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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Como os nossos pais



Sinopse: Rosa é uma mulher que almeja a perfeição como profissional, mãe, filha, esposa e amante. Filha de intelectuais e mãe de duas meninas pré-adolescentes, ela se vê pressionada pelas duas gerações que exigem que ela seja engajada, moderna e onipresente.

O convívio ao longo do tempo é sempre marcado por altos e baixos. Partindo desse pensamento, conseguimos ver através do olhar daquele que nos serve de exemplo e do que foi construído ou destruído ao longo desse percurso. O dia a dia é isso, de idas e vindas, de acertos e erros, dos quais começam quando nascemos, termina quando morremos e deixemos alguma história durante o nosso percurso. 
Rosa (Maria Ribeiro), como na maioria das mulheres, após escolher certos rumos da vida, parece que se encontra congelada no tempo. Seu dia a dia de mãe, talentosa em seu trabalho e esposa cansada em seus 38 anos se apresenta com uma imagem pálida do que já foi um dia. Numa reunião de família, do qual Rosa se encontra fora de sintonia da realidade dos demais, sua mãe (Clarisse Abujamra, espetacular), num momento de atrito durante o almoço, revela fatos surpreendentes sobre a verdadeira origem de sua filha e causando nela uma sensação desconcertante e irreversível.
Além disso, existem diversos motivos pessoas, dos quais levam a duvidar se as estradas seguidas na vida são realmente os que as tornam felizes e criando assim esse cenário de dúvida na trama. A protagonista segue caçando respostas para os seus dilemas, um remédio contra o temor e a coragem para realizar os seus sonhos mais íntimos. Em inúmeras situações, ela tem a convicção que não dá conta de tudo do que ela administra em sua vida, em momentos em que ela questiona o do porque ela tem que ser obrigada a seguir com esse peso nas costas. Rosa então seria uma representação que sintetiza com exatidão sobre a mulher de hoje, da qual consegue adquirir a sua vida livre, mas tendo que pagar um preço alto perante uma realidade que, infelizmente, ainda é comandada pelo machismo desenfreado.
Assim testemunhamos uma cruzada quádrupla de trabalho, dever de doméstica e na tentativa de contornar os problemas pessoais. O cansaço exposto na tela faz com que tenhamos simpatia pela protagonista e compreendendo ela mesmo em situações das quais poderíamos questioná-la. Se não vivemos um dia a dia como dela, pelo menos, com certeza nos lembraremos de alguém próximo a nós ou que cruzou em algum momento em nossas vidas.
O longa dirigido por  Laís Bodanzky, nos conquista gradualmente, pois a trama que, no principio soa simples, vai se descascando, nos envolvendo de uma forma convidativa e como se aquele universo dos personagens soasse de uma forma bastante familiar. Um filme que retrata a luta de boa parte das mulheres de ontem e hoje e que buscam um lugar ao sol sem tem ter que se preocupar com o seu amanhã.

Curiosidade: Como Nossos Pais foi vencedor das categorias de melhor filme, diretora (Laís Bodanzky), atriz (Maria Ribeiro), ator (Paulo Vilhena), atriz coadjuvante (Clarisse Abujamra), no Festival de Cinema de Gramado 2017, cuja premiação aconteceu no dia 26 de agosto, na serra gaúcha. Foram ao todo 6 Kikitos para o longa (incluindo montagem, para Rodrigo Menecucci), concedidos pelo júri.





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