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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'O Destino de Haffmann'

Nota: Filme exibido para os associados no último dia 2708/2022.  

Sinopse: Em 1942, Paris, o assistente de um joalheiro e seu empregador enfrentam a ocupação alemã. 

A Segunda Guerra Mundial serviu para colocar para fora o melhor e o pior do ser humano. Durante as ocupações na França, por exemplo, muitos se venderam em prol do nazismo para sobreviver, nem que para isso lhe custasse a própria alma. "O Destino de Hafflmann" (2022), fala sobre até que ponto a pessoa vai para se manter viva, nem que para isso tenha que destruir tudo o que sonhou construir um dia.

Dirigido por Fred Cavayé, a trama se passa em Em 1942, onde François Mercier é um homem comum que só aspira a constituir família com a mulher que ama, Blanche. Ele também é funcionário de um talentoso joalheiro, Sr. Haffmann. Mas diante da ocupação alemã, os dois homens não terão outra escolha senão concluir um acordo cujas consequências, ao longo dos meses, perturbarão o destino deles.

O filme é uma adaptação cinematográfica da peça de Jean-Philippe Daguerre, porém, mesmo a gente obtendo essa informação a gente já tem uma suspeita quando a gente vai acompanhando a obra. Boa parte da trama se passa na joalheria e fazendo com que os eventos sobre a ocupação nazista fiquem somente em nossos pensamentos enquanto os nossos olhos acompanham o desenrolar dos eventos principais daquele pequeno cenário. Na medida em que a história avança, vamos conhecendo a personalidade dos três personagens principais, ao ponto que há sempre uma nova peça do tabuleiro sobre as suas reais virtudes e vindo até mesmo nos surpreender em determinadas passagens.

Se Haffmann é uma pessoa altruísta e fiel a sua família, por outro lado, François Mercier dá sinais de instabilidade no decorrer da história, principalmente quando o assunto é a questão de sua sobrevivência e de sua esposa. Essa última, aliás, demonstra certa inocência perante a realidade em sua volta, mas que aos poucos vai desabrochando um outro lado de sua pessoa na medida que vai conhecendo mais a fundo as duas figuras masculinas da história. Ela demonstra sinais que deseja sobreviver de uma forma ou de outra, mas não significa que irá tolerar o nascimento da insanidade e medo vindos do ser humano.

Fred Cavayé acerta em cheio na construção gradual da personalidade de cada um dos personagens, sendo que a gente simpatiza com eles em um primeiro momento, mas logo colocamos a mão no freio na medida em que François, por exemplo, vai perdendo o foco e logo se revelando alguém ambicioso mesmo não admitindo para consigo próprio. Não há na obra pessoas realmente boas ou más, mas sim somente pessoas que se tornam como elas são de acordo com as sus ações e que, infelizmente, acabam selando os seus próprios destinos.

Tecnicamente, o filme oscila entre momentos dramáticos e até mesmo de suspense, principalmente pelo fato de ficarmos apreensivos na possibilidade de Haffmann ser pego a qualquer momento. Porém, o próprio descobre que, ao ser usado como um instrumento para uma grande mentira, logo percebe que não adianta manter a sua vida quando está perdendo a sua verdadeira pessoa. Portanto, a cena em que vemos o mesmo tentando se livrar da mentira indo de encontro perante os próprios nazistas se torna o melhor mais tenso momento do filme como um todo.

"O Destino de Hafflmann" é um curioso conto sobre seres humanos comuns que se tornam o que são pelas suas ações perante o horror do nazismo. 

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