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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Cine Dica: Fantaspoa 2013: EXCISION



Sinopse: Pauline tem 18 anos e mora com seus pais e a sua irmã mais jovem, Grace, que tem fibrose cística. Ela planeja se tornar uma grande cirurgiã e comumente tem sonhos horripilantes, que considera “estimulantes”. Sua família tolera seus planos, enquanto seus colegas a consideram insuportável. Entretanto, Pauline tem um plano para lidar com isso que surpreenderá todos.

O filme já começa inquietante, onde vemos a protagonista Pauline (AnnaLynne McCord, excelente) se imaginando vendo ela mesma sangrando até a boca e que acaba deixando ela excitada. Isso é um pequeno exemplo do que irá transcorrer ao longo da projeção, pois vindo de Pauline tudo é possível, pelo menos vindo da sua mente criativa, mas sado masoquista. Pauline possui uma personalidade e opinião forte, não se importante nenhum pouco de bater de frente com a opinião das outras pessoas e tão pouco com relação aos seus pais, que é comandada pela mão de ferro da mãe (vivida por (Traci Lords), que acredita na imagem da família perfeita americana.
Alias esse é um dos pontos mais interessantes do filme: Pauline é diferente das outras pessoas, o que faz dela especial (mesmo nos assustando em vários momentos), sendo que torna o universo que ela vive num ambiente em que as pessoas necessitam viver das aparências, pois se preocupam com o que os outros vão pensar. Na verdade o filme é uma boa critica sobre a imbecilidade do norte americano, que sempre vende uma realidade onde as regras impostas podem fazer da vida um lugar melhor. Com isso, Pauline por vezes se sente numa prisão, onde a qualquer momento pode estourar e com resultados completamente imprevisíveis. O ápice das suas atitudes acontece na meia hora final, quando o seu desejo em tentar ajudar a sua irmã doente, há leva num caminho sem volta.
Embora durante todo o filme o roteiro nos da dica do que irá acontecer no final, ele não deixa de ser chocante, imprevisível  e que nos faz levar ele junto em nossas mentes quando saímos da sala escura. 

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema: FINAL



Após duas semanas me dedicando a François Truffaut, que antecede a minha participação para o curso sábado e domingo, encerro abaixo com uma matéria que eu escrevi no final das postagens que eu criei na época sobre Nouvelle Valle. Espero que aquele que tenha acompanhado as minhas postagens tenha gostado bastante e se for possível, esteja comigo na atividade amanhã. Até lá.      

PORQUE SÓ DEU ESSES DOIS? 

Por fim, como o curso sobre Nouvelle Vague, que eu irei participar começa amanhã, encerro hoje esse especial, relembrando esse movimento que mudou a cara, não só do cinema Francês, como também fortaleceu o termo “cinema de autor”. Porém, gostaria de dar algumas explicações sobre o do porque de eu ter focado tanto os filmes de François Truffaut e Jean-Luc Godard, enquanto outros filmes importantes como os de Robert Bresson, Claude Chabrol, Alain Resnais, Chabrol, e de tantos outros ficaram de fora.
Para começar, quando conheci esse movimento, que começou na virada dos anos 50 e 60, foi através de um simpático livro intitulado Cinema: De Lumière a Tarantino (de Luis Carlos Merten), que focava os principais acontecimentos do cinema, durante o século 20. 

Ao chegar ao Nouvelle Vague, o escritor começou a falar sobre as origens da "Nova Onda", e os principais diretores que ele citava, era sempre Truffaut e Godard e isso se reprisou, quando ele relançou o livro com novos extras alguns anos depois. Fora isso, em 2009 eu havia comprado um especial da revista Bravo, falando sobre os 100 melhores filmes de todos os temos  e dentre eles, lá estavam Acossado e Uma Mulher para Dois, onde cada texto falava mais e mais sobre a carreira, tanto de Truffaut como de Godard. Devido a isso, imediatamente comecei a ficar viciado em pegar todos os filmes de ambos, para poder assistir e conhecer mais sobre esse movimento. Porém, a filmografia do resto da turma de críticos da revista intitulada L’Express, ficou meio que de lado, e somente comecei a assistir mais sobre os seus filmes agora, principalmente de Robert Bresson, que gostei bastante a partir do filme O Abatedor de Carteiras. Mas sejamos honestos com nos mesmos: se pegarmos uma lista dos melhores filmes da Nouvelle Vague, imediatamente iremos perceber que, boa parte dos filmes ali são dessa dupla de diretores carismática, que na tristeza e na doença, juntos fizeram um punhado de filmes mais deliciosos que o outro. Mesmo assim, peso desculpas, para aqueles que esperavam mais filmes dos outros diretores, mas quem sabe né, eu me vicie por um deles e faça um especial de cada um, ou melhor, faça um curso sobre um deles e faça os especiais. Ai ficara maneiro né. Até o próximo especial.

Leia mais sobre François Truffaut: Parte 1,2,3,4,5,6,7,8 e 9

Leia também: Nouvelle Vague  e  Jean-LucGodard.

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Cine Dicas: Estréias no final de semana (17/05/13)


2 mais 2 

Sinopse: Dois casais amigos de toda a vida chegam aos 40 anos. Diego e Emília tem um filho de 14 anos e uma vida familiar organizada já Richard e Betina não tem filhos e aproveitam a vida de forma diferente. Numa conversa o segundo casal que é praticante de swing sugere que eles façam uma troca de casais.

Elena 

Sinopse: Elena viaja para Nova York com o mesmo sonho da mãe: ser atriz de cinema. Deixa para trás uma infância passada na clandestinidade dos anos de ditadura militar. Deixa Petra a irmã de sete anos. Duas décadas mais tarde Petra também se torna atriz e embarca para Nova York em busca de Elena. Tem apenas pistas. Filmes caseiros recortes de jornal um diário. A todo momento Petra espera encontrar Elena caminhando pelas ruas com uma blusa de seda. Pega o trem que Elena pegou bate na porta de seus amigos percorre seus caminhos. E acaba descobrindo Elena em um lugar inesperado. Aos poucos os traços das duas irmãs se confundem já não se sabe quem é uma quem é a outra. A mãe presente. Petra decifra. Agora que finalmente encontrou Elena Petra precisa deixá-la partir.

  Finalmente 18

Sinopse: Um dia antes da prova para entrar no curso de medicina estudante comemora seu aniversário de 21 anos com os dois melhores amigos.

  
Giovanni Improtta

Sinopse: Giovanni Improtta é um contraventor que deseja ascender socialmente e se legalizar. Para tal comete algumas infrações. Acaba traído na mira da mídia e da polícia sob uma injusta acusação de assassinato difícil de ser resolvida por vias legais.

O Brasil Deu Certo. E Agora? 

Sinopse: O Filme relembra os avanços econômicos alcançados pelo Brasil nos últimos anos e discute os rumos para o futuro.

O massacre da serra elétrica 3D - A lenda continua 

Sinopse: Em 1974 uma tragédia atingiu um grupo de cinco jovens numa pequena cidade do Texas. Eles nunca imaginaram vivenciar algo tão macabro e doentio. Apenas uma garota conseguiu escapar para contar a história e os acontecimentos que se seguiram pareciam ter colocado um fim naquele horror. O que poucas pessoas sabiam é que uma criança foi escondida daquela loucura e cresceu sem saber sobre sua verdadeira família.brAnos depois já adulta Heather Mills recebe a herança de uma avó que ela nunca soube existir e decide viajar para o Texas junto com os amigos Nikki Ryan e Kenny. Quando chegam no local Heather fica encantada com a mansão que acabou de herdar mas precisa seguir duas regras: não pode vender a casa e tem que seguir as instruções deixadas numa carta escrita pela avó.brMas antes que ela possa abrir a carta ela e seus amigos são confrontados por um outro parente que também sobreviveu ao terror de anos atrás. E ele não parece se importar se suas vítimas são parentes ou não. Ele está apenas em busca de sangue...

Reino Escondido - 3D 

Sinopse: Uma adolescente é magicamente transportada para um universo secreto e precisará da ajuda de vários seres místicos para conseguir salvar seu mundo e o universo secreto de uma força maligna.

Terapia de Risco
Sinopse: A história acompanha Emily Hawkins uma jovem mulher que começa a se dopar com remédios tentando conter a ansiedade do retorno de seu marido que está prestes a ser libertado da prisão. Ela também busca amparo num tratamento psicológico lidando com dois profissionais.


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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema: Parte 9


Nos dias 18 e 19 de maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague.
  
As Duas Inglesas e o Amor 

Sinopse: No começo do Século 20, o francês Claude e a inglesa Anne se conhecem e se tornam amigos. Tempos depois, eles se reencontram no País de Gales e Claude se apaixona por Muriel, irmã dela. Obrigado a se separar por um ano de Muriel, a pedido da família dela, ele termina o romance e começa a se envolver com Anne.
  
Henri Pierre Roché, o mesmo autor do livro que em 1961 havia originado o clássico Jules & Jim, foi novamente inspiração para Truffaut realizar, dez anos depois, mais um ótimo tratado sobre o “amor a três”: Duas Inglesas e o Amor, a trama flui a passos largos, permeando com eficiência os pontos de vistas dos três personagens centrais. Como sempre, Truffaut evita o piegas e foge das fáceis armadilhas cinematográficas de maneira direta, quase minimalista, numa época em que o termo sequer existia. As Duas Inglesas e o Amor é um filme inesquecível sobre amores roubados, felicidade e vidas fracassadas.  

O Último Metrô 

Sinopse: Na Paris de 1942, Steiner é um judeu forçado a abandonar o país. Sua esposa, uma atriz, dirige o teatro para ele. Ela tenta manter o teatro funcionando e contrata Bernard Granger com ater principal. Mas Steiner, na verdade, está escondido no porão. 

O Último Metrô foi um dos últimos e melhores filmes do mestre François Truffaut. No elenco, os astros Catherine Deneuve e Gérard Depardieu brilham nos papéis principais. Se em A Noite Americana o cineasta faz uma declaração de amor ao cinema, aqui é uma verdadeira declaração de amor ao teatro. A trama se passa num dos momentos mais trágicos  da história do mundo e de seu país: os anos em que a França esteve dividida em duas partes, uma invadida, ocupada fisicamente pelas tropas nazistas, e a outra que se fingia de livre. Mas apesar disso, novamente Truffaut dirigi a trama com carinho, nos passando até mesmo a idéia de que as situações mostradas na trama, podem na realidade ser uma bela mistura de ficção com a própria realidade que ele presenciou na época. O que não seria novidade nenhuma, já que boa parte de sua filmografia (a partir de Os Incompreendidos) tem um pouco de tudo do que ele vivenciou ao longo da vida.
Vale lembrar que O Último Metrô foi o primeiro de uma grande série de filmes em que Catherine Deneuve e Gérard Depardieu trabalhariam juntos, dois dos mais belos e mais talentosos atores do cinema francês da época. A lista dos dois juntos é extensa: Le Choix des Armes (1981), Je Vous Aime (1981), Fort Saganne (1984), Drôle d’endroit pour une reencontre (1988), Les Cents e une Nuits de Simon Cinéma (1995), Tempos que Mudam/Les Temps qui Changent (2004) e Potiche – Esposa Troféu (2010). 

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Cine Dica: Fantaspoa 2013: AURORA


ATÉ AONDE VAMOS DEVIDO A FALTA DE AFETO?

Sinopse: Lukas é um cientista que foi escolhido para fazer parte de um experimento baseado em transferência neural: as informações neurais de uma garota em coma serão a ele transferidas, fazendo com que, de alguma forma, ele seja inserido na mente da garota. O bem-sucedido experimento leva Lukas a um mundo surreal habitado por uma linda mulher, por quem imediatamente se torna obcecado. Então, ele decide não partilhar todos os resultados com os cientistas, de forma a ser plugado continuamente para poder encontrar sua paixão.

Hoje vivemos numa sociedade que está cada vez mais difícil se relacionar, onde nos simplesmente não conseguimos achar uma conexão correta para conseguirmos realmente amar a pessoa próxima, ao ponto de que certos valores que tanto nos valorizamos no passado, acaba indo por terra.  É esse pensamento que me veio ao assistir o filme Aurora da cineasta Kristina Buozyté: aqui temos o protagonista (Marius Jampolskis, ótimo), que não consegue mais sentir amor pela mulher, ao ponto de se entregar a pornografia da internet para sentir algum prazer. Mas esse quadro muda quando ele é escolhido em um experimento em transferência neural, para ajudar uma garota em coma chamada Aurora (Jurga Jutaite) e estudar sobre o que se passa na cabeça de uma pessoa quando esta neste estado.
Quando o protagonista entra nesse universo da mente humana, somos brindados com belas imagens, onde a câmera desfila suavemente por um cenário surreal, onde a edição de arte e fotografia cumpre com o seu propósito, em proporcionar uma verdadeira viagem dentro da consciência humana. Neste universo surreal, Lukas gradualmente vai conhecendo Kristina, sendo que a relação de ambos começa de uma forma gradual, mas explosiva. É neste ponto em que a cineasta quis passar ao espectador uma espécie de metáfora de como o ser humano atual vive numa realidade de carência e falta de afeto. Entrar na mente humana, para assim ter a sensação do verdadeiro calor humano (e do amor), talvez seja a ultima fronteira até aonde podemos chegar para não nos sentirmos sozinhos.
Lukas fica cada vez mais depende das viagens dentro do subconsciente de Aurora, ao ponto que a relação se torna tão intensa, que eles necessitam se fundir um ao outro, em cenas oníricas em que o corpo deles (e de outros que surgem), se torne argila ou barro, para que então aja uma fusão, devido à necessidade de eles quererem se sentir um pelo outro. No final das contas, é um filme que representa a necessidade das pessoas terem e sentirem o amor pelo próximo, pois como já diz o ditado, “sem amor somos estranhos no paraíso”.
 Os minutos finais fortalecem isso, que embora não vá agradar a todos, a produção cumpre com a proposta que quis passar para o espectador e nos faz sair da sala do cinema com as incríveis imagens que nos presenciamos dentro de nossas mentes. 

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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema: Parte 8


Nos dias 18 e 19 de maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague. 

O Amor em Fuga 

Sinopse: Aos 35 anos, Antoine Doinel divorcia-se de Christine e começa a rever diversos personagens que marcaram sua vida, incluindo Colette, seu primeiro amor. Em meio a tudo isso, vive um romance com Sabine, uma jovem vendedora de discos.

Quinto e o último filme protagonizado pelo personagem Antoine Doinel, o alter-ego do mestre François Truffaut. É um belo desfecho para as aventuras de Antoine Doinel, ao som da envolvente música tema “L’Amour en Fuite”, de Alain Souchon. Não espere do filme as crises existenciais e os longos diálogos psicológicos típicos dos roteiros franceses. O Amor em Fuga traz o sempre fluído e agradável ritmo que Truffaut consegue imprimir nas suas narrativas, alterna momentos introspectivos com cenas de comicidade e ainda consegue ser crítico e sarcástico em relação à própria maneira de ser mal humorada da maioria dos franceses.
Por ser o ultimo filme com Doinel, o filme ainda nos presenteia com cenas dos melhores momentos dos filmes anteriores, como a obra prima Os Incompreendidos.

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NOTA: EM BREVE NO MEU BLOG....






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