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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 13 de julho de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'Thor: Amor e Trovão'

Sinopse: A cruzada de Thor é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que procura a extinção dos deuses. 

Taika Waititi gosta de oscilar a mais pura comédia com momentos dramáticos e fazendo com que essa mistura se torne um tanto que incomum e estranha em um primeiro momento. Foi essa minha sensação quando eu assisti ao seu premiado "Jojo Rabbit" (2019), cujo o humor e drama se misturavam e causando diversas sensações durante a sessão a todo momento. "Thor: Amor e Trovão" (2022) não veio somente para ser uma continuação do genial "Thor: Ragnarok" (2017) como também veio para incomodar, dividir a opinião do público, crítica e se tornando um exemplo de como Waititi gosta de esculhambar determinado gênero que cai no seu colo.

Após os acontecimentos de "Vingadores - Ultimato" (2019), Thor ansiando por um propósito, retorna a Nova Asgard e sua aposentadoria é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr (Christian Bale), o Carniceiro de Deus, que busca a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rainha Valquíria (Tessa Thompson), Korg (Taika Waititi) e Jane Foster (Natalie Portman), sua ex-namorada, que - para surpresa de Thor - inexplicavelmente consegue empunhar seu martelo mágico, Mjolnir, o que imbuiu Jane com o poder de Thor. Juntos, eles embarcam em uma aventura cósmica para descobrir o mistério da vingança do God Butcher e detê-lo antes que seja tarde demais.

Se você gostou muito de "Thor: Ragnarok" com certeza irá também gostar desse, porém,  Waititi pisa no acelerador de tal forma que tudo vira uma grande mistura e que nos faz a gente se se perguntar se ele e os demais realizadores não cheiraram alguma coisa durante a realização da obra. Só dessa maneira para explicar a sua abertura, já que ela é dramática, pois revela a origem do ódio de Gorr tem contra os deuses, mas que logo vira uma piada colorida no momento em que uma das entidades celestiais surge como algo mesquinho, piadista e tirando sarro do sofrimento do vilão. Logo em seguida tudo vira algo cartunesco, como se fosse um grande desenho animado de antigamente e com um Thor com diversas frases de efeito e fazendo piada a todo momento.

A fórmula Marvel de fazer piadas sempre esteve lá desde o seu nascimento, mas aqui nas mãos do cineasta ele eleva esse ingrediente de tal forma que nos dá a entender que ele está fazendo piada com o próprio gênero que anda transitando atualmente entre o sucesso e o esgotamento. Ao assumir a obra como uma verdadeira farsa no bom sentido da palavra isso faz com que não levemos a sério o filme em momento algum, mesmo quando surge os momentos dramáticos que provocam dentro de nós diversas  sensações que acabam se chocando a todo momento. Belo exemplo disso é quando Thor está em sua maior glória para logo a seguir testemunharmos o drama da personagem Jane Foster que luta contra o câncer.

Inspirado em uma das melhores passagens da personagem nas HQ, Jane Foster ganha maior importância dentro do universo do MCU e Natalie Portman finalmente entrega uma atuação digna para a personagem, mesmo que sintamos que poderia ter sido melhor ela protagonizando o seu próprio filme. Porém, a química dela com Chris Hemsworth está ótima, principalmente pelo fato do ator está mais a vontade do que nunca encarnando novamente o personagem e por soltar por completo a sua veia cômica. Claro que os fãs mais velhos do personagem sempre irão reclamar que esse não é o Thor que eles amavam, porém, isso é cinema e não adianta exigir sempre fidelidade pura e plena.

Curiosamente, o filme sofre com certos efeitos visuais falsos demais em alguns momentos, como se a todo momento os atores estivessem contracenando com o fundo verde e tornando tudo muito mais inverossímil. Mas quando chega neste patamar, eis que Waititi esculhamba ainda mais, principalmente ao colocar os heróis em um cenário que mais parece que foi extraído dos filmes do Zack Snyder e tornando tudo mais pesado. Um artificio para a gente esquecer em um primeiro momento que tudo parecia uma piada pronta, para logo depois nos passar uma sensação claustrofóbica.

Falando em piada pronta, não tem como não deixar de rir do retrato que é feito dos Deuses do Olimpo, sendo que aqui Zeus em nada lembra um Deus Supremo, mas sim um diretor de segunda categoria de alguma rede de televisão aberta. Longe dos seus tempos de glória dentro do cinemão norte americano, Russel Crowe se entrega ao ridículo em uma cena que poderia em tempos passados facilmente enterrar a carreira de um ator, porém, ela funciona pois o filme é vendido para ser uma grande aventura ridícula. O tom farsante da trama funciona mesmo quando o realizador nos choca com momentos pesados e todos orquestrados pelo vilão Gorr.

Camaleão como sempre, o ex-Batman Christian Bale se entrega em uma atuação que transita entre momentos shakespearianos para a mais pura canastrice e nos surpreendendo como um ser que realmente nos assusta ao sair das sombras. É o personagem mais bem desenvolvido dentro da história, já que ele possui começo, meio e fim, sendo que é algo bem diferente do que acontece com alguns outros personagens, como no caso, por exemplo de Valquíria (Tessa Thopson), uma personagem com um enorme potencial, mas que aqui quase cai ao segundo plano do conflito. Quanto ao casal de heróis central, cada um tem o seu destino traçado ao final da aventura, mas ambos obtendo uma brecha para um eventual novo capítulo da saga.

Com um final que dá novos indícios sobre os rumos do MCU no cinema, "Thor: Amor e Trovão" é uma grande piada no bom sentido da palavra orquestrada pelo realizador  Taika Waititi, pois já que esse gênero se encontra em certo declínio nada melhor então do que rirmos do mesmo estando neste momento na beira do precipício. 

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segunda-feira, 11 de julho de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'O RIO DE JANEIRO DE HO CHI MINH'

Sinopse: O neto de um marinheiro sobrevivente da Rebelião Chibata tenta transformar em documentário a história que ouviu de seu avô quando criança. Na década de 1910, o velho era amigo de Ho Chi Minh, trouxe o futuro líder vietnamita para o Rio de Janeiro e o apresentou ao socialismo. 


Em tempos de fake news em que essa nova geração está sendo contaminada através dos celulares fica muito difícil para os mesmos descobrirem o que é verdade ou mentira hoje em dia. Curiosamente, até mesmo a própria história está sendo modificada por aqueles que tentam a todo custo esconder a verdade, nem que para isso gere uma guerra de opiniões no mundo real e que não leve a lugar algum. "O Rio de Janeiro de Ho Chi Minh" (2022) nos convida para conhecermos uma história verossímil, mas que não significa que ela seja 100% verdadeira com relação aos fatos.

Com roteiro e direção de Claudia Mattos, o documentário começa quando um neto de um marinheiro sobrevivente da Rebelião Chibata escuta a história que ouviu de seu avô quando era criança, ele tenta transformar a vida da figura em documentário. Na década de 1910, o velho era amigo de Ho Chi Minh, e trouxe o futuro líder vietnamita para o Rio de Janeiro e o apresentou ao socialismo. Essa amizade mudou a história do século XX.

Anos atrás eu havia participado de um curso do Cine Um aqui em Porto Alegre intitulado "O Que é Um Documentário?" e ministrado por Rafael Valles. Nele, nos foi apresentado as mais diversas formas de se criar um documentário, sendo que alguns transitavam entre o realismo e a mais pura fantasia para se criar um possível enredo verídico. No caso documentário de Claudia Mattos há uma carga de informações que nos faz crer que os relatos despejados na tela sejam verídicos, mas ao mesmo tempo tendo indícios de que alguns pontos podem terem sido romanceados ou até mesmo inventados.

É curioso observar, por exemplo, ao constatarmos que tanto Daniel Leite como a cineasta param no que estão fazendo e começam a discutir o andamento do projeto, já que ela está duvidando de alguns pontos sobre o que ele está relatando sobre o seu avô e de sua ligação com Ho Chi Minh. Esses momentos se estendem em diversos pontos do documentário, sendo que em meio a eles somos apresentados, tanto a história do Vietnã, como também o cenário do Rio de Janeiro do início do século 20. Nestes momentos tudo é bastante romanceado, com direito de ser incrementado atores representando os dois amigos do passado, assim como também diversas fotos históricas sendo jogadas na tela e fazendo a gente ficar em um verdadeiro impasse com relação ao que nos é apresentado.

Dúvidas a parte, o documentário é rico de informações, ao não somente falar um pouco das raízes do comunismo no Vietnã, como também falar um pouco da cultura brasileira do início do século passado e de como a mesma foi aos poucos sendo modificada ao longo do tempo. Curiosamente, é interessante observar que as adversidades daqueles tempos longínquos não são muito diferentes do nosso tempo, sendo que o RJ sofreu com o impacto da Gripe Espanhola e vendo as fotos das ruas vazias daqueles tempos nos passa uma verdadeira sensação de um Déjà vu com relação ao que nós do presente passamos.

Resumidamente, o documentário é um exercício que faz o espectador pôr em prática os seus pensamentos com relação as informações que vai colhendo. Se uma obra como essa lhe faz pensar sobre o que é falso e verdadeiro o que lhe impede de investigar notícias que são facilmente lançadas para você no seu celular? O lado fácil lhe impede de pensar enquanto algo mais complexo lhe desafia para raciocinar.

O documentário "O Rio de Janeiro de Ho Chi Minh" é um verdadeiro exercício investigativo com relação aos fatos históricos e fictícios, mas que cabe a você parar para pensar e decidir sobre o que é realmente verossímil.  

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 14 a 20 de julho de 2022

 SEGUNDA SEMANA DA MOSTRA FILME COMO UM OBJETO NO ESPAÇO

De 15 a 17 de julho, a Cinemateca Capitólio apresenta a segunda jornada de exibições da mostra Filme como um objeto no espaço: Um olhar sobre acervos de cinema, um levantamento de onze projetos recentes de preservação e restauração de filmes de todo o mundo, além de vislumbres dos acervos envolvidos. Serão apresentadas obras de Sara Gómez, Henri Plaat, Djibril Diop Mambéty, Marta Rodríguez e Jorge Silva, Wendell B. Harris Jr, Zora Neale Hurston, Spencer Williams. Todas as sessões serão introduzidas por Aaron Cutler e Mariana Shellard, curadores da mostra. No sábado, 16 de julho, às 19h, a sessão A revolução de Sara Gómez, com quatro filmes da diretora cubana, será comentada pela crítica e pesquisadora Juliana Costa.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5163/filme-como-um-objeto-no-espaco-um-olhar-sobre-acervos-de-cinema/


OBRA-PRIMA DE HOU HSIAO-HSIEN EM EXIBIÇÃO

Entre os dias 14 e 20 de julho, a Cinemateca Capitólio exibe o marco da Nouvelle Vague Taiwanesa dos anos 1980, Um Tempo para Viver, um Tempo para Morrer, realizada pelo cultuado diretor Hou Hsiao-hsien. O valor do ingresso é R$ 10,00. Apoio: Versátil Filmes.


Mais informações:  http://www.capitolio.org.br/eventos/5219/um-tempo-para-viver-um-tempo-para-morrer/


SEGUINDO TODOS OS PROTOCOLOS E OS PRIMEIROS SOLDADOS EM CARTAZ

A Cinemateca Capitólio exibe dois longas-metragens brasileiros nesta semana: Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal, a partir da quinta-feira, 14 de julho, e Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira, a partir da terça-feira, 19 de julho. 


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5221/seguindo-todos-os-protocolos/  e http://www.capitolio.org.br/eventos/5223/os-primeiros-soldados/


GRADE DE HORÁRIOS

14 a 20 de julho de 2022


14 de julho (quinta-feira)  

15h – Seguindo Todos os Protocolos

16h30 – Um Tempo para Viver, um Tempo para Morrer

19h – Seguindo Todos os Protocolos


15 de julho (sexta-feira)

15h – Seguindo Todos os Protocolos

17h – Um Tempo para Viver, um Tempo para Morrer

19h30 – As poéticas de Plaat


16 de julho (sábado)

14h30 – Um Tempo para Viver, um Tempo para Morrer

17h – O Franco + Chircales

19h – A revolução de Sara Gómez + debate


17 de julho (domingo)

15h – Seguindo Todos os Protocolos

17h – Pioneiros do cinema afro-americano

19h – O Camaleão


19 de julho (terça-feira)

15h – Seguindo Todos os Protocolos

16h30 – Um Tempo para Viver, um Tempo para Morrer

19h – Os Primeiro Soldados


20 de julho (quarta-feira)

15h – Seguindo Todos os Protocolos

17h – Os Primeiro Soldados

19h – Um Tempo para Viver, um Tempo para Morrer


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domingo, 10 de julho de 2022

Cine Especial: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Um dia de Cão'

CICLO NOVA HOLLYWOOD

Sessão comentada Clube de Cinema

ENTRADA FRANCA

Local: Sala Redenção, Campus Central da UFRGS

Data: 12/07/2022, terça-feira, às 19:00 horas


"Um Dia de Cão" (Dog Day Afternoon)

EUA, 1975, 125 min, legendado, 14 anos


Direção: Sidney Lumet

Elenco: Al Pacino, John Cazale, Penelope Allen, Carol Kane, Sully Boyar, Charles Durning

Sinopse: Quando o inexperiente criminoso Sonny Wortzik lidera um assalto a um banco em Brooklyn, as coisas rapidamente dão errado e uma situação de refém se desenvolve. Sonny e seu cúmplice, Sal Naturile, tentam desesperadamente permanecer em controle, mas a mídia vai à loucura e o FBI chega, criando uma tensão ainda maior. Gradualmente, os verdadeiros motivos para o roubo são revelados.

Sobre o filme: 

Dizem que a realidade é mais estranha que a ficção em alguns casos. Obstinado a encontrar um caso como este, Sidney Lumet logo achou o que procurava: o bizarro assalto amador ocorrido no Brooklyn em 1972. Os detalhes e a motivação para que dois homens invadissem um banco e tentassem faturar uma grana impulsionaram a história na época como um grande “causo” americano. Essa inusitada história rendeu um dos maiores clássicos da "Nova Hollywood", mostrando como era possível apostar um orçamento firme em um diretor talentoso que certamente conseguiu trazer um resultado arrebatador nesse longa tão peculiar.

Em meio a crise econômica, escândalos políticos e guerra do Vietnã interminável, estava um povo norte americano revoltado com a situação em que vivia e "Umm Dia de Cão" é um ótimo retrato dessa época. Vendo um assaltante que faz discursos inflamados na frente do banco, as pessoas que pararam para ver o aplaudem e torna a situação em um espetáculo, o que será bom para inúmeros lados, tanto para os assaltantes como para mídia, fazendo lembrar logicamente outro clássico do gênero como "A Montanha dos Sete Abutres" (1951) ou até mesmo o mediano filme da decada de noventa "O Quarto Poder" (1997).  Al Patino novamente entrega um papel intenso e único que nos faz imediatamente torcer por ele, mesmo estando fazendo algo que não é certo. Destaque para o personagem de John Cazale, ator que teve carreira curta mas sempre é bem lembrado por esse papel e pelo seu desempenho como Fredo no "Poderoso Chefão I e II".

Por fim, quando a Nova York suja e marginalizada de “Um dia de Cão” surge na tela e “Amoreena”, do Elton John, ao fundo, o espectador jamais imaginaria o que estaria  por vir. 


Curiosidades: A conversa que os personagens de Al Pacino e Chris Sarandon têm ao telefone foi toda improvisada pelos atores. m Dia de Cão não tem trilha sonora em momento algum do filme.

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sexta-feira, 8 de julho de 2022

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'O Carteiro e o Poeta'

Sinopse: Pablo Neruda passa a viver em uma pequena ilha italiana, e há tanta correspondência endereçada ao escritor que Mario, até então desempregado, é contratado como carteiro.  

Aplaudido pelo público e pela crítica do mundo inteiro, " Carteiro e o Poeta" é um filme inesquecível e envolvente sobre a busca do amor e da aceitação. Numa remota ilha do Mediterrâneo, Mario Ruoppolo (Massimo Troisi), um tímido e simplório filho de pescadores, é contratado para entregar cartas ao "poeta do amor" Pablo Neruda (Philippe Noiret). Surge entre os dois uma terna amizade, enquanto Mario pede ajuda a Neruda para ganhar o coração de uma belíssima mulher (Maria Grazia Cucinotta).

Durante o namoro, com muitas cenas engraçadas, o poeta interior de Mario é despertado, trazendo o romantismo e o autoconhecimento como o maior presente de sua vida. Com interpretações poderosas e imagens espetaculares, esta história vai envolver você completamente. “O carteiro e o poeta” é uma co-produção ítalo-francesa dirigida por Michael Radford com roteiro de Anna Pavignano, Michael Radford e Massimo Troisi, tendo como atores principais Phillipe Noiret e Masimo Troisi, baseado no livro de Antonio Skarmeta Il postino di Neruda que, literalmente, seria traduzido por “O carteiro de Neruda”.

O papel feminino principal coube a Maria Grazia Cucinotta. Radford nasceu na Inglaterra e seus primeiros trabalhos cinematográficos foram para a tevê. Fez vários documentários para a BBC de Londres e, em 1984, seu primeiro longa-metragem foi premiado no festival de Cannes. Depois de anos no ostracismo, foi convidado por Massimo Troisi para co-dirigir “O carteiro e o poeta”. Troisi era italiano e nasceu em 1953. Sua carreira no cinema foi sempre de comediante. O livro de Skarmeta o encantou e decidiu dirigir, juntamente com Michael Radford, o filme no qual se incumbiu do papel principal, seu primeiro papel sério.

Portador de cardiopatia, Massimo Troisi desmaiou algumas vezes durante as filmagens e Radford lhe propôs abandonar o filme, mas Massimo não concordou. Lutou com toda a garra pelo filme ao qual deu a própria vida. O coração de Troisi, que aguardava um transplante, falhou 12h após a conclusão das filmagens. O Oscar de melhor ator foi a maior homenagem póstuma, e a belíssima trilha sonora de Luis Bacalov também ganhou a estatueta de ouro de Hollywood.

É um filme para todos os sentidos e em todos os sentidos. A fotografia é linda, a música, maravilhosa e os textos, magníficos. Um libelo à amizade, à fraternidade e à lealdade. Uma ode ao amor e à poesia. Uma prova incontestável de que a poesia pode estar em toda parte, basta que alguém seja capaz de resgatá-la para fazer-se poeta.

Mas a maior grandeza do filme é a ternura com que lida com a amizade tão improvável entre o poeta e o iletrado, entre o comunista das letras e o simplório homem do povo. Para conquistar Beatrice (o nome, claro, remete a Dante), o carteiro diz para ela versos que Neruda escreveu para sua própria mulher; o poeta diz a ele que ele roubou, ao que ele responde, no que talvez seja o diálogo mais brilhante num filme de ótimos diálogos: Eu não roubei; a poesia é de quem precisa dela, e eu precisava. E o comunista Neruda diz: É, é uma forma interessante de apropriação de um bem.

"O Carteiro e o Poeta" é uma declaração de amor a todos que buscam novos rumos na vida através da arte da poesia. 

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quinta-feira, 7 de julho de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (07/07/2022)

 THOR: AMOR E TROVÃO

Sinopse: “Thor: Amor e Trovão”, da Marvel Studios, encontra o Deus do Trovão numa jornada diferente de tudo o que já enfrentou – a procura pela paz interior. Mas a reforma de Thor é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que procura a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rei Valkiria, de Korg e da ex-namorada Jane Foster, que – para surpresa de Thor – empunha inexplicavelmente o seu martelo mágico, Mjolnir, e se intitula a Poderosa Thor. 


ELVIS

Sinopse: Elvis de Baz Luhrmann explora a vida e a música de Elvis Presley (Butler), visto através do prisma de sua complicada relação com seu enigmático empresário, o coronel Tom Parker (Hanks). A história investiga a complexa dinâmica entre Presley e Parker ao longo de 20 anos, desde a ascensão de Presley à fama até seu estrelato sem precedentes, tendo como pano de fundo a paisagem cultural em evolução e a perda da inocência na América. No centro dessa jornada está uma das pessoas mais importantes e influentes na vida de Elvis, Priscilla Presley (DeJonge).



LOLA E SEUS IRMÃOS

Sinopse: Lola, uma jovem advogada, se apaixona por um de seus clientes; Benoît que se casou pela terceira vez, vai ser pai sem estar preparado; Pierre está passando por sérios problemas profissionais. Lola, Benoît e Pierre são irmãos. São muitos os motivos que poderiam afastá-los, mas eles são inseparáveis.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 07 A 13 DE JULHO

 ESTREIA:

GYURI

Brasil/ Documentário/ 1h28m

Direção: Mariana Lacerda

Sinopse: Uma linha geopolítica improvável entre a pequena aldeia húngara de Nagyvárad e a Terra Indígena Yanomami, na Amazônia brasileira. Judia, sobrevivente da Segunda  Guerra, Claudia Andujar exilou-se no Brasil e dedicou a vida à salvaguarda dos povos Yanomami. Seu valioso acervo, sua militância incansável, seu passado de guerra e a vulnerabilidade atual dos indígenas são revistos por meio de diálogos de Andujar com o xamã Davi Kopenawa e o ativista Carlo Zacquini, com a interlocução do filósofo húngaro Peter Pál Pelba

Confira o trailer: https://youtu.be/GkHkXrWMEFM


CONTINUAÇÕES:


CARRO REI

Brasil / 2021 / ficção / 97min.

Direção: Renata Pinheiro

Sinopse: Uno tem um dom fantástico: ele consegue se comunicar com carros. Quando uma nova leiproíbe a circulação de carros velhos, e coloca a empresa de táxi do seu pai em perigo, o rapazbusca orientação com seu melhor amigo de infância, um carro de inteligência extraordinária. Junto com seu tio, um mecânico inventivo, eles armam um plano para burlar a lei,  transformando carros velhos em “novos”. O carro renasce e seu nome é Carro Rei - um  carro que pode falar, pode ouvir, pode até se apaixonar. Um carro que tem planos para todos. Elenco Principal: Matheus Nachtergaele, Luciano Pedro Jr, Jules Elting, Clara Pinheiro, Adélio Lima, Ane Oliva


AMIGO SECRETO

Brasil / Documentário/  2022 / 128min

Direção: Maria Augusta Ramos

Sinopse: Em 2019, a entrada do ex-juiz Sergio Moro no governo Bolsonaro e o vazamento de  mensagens trocadas por ele com procuradores e autoridades abalam a credibilidade da Operação Lava Jato. Um grupo de jornalistas acompanha os desdobramentos do caso, enquanto o país mergulha em uma sequência de crises que começa a ameaçar a sua democracia.


HORÁRIOS DE 07 A 13/7 (não há sessões nas segundas- feiras):

Dias 07, 08, 09, 10, 12 e 13/7:


14h30 : AMIGO SECRETO

17h : CARRO REI

19h: GYURI


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.


CINEBANCÁRIOS

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br