Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: Um diretor tenta terminar seu filme ao mesmo tempo em que observa o drama nas vidas de seus atores. Severine, ícone em decadência, esquece as falas quando bebe, enquanto a atriz britânica Julie acaba de se recuperar de um colapso nervoso.
François Truffaut é, sem nenhuma dúvida, um dos gênios do cinema francês. Aqui ele faz uma verdadeira declaração de amor ao cinema e retrata de uma maneira bem humorada o dia a dia de um set de filmagens que, durante o percurso de semanas de filmagens até a finalização de um filme, pode acontecer de tudo. Atenção pelas cenas em que o diretor presta seu amor e carinho ao cinema: seu alter-ego (Ferrand), em flashbacks, relembra sua infância, quando roubava pôsteres dos filmes em cartaz, entre eles, do filme "Cidadão Kane"(1941), coisa que o próprio Truffaut confessou que fazia quando jovem. Ou então na cena quando o diretor recebe um telefonema do compositor do filme para mostrar-lhe uma música, que esta seria o tema de amor de outro filme de Truffaut. Neste momento, enquanto ouve a música ao telefone, ele abre uma encomenda, onde recebeu vários livros sobre cinema e de diretores como Hitchcock e Godard, que vão sendo exibidos com a música de amor ao fundo.
Curiosidade: O nome do filme é uma alusão à técnica criada nos Estados Unidos para filmar uma cena noturna durante o dia, usando um filtro especial nas lentes da câmera. O filme é dedicado às irmãs Lillian e Dorothy Gish.
NOTA: Amanhã nova live da minha amiga Tânia Cardoso revisitando o filme "A Noite Americana". Mais informações abaixo.
Este é o quarto filme protagonizado pelo personagem Antoine Doinel, o alter-ego do cineasta François Truffaut. "Domicílio Conjugal" revela o olhar terno, engraçado e inteligente de Truffaut sobre o casamento e a paternidade. Sendo um cineasta que sempre amou o cinema como um todo, declarou ter-se inspirado nas "comédias americanas sobre os casais, de Leo McCarey e de George Cukor, sem esquecer a influência de Lubitsch, que é decisiva quando se trata de concatenar acontecimentos familiares para fazer rir o público, mas de modo a que tudo fosse tratado, evidentemente, com espírito francês".
Com 100 minutos de duração, direção de arte e figurino bem trabalhados, "Domicílio Conjugal" tem como um dos pontos mais interessantes o painel histórico em que a narrativa está mergulhada. Seguindo o lema do pensador Frederic Jameson, “historicizar sempre”, percebemos que muito do contexto político e cultural da França na época está inserido no filme. Neste período, a França estava imbuída do espírito de mudanças: marcada pelo maio de 1968, pelas manifestações do movimento feminista e por uma crise econômica, a nação passou a ser governada pelo então ministro das finanças Giscard, representante político simpático do movimento feminista, que tratou de, entre tantas reformas, impulsionar a economia, bem como implementar medidas de estatais de modernização.
Ao apresentar os conflitos amorosos sem o modelo prosaico do cinema hollywoodiano, mas como uma caricatura deste, Truffaut toca nas cordas sensíveis da liberdade sexual, um tema ainda tabu nesta época, mas já debatido sem tantas delongas, haja vista que no governo de Giscard, atitudes como a mudança da maioridade penal de 21 para 18 anos de idade, a liberação do aborto e a campanha para uso de contraceptivos marcaram a época.
Por isso a importância do que se seguirá após o aparecimento de Doinel em "Domicílio Conjugal". Ele está casado com Darbon, cuja conquista presenciaremos em "Beijos Proibidos". O amor - tema ao qual o nome do diretor será vinculado - encontra aqui um momento decisivo no casamento e na rotina. A paternidade, registrada em bela cena, e a estabilidade econômica, conseguida através de um emprego estranho em que cuida de maquetas de navios, darão cores ambivalentes ao progresso de um dos nomes mais importantes da Nouvelle Vague.
Curiosidade: Profundamente apaixonado pelo cinema, Truffaut não consegue deixar de falar de filmes em seus filmes. Antoine passa em frente a um grande cinema parisiense em que um cartaz descomunal anuncia o filme Cheyenne, de John Ford – um dos grandes ídolos do realizador. Num texto de 1974, Truffaut diria: “John Ford era um desses artistas que jamais pronunciam a palavra arte e um desses poetas que jamais mencionam a palavra poesia”. E finalizaria assim: “E como John Ford acreditava em Deus, Deus abençoe John Ford”.
NOTA: Nova live de Tânia Cardoso e que será sobre 'Domicílio Conjugal'. Confira:
A Nouvelle vague foi a virada de mesa que mudou o cinema francês para sempre e influenciou diversos cineastas do mundo a fora. Diferente do convencional da época, os cineastas desse movimento decidiram sair dos estúdios, gravarem as suas histórias nas ruas das cidades e revelando uma França quase nunca vista na grande tela. Neste núcleo, dois dos meus cineastas favoritos daquele país se destacaram, que foram Jean-Luc Godard e François Truffaut.
No princípio deste movimento, se por um lado Truffaut fez uma espécie de reconstituição de sua juventude em sua obra prima "Os Incompreendidos" (1959), por outro lado, Godard fez "Acossado" (1960), um filme policial fora do convencional e cuja a sua forma de filmar influenciou o cinema mundial como um todo. Falando neste último caso, qualquer semelhança desse filme com o nosso clássico "O Bandido da Luz Vermelha" (1968) não é mera coincidência. Amigos desde os tempos da revista Cahiers Du Cinéma, tanto Truffaut como Godard criaram um cinema que falasse um pouco sobre o que acontecia naqueles tempos e que, embora falassem de temas parecidos, ambos criaram uma forma distinta de contar as suas próprias histórias.
Enquanto Godard criava o seu cinema autoral com doses cavalares com teor político como, por exemplo, "A Chinesa" (1968), por outro lado, Truffaut queria também seguir pelo mesmo caminho, mas de uma forma amenizada, porém, não menos política. com o seu alter ego Antoine de "Os Incompreendidos", o cineasta falaria um pouco da juventude francesa do final dos anos sessenta, da qual participaria dos movimentos de “Maio de 68” e sintetizando os ventos da mudança que estavam acontecendo. "Beijos Proibidos" (1968) fala um pouco dessa juventude, justamente em um momento em que tudo estava em movimento constante.
Movimento esse muito bem representado por Antoine, novamente interpretado pelo ator Jean-Pierre Léaud, e aqui vemos o mesmo abandonando o exército já no início da trama. Esse prólogo, aliás, é proposital para nos fazer lembrar que esse é o mesmo protagonista visto em "Os Incompreendidos", sendo ainda um jovem que vai contra o sistema e buscando uma forma de sempre correr de um mundo cheio de regras. Porém, mesmo sendo uma representação de François Truffaut, vemos aqui um Antoine indo para o caminho não cinematográfico, mas sim nas trilhas em que os jovens franceses daqueles tempos abraçavam.
Vemos, portanto, um Antoine em meio aos conflitos internos com relação aos relacionamentos amorosos daqueles tempos, sendo que a sua paixão é Christine (Claude Jade), mas não escondendo os seus desejos por outras mulheres. Logo após deixar o exército, por exemplo, ele visita garotas de programas, mas de uma forma rápida, como se quisesse satisfazer as suas necessidades o quanto antes. Uma forma de nos dizer sobre aquela juventude dos anos sessenta, onde o conservadorismo não poderia mais conter os hormônios em ebulição naqueles tempos.
O conservadorismo, aliás, é muito bem representado aqui, onde mostra determinadas figuras mantendo o status de cidadão perfeito, mas não reparando o mundo mudando. Pegamos o caso do dono da loja de sapatos, que desconfia que as pessoas em sua volta não gostam dele e contrata Antoine como detetive para investigar isso. O dono dessa loja seria, talvez, a representação do capitalismo sofrendo os ataques de um mundo mais socialista que os jovens estavam querendo naqueles tempos e não se dando conta disso.
Curiosamente, determinados personagens seriam representações dessas determinadas mudanças e que não se restringem somente aos personagens em volta do dono da loja de sapatos. Temos o caso simbólico do homem querendo saber o paradeiro do seu amigo mágico e nos dando a entender que ambos tiveram um caso no passado. Se na primeira apresentação do personagem isso fica nas entrelinhas, a segunda apresentação a situação fica ainda mais explícita, principalmente quando o personagem age com extrema violência.
Portanto, em um único filme, François Truffaut fala sobre as mudanças de costumes da sociedade francesa, ou nos dando a entender que esses costumes sempre estiveram lá, só que nunca haviam se destacado no cinema francês até ali. A infidelidade, por exemplo, é algo que Antoine acaba se envolvendo com relação a esposa do dono da loja de sapatos. Mas, curiosamente, ainda há no personagem uma fagulha desse conservadorismo francês que tenta domá-lo, porém, logo é pulverizado.
Em um epílogo simbólico, onde Antoine finalmente decide abraçar a sua paixão por Christine, vemos o conservadorismo francês sendo representado na forma de um detetive e declarando o seu amor por Christine. Após isso, o casal o ignora o tratando como louco, nos dando a entender que aquela forma de amor vinda daquele personagem já não tinha mais espaço para essa geração paz e amor que se encontra sempre em movimento. Christine, logicamente, sofreria as consequências por abraçar a sua paixão por Antoine posteriormente, mas o que não seria muito diferente de inúmeros jovens casais que se dão conta que os contos de fadas somente se encontram nos livros de histórias fictícias.
"Beijos Proibidos" é uma espécie de representação dos ventos da mudança que aconteceriam em “Maio de 68”, onde uma juventude se encontrava em movimento constante e disposta em abraçar em total plenitude.
NOTA: Nova live de Tânia Cardoso sobre "Beijos Proibidos" nesta terça-feira. Confira abaixo:
O maior temor dos governos autoritários é o conhecimento, principalmente vindos de pessoas que se posicionam contra as suas regras e que passam os seus pensamentos para as demais pessoas que possam rever os seus posicionamentos políticos. Não é à toa que, por exemplo, Adolf Hitler mandou incinerar diversos livros durante o seu governo ditatorial nos tempos da Alemanha Nazista e gerando assim um temor ao redor do mundo contra aqueles que defendiam o conhecimento a todo custo. Não me surpreenderia, portanto, que o escritor Ray Bradbury tivesse esse grande temor, mas que acabou servindo de inspiração na realização do seu conto "Fahrenheit 451" lançado em 1953.
Muito próximo da ideia já vista no clássico literário "1984" de George Orwell, o romance de Ray Bradbury apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais e hedonistas, e o pensamento crítico é suprimido. O personagem central, Guy Montag, trabalha como "bombeiro" (o que na história significa "queimador de livro"). O número 451 é a temperatura (em graus Fahrenheit) da queima do papel, equivalente a 233 graus Celsius.
Durante anos o livro já passou por diversas releituras e até hoje se encontra mais atual do que nunca. Certa vez, Bradbury declarou que "Fahrenheit 451" não trata exatamente da censura, mas de como a televisão destrói o interesse pela leitura. Mal ele sabia que hoje a tv estaria obsoleta e perdendo o seu espaço para internet que, infelizmente, se encontra inundada por fake news e que ameaça a verdadeira informação dos fatos sobre o mundo em que nos rodeia.
Logicamente o livro ganharia mais cedo ou mais tarde alguma adaptação para o cinema e coube essa tarefa para François Truffaut. Ao lado de alguns diretores de cinema, como no caso de Jean-Luc Godard, François Truffaut construiu uma carreira sólida na França ao fazer parte do movimento "Nouvelle vague", do qual não só mudaria a forma de se fazer cinema naquele país, como também serviria como forte influência para o mundo a fora. Em território inglês, François Truffaut realizou adaptação de "Fahrenheit 451" (1966) e que até hoje é apontada como a melhor versão do romance até aqui.
Abertura já começa com uma boa sacada de Truffaut, já que os créditos da direção e dos demais envolvidos não são apresentados de forma escrita na tela, mas sim em off e se casando com perfeição com a proposta principal da obra. Ao mesmo tempo, as imagens dão destaque as antenas externas de televisão e sintetizando com relação ao pensamento do escritor com relação ao papel dos aparelhos naqueles tempos. A partir dali somos apresentados ao protagonista Montag (Oskar Werner), que tem a ingrata tarefa como bombeiro que, ao lado de seus colegas, de queimar qualquer tipo de material impresso, pois foi convencionado que literatura um propagador da infelicidade.
A partir daí, François Truffaut apresenta aquele mundo autoritário, mas que não se encontra muito distante do nosso. Embalado com a trilha do compositor Bernard Herrmann (compositor favorito de Alfred Hitchcock), Truffaut faz questão de realizar a cenas dos livros sendo queimados como se fossem verdadeiras chacinas e dando destaque as capas de grandes clássicos da literatura enquanto são devorados pelas chamas. Curiosamente, a revista Cahiers du Cinéma, revista na qual o diretor escrevia, se encontra em um determinado momento de uma das cenas.
Embora o filme possua uma estética meio que ultrapassada da maneira de como retratavam determinados futuros alternativos naquela época, é notório que alguns pontos até hoje não envelheceram e nos surpreendendo ao revisita-los. Na casa de Montag, por exemplo, vemos como as pessoas daquele futuro se interagem com outras através da televisão, da qual é a única forma de entretenimento, mas sendo uma forma de ferramenta para aliená-los. Revisto hoje, essa cena possui um peso maior, principalmente em tempos em que muitas pessoas se dedicam cada vez mais em assistir somente vídeos pelo Youtube do que ler um bom livro.
Essa alienação, por sua vez, faz com que as pessoas daquele futuro se encontrem cada vez mais em uma espécie de transe, como se os sentimentos, lembranças e sensações começassem a desaparecer aos poucos. Isso é representado muito bem pela esposa de Montag, interpretado pela atriz Julie Christie e conhecida mundialmente pela sua atuação no filme "Doutor Jivago" (1965). Aqui, a sua personagem se encontra consumida pela alienação que ela absorve através da televisão, ao ponto que suas energias são consumidas em um determinado ponto da história.
Ao mesmo tempo, Montag conhece Clarisse sua vizinha e que é também interpretada pela atriz Julie Christie. Clarisse é o oposto da esposa de Montag, ao ponto que sentimos nela uma predileção pelos livros que são caçados naquele mundo, mas não deixando isso explícito em um primeiro momento. Segundo o diretor, o motivo de a atriz fazer as duas personagens e a de que o bombeiro Montag vive seus desafios acompanhados por duas figuras femininas, onde uma é a imagem invertida da outra.
Porém, ao meu ver, cada um tem a sua interpretação com relação qual das duas influenciou as escolhas dele com relação ao seu posicionamento a favor dos livros que foi logo revelado ao longo da trama. No meu entendimento, Montag passou a cada vez mais se sentir sufocado naquela realidade em que ler e escrever eram proibidos, passando então a ler livros escondidos e assim obter a sua saúde mental intacta. Talvez a sua escolha não precisaria necessariamente da influência das duas personagens, pois aquela realidade já era mais do que o suficiente para ele tomar uma iniciativa de forma independente.
Assim como no livro, o filme também possui passagens poderosas como aquela em que uma senhora decide sucumbir as chamas juntos com os seus livros. Aqui, o conhecimento impresso sendo extinto ao lado de um ser humano nos diz que um não vive sem o outro, sendo que o conhecimento não existe se não houver alguém para obtê-lo, assim como a vida não faz um menor sentido quando se perde o conhecimento. Porém, a reta final da história nos mostra que ainda há esperança como um todo.
Com simplicidade e sem muita pirotecnia da época, Truffaut adapta com perfeição a mensagem final do livro, do qual nos diz que os governos autoritários podem até destruir ou alienar muitos, mas não significa que serão todos. Testemunhamos então o protagonista se inserindo em uma sociedade clandestina, onde os apaixonados pelos livros decoram os mesmos para serem guardados em suas mentes. Feito isso, os livros são queimados para que o governo autoritário não consiga achá-los, mas suas histórias permaneceram a salvas nas mentes daquelas pessoas.
Curiosamente, há uma rápida cena em que Montag presencia a sua própria execução na televisão através das autoridades. Tanto essa passagem lida no livro, como também vista no filme, sintetiza o fato de que esses governos autoritários alimentam o povo através da mentira e fazendo com que os mesmos não se sintam mais satisfeitos só com a verdade, pois ela acaba não se tornando mais suficiente. Em tempos em que o Brasil e outros países que são governados pela extrema direita, da qual se alimenta através das fake news, essa cena revista hoje em dia tem um peso muito maior.
François Truffaut declarou certa vez que ficou decepcionado com a versão original do filme, pois não gostou de alguns diálogos em inglês. Truffaut declarou ainda que preferia a versão dublada em francês do filme, cuja tradução foi inclusive supervisionada por ele. Polêmicas à parte, tanto o livro como a sua versão cinematográfica faz de "Farenheit 451" uma obra obrigatória para ser vista e revista por todas as gerações e das quais precisam despertar da alienação imposta pelos seus próprios governantes que se acham os donos da verdade.
NOTA: O filme será revisto e analisado pela minha colega Tânia Cardoso em uma live pelo Instagram. Mais informações segue abaixo.
Série especial de Lives que vai analisar a filmografia do cineasta francês.
A cada Live dois filmes do realizador serão analisados pela curadora de cinema e pesquisadora da obra de Truffaut, TÂNIA CARDOSO.
NÃO PERCA!
PARTICIPE. É GRÁTIS. ACESSO LIVRE.
Live Seriada #1: "FRANÇOIS TRUFFAUT REVISITADO" com TÂNIA CARDOSO
* Filmes:
"OS PIVETES" (Les mistons, 1957)
Curta-metragem.
Durante um verão fervoroso, cinco garotos se dedicam a espiar Bernadette e Gérard, um casal de amantes. Aproveitando que o homem vai em uma expedição alpinista, os jovens enviam para a moça um cartão provocante.
"OS INCOMPREENDIDOS" (Les quatre cents coups, 1959)
O filme narra a história do jovem parisiense Antoine Doinel, um garoto de 14 anos que se rebela contra o autoritarismo na escola e o desprezo de sua mãe e de padrasto (Gilberte e Julien Doinel). Rejeitado, Antoine passa a faltar as aulas para frequentar cinemas ou brincar com os amigos, principalmente René. Com o passar do tempo, vivenciará algumas descobertas e cometerá pequenos delitos em busca de atenção até ser aprisionado em um reformatório, levado pelos próprios pais