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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Cine Dica: Streaming - 'Que Horas Eu Te Pego?'

Sinopse: Desesperada por dinheiro, uma mulher concorda em namorar o filho introvertido e desajeitado de 19 anos de um casal rico. 

Tanto a comédia romântica como o besteirol vivem em decadência, pois as fórmulas de sucesso de ambas se encontram praticamente degastadas. O besteirol, por exemplo, sofre ainda mais pelo fato de que atualmente convive com tempos politicamente corretos e que qualquer piada pode acabar ofendendo determinados grupos de pessoas. Portanto, "Que Horas eu Te Pego?" é corajoso ao chegar em um momento em que se fazer comédia romântica ou besteirol se encontra praticamente impossível.

Dirigido por Gene Stupnitsky, o filme conta a história de Maddie (Jennifer Lawrence), uma mulher que tem o costume de sempre tomar as atitudes erradas. Quando percebe que pode perder a sua casa de infância, onde cresceu e viveu por muito tempo, ela decide arranjar um emprego. Mas não é qualquer emprego que se acha nos anúncios, e sim um pedido desesperado de dois pais com seu filho de dezenove anos. O anúncio descreve o trabalho que ela terá de fazer: "namorar" o garoto de dezenove anos, Percy, que é muito introvertido, antes que ele saia definitivamente de casa para ir para a faculdade.

Quando se lembra de Jennifer Lawrence imediatamente vem à mente papeis dramáticos como "Mãe" (2017) ou de franquias criativas como "Jogos Vorazes" (2012). Porém, a ganhadora do Oscar pelo filme "O Lado Bom da Vida" (2012) demonstrou que possui sua veia cómica, ao menos do seu jeito, no filme "Não Olhe Para Cima" (2022). Portanto, Lawrence se entrega de corpo e alma para uma personagem sem papas na língua, pretensiosa, mas que não consegue escapar de diversos problemas corriqueiros da vida.

A partir do momento em que é paga para tirar a virgindade do jovem protagonista, interpretado de forma segura pelo ator Andrew Barth Feldman, nós já temos uma noção sobre o que irá acontecer em seguida, já que o filme possui diversas fórmulas de sucesso das comédias românticas de antigamente, mas entrelaçadas com um humor politicamente incorreto e que está cada vez mais raro de se ver hoje em dia. Portanto, é hilário a cena em que a personagem de Lawrence sai da água completamente nua para agredir um trio de adolescentes que estão roubando as suas roupas e nos surpreendendo pelo fato da atriz não se intimidar em cena.

Curiosamente, o filme fala sobre tempos em que essa nova geração de jovens não se entrega exatamente para o sexo em si, mas para outras coisas que vão desde as redes sociais, lives, Selfie e desse interesse constante de muitos ficarem observando a vida particular das pessoas através das redes. Se no passado tudo poderia gerar uma grande orgia juvenil, hoje parece que o medo pelo que os outros irão pensar faz com que a haja um freio mesmo que imperceptível para alguns. Não é o caso da personagem Lawrence, da qual ainda pertence a uma geração que não vê barreiras de fazer o que bem entender, mas tendo que enfrentar os dilemas morais do seu parceiro de cena.

A química de ambos é bastante divertida, sendo que Andrew Barth Feldman não se intimida perante atriz veterana e ao criar um personagem complexo e cheio de camadas. O filme, infelizmente, descamba por aquelas velhas fórmulas das comédias românticas, principalmente quando é explorado o passado complicado da protagonista. Por conta disso, do segundo ao terceiro ato já temos uma noção básica de como o filme irá se encerrar, principalmente para aqueles que viveram tempos em que ambos os subgêneros se encontravam fortes para dizer o mínimo. 

Ao menos, o filme é um refresco para tempos em que as fórmulas de humor estão perdidas ao vento e que tão pouco possuímos um astro do besteirol como Jim Carrey para que possa conquistar o público. Talvez o que falta mais seja coragem dos grandes estúdios em começar a investir nos velhos hábitos e trazerem atualmente com uma nova vestimenta para agradar os plantonistas que sempre criticam as piadas das quais se sentem ofendidos. "Que Horas eu Te Pego?" é uma grata surpresa para aqueles que achavam que a comédia romântica e o besteirol estavam mortos e enterrados. 


Onde Assistir: HBO Max 

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