Vencedor do prêmio de
melhor documentário brasileiro na Mostra Internacional de Cinema 2017/ Premio
Petrobras, Em nome da América, tem sessão especial dia 19 de abril, às 19:00 no
CineBancários. Após a exibição haverá um bate-papo com a presença do diretor,
Fernando Weller e do jornalista e crítico de cinema Marcelo Perrone.
A controversa
presença de centenas de jovens norte-americanos no Nordeste brasileiro na
década 1960, participantes do programa de voluntariado Peace Corps (Corpos da
Paz), é o tema central do documentário Em Nome da América. Por meio de
testemunhos, vasto material de arquivo e documentação histórica, Em Nome da
América traz à tona as contradições entre a política exterior inaugurada pelo
presidente John F. Kennedy e as motivações dos voluntários, que se viram
atônitos diante das mazelas de uma região marcada pela fome e pela violência. O
golpe militar de 1964 no Brasil, a Guerra do Vietnã e a infiltração da CIA na
América Latina completam o cenário, descortinando o temor das elites e dos
governos de que o Nordeste brasileiro virasse uma “nova Cuba”.
Ingressos: R$ 12,00.
Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e
jornalistas sindicalizados pagam R$6,00. Os ingressos podem ser adquiridos no
local ou no site ingresso.com . Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e
Mastercard.
VOLUNTÁRIOS DA PAZ
Criado nos Estados
Unidos em 1961, os Corpos da Paz eram o programa governamental que melhor
representava a imagem modernizante da era John F. Kennedy. Contra a imagem do
americano imperialista e arrogante difundida pelo mundo, o então presidente
convocou uma legião de jovens idealistas, recém-formados em universidades e afinados
com o discurso de solidariedade e voluntarismo de luta contra a fome a pobreza.
Entre 1961 e 1980, centenas de norte-americanos vieram ao Brasil, especialmente
para o Nordeste, área considerada de alto risco subversivo pelo governo dos
EUA. Recife chegou a ter um dos maiores escritórios da USAid (a agência de
cooperação internacional norte-americana) do mundo, como parte de uma política
que visava minar a influência comunista representada pelas Ligas Camponesas de
Francisco Julião. Os voluntários atuaram no Brasil em projetos comunitários,
nas áreas da saúde, educação e, principalmente, em cooperativas agrícolas. O
objetivo era promover uma modernização de cunho liberal nos países
latino-americanos e combater as mazelas sociais que favoreciam a suposta
penetração comunista. Por outro lado, o programa acabou se tornando rota de
fuga para uma geração de jovens pacifistas que não queriam servir na Guerra do
Vietnã.
SOBRE O DOCUMENTÁRIO
Em Nome da América
lança um novo olhar sobre a presença dos EUA no Nordeste durante a ditadura
militar. Cineasta, pesquisador e professor de Cinema da UFPE, Fernando Weller
mergulhou na história de jovens voluntários norte-americanos que viveram no
Nordeste do Brasil pelo programa dos Corpos da Paz, nas décadas de 1960 e 70.
Ainda no início dos anos 1960, os Estados Unidos promoveram uma série de ações
na região com o objetivo de barrar o que era percebido como uma ameaça
comunista no campo – as Ligas Camponesas de Francisco Julião – e, ao mesmo
tempo, promover uma “modernização” de cunho liberal em um território
historicamente marcado pela fome e pela seca. Na mesma época, uma instituição
chamada Corpos da Paz, criada por John F. Kennedy e conhecida no Brasil como
Voluntários da Paz, trouxe milhares de jovens norte-americanos para atuar em
trabalhos comunitários e agrícolas em, particularmente, pequenas cidades no
interior do Nordeste. O documentário de Weller reúne imagens raras da atuação
dos voluntários em localidades remotas do Brasil, além de registros históricos
desconhecidos, como documentos do Serviço Nacional de Informações (SNI)
revelando a articulação entre setores da Igreja Católica e corporações
norte-americanas. O filme aborda ainda as contradições entre a política
intervencionista dos EUA no Nordeste e as histórias individuais dos
voluntários, representantes de uma idealista geração de jovens
norte-americanos.
SOBRE O DIRETOR
Fernando Weller tem
39 anos e nasceu em Niterói/RJ, onde se formou em Cinema, na Universidade
Federal Fluminense. Como pesquisador e acadêmico, dedicou-se ao estudo do
Cinema Documentário, particularmente à cinematografia norte-americana dos anos
1960. Tornou-se mestre em Imagem e Som pela UFF e concluiu doutorado em
Comunicação pela UFPE, com estágio doutoral na Universidade de Concordia, em
Montreal, Canadá. Publicou artigos sobre Cinema Direto norte-americano e
canadense. Atualmente, é professor adjunto da Universidade Federal de
Pernambuco, em Recife, no curso de Cinema e Audiovisual. Como realizador,
pesquisador e roteirista, Fernando atuou principalmente em documentários para
Cinema e TV. Codirigiu Língua Mãe (longa, doc., 2010), sobre o músico Naná
Vasconcelos, filmado em Angola, Portugal e Brasil. Em Nome da América é o
primeiro longametragem autoral de Fernando Weller, filme que materializa suas
preocupações nos campos da linguagem documental e da pesquisa histórica. Desde
2008, o cineasta vem realizando pesquisas sobre o tema do filme. O roteiro foi
selecionado pelo edital Longa Doc do Ministério da Cultura 2013 e recebeu
também recursos do 7o Edital FunculturaAudiovisual/ Fundarpe- Governo do Estado
de Pernambuco.
GRADE DE HORÁRIOS:
*Não abrimos
segundas-feiras
19 de abril
(quinta-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da
América (sessão de estreia com debate)
20 de abril
(sexta-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da
América
21 de abril (sábado)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da
América
22 de abril (domingo)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da
América
24 de abril (terça-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da
América
25 de abril
(quarta-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da
América
C i n e B a n c á r i
o s
Rua General Câmara,
424, Centro
Porto Alegre | RS |
CEP 90010-230
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Fone: (51) 34331204
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