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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Cine Dica: Cine Dica: Streaming - 'A Maravilhosa História de Henry Sugar'

Sinopse: Henry Sugar faz de tudo para dominar uma técnica extraordinária para trapacear nos jogos de azar. 

Wes Anderson vem chamando bastante atenção nestes últimos tempos com relação aos seus filmes, pois embora o mesmo mantenha a sua visão autoral, ao mesmo tempo ele está cada vez mais indo além com relação a transição entre o cinema com uma peça teatral. Para dizer a verdade não é nem bem a linguagem teatral que ele queira nos passar, mas sim usando recursos de antigamente para elaborar diversas histórias em uma e fazendo com que prestemos maior atenção aos seus desdobramentos vistos na tela. Foi assim o que aconteceu em "A Crônica Francesa" (2021) e intensificando ainda mais em "Asteroid City" (2023).

Claro que não faltou críticas por parte do público que não compreendeu essa proposta. Porém, esse mesmo público anda cansado dos cenários CGI dos filmes de super-heróis e optando por um cinema mais realista, menos fantasioso e que soe mais crível. No caso de Anderson ele se encontra no meio dessa transição sem escolher um lado, mas sim propondo para que o público desfrute de tramas em que o velho e o novo se cruzem para o nascimento de algo no mínimo diferente do que estamos acostumados. "A Maravilhosa História de Henry Sugar" e outros curtas (2023) é basicamente isso, onde o realizador intensifica ainda mais a sua proposta inserida em seus últimos filmes, queira o público ou não.

Os curtas adaptam diversos contos do autor britânico Roald Dahl - mais conhecido por A Fantástica Fábrica de Chocolate - com foco na história de Henry Sugar (Benedict Cumberbatch), um homem rico que acaba ganhando a habilidade de enxergar através de objetos e prever acontecimentos do futuro graças a um livro que roubou. Com os novos talentos, o homem bola um grande plano para trapacear em jogos de apostas. Com Ralph Fiennes, Ben Kingsley, Rupert Friend, Dev Patel e Richard Ayoade.

Uma vez que nos é apresentado a premissa Wes Anderson o mesmo já nos deixa claro para prestarmos bastante atenção com relação aos acontecimentos vistos na tela, principalmente pelo fato que os respectivos personagens quebram a quarta parede a todo momento e fazendo com que os próprios nos obriguem a entender o que eles estão dizendo. Se um determinado personagem interpretado por Ralph Fiennes começa a contar a história sobre Henry Sugar, esse último por sua vez começa a contar a história de um artista que vê tudo com os olhos fechados, sendo que a sua história é contada através de dois médicos e cujo mesmos ouvem outra história contada pelo artista. Ou seja, é como se descêssemos de um andar para o outro para testemunharmos novas histórias, mesmo quando as mesmas sejam interligadas.

E como não poderia deixar de ser, principalmente após o que foi visto em "Asteroid City", os cenários vão mudando a todo o momento, com o direito de técnicos surgindo sem nenhum aviso e nos apresentando um novo local em que dá continuidade a trama com os seus desdobramentos. O enquadramento, por sua vez, quase parece uma HQ em movimento o que faz não me surpreender se caso alguns desses momentos se tornarem até mesmo memes na internet em um futuro próximo. Como não poderia deixar de ser, a fotografia possui as velhas cores quentes que sintetiza toda a visão autoral do realizador, além de uma edição de arte cartunesca e que possui forte ligação ao que já foi visto na filmografia do cineasta.

Talvez muitos acusem Wes Anderson de se tornar repetitivo, mas em tempos em que poucos cineastas norte-americanos possuem carta branca para fazer tudo do seu jeito, é bom ver alguém como Anderson obter a chance de ter total liberdade de fazer algo diferente e que foge do buraco sem fundo da previsibilidade que o cinema hollywoodiano está passando atualmente. E olhe que estou falando de quatro curtas metragens lançados recentemente pela netlfix, mas que em termos de qualidade estão acima de qualquer outra produção lançada pelo streaming recentemente.

Acompanhado ainda pelos curtas “O Cisne”, “O Caçador de Ratos” e “Veneno”, "A Maravilhosa História de Henry Sugar" é Wes Anderson livre de quaisquer amarras e nos brindando com uma nova proposta de se apreciar cinema. 



Onde Assistir: Netlfix

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