Sinopse: Na luta para
defender Atena e colocá-la em seu lugar de direito, os Cavaleiros de Bronze
lutam para superar o Mestre do Santuário e os poderosos Cavaleiros de Ouro,
guardiões das 12 casas. Inicialmente chamado de "Saint Seiya - Knights of
the Zodiac", o filme é uma adaptação para os cinemas da saga
"Cavaleiros do Zodíaco".
E lá se vão 20 anos desde
Cavaleiros do Zodíaco desembarcou por aqui, conquistando uma legião de fãs de
todas as idades e abrindo as portas para outros animes como por exemplo Dragon
Ball. Foi uma época inesquecível, em que muitos meninos e meninas paravam de
fazer o que estavam fazendo e ficava na frente da TV no final da tarde para
assistir o programa. Como eu fui um de muitos daquela época, sei como foi
aquela febre toda.
Exatamente 20 anos depois, chega aos cinemas Cavaleiros do Zodíaco: A lenda do Santuário, que condensa a mais famosa saga dos personagens para o cinema e o resultado, digamos que é apenas razoável. Não que o filme não seja divertido, mas não é essa maravilha e possui inúmeros pontos falhos, além de furos no roteiro inexplicáveis. Talvez o maior problema mesmo tenha sido o fato de colocar uma saga como essa, que foi tão extensa no seriado, condensado num filme de apenas uma hora e meia.
Exatamente 20 anos depois, chega aos cinemas Cavaleiros do Zodíaco: A lenda do Santuário, que condensa a mais famosa saga dos personagens para o cinema e o resultado, digamos que é apenas razoável. Não que o filme não seja divertido, mas não é essa maravilha e possui inúmeros pontos falhos, além de furos no roteiro inexplicáveis. Talvez o maior problema mesmo tenha sido o fato de colocar uma saga como essa, que foi tão extensa no seriado, condensado num filme de apenas uma hora e meia.
Ainda que os roteiristas
tenham sido habilidosos em conseguir nos primeiros minutos explicar sobre
aquele universo para essa nova geração, a sensação que se dá é que o resultado
poderia ter sido muito melhor se tivessem colocado meia hora a mais para então
ter um melhor desenvolvimento na trama. Em vez disso, os principais personagens
são literalmente jogados na tela, sem ao menos a gente ter uma exata noção de
onde eles vieram e tão pouco um vislumbre dos seus treinamentos que fizeram deles
cavaleiros para defender Atena. Para a nova geração que nunca viu o seriado,
até que isso passa batido, mas para o publico fã de carteirinha é preciso saber
separar o seriado e o filme que são duas coisas completamente diferentes.
Gosto de pensar pelo menos que
o filme nasceu para se criar uma sensação de pura nostalgia e é exatamente isso
que acontece, quando surgem os principais personagens, que são Seya, Shun,
Ikki, Hyoga, Shiryu e Atena na telona. Porém, de todos eles, Seya é que mais
esta diferente: de um cavaleiro que sofria e repetia inúmeras vezes que
salvaria Atena, acabou virando um personagem cômico, soltando inúmeras piadinhas,
por vezes em momentos inadequados. Até que gostei dessas mudanças, pois não acredito
que essa geração nova teria paciência em ver o personagem ficar repetindo inúmeras
vezes à mesma coisa (tenho que salvar Atena, tenho que salvar Atena).
Visualmente, os personagens estão
muito bem caracterizados, sendo que a computação gráfica criou mais realismo em
suas armaduras. Porém, é percebível que os produtores quiseram agradar essa geração
nova que curte Transformes, pois as armaduras em muitos momentos lembram quando
os carros se transformavam em robôs. Outra coisa que eu reparei foi aproximação
que eles quiseram dar para essa geração que curte as adaptações de HQ
atualmente, pois quando Ikki surge pela primeira vez, parecia um Batman
oriental.
Falando HQ, é mais do que perceptível
que a nova versão do santuário apresentada por aqui, é uma copia descarada de
Asgard dos filmes de Thor, sendo que até a forma como eles chegam por lá é idêntica.
Falando em santuário, é ai que o filme possui seus maiores problemas e maior
numero de readaptações. Quem acompanhou a saga em que os personagens tinham a
missão de atravessar as 12 casas do zodíaco para salvar Atena, se lembra muito
bem que isso durou inúmeros episódios, mas aqui a coisa dura menos de uma hora
ou nem isso.
Sendo assim, os roteiristas
pisaram no acelerador e fez com que os protagonistas atravessassem as 12 casas,
para enfrentar os cavaleiros de ouro, mas de uma forma tão rápida que muito
deles não foram bem aproveitados (como Afrodite de Peixes). E se faltou tempo
para melhor apresentação dos cavaleiros dourados, o que dizer de algumas readaptações
duvidosas: se o fato de Milo de Escorpião ter se tornado mulher é passável, a
nova versão de Mascara da Morte é triste, com o direito de ser uma versão
tabajara de Jack Sparrow de Piratas do Caribe, que fica cantarolando na casa de
Câncer que nem os vilões da Disney. Nesta cena, confesso que tive que me
encolher de vergonha no cinema, pois Mascara da Morte foi um dos maiores vilões
do anime e vê-lo assim é desconcertante.
Se há lamentos durante a
travessia das 12 casas, pelo menos é genial ver os golpes conhecidos de nossos
personagens explodindo na telona, sendo moldados pelo melhor que os efeitos
visuais de hoje em dia pode oferecer. Mas é ai que surge o maior perigo também,
pois se exagera na dose, se cria algo grotesco. É exatamente isso que acontece
quando no ato final, os efeitos visuais acabam meio que tomando por demais a
trama e quando era para a gente curtir o embate clássico entre o vilão Saga de Gêmeos
contra Seya, os efeitos visuais acabam
meio que prejudicando o resultado final.
Com pequenas dicas
para uma eventual (duvidosa) sequência, Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do
Santuário foi um filme que nasceu para agradar, tanto a geração que cresceu
assistindo o anime, como também essa geração atual que nunca tinha ouvido falar
dela antes. Porém, fica a sensação que os produtores não souberam agradar ambos
os lados e resultado final é simplesmente entretenimento mediano com uma dose
aqui e ali de nostalgia.
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