Sinopse: Pablo Neruda passa a viver em uma pequena ilha italiana, e há tanta correspondência endereçada ao escritor que Mario, até então desempregado, é contratado como carteiro.
Aplaudido pelo público e pela crítica do mundo inteiro, " Carteiro e o Poeta" é um filme inesquecível e envolvente sobre a busca do amor e da aceitação. Numa remota ilha do Mediterrâneo, Mario Ruoppolo (Massimo Troisi), um tímido e simplório filho de pescadores, é contratado para entregar cartas ao "poeta do amor" Pablo Neruda (Philippe Noiret). Surge entre os dois uma terna amizade, enquanto Mario pede ajuda a Neruda para ganhar o coração de uma belíssima mulher (Maria Grazia Cucinotta).
Durante o namoro, com muitas cenas engraçadas, o poeta interior de Mario é despertado, trazendo o romantismo e o autoconhecimento como o maior presente de sua vida. Com interpretações poderosas e imagens espetaculares, esta história vai envolver você completamente. “O carteiro e o poeta” é uma co-produção ítalo-francesa dirigida por Michael Radford com roteiro de Anna Pavignano, Michael Radford e Massimo Troisi, tendo como atores principais Phillipe Noiret e Masimo Troisi, baseado no livro de Antonio Skarmeta Il postino di Neruda que, literalmente, seria traduzido por “O carteiro de Neruda”.
O papel feminino principal coube a Maria Grazia Cucinotta. Radford nasceu na Inglaterra e seus primeiros trabalhos cinematográficos foram para a tevê. Fez vários documentários para a BBC de Londres e, em 1984, seu primeiro longa-metragem foi premiado no festival de Cannes. Depois de anos no ostracismo, foi convidado por Massimo Troisi para co-dirigir “O carteiro e o poeta”. Troisi era italiano e nasceu em 1953. Sua carreira no cinema foi sempre de comediante. O livro de Skarmeta o encantou e decidiu dirigir, juntamente com Michael Radford, o filme no qual se incumbiu do papel principal, seu primeiro papel sério.
Portador de cardiopatia, Massimo Troisi desmaiou algumas vezes durante as filmagens e Radford lhe propôs abandonar o filme, mas Massimo não concordou. Lutou com toda a garra pelo filme ao qual deu a própria vida. O coração de Troisi, que aguardava um transplante, falhou 12h após a conclusão das filmagens. O Oscar de melhor ator foi a maior homenagem póstuma, e a belíssima trilha sonora de Luis Bacalov também ganhou a estatueta de ouro de Hollywood.
É um filme para todos os sentidos e em todos os sentidos. A fotografia é linda, a música, maravilhosa e os textos, magníficos. Um libelo à amizade, à fraternidade e à lealdade. Uma ode ao amor e à poesia. Uma prova incontestável de que a poesia pode estar em toda parte, basta que alguém seja capaz de resgatá-la para fazer-se poeta.
Mas a maior grandeza do filme é a ternura com que lida com a amizade tão improvável entre o poeta e o iletrado, entre o comunista das letras e o simplório homem do povo. Para conquistar Beatrice (o nome, claro, remete a Dante), o carteiro diz para ela versos que Neruda escreveu para sua própria mulher; o poeta diz a ele que ele roubou, ao que ele responde, no que talvez seja o diálogo mais brilhante num filme de ótimos diálogos: Eu não roubei; a poesia é de quem precisa dela, e eu precisava. E o comunista Neruda diz: É, é uma forma interessante de apropriação de um bem.
"O Carteiro e o Poeta" é uma declaração de amor a todos que buscam novos rumos na vida através da arte da poesia.
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