Sinopse: A jovem irlandesa
Ellis Lacey (Saoirse Ronan) se muda de sua terra natal e vai morar em Brooklyn
para tentar realizar seus sonhos. No ínicio de sua jornada nos Estados Unidos,
ela sente falta de sua casa, mas ela vai tentando se ajustar aos poucos até que
conhece e se apaixona por Tony (Emory Cohen), um bombeiro italiano. Logo, ela
se encontra dividida entre dois países, entre o amor e o dever.
Saoirse Ronan talvez
venha a ser o mais novo jovem grande talento do cinema americano atual.
Chamando atenção pela sua atuação em Desejo e Reparação (indicada ao Oscar) a
atriz de talento precoce vem atuando em diversos gêneros, até mesmo em filmes
de ação como Hanna. Em Brooklyn ela esbanja talento, mesmo numa produção que
fica muito aquém do esperado.
Não que a obra seja
dispensável, pois ela possui uma reconstituição de época perfeita, assim como o
seu figurino e fotografia. Acompanhamos a jovem protagonista, cujo objetivo é
ir para os EUA e crescer profissionalmente por lá, mesmo que para isso tenha
que abandonar sua mãe e irmã. Ela conhece um bom moço chamado Tony (Emory
Cohen) e ambos se casam secretamente, mas eventos fazem com que ela volte para
o seu país de origem, o que faz viver num grande dilema.
O filme funciona mais
pelo ótimo desempenho de Saoirse Ronan, mesmo que, no princípio, ela não se
apresente com grandes louros com relação a sua personagem, já que os
coadjuvantes que surgem no primeiro ato acabam se tornando bem melhores. Porém,
a atriz corresponde com relação aos caminhos que a personagem percorre, pois
ela vai amadurecendo e se tornando uma mulher madura e dona do seu próprio
destino. Isso faz com que ela enfrente difícil escolhas, das quais podem a
levar para um novo caminho e testar o seu próprio caráter.
De resto, o filme se
sustenta num visual bonito, cujas cores quentes correspondem num tempo em que
os EUA abriam (?) os braços para inúmeros imigrantes, dos quais acreditavam que
estava vivendo no o país das oportunidades. O problema é justamente ao fato do
filme vender a obra como se fosse uma espécie de contos de fadas, do qual vemos
um EUA que não lembra em nada outras obras que retratam a vida difícil de
imigrante indo para lá, como no caso de Era uma vez em Nova York. Em tempos em
que o cinemão americano tenta se redimir com o passado, e retratando realmente
os fatos que ocorreram em sua história, é engraçado vermos um filme bonitinho
do começo ao fim e querer provar exatamente ao contrário.
Lindo mas previsível, Brooklyn é valido para
ser assistido por jovens casais apaixonados, pouco exigentes e interessados
somente em ver algo que já sabemos da maneira que irá terminar.
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