Nos dias 30 e 31 de
Maio eu estarei participando do curso História do Cinema Gaúcho, criado pelo
Cine Um e ministrada pela Doutora, jornalista e professora Miriam de Souza Rossini. Enquanto os dois dias
da atividade não chegam, estarei postando por aqui os filmes rodados em nossa
terra (de ontem e de hoje) e que eu tive o privilegio de assistir.
PORTO DOS MORTOS
Sinopse: Num mundo
devastado onde as regras da realidade são ditadas por magia e loucura, um
policial vingativo persegue um assassino serial possuído por um demônio numa
batalha contra o mal absoluto.
A tentativa de se fazer outros gêneros de
filmes no Brasil é sempre bem vinda, mesmo que o resultado final dá aquela
sensação de que poderia ter sido melhor. Ao assistir Porto dos Mortos, o
cinéfilo mais atento irá notar um grande número de referencias de outros
filmes, desde ao gênero western spaghetti, Mad Max e a todo filme de zumbi que
é lançado hoje em dia. Mas quem espera uma turbinada de zumbis na tela, pode
acabar um pouco se decepcionando, pois a trama se entrega para outros rumos e
com isso os comedores de carne ficam um pouco pelo caminho durante a história.
Talvez a intenção do
cineasta Davi de Oliveira Pinheiro era jamais se prender a um único tema, mas
sim criar uma trama em que, pudesse reunir todos os ingredientes, do qual
sempre curtiu nos filmes de terror ao longo dos anos. Claro que, nem todos irão
comprar essa brincadeira, mas visto com a mente aberta, há de se aceitar numa
boa e sem compromisso de se levar a sério. Mas é uma pena que tenhamos que,
engolir certos personagens que, surgem na história, não tem muito que
acrescentar e sendo que um deles lembra por demais um dos personagens dos
filmes de George A. Romero. Quem se sai melhor é o Policial (Rafael Tombini),
que possui todas aquelas típicas características de anti-herói solitário, de
poucos amigos e com um passado nebuloso (um pouco explicado num curioso flashback).
Visualmente, o filme se limita em exibir a capital gaúcha assolada pelo
apocalipse e devido a isso, poderia ter sido feita em qualquer outro lugar que
o resultado seria então o mesmo. Porém, existem alguns pontos conhecidos pelo público
que surge na tela.
Embora tenha uma bela
fotografia do início ao fim, Porto Dos Mortos talvez sirva mais como exemplo de
como podemos ir mais longe dentro do gênero fantástico aqui no Brasil. Se a
primeira vista para alguns o filme ficou devendo, quem sabe os próximos que
terem a ideia de fazer um filme de terror possam ir ainda mais longe. Afinal de
contas, já faz um bom tempo (como exemplo vindos do Fantaspoa) que nós não
vivemos mais apenas de Zé do Caixão.
2 comentários:
thank you
سعودي اوتو
Valeu, mas aqui os comentários são somente para cinema
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