Sinopse: O registro mostra como os jovens estão vivendo após batalha de Starcourt, que deixou um rastro de terror e destruição em Hawkins, e levou à morte de Billy e o sumiço de Hopper. Agora, o grupo de amigos se separa pela primeira vez e tem de enfrentar as complexidades da vida na escola.
Em tempos de nostalgia cada vez mais nas alturas talvez a série "Stranger Things" seja a melhor que sintetize sobre tempos mais coloridos, onde o cinema e a música dos anos oitenta conquistavam os nossos corações com tamanha facilidade que não podemos descrever. Não que a série se sustente somente por isso, muito pelo contrário, mas é também um ingrediente que serve até mesmo como catalizador de boas ideias e que são aproveitadas de uma forma até então inédita. Neste quarto ano, dividido em duas partes, os realizadores exploram ao máximo todo esse potencial, ao falar de uma geração que, por vezes se encontrava perdida, mas se encontrava através de valores que dos quais funciona até mesmo nos dias de hoje.
Depois de seis meses do conflito de Starcourt, a cidade foi tomada por um rastro de terror e destruição. Os efeitos da batalha são sentidos pelo grupo de amigos, que se separam pela primeira vez, enquanto passam por um período turbulento típico da adolescência na escola. Em um momento em que todos estão mais vulneráveis, uma nova ameaça sobrenatural surge. No entanto, o novo mistério pode conter a resposta para acabar com os terrores do Mundo Invertido.
Levou um tempo para esse quarto ano chegar, principalmente pelo fato que houve atrasos devido a pandemia. Por conta disso, os irmãos Matt e Ross Duffer não se pouparam e tão pouco o seu elenco, ao ponto que cada episódio é mais de uma hora de duração e explorando o mundo invertido de uma forma mais rica e cheia de informações para serem degustadas. Na reta final, por exemplo, não me resta mais dúvidas que os realizadores beberam e muito da fonte das obras literárias do escritor Stephen King, principalmente do clássico "Tripulação de Esqueletos" e quem assistiu adaptação para o cinema "O Nevoeiro" (2007) sabe muito bem do que eu estou falando.
Mas embora o gênero fantástico seja o que move as peças do tabuleiro dentro da trama é preciso destacar e muito o fato de vermos os nossos queridos personagens crescendo e tendo que lidar com os diversos problemas que vem junto com adolescência. Não é preciso ser gênio que a questão do bullying será tratado aqui através de um dos personagens principais de uma forma até mesmo realista, assim como também a questão do surgimento da depressão e que leva até alguns jovens desistirem de sua própria vida. Neste último caso, por exemplo, é muito bem representado pela personagem Max Mayfield (Sadie Sink) e que aqui cada vez ganha maior protagonismo ao lado dos seus amigos.
Alías, é através dela que a música é usada como elemento primordial dentro da trama. Se no terceiro ano o clássico "The NeverEnding Story" do filme "A História Sem Fim" (1984) foi usado em um momento crucial dentro da trama, aqui a situação não é diferente e nos brindando com um dos melhores momentos desta temporada. A música em questão é de 1985, "Running Up That Hill", cantada na época pela cantora britânica Kate Bush e alcançando novamente o topo das paradas graças a série.
Além disso, a temporada não esquece de explorar o que realmente aconteceu com Hopper (David Harbour), sendo que o mesmo escapou da morte no final do ano anterior, mas se encontrando preso em um campo de concentração nos tempos da União Soviética. Curiosamente, é interessante observar que os realizadores optaram em não fazer dos Russos somente os grandes vilões humanos da trama, sendo que a força norte americana que deseja capturar Onze (Millie Bobby Brown) é tão maléfica quanto se imagina. Além disso, a série explora a mentalidade limitada dos norte-americanos daqueles tempos, principalmente quando o assunto era RPG e associar o jogo aos grupos satânicos que quase sempre eram assuntos nos jornais sensacionalistas daqueles tempos.
Falando em Onze, a jovem protagonista finalmente vai mais a fundo sobre a sua real origem, mas cuja a revelação se torna ainda mais chocante do que se imagina. A revelação, aliás, é entrelaçada com outros eventos interligados com o mundo invertido e fazendo com que o destino de alguns personagens principais fique indefinido. O pior disso é que tivemos que esperar até até agora para testemunharmos os três episódios finais e que com certeza nos provocará fortes emoções no próximo dia 01 de Julho.
Com a participação ilustre do ator Robert Englund, o eterno Freddy Krueger, "Stranger Things: 4ª temporada - Volume 1" é pura nostalgia, alinhada com um grande espetáculo e que faz a gente desejar que o Volume 2 chegue o mais breve possível.
Onde Assistir: Netflix.
Faça parte:
Facebook: www.facebook.com/ccpa1948
Nenhum comentário:
Postar um comentário