando o ingresso de novas fontes de fomento e ações
culturais em regime de cooperação.
HISTÓRICO
Na década de 1990, a Prefeitura Municipal de Porto
Alegre e o Governo do Estado iniciaram uma ampla política de revitalização da
área central, focada na recuperação de praças e passeios públicos, incluindo
também a implantação de equipamentos culturais, como forma de resgatar a vida
artística do centro da capital. Neste contexto, em 1994, a Prefeitura adquiriu
o prédio do antigo Cine-Theatro Capitólio, construído em 1928, visando a sua
futura restauração. Por sua relevância arquitetônica e cultural, o prédio foi
declarado Patrimônio Histórico do Município de Porto Alegre (em 1995) e do
Estado do Rio Grande do Sul (em 2007).
A ideia da criação da Cinemateca Capitólio nasceu em
2001, a partir de uma mobilização inicial da comunidade cinematográfica,
representada pela APTC-RS. Em 2003, o projeto toma corpo, através de uma
parceria firmada entre a Prefeitura de Porto Alegre, a Fundação Cinema RS -
FUNDACINE, e a Associação dos Amigos do Cinema Capitólio - AAMICA, com o
objetivo de restaurar o antigo Cine-Theatro Capitólio, transformando-o numa
cinemateca, com as funções de preservar, armazenar e difundir a memória do
cinema e do audiovisual do Rio Grande do Sul. Ainda em 2003, a FUNDACINE RS,
através de convênio firmado com a Prefeitura de Porto Alegre, começou a captar
os recursos necessários para a obra, cujo orçamento inicial era da ordem de R$
6.500.000,00.
O patrocínio da PETROBRAS, através da Lei Rouanet, no
valor de R$ 4.082.887,35, viabilizou a primeira fase de restauro do prédio,
realizada entre 2004 e 2006. Foi uma grande e complexa obra, dividida em duas
etapas, compreendendo toda a reforma dos interiores e fachadas do prédio e a
sua preparação para receber as instalações e equipamentos de uma cinemateca.
Nos anos seguintes, a FUNDACINE RS continuou
trabalhando na busca de recursos para a conclusão do projeto. Em 2010, a
Cinemateca Capitólio recebeu o patrocínio do BNDES, com recursos de R$ 1.110.265,00
destinados aos sistemas elétricos e de climatização, aquisição de mobiliário e
outros equipamentos.
Ao longo de cinco anos sem ocupação, entretanto, foi
constatado que o prédio da Cinemateca Capitólio necessitava de reparos e
adaptações para o seu funcionamento adequado. Assim, em 2011, a Prefeitura de
Porto Alegre firmou um convênio com o Ministério da Cultura, assegurando o
valor de R$ 1.000.000,00 para a conclusão do projeto (com aporte de R$
800.000,00 do MinC e contrapartida a de R$ 200.000,00 da Prefeitura).
Iniciada em outubro de 2012, esta terceira e última
etapa da restauração incluiu a execução das obras civis de reparos e adaptações
do prédio, a compra e a aquisição de equipamentos específicos de projeção e
som, equipamentos de informática e telefonia, entre outros itens necessários
para a efetiva conclusão do projeto.
A obra civil de restauro foi entregue no dia 4 de
abril de 2014, marcando oficialmente a conclusão do longo processo de
recuperação e implantação do prédio da Cinemateca Capitólio e a sua
reintegração ao espaço urbano de Porto Alegre. Paralelamente, foram iniciados
os processos para aquisições de equipamentos de projeção e som, da área de
acervo e de todo o mobiliário. Também entraram em finalização o projeto de
climatização do espaço e as adaptações relacionadas ao projeto de prevenção
contra incêndio.
Um processo que finalmente se conclui em março de
2015, com a abertura do prédio ao público.
PRINCIPAIS ESPAÇOS DA CINEMATECA CAPITÓLIO
Sala
de Cinema
A sala de exibição
da Cinemateca Capitólio mantém as características originais do espaço,
preservando o amplo pé direito do antigo Cine Theatro Capitólio e a arquitetura
da tela, tendo contudo sua plateia adaptada para o formato stadium. A sala, com
capacidade para 164 espectadores (além de um espaço reservado a quatro
cadeirantes), terá sessões de cinema permanentes, de terças a domingos.
Equipada com dois projetores 35mm, a sala de cinema terá programação de terça a
domingo, com três sessões diárias.
Acervo
O acervo da Cinemateca
Capitólio está organizado em salas distribuídas em quatro pavimentos, projetadas
especialmente para a função de guardar materiais relacionados à memória
audiovisual do Rio Grande do Sul. Localizada atrás da tela da sala principal de
exibição da Cinemateca Capitólio, a área do acervo da Cinemateca Capitólio
reúne filmes realizados em distintas bitolas (35mm, 16mm, 8mm, VHS, DVD, HD),
cartazes, roteiros, fotografias, recortes de jornais e demais documentos
relacionados à produção cinematográfica em nosso Estado.
Sala Multimídia
Espaço destinado à
realização de oficinas, cursos, palestras e exibições de filmes, equipado com
um projetor digital de alta definição e capacidade para 40 pessoas.
Salas de Pesquisa
Duas salas
destinadas à consulta individual de pesquisadores interessados em assistir a
filmes guardados no acervo da Cinemateca Capitólio. Equipadas com aparelhos de
DVD e monitores de televisão, as salas são de uso gratuito, sendo disponibilizadas
mediante agendamento prévio através do telefone 3289-7463.
Biblioteca
Biblioteca
especializada em cinema, reunindo livros, catálogos e revistas, com o objetivo
de atender pesquisadores da área e demais interessados pelo tema.
Sala de Exposições
Espaço
destinado a exposições e projeções de videoarte, localizado no andar térreo do
prédio.
Cafeteria
Localizada
no segundo andar do prédio, a cafeteria é um espaço de convivência destinado a
atender aos frequentadores da Cinemateca Capitólio, servindo cafés, bebidas e
uma diferente carta de doces, salgados e lanches em geral.
Cinemateca Capitólio
Rua Demétrio Ribeiro, 1085
Telefones:
3289-7458 (Administração)
3289-7453 (Bilheteria)
3289-7463 (Centro de Documentação e
Memória/Biblioteca)
3289-7450 (Portaria)
3289-7460 (Programa de Alfabetização
Audiovisual)
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