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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Cine Especial: 'ET - 40 Anos Depois'

Sinopse: O garoto Elliott faz amizade com um pequeno alienígena inofensivo que está bem longe do seu planeta. Ele decide manter a adorável criatura em segredo e em casa após apresentá-la aos irmãos. 

As minhas primeiras lembranças com relação a infância está com relacionado também ao cinema, já que meus pais tinham costume de sair de casa para assistir aos filmes dos Trapalhões no início dos anos oitenta e como eles me tiveram no início daquela década começaram a me levar junto. A minha primeira lembrança que eu tenho sobre isso é que eles me levaram em uma sessão do Imperial da rua das Andradas de Porto Alegre, onde estava passando "A Filha dos Trapalhões" (1984). Porém, o que eu mais me marquei nesta sessão foi o trailer que passou antes desse filme e que foi justamente de "ET" (1982) de Steven Spielberg.

Há um, porém com relação a isso, já que o filme dos Trapalhões é de 1984, enquanto o filme do pequeno alienígena foi lançado em 1982, mas talvez o Imperial naquela época tenha decidido reprisa-lo devido ao enorme sucesso que o filme vinha fazendo. Deixando as dúvidas de lado, eu me lembro que eu fiquei encetado por aquele trailer, mas não sabia ao certo o que era aquilo tudo, ao ponto que achava que o pequeno alienígena em cima bicicleta era uma velhinha. Mal sabia o quanto eu estava enganado.

O filme viria anos mais tarde a ser exibido na Rede Globo sempre nas noites final de ano. Quando eu assisti pela primeira vez foi em uma sessão inesquecível de uma possível "Tela Quente", onde meus pais e eu nos emocionávamos com a jornada do pequeno ET e de sua amizade com o menino Elliott, interpretado por Henry Thomas. O filme foi reprisado umas dezenas de vezes na saudosa "Sessão da Tarde", mas sempre era pura magia, pois sempre havia um novo detalhe a serem fisgados em cada cena.

Steven Spielberg criou uma fábula de ficção inspirada um pouco em sua própria infância, já que no passado os seus pais haviam se separado e ele queria passar os seus sentimentos através dos filmes que ele foi criando através do tempo. Talvez "ET" seja o filme que mais representa a essência do que foi um dia Spielberg, um jovem cheio de imaginação, mas tendo que enfrentar os dilemas da vida de como amadurecer e seguir em frente para continuar vivendo haja o que houver. Os personagens centrais da trama, por exemplo, nada mais são do que alter egos do próprio diretor, pois enquanto Elliott foi abandonado pelo pai, ET foi abandonado pelos seus próprios irmãos e começa a usar a tecnologia da terra para poder voltar.

Amizade entre o menino e o pequeno alienígena sem sombra de dúvida é o coração pulsante do filme como um todo e que arranca lagrimas de várias gerações desde que foi lançado. Tecnicamente o filme, talvez, seja um dos mais significativos da carreira do diretor, já que sua maneira de filmar, desde a gradual apresentação do personagem central, como o mistério que ele constrói com relação aos humanos que perseguem o ET, são de um primor único. Vale destacar as inúmeras referencias que o cineasta insere na trama com relação aos seus filmes anteriores e de seu colega George Lucas, já que ambos dominavam o cinema de entretenimento daquela época e essas referências visuais eram obvias para serem vistas nesta obra.

O filme possui inúmeras cenas que se tornariam clássicas e diversas vezes copiadas ou satirizadas em outros filmes. A cena em que Elliott e ET voam com a bicicleta e passam na frente da lua acabou se tornando uma das imagens mais icônicas da história do cinema. Como se ainda não bastasse o diretor presta uma bela homenagem ao clássico "Depois do Vendaval" (1982) de John Ford, para o fechamento da hilária sequência em que Elliot, ligado ao ET, está bêbado, soltando as rãs durante a aula e encerrando a cena de uma maneira inesquecível.

O ato final reserva um dos momentos mais emocionantes da história do cinema, mas muito dessa emoção não é somente criada por Steven Spielberg, como também graças ao seu amigo e mestre das trilhas sonoras John Williams. O maestro e compositor cria aqui o que talvez seja uma de suas maiores obras primas, já que a sua trilha não somente se casa com as belas cenas do ato final da trama, como também nos passa a sensação de que testemunhamos um dos maiores espetáculos de todos os tempos e que não haveria mais retorno. Ao final, ficamos com os olhos cheios de lagrimas, pois todo o começo tem um fim e esse final orquestrado por Steven Spielberg e seu amigo Williams é sem sombra de dúvida um dos maiores marcos da história do cinema.

"ET" é um dos maiores clássicos de todos os tempos, cuja a obra encanta várias gerações até hoje e que irá ser lembrado por todo o sempre. 

Nota: O filme foi exibido em uma sessão especial na Cinemateca Capitólio no último Domingo (22/05/2022) em comemoração aos 40 anos do lançamento do clássico. 

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