Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: André (Selton Mello) é um filho desgarrado, que saiu de casa devido à severa lei paterna e o sufocamento da ternura materna. Pedro, seu irmão mais velho, recebe de sua mãe a missão de trazê-lo de volta ao lar. Cedendo aos apelos da mãe e de Pedro, André resolve voltar para a casa dos seus pais, mas irá quebrar definitivamente os alicerces da família ao se apaixonar por sua bela irmã Ana.
Essa ambiciosa adaptação das telas do romance homônimo de Raduan Nassar marca a ousada estréia na direção de longas de Fernando Carvalho, que vindo da TV, assina aqui o roteiro e a montagem. É um exercício formal rigoroso e hermético, uma parábola sobre o filho prodigo que retorna ao lar. Espetáculo para poucos, o filme avança em ritmo lento e contemplativo, com imagens de absurda beleza.
Seltom Mello da um verdadeiro show de interpretação mas Raul Cortes não fica muito atrás como o patriarca da família. Sem duvida um dos projetos mais autorais desde a retomada do cinema brasileiro. Ganhou o premio de contribuição artística em Montreal em 2001 e premio de publico na 25ª Mostra internacional de São Paulo.
Sinopse: Dicky Ecklund (Christian Bale) é uma lenda do boxe que desperdiçou o seu talento e a sua grande chance. Agora o seu meio-irmão Micky Ward (Mark Wahlberg) tentará se tornar uma nova esperança de campeão e superar as conquistas de Dicky. Treinado pela família e sem obter sucesso em suas lutas Micky terá que escolher entre seus familiares e a vontade de ser um verdadeiro campeão. O Vencedor é inspirado em uma emocionante história real onde a maior luta de nossas vidas é a conquista dos nossos próprios sonhos.
Nos últimos filmes em que Christian Bale era o protagonista algo de interessante acontecia: Os personagem coadjuvantes roubavam a cena, mas não tinha como reclamar muito se pensarmos por exemplo em Batman Cavaleiro das Trevas onde heath ledger roubava a cena de todo mundo mesmo, mas o que dizer quando Bale perde a cena para um ator sem expressão (Sam Worthington) em O Exterminador do Futuro 4?
Isso fora o fato que o ator sofreu por problemas familiares e profissionais entre 2008 e 2009 mas tudo isso se dissipa quando ele surge em O Vencedor. Embora Mark Wahlberg (Os Infiltrados) seja protagonista, Christian Bale apresenta uma atuação impressionante que faz qualquer ator que contracene com ele acaba por desaparecer, principalmente Wahlberg que nunca achei um grande ator. Contudo o filme não vive apenas por ele, duas atrizes de gerações diferentes e indicadas ao Oscar, Amy Adams (Julie & Julia) e Melissa Leo (Rio Congelado) roubam a cena a cada momento que aparecem, principalmente a ultima que faz uma perua e mãe dominadora.
Com inúmeros trejeitos esquisitos, tanto no corpo como no rosto, Bale se torna infalível para fazer o papel de um ex-boxeador viciado em crack, e com isso, o ator perdeu peso de uma maneira assustadora, algo que não se via desde O Operário e ganhando o próximo Oscar seria uma espécie de vitoria contra tudo que ele passou, seja vida profissional ou pessoal.
Se a um ponto falho no filme de David O. Russell (Três Reis) é justamente as cenas das lutas de boxe que não empolgam nenhum pouco mas isso é compensado graças a carismáticos personagens que buscam, acima de tudo, uma segunda chance na vida
sinopse: Wagner Moura retoma o personagem mais marcante de sua carreira o capitão Nascimento na seqüência de Tropa de Elite filme também dirigido por José Padilha ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlin 2008. Nascimento dez anos mais velho cresce na carreira: passa a ser comandante geral do BOPE e depois Sub Secretário de Inteligência. Em suas novas funções Nascimento faz o BOPE crescer e coloca o tráfico de drogas de joelhos sem perceber que ao fazê-lo está ajudando aos seus verdadeiros inimigos: os policiais e os políticos corruptos que submetem a segurança pública a interesses pessoais. Agora os inimigos de Nascimento são bem mais perigosos.
Nem vou me alongar
sobre o primeiro filme, pois o que posso dizer sobre ele é que escancarou o que
o povo brasileiro queria e quer justiça, não importa de que forma. O brasileiro
está cansado de violência, de uma segurança falida, como esta rolando no Rio de
Janeiro e ver o Capitão Nascimento usando métodos pouco ortodoxos para acabar
com isso fez o povo brasileiro aflorar a sua vontade e o desejo de dizer que
tudo o que ele fez está certo. Afinal, ele foi obrigado a fazer o que fez, pois
não havia outra saída doa o que doer.
Passado alguns anos,
Capitão Nascimento enfrenta agora outro inimigo e com isso José Padilha
surpreende o público escancarando quem é o verdadeiro inimigo da história.
Acredito que Padilha só não lançou seu filme um pouco antes porque estávamos
vivendo uma época de eleição, mas se tivesse sido lançado durante as campanhas à
coisa iria pegar fogo, pois o filme explora a realidade nua e crua sobre as
milícias, onde os candidatos que, se dizem prontos para nos governar, têm seus
dedos podres no meio e só com isso tudo já torna esse filme o mais corajoso do
ano. Apesar de o início dizer que os fatos apresentados na trama são levemente
inspirados em fatos reais, ali a pouca realidade já é terrível de se assistir,
mas não podemos recuar.
Vagner Moura dessa
vez tem mais espaço ainda para seu personagem ser desenvolvido e com isso o
ator surpreende ao mostrar Nascimento cansado e meio arrependido com os seus
atos do passado, principalmente perante o filho que tenta aflorar ali seu lado
paternal que não quer perder. Contudo, de bobo não tem nada e Nascimento
responde a altura para aqueles que quase o levaram ao inferno, Nascimento é o
nosso Jack Bauer tupiniquim e vendo-o dando uma verdadeira surra em um político
que se faz de esperto nos dá uma vontade grande de gritarmos um olé. Capitão
Matias (André Ramiro) volta com o seu personagem do filme anterior só que com
menos tempo na tela. Mesmo assim Ramiro cumpre bem o se desempenho
principalmente em uma sequência de ação em uma perseguição em uma favela que
termina de uma forma arrasadora e realista. Lembrando que essa sequência desde
já é fantástica, bem dirigida por Padilha e orquestrada pelo montador Daniel
Rezende (indicado ao Oscar por Cidade de Deus).
Se analisarmos os dois
filmes, em que cada um retrata um grau de criminalidade que possuem inúmeras
fazes piores do que a outra. Portanto é de se esperar algo de muito maior se
caso aconteça um Tropa de Elite 3, já que os minutos finais do filme são de uma
ousadia inesperada e temos uma ideia do que pode (ou não) surgir em uma
eventual sequência e as palavras finais de Nascimento com certeza serão ouvidas
nos comentários das pessoas nas ruas. A verdade é dura, mas precisa ser ouvida,
pois somos livres ou não??
Sinopse: Beth MacIntyre (Winona Ryder) a primeira bailarina de uma companhia está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman) mas ela possui sérios problemas interiores especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel) um exigente diretor artístico ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas em especial Lilly (Mila Kunis).
Loucura, obsessão, vicio, queda e redenção, esses são alguns ingredientes que moldam a filmografia de Darren Aronofsky. Desde quando começou a se destacar em PI e se consagrando em Réquiem Para Um Sonho, o diretor só vem surpreendendo e testando os nervos do espectador em que for assistir os seus filmes. Cisne Negro não é diferente, pois é uma verdadeira descida ao inferno para adquirir a perfeição e realizar um sonho, mas a que preço?
Em uma espécie de encontro com A Malvada e O Inquilino, o filme mostra passo a passo os desafios de Nina em realizar seu maior sonho, ser a Rainha dos Cisnes, mas para isso precisa ser não só o cisne branco mas também o cisne negro e transmitir o lado perverso e sensual da sua alma humana. Natalie Portman realiza aqui o que talvez seja o melhor desempenho de sua carreira, pois ela consegue passar todas as transformações de sua personagem, de uma inocente bailarina determina a conseguir realizar seu sonho, para um ser cheio de duvidas e paranoias e que lhe acabam lhe afetando, tanto fisicamente como psicologicamente, mas até aonde é ilusão e realidade no filme? Até aonde é fato que estão querendo destruir ela? Seria tudo fruto de sua imaginação? Ou realmente o mundo que ela vive é um mundo cruel e cheio de disputas?
Muitas perguntas ficam no ar e talvez elas sejam somente respondidas nos minutos finais do filme. Até lá, o publico acompanha a jornada de Nina com uma câmera que jamais deixa de focá-la, isso, graças Darren Aronofsky que pelo visto gostou do estilo documental que criou a si próprio desde O lutador.
O diretor também não poupa o resto do elenco e mesmo sendo coadjuvantes, cada um exerce um papel fundamental na trama. Vincent Cassel (como sempre) surpreende como coreografo que seduz e induz sua bailarina a ultrapassar seus limites, Winona Ryder como uma famosa bailarina decadente arrasa mesmo em poucos momentos em cena, contudo, é Mila Kunis que da um show como a rival da protagonista para adquirir o papel na peça. Mila divide com Portman uma das cenas mais picantes dos últimos anos e com certeza essa jovem atriz ainda vai longe.
Com um ato final que presta uma homenagem grandiosa ao clássico Lago do Cisne, aliado a uma excelente fotografia, edição de arte, figurino e montagem, Cisne Negro é aquele tipo de filme que lhe deixa anestesiado. A projeção acaba na sua frente, mas você continua sentado porque o seu cérebro ainda esta administrando devido o que acabou assistir e seu corpo recusa a levantar porque você precisa respirar um pouco porque esta sem forças para caminhar. Darren Aronofsky desafia nossa mente e corpo e nos cinéfilos agradecemos, pois cinema não se vive apenas de entretenimento.
Sempre prometo deixar esse blog atualizado, mas sempre acontece uma coisa ou outra para isso não ficar 100% certo. Essa semana tive problemas com o computador, fui resolver uns problemas em casa e assim foi a semana. Contudo, posso dizer o que rolou comigo e no mundo do cinema resumidamente.
O Cinema da Adeus a...
Lena Nyman
Curiosamente fui somente conhecer recentemente essa atriz quando assisti Sonata de Outono de Ingmar Bergman onde ela era bem jovem fazendo um pequeno, mas impactante papel de uma jovem com problemas de saúde e filha da personagem problemática Ingrid Bergman. A artista, que estreou no cinema aos 11 anos, interpretou papéis principais em mais de 50 filmes e peças suecas. Ganhou fama internacional ao protagonizar Jag är nyfiken (1967), filme dirigido por Vilgot Sjöman que foi vetado nos Estados Unidos. O longa combinava crítica social com cenas de sexo e nudez, que contribuíram para dar à Suécia, nos anos 1960, a imagem de um país com liberdade sexual.
Maria Schneider
Os cinéfilos brasileiros ouviam de tudo sobre essa atriz que escandalizou o mundo com cenas tórridas de sexo ao lado do mestre Marlon Brando em O Ultimo Tango Em Paris, filme que, devido a nojenta ditadura militar, só foi liberado por aqui somente 1979. Maria fez outros filmes como Profissão: Repórter (1975), de Michelangelo Antonioni, no qual contracenou com Jack Nicholson.Com uma carreira discreta nas décadas seguintes, teve como últimos trabalhos Os Atores (2000), de Bertrand Blier, e Cliente (2008), de Josiane Balasko.
O que esperar do Oscar?
Ainda acho que não existe exatamente um franco favorito para o próximo Oscar e se muitos consideraram a Rede Social como franco favorito, a coisa desandou de vez quando o ótimo O Discurso do Rei recebeu o SAG (Sindicato de Atores dos Estados Unidos) um dos principais termômetros do Oscar. Por outro lado, o Sindicato dos roteiristas deu o premio de melhor roteiro original para Christopher Nolan aumentando suas chances no Oscar. Isso seria uma forma é claro de mostrar como os roteiristas (e muitos cinefilos) ficaram muito descontentes do fato de Nolan não estar concorrendo na categoria de melhor diretor.
Por isso, ainda acho que tudo pode acontecer no próximo Oscar, vamos ver.
Momento de confissão:
Com estréia do filme Deixe-me Entrar, refilmagem do filme Cult Sueco, decidi então que era a hora de procurar esse filme e finalmente ve-lo. Lembro-me bem que como queria assisti-lo, mas na época da estréia, o filme topou de frente com os vampiros brilhantes ao sol, o filme Lua Nova, e com isso, os cinemas deram mais espaço aquele filme, em vez de uma obra estrangeira que levava o tema do vampirismo mais a serio e com isso, deu para contar nos dedos quais as salas o filme tava paassando e ficou muito pouco tempo em cartaz. Pesquisando pela internet e locadoras, percebi que por algum motivo ainda que desconheça a produção ainda não havia chegado às locadoras e não estava sendo exibido em nenhuma cinemateca. Então que fazer?
Decidi fazer uma coisa que nunca fiz na vida que era baixar filme pela internet, algo que sempre fui contra, pois a pirataria é ainda um dos maiores venenos que existe atualmente para o cinema, mas não existia outro meio para assistir a esse filme, então cai na tentação.
Não estou dizendo que é certo o que eu fiz, só acho que as distribuidoras brasileiras tem que se tocar que quanto mais atrasa um filme para estrear no cinema ou ele nunca estar disponível a venda ou nas locadoras, muitos cinéfilos de carteirinha como eu, irão cair nessa tentação, daí vão reclamar do que? A culpa é de vocês que não deixam os filmes disponíveis em termos legais ou ficam se amarrando. Prova da Morte e Deixa-a ela Entrar dão o recado.
Estréias de peso:
Estreou nesse neste final de semana Cisne Negro e O Vencedor, filmes de grande porte e favoritos para o próximo Oscar. Fui assistir ontem o primeiro e devo confessar que é uma experiência fantástica. Natalie Portman brilha do começo ao fim em um papel difícil que não é qualquer uma que possa fazer e se não levar a estatueta esse ano, os membros da academia vão sofrer com inúmeras criticas meses a fio. Só acho uma pena a distribuidora brasileira ter demorado tanto para exibir esse filme, tanto que já estava sendo baixado pela internet, mas obras como essa tem que ser vistas na tela grande. Outra mancada da distribuidora daqui.
O que esperar daqui nos próximos dias?
Minhas férias estão acabando e com isso voltarei ao meu serviço habitual, ao mesmo tempo tentarei de todas as formas postar mais matérias por aqui, como o especial o melhor de 2001 a 2010. Aguardem minhas criticas de Cisne Negro e O Vencedor. Esqueci de algo? Talvez sim, mas ninguém é infalível.
COM A CHEGADA DA REFILMAGEM AMERICANA, VAMOS RELEMBRAR DA PRIMEIRA VERSÃO QUE CONQUISTOU CINEFILOS E CRITICOS PELO MUNDO.
Sinopse: Blackeberg, subúrbio de Estocolmo. Oskar (Kare Hedebrant) é um garoto de 12 anos que sente-se só. Na escola ele sempre é provocado por outros garotos e, apesar da raiva que sente, é incapaz de reagir. Um dia, ao brincar no pátio repleto de neve do prédio onde mora, ele conhece Eli (Lina Leandersson). Ela é uma garota pálida e solitária, que se mudou para a vizinhança recentemente, em companhia de seu suposto pai. Apesar do temor em se aproximar de Oskar, logo Eli se torna sua amiga. Paralelamente, uma série de assassinatos macabros acontecem, em que o sangue das vítimas é retirado. Eli está envolvida com estes fatos, de uma forma que Oskar jamais poderia imaginar.
Muitos reclamam do exagerado sucesso da saga Crepúsculo que convenhamos, não é essa coisa toda, por outro lado, fez com que os engravatados dos estúdios voltassem a ter interesse nesse gênero, seja artístico (Sede de Sangue) seja entretenimento (2019), mas foi um filme Sueco que talvez tenha nascido o melhor filme de vampiro dessa onda recente.
Dirigido pelo diretor Tomas Alfredson, o filme apresenta a curiosa relação de dois jovens Oscar e Eli (Kare Hedebrant e Lina Leandersson ótimos em cena com bela química) em que ambos guardam segredos dentro de si. Enquanto o primeiro tem desejos assassinos reprimidos por sofrer nas mãos de outros jovens da escola, a segunda é vampira e precisa assassinar pessoas para continuar sobrevivendo. Com isso, o tema vampirismo é uma mera desculpa para fazer um retrato sobre desejos reprimidos obscuros das pessoas nas quais possuem, mas não conseguem colocar para fora por inúmeros motivos e também um retrato escancarado sobre a bullying no qual o diretor não mede esforços para mostrar como os jovens atuais são inconseqüentes perante ao mais fraco.
O diretor também acerta em não exagerar na fantasia dentro do mundo real, portanto, por mais fantástico que seja Eli com os seus poderes de vampira, a forma como ela e colocada neste mundo real é de uma forma que nos faz acreditar que realmente posa existir tais criaturas que são condenadas a beber sangue humano e sofrem com essa maldição. Muito embora Eli (apesar de sofrer) aceita sua natureza, contudo, não esconda de Oscar o seu amor humano por ele, mas nunca sendo piegas e sim convincente.
Com uma bela fotografia e momentos de tensão e violência na medida certa, o filme só peca em seu ato final, que apesar de surpreendente (a parte da piscina é fantástica) o encerramento nos seus segundos finais tornam o final da trama no mínimo previsível mas nada que atrapalhe esse enigmático filme que trouxe mais verossimilhança no gênero do vampirismo.
Curiosidades: Apesar da história se passar em Blackeberg, subúrbio de Estocolmo, as filmagens ocorreram em Luleä, ao norte da Suécia. O motivo foi que no local havia a neve e o mau tempo necessários para a trama;
O título original é uma referência à canção "Let the Right One Slip In", de Morrissey;
Sinopse: Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.
Um retrato forte que mostra aspectos tristes, mas verídicos das trajetórias percorridas por jovens das favelas urbanas. A um certo virtuosismo técnico compensado na verdade da atuação de um elenco orientado pela co-diretora Kátia Lund. Grande sucesso no exterior, foi finalista no Balfa (Oscar Inglês) de melhor filme estrangeiro, perdido pelo espanhol Fale Com Ela, mas ganhou na categoria montagem. Foi indicado a quatro Oscar, incluindo melhor diretor para Fernando Meirelles mas o filme topou de frente na época com o ultimo capitulo do Senhor dos Anéis, mas nada que atrapalhe o belo desempenho que o filme teve no Brasil e no mundo a fora e atualmente sempre ganha destaque em inúmeras listas dos melhores filmes, seja na ultima década que passou ou entre os melhores de todos os tempos.
Curiosidade: Grande parte do elenco de Cidade de Deus foi escolhido entre garotos que vivem em diversas comunidades e favelas do Rio de Janeiro e que não tinham tido até aquele momento nenhum contato com a arte de atuar. Para fazer esta seleção foram realizadas mais de 2000 entrevistas;