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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cine Especial: SERGIO LEONE - ERA UMA VEZ O SPAGHETTI WESTERN: Parte 4

Nos dias 15 e 16 de agosto, estarei participando do curso SERGIO LEONE - ERA UMA VEZ O SPAGHETTI WESTERN, criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor Rodrigo Carreiro. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei desse  cineasta, que deu novo status para o gênero do Western e que se sente isso até hoje.   

Meu Nome É Ninguém
  
Sinopse:De autoria da grande lenda do faroeste Sergio Leone, chega um bangue-bangue de arrepiar! O jovem e ambicioso pistoleiro conhecido como "Ninguém", está de olho em seu ídolo, o Rei do Gatilho, conhecido como Jack Beauregard que já pensa em se aposentar. Decidido a evitar que seu herói deixe o cano do revólver esfriar, ele lhe prepara uma emboscada com os piores bandidos do Oeste, apenas para vê-lo em ação pela última vez, o que resulta em um desfecho memorável, que se tornou um dos finais mais famosos em comédias de ação!

Por estarmos acostumados ao humor negro de seus clássicos filmes, é de se espantar ver Sergio Leone dirigir um filme com um tom pastelão e cartunesco como este. Felizmente, o criador do “estranho sem nome”, nos proporciona ótimas risadas, levando agente para um lado mais divertido do velho oeste. Aliás, o gênero de humor, misturado com esse gênero, seria algo que apareceria muito nos anos 70, sendo que na maioria deles, seriam estrelados por Terence Hill e  “Meu Nome é Ninguém” está entre os melhores estrelados por esse cômico ator.
Embora nos créditos, a direção fica a cargo de Tonino Valerii, da para perceber que o filme ficou bem dividido entre ele e Leone, e acredito que Valerii tenha aprendido ao máximo, a maneira que Leone filmava determinadas cenas. Muito embora, acredito que os primeiros dez minutos de projeção foi todo feito por Leone, pois tudo que se vê ali é algo muito similar no que agente já viu em suas obras anteriores como Era uma vez no Oeste. Logo de cara, somos apresentados ao prólogo de um dos pistoleiros mais rápidos do mundo: Jack Beauregard (Henry Fonda), o qual mata três homens ao som de um único disparo, embalado pela conhecida e bela trilha sonora orquestrada por Ennio Morricone.
Quando somos apresentados a “ninguém”(Terence Hill), o tom muda radicalmente, como se fosse outro filme e sintetizando todo o lado bem humorado que o personagem nos proporcionaria no decorrer da trama. É neste momento, que fica claro a presença de Tonino Valerii na direção, e no decorrer do filme, tanto ele como Leone faria rodízios no decorrer das cenas. Normalmente essa forma de criar um filme não daria certa, mas pelo visto, a relação de trabalho de ambos os cineastas deve ter sido ótima, pois o filme nos proporciona momentos muito engraçados e antológicos. A seqüência em que o personagem de Fonda confronta 150 homens a cavalo, com a ajuda (ou não) de “ninguém” é magistral e muito bem orquestrada.
 Enfim, cheio de referências, sem apego aos clichês e com uma direção impecável. 


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2 comentários:

disse...

Gosto da parceria de Leone com Eastwood. Ainda não vi este filme, mas só de ter Henry Fonda no elenco já me anima a procurá-lo. Interessante o filme ter comicidade. Gerlamente era John Ford que adicionava elementos cômicos a seus westerns.
Abraços!

Marcelo Castro Moraes disse...

Assisti esse filme recentemente, e me pegou desprevenido, pois nunca imaginava Leone num filme como esse com um tom de humor pastelão mas certeiro.