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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Cine Especial: CAVALEIROS DO ZODÍACO NO CINEMA: FINAL



 OS GUERREIROS DO ARMAGEDOM (1989)


Sinopse: Os cosmos de Poseidon, Abel e Éris, todos mandados ao inferno pelos Cavaleiros de Bronze, são usados para reviver Lúcifer, o mais cruel dos demônios. Decidido a se vingar de Atena, Lúcifer resolve destruir a Terra e enfrenta os Cavaleiros de Bronze.

Particularmente eu acho esse filme o mais fraco de todos os filmes estrelados pelos Cavaleiros. Não que a ideia de se misturar mitologia grega com passagens da santa bíblia seja ruim, mas o problema esta em ser uma animação que parece que foi feita as pressas, assim como o roteiro que mais parece ideias subaproveitadas nas tramas anteriores. Uma pena, já que Lúcifer é para muito um dos grandes vilões para aqueles que seguem a bíblia e tê-lo como oponente para ser derrotado daria um ótimo filme.
Por muito tempo, Os Guerreiros do Armageddon ficou sendo conhecida como o ponto final da saga dos Cavaleiros em animação, que felizmente isso não prosseguiu graças à chegada de Prólogo do Céu. Curiosamente, quando Os Guerreiros do Armagedom chegou ao Brasil em vídeo, havia ficado ausente uma cena em que mostra a bíblia sendo queimada, numa passagem em que Hyoga contando a origem de Lúcifer. A censura imposta era obviamente para não gerar polêmica, mas hoje em dia se pode ver o filme completo em DVD. 

Prólogo do Céu (2004)

 

"Quando o coração humano supera os seres divinos, o que os deuses vão perdoar e o que eles vão castigar?",

 

Sinopse: Os defensores da deusa Athena (Keiko Han) ainda estão se recuperando de uma batalha contra Hades quando são obrigados a enfrentar um novo inimigo: Apolo, que lidera os cavaleiros celestiais e quer tomar o controle do santuário. Sem poder contar com a ajuda dos cavaleiros de ouro, cujas almas foram seladas para sempre pelos deuses, Seiya (Tôru Furuya) e os demais cavaleiros de bronze precisarão enfrentar sozinhos este desafio.

Um dos segredos do sucesso da cine série Harry Potter é que em cada capitulo ela amadurecia, conforme o seu publico crescia e começava a levar as coisas mais a sério. Essa formula funcionou muito bem e serviu de exemplo de como uma franquia deve tratar o seu publico fiel. Parece que o Prólogo do Céu seguiu essa mesma formula, que embora tenha estreado numa época que todos os fãs dos Cavaleiros já haviam crescido, ele respeita esse fato, ao ponto de nos apresentar uma trama mais madura e disparada à melhor historia dos personagens até aqui.
O filme foi lançado como uma forma de comemorar os 30 anos de carreira de Masami Kurumada e ao mesmo tempo de tentar se criar uma nova série para a TV a partir desse filme. A idéia acabou não vingando, mas visto hoje, é um filme que merece ser visto com respeito. Ao começar com o fato de respeitar os eventos da saga Hades, mesmo numa época em que ela ainda não havia sido concluída em anime.
Visualmente a animação é lindíssima, clara e cada cena apresentada é um verdadeiro mosaico de detalhes. Esse capricho também é posto na trama, onde Athena se vê obrigada a abandonar a terra por ordem dos Deuses, para assim, poupar os seus cavaleiros de um julgamento divino. É claro que Seya e seus amigos novamente vão para salva-la, mesmo contrariando as suas ordens e a dos Deuses.
É ai que os fãs começam a sentir a diferença da abordagem da trama, já que é sempre discutido por um personagem ou outro, sobre o porquê dos protagonistas (principalmente Seya) se sacrificarem tanto por Athena e será que é isso que os faz mais forte que seus oponentes? Ou seria uma escolha que eles acreditam por um bem maior? Isso é levado a outras questões sobre qual é o papel dos Deuses com relação aos humanos.
No ato final, Seya critica o papel dos Deuses, alegando que eles ridicularizam os humanos e que desejam a extinção deles por insolência. Com isso, Seya os desafia, alegando que por eles agirem assim, nós não precisamos deles, pois temos potencial para seguirmos em frente independente da existência deles ou não. Ou seja: a mensagem que passa para nós e que temos o potencial para criarmos os nossos próprios milagres, pois se seguirmos fiéis há uma escolha, podemos então vencer qualquer obstáculo da vida.
Essa mensagem, carga emocional, vocabulário adulto e um final que deixa inúmeras perguntas no ar, é o que fazem dessa produção o melhor filme dos Cavaleiros para o cinema desde então.  


Leia mais sobre Cavaleiros dos Zodíaco no site oficial clicando aqui.

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