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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Cine Dica: 8 de 28 Cinemateca Capitólio estreia A Floresta de Jonathas

A FLORESTA DE JONATHAS ENTRA EM CARTAZ NA CINEMATECA CAPITÓLIO
A partir de terça-feira, 16 de fevereiro, o filme A Floresta de Jonathas, ainda inédito no circuito comercial de Porto Alegre, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio. O diretor, Sergio Andrade, teve seu mais novo filme, Antes o Tempo Não Acabava, selecionado para o Festival de Berlim deste ano. Um Dia Muito Especial, clássico de Ettore Scola, segue em exibição. O valor do ingresso é R$ 10,00.
O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.
 
A FLORESTA DE JONATHAS
(Brasil, 2013, 100 minutos)
Direção: Sergio Andrade

Uma família vive da colheita e venda de frutas em uma área rural do Amazonas. Jonathas vive com os pais e o irmão, Juliano, em um sítio. Através de uma barraca de frutas na beira da estrada, os irmãos mantém contato com todo tipo de pessoa. Um dia, eles conhecem Milly, uma turista da Ucrânia, e Kedassere, um indígena local. Juntos, decidem passar o final de semana acampando.

UM DIA MUITO ESPECIAL
(Una Giornata Particolare, Itália, 105 minutos, 1977)
Direção: Ettore Scola

Roma, 6 de maio de 1938. Benito Mussolini e Adolf Hitler se encontraram para selar a união política que, no ano seguinte, levaria o mundo à 2ª Guerra Mundial. Praticamente toda a população vai ver este acontecimento, inclusive o marido fascista de Antonietta (Sophia Loren), uma solitária dona de casa que conhece acidentalmente Gabriele (Marcello Mastroianni), seu vizinho, quando seu pássaro de estimação foge e ela o encontra pousado na janela do vizinho. Antonietta nunca falara com Gabrielle, que tinha sido demitido recentemente da rádio onde trabalhava por ser homossexual. Ela, por sua vez, era uma esposa infeliz e insegura pelo fato de não ter uma formação profissional. Gradativamente os dois desenvolvem um tipo muito especial de amizade.

GRADE DE HORÁRIOS
16 a 21 de fevereiro de 2015

16 de fevereiro (terça-feira)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – Um Dia Muito Especial
20:00 – A Floresta de Jonathas

17 de fevereiro (quarta-feira)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – Um Dia Muito Especial
20:00 – A Floresta de Jonathas

18 de fevereiro (quinta-feira)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – Um Dia Muito Especial
20:00 – A Floresta de Jonathas

19 de fevereiro (sexta-feira)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – Um Dia Muito Especial
20:00 – A Floresta de Jonathas

20 de fevereiro (sábado)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – Um Dia Muito Especial
20:00 – A Floresta de Jonathas

21 de fevereiro (domingo)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – Um Dia Muito Especial
20:00 – A Floresta de Jonathas

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: BROOKLYN



Sinopse: A jovem irlandesa Ellis Lacey (Saoirse Ronan) se muda de sua terra natal e vai morar em Brooklyn para tentar realizar seus sonhos. No ínicio de sua jornada nos Estados Unidos, ela sente falta de sua casa, mas ela vai tentando se ajustar aos poucos até que conhece e se apaixona por Tony (Emory Cohen), um bombeiro italiano. Logo, ela se encontra dividida entre dois países, entre o amor e o dever.



Saoirse Ronan talvez venha a ser o mais novo jovem grande talento do cinema americano atual. Chamando atenção pela sua atuação em Desejo e Reparação (indicada ao Oscar) a atriz de talento precoce vem atuando em diversos gêneros, até mesmo em filmes de ação como Hanna. Em Brooklyn ela esbanja talento, mesmo numa produção que fica muito aquém do esperado.
Não que a obra seja dispensável, pois ela possui uma reconstituição de época perfeita, assim como o seu figurino e fotografia. Acompanhamos a jovem protagonista, cujo objetivo é ir para os EUA e crescer profissionalmente por lá, mesmo que para isso tenha que abandonar sua mãe e irmã. Ela conhece um bom moço chamado Tony (Emory Cohen) e ambos se casam secretamente, mas eventos fazem com que ela volte para o seu país de origem, o que faz viver num grande dilema.
O filme funciona mais pelo ótimo desempenho de Saoirse Ronan, mesmo que, no princípio, ela não se apresente com grandes louros com relação a sua personagem, já que os coadjuvantes que surgem no primeiro ato acabam se tornando bem melhores. Porém, a atriz corresponde com relação aos caminhos que a personagem percorre, pois ela vai amadurecendo e se tornando uma mulher madura e dona do seu próprio destino. Isso faz com que ela enfrente difícil escolhas, das quais podem a levar para um novo caminho e testar o seu próprio caráter.
De resto, o filme se sustenta num visual bonito, cujas cores quentes correspondem num tempo em que os EUA abriam (?) os braços para inúmeros imigrantes, dos quais acreditavam que estava vivendo no o país das oportunidades. O problema é justamente ao fato do filme vender a obra como se fosse uma espécie de contos de fadas, do qual vemos um EUA que não lembra em nada outras obras que retratam a vida difícil de imigrante indo para lá, como no caso de Era uma vez em Nova York. Em tempos em que o cinemão americano tenta se redimir com o passado, e retratando realmente os fatos que ocorreram em sua história, é engraçado vermos um filme bonitinho do começo ao fim e querer provar exatamente ao contrário. 
Lindo mas previsível, Brooklyn é valido para ser assistido por jovens casais apaixonados, pouco exigentes e interessados somente em ver algo que já sabemos da maneira que irá terminar.





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Cine Curiosidade: Os grandes erros e pequenos acertos da Rede Cinemark



A rede de cinema Cinemark é popular por nos brindar com cinemas de alta tecnologia, conforto e inúmeras promoções. Porém, quando ela erra, ela não somente erra como também não aprende com os seus próprios erros: mudanças repentinas  nos horários das sessões; mudanças bruscas das promoções; falta de atendentes nas bilheterias; problemas na tela; problema no 3D e assim por diante.
Como eu tenho acesso aos principais jornais do RS, me chamou atenção uma nota publicada na pagina Opinião do Leitor, publicado no último dia dez desse mês no Jornal do Comércio:



Chamou-me muita atenção essa nota da leitora, tanto que, no outro dia, dei a minha opinião sobre o assunto e o jornal publicou:


Por coincidência, nesse último sábado, fui com a minha namorada justamente no Cinemark Ipiranga de Porto Alegre. Pagamos estacionamento, ficamos passeando um pouco por lá, mas quando chegamos para comprar o ingresso veio à surpresa: "salas de cinema fechadas por tempo indeterminado devido ao problema com o ar condicionado".
Até ai tudo bem, pois dá a entender que as duas notas publicadas no jornal tenham surtido efeito. O problema é que eles não avisaram no site oficial deles que o Cinemark Ipiranga estava fechado, não enviaram uma nota para os jornais publicarem na programação dos cinemas e tão pouco deixaram um aviso na entrada do Shopping de que as salas não estavam disponíveis naquele momento. Devido a esse contratempo, gastamos R$ 8 Reais de estacionamento à toa, sendo uma situação que facilmente poderia ter sido evitada, se não fosse à falta de boa vontade, tanto do shopping como também dos organizadores da rede de cinema.
Infelizmente, por mais que eu venha reclamar aqui, os engravatados do Cinemark somente se importam em lucrar e sua prepotência é tão grande que mal conseguem ouvir as críticas daqueles que frequentam o seu circuito. Venho aqui em forma de protesto e dizer que, pelo menos, faço a minha parte e não ficarei calado. Eu amo cinema e exijo a melhor qualidade possível para ver um bom filme numa tela grande e falo isso em nome de inúmeros cinéfilos que, por vezes, se prejudicam devido à incompetência de outros 

Façam a sua parte e qualquer coisa reclame, pois quem
paga por cultura de qualidade é você! 

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: O FILHO DE SAUL


Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, Saul Ausländer (Géza Röhrig) é um dos prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz. Saul é responsável pela cremação dos corpos dos outros judeus e ele acredita que um dos cadáveres é de seu filho e, dessa forma, luta para escapar de lá para dar um fim digno ao corpo.


Em filmes recentes, como Quarto do Jack ou o filme O Regresso, o protagonista se prende no amor ou na vingança e faz disso uma forma de se manter vivo para assim alcançar os seus objetivos. Isso faz com que o personagem não se enfraqueça perante os obstáculos, pois às vezes o mundo em volta é deveras traiçoeiro. Nesse filme Húngaro, O Filho de Saul, a muleta para manter o protagonista ainda respirando em meio ao horror é por vezes surreal, mas ela funciona para fazê-lo seguir em frente, mesmo por mais absurdo que seja, pois a sua própria realidade em volta já se encontra terrivelmente desoladora.
A trama é simples: Saul (Géza Röhrig) é um judeu que trabalha num campo de concentração, onde o seu principal trabalho é limpar as salas de cremação onde se encontravam antes inúmeros judeus. Entre os inúmeros cadáveres que ele encontra pela frente em uma das salas de cremação, ele encontra um corpo de uma criança, da qual ele começa acreditar que seja o seu filho e começa então uma luta pessoal para ele dar um fim digno ao corpo.
Gradualmente, percebemos que o protagonista usa essa situação do qual ele inventou para se manter vivo, ou então buscar uma redenção pessoal a muito perdida em sua vida. Mais de que uma jornada de um homem em meio ao horror é uma jornada para manter a mente sã, para sim não enlouquecer e perder a sua humanidade. Motivos para desistir de tudo não faltam no decorrer da obra, o que faz dela angustiante perante aos nossos olhos.
Assim como em filmes recentes como o já citado O Regresso, o diretor estreante László Nemes cria inúmeros planos senciências, sendo que a câmera jamais tira o foco do seu protagonista. Porém, o cineasta impressiona da forma em que ele filma, onde a câmera sempre se encontra atrás de Saul, ou focando cada detalhe de sua expressão no decorrer do filme. Devido a isso, a câmera se torna uma espécie de representação de nós indo atrás do protagonista, como se nós estivéssemos nos escondendo atrás dele, enquanto ele testemunha o inferno na terra.
Falando nisso, o cineasta não poupa o cinéfilo com as cenas do campo de concentração e seus crematórios. Porém, por mais explicita que sejam as cenas, László Nemes foi habilidoso em filmar a maioria delas fora de foco e fazendo com que não tenhamos um verdadeiro soco no estômago. Contudo, nós sabemos o que está acontecendo, pois basta ver, mesmo fora de foco, uma montanha de corpos e que, quando não sabemos o que há em cena, a expressão do protagonista já nos diz tudo. 
Géza Röhrig (Saul) praticamente carrega o filme nas costas, pois jamais a câmera lhe abandona, mas quando isso acontece, é para somente focar algo importante que irá acontecer em cena. Não faltam logicamente momentos angustiantes, dos quais ficamos apreensivos com relação ao destino do protagonista. A cena em que ele presencia os soldados nazistas fuzilando judeus e os jogando numa vala é aterradora.
Com sequências como estás, compreendemos então a mente do protagonista e os motivos que o levam a agir de uma forma tão imprevisível. O ato final reserva momentos surpreendentes, onde a sua luta para alcançar o seu objetivo o leva para um caminho sem volta. O final, aliás, não nos deixa reconfortados, pois os eventos da trama continuam em nossas mentes, mesmo quando eles aparentemente se encerram no último quadro.  
O Filho de Saul é uma experiência perturbadora e inesquecível, mesmo revisitando o cenário do holocausto, que foi tantas vezes visto e revisto no cinema. 



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