Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Cine Especial: Storytelling: Os Fundamentos da Narrativa: FINAL


Nos dias 28 e 29 de Julho eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, participando do curso Storytelling: Os Fundamentos da Narrativa, criado pelo Cine Um e ministrado pelo roteirista Cris Derois. Enquanto os dias da atividade não chegam destaco aqui os principais filmes que serão analisados durante a atividade e sobre o que eles tem em comum um com o outro.   



APOCALYPSE NOW (1979)



Sinopse: Capitão (Martin Sheen) tem a missão de encontrar e matar coronel (Marlon Brando), que aparentemente enlouqueceu e se refugiou nas selvas do Camboja, onde comanda um exército de fanáticos.



O projeto de Apocalypse Now teve início quando os Estados Unidos ainda estavam envolvidos na Guerra do Vietnã. Seria a primeira produção da American Zoetrope, empresa criada por Francis Ford Coppola e George Lucas, em 1969. Lucas queria dirigir o roteiro, escrito por John Milius, (que faria mais tarde Conan: O Bárbaro), Coppola como produtor, tentou levantar dinheiro, mas nenhum estúdio quis apostar em um filme sobre uma guerra impopular e ainda arriscar a vida de técnicos a atores em uma zona de guerra. Anos mais tarde, embalado com o sucesso de Poderoso Chefão, 1 e 2, Coppola retornou ao projeto. 
Lucas já havia começado a fazer Guerra nas Estrelas, e Coppola assumiu a direção e a produção. Mesmo com a retirada das tropas americanas, em 1973, e o fim da guerra, dois anos depois, o Exército americano não deu apoio á produção. Em fevereiro de 1976, Coppola começou a filmar nas Filipinas, onde a geografia é semelhante á do Vietnã e as Forças Armadas tinham equipamentos iguais aos usados na guerra. Sua intenção era rodar o filme nas mesmas condições em que a história é contada.
Ou seja, equipe, elenco teriam de enfrentar a selva. Por pouco não entra também na luta armada. O governo Filipino combatia uma guerrilha comunista no sul do país. Houve ocasiões em que as batalhas reais ocorreram a menos de 20 km dos locais de filmagem. Por vezes, pilotos e aeronaves tinham de combater a guerrilha e abandonavam o trabalho.
Com a frequente troca de pilotos, as cenas tinham de ser ensaiadas várias vezes. E esses não foram os únicos problemas. Logo nos primeiros dias de filmagens um dos atores principais foi substituído. Escolhido depois Steve McQueen, Al Pacino e Jack Nicholson recusaram o papel, Harvey Keitel faria o capitão Willard, mas voltou para casa após duas semanas de filmagem. As razões nunca foram explicadas.
Dizem que Coppola não gostou do desempenho de Keitel. Martin Sheen foi então escolhido. Aos 36 anos e fumando cerca de três maços de cigarro por dia, Sheen se considerava fora de forma, mas não viu problemas em enfrentar as 16 semanas previstas de filmagem na selva que seriam 34 no total. Não bastasse o calor da selva, atores e técnicos ainda sofriam com um roteiro constantemente reescrito por Coppola. 
Para completar, em meados de maio, um tufão Olga atingiu as Filipinas, causando mais de 200 mortes entre a população e destruindo os cenários. Os trabalhos foram suspensos por dois meses. A imprensa, que já vinha noticiando os problemas da produção, chamava o filme de Apocalipse When (Apocalipse Quando) e Apocalipse Forever (Apocalipse para sempre). Segundo o diretor, a verdadeira razão para a má vontade dos jornalistas era o tema abordado.
No entanto, as complicações existiam de fato e eram muitas. Com orçamento e cronograma estourados, Coppola ainda queria mudar o fim da história-Wilard e Kurtz lutando juntos numa batalha contra os vietcongues que, segundo o diretor, não resolvia as questões morais propostas pelo filme. Porém, para reescrever o final, seria preciso adiar ainda mais a participação de Marlon Brando, que ameaçava abandonar a produção sem devolver o milhão de dólares que receberá adiantado. Nicholson, Pacino e Robert Redford foram cogitados, mas o papel não mudou de mãos. Em março de 1977, Martin Sheen sofreu um infarto agudo.
Chegou a receber a extrema-unção. Para não interromper as gravações, Coppola chamou Joe Estevez, Irmão de Sheen e também ator. Filmado de costas, em planos abertos, ele gravou uma parte da narração. Em meados de abril, Martin voltou para filmar seus closes. Quando Brando chegou, o roteiro ainda não estava definido, o ator não havia lido a novela que inspirou o roteiro de Milius-Coração das Trevas, de Joseph Conrad-e ao contrário do que prometerá, não tinha perdido peso. Coppola e o diretor de fotografia, Vitorio Storaro, decidiram filmar Brando na penumbra, e muitas cenas foram rodadas com monólogos improvisados.
Ao fim de 238 dias, produziram-se mais de 200 horas de filme, que ocuparam quatro editores por quase dois anos. Em 1979, Apocalypse Now foi exibido no Festival de Cannes ainda como um trabalho em andamento. Mesmo assim, levou a Palma de Ouro, prêmio dividido com Tambor (De Blechtrommel) de Volker Schlondorff. Com um orçamento estimado de 31 milhões e meio de dólares, o filme arrecadou mais de 150 milhões. Em 2001, foi lançado a versão Redux. Com 49 minutos a mais, traz cenas inéditas do tenente-coronel Kilgore (Robert Duvall), uma nova sequência com as coelhinhas da Playboy e o encontro com uma família de fazendeiros de borracha franceses, que combate os nacionalistas vietnamitas há gerações. 
Só toda está história de como foi desenvolvido esse filme daria para fazer outro filme, mas Coppola fez todos os sacrifícios para o seu projeto seguir a diante, e chegou lá. O filme até hoje se encontra sempre nas listas dos melhores filmes de guerra e nos melhores filmes de todos os tempos. Apocalypse Now é uma prova para se fazer uma obra prima do cinema exigisse bastante esforço e empenho, quem dera que essas gerações novas de diretores cumprissem a mesma coisa, talvez eles temam o seu próprio Apocalipse.
  
Leia também partes 1 e 2.
Saiba mais sobre o curso clicando aqui.


Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Cine Dicas: Estreias do final de semana (26/07/18)



Missão: Impossível - Efeito Fallout


Sinopse: As melhores intenções muitas vezes voltam para assombrá-lo. Em MISSÃO:IMPOSSÍVEL - EFEITO FALLOUT, Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe do IMF (Alec Baldwin, Simon Pegg, Ving Rhames), na companhia de aliados conhecidos (Rebecca Ferguson, Michelle Monaghan), estão em uma corrida contra o tempo depois que uma missão dá errado. Henry Cavill, Angela Basset e Vanessa Kirby são as novidades do elenco, com Christopher McQuarrie de volta à direção.




Ilha dos Cachorros


Sinopse: Atari Kobayashi é um garoto japonês de 12 anos de idade. Ele mora na cidade de Megasaki, sob tutela do corrupto prefeito Kobayashi. O político aprova uma nova lei que proíbe os cachorros de morarem no local, fazendo com que todos os animais sejam enviados a uma ilha vizinha repleta de lixo. Mas o pequeno Atari não aceita se separar do cachorro Spots. Ele convoca os amigos, rouba um jato em miniatura e parte em busca de seu fiel amigo. A aventura vai transformar completamente a vida da cidade.
  
Lámen Shop

Sinopse: Masato é um jovem chef de ramen que, cheio de dúvidas sobre a morte de seus pais e seu passado, decide embarcar em uma jornada gastronômica em Singapura. Lá, ele descobre muito além de apenas deliciosos pratos.


 

Promessa ao Amanhecer

Sinopse:Desde sua infância na Polônia até a adolescência em Nice, para seus anos de estudante em Paris e seu treinamento como piloto durante a II Guerra Mundial, Romain Gary (Pierre Niney) atribui a vontade de viver intensamente à sua mãe, Nina (Charlotte Gainsbourg). É a força desse amor que o consagra como um dos mais famosos romancistas franceses e o único escritor a vencer o Prêmio Goncourt pela literatura francesa duas vezes, porém, essa devoção também se torna um fardo em sua vida.

 

Todo Dia


Sinopse: Rhiannon, uma garota de 16 anos, se apaixona por uma alma misteriosa chamada A, que habita um corpo diferente a cada dia. Sentindo uma conexão incomparável, Rhiannon e A trabalham todos os dias para encontrar um ao outro, sem saber o que ou quem o próximo dia irá reservar. Quanto mais os dois se apaixonam, mais o fato de amar alguém que é uma pessoa diferente a cada 24 horas afeta eles, levando o casal a enfrentar a decisão mais difícil que eles já tiveram que tomar.
   

Veja também:  documentário “20 Anos” e o filme “Uma Coisa Assim” chega a nossa capital gaúcha pelo Cinebancários. Saiba mais no meu blog clicando aqui.




Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

Cine Dicas: Documentário 20 Anos e o filme Alguma Coisa Assim estréiam hoje no Cine Bancários



20 ANOS
Exibido na Mostra Internacional de São Paulo, nos festivais internacionais de Miami, Guadalajara e Havana, e com dois prêmios no Festival de Brasília 2016, o documentário Vinte Anos estreia no CineBancários, dia 26 de julho, com sessões às 17h.
Após ter entrevistado 40 casais cubanos, no casting de seu primeiro curta documentário, a diretora Alice de Andrade retorna à Cuba passadas duas décadas e retrata, além das recentes transformações do país – objeto de sua longa pesquisa-, a vida de três casais que no passado se preparavam para casar-se. O que restou dessas histórias de amor? Como as mudanças da ilha afetaram as vidas de suas famílias?

Curiosidades:
Durante o “Período especial em tempo de paz”, nome oficial dado aos piores anos de   relacionamento   que   sucederam  ao  fim  da  ajuda  soviética  à Cuba, 40  casais,  prestes a contrair matrimônio, participaram da seleção de elenco de Luna de Miel, primeiro  documentário  da  diretora, sobre o ritual socialista do casamento.
Vinte anos depois, quando Cuba começava a pôr em prática um importante conjunto de reformas para atualizar seu modelo econômico, a diretora reencontra 3 desses  casais para captar os reflexos das transformações do país em suas vidas. As entrevistas do casting são projetadas nas salas de cada família, confrontando esses homens e mulheres com suas imagens e ideias do passado.
A partir daí, a equipe passa a reencontrá-los esporadicamente ao longo de cinco anos, construindo relações de afeto e confiança capazes de captar uma crônica emotiva de suas vidas.
Vinte anos segue a luta cotidiana dessas famílias cubanas nesse momento peculiar. O filme os vê reformando suas casas, fazendo negócios como autônomos, legalizando  a posse de seus imóveis. Sair do país, planejar, esperar, concretizar alguns sonhos, fracassar em outros, continuar esperando... Vê as mães se desdobrando para que nada falte aos filhos, as crianças crescendo e os jovens alçando voo. Pouco a pouco, o filme vai se tornando um mensageiro de imagens, levando cartas, vídeos e fotografias, de um lado ao outro dos exílios, reunindo por breves momentos as famílias separadas pelo oceano.
Vários dos personagens construíram as casas em que vivem, nos mutirões revolucionários.  Hoje, a inércia  das obras  de  restauração   de  Havana  se assemelha  às lentas  reformas  econômicas  do  governo, e  não  traz  uma  efetiva  melhoria  de vida  para  a maior parte da população.  O filme documenta a tão ansiada abertura do país, após o restabelecimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos.
O tema do filme é 'Viente Años', clássico da música cubana, eternizado por Omara Portuondo no Buena Vista Social Clube, faz parte da trilha do filme, que mereceu o Candango de Melhor trilha para Pedro Cintra (recentemente falecido) no Festival de Brasília.
O fotógrafo Alberto Korda, conhecido pelo icônico retrato de Che Guevara, 'o guerrilheiro heróico', feito por ele em 1960, fez as fotos de cena do primeiro curta e são outro atrativo do filme.

LE PARI BURKINABÉ (1999), 52 min., Melhor documentário no Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, FICA, Goiás, (1999).
DENTE POR DENTE (1994), 23 min., fic. Melhor direção e roteiro no Festival de Brasília (1994).
LUNA DE MIEL (1993), 24 min, produzido para o Channel Four, Inglaterra  e vendido para 36 países. 3° Prêmio Coral no Festival de Havana (1993). Selecionado para os festivais de Pisa, Itália,  e Friburgo, Suíça.

VINTE ANOS foi desenvolvido no Atelier Documentaire da Fémis, coproduzido pela Costa Rica, com apoio do Programa Ibermédia.
Atualmente Alice finaliza a série de televisão 80 DESTINOS, ampliação do longa, que retrata 13 casais filmados em 1992 até os dias de hoje, sob o governo Trump.
Sobre Alice de Andrade
ALICE DE ANDRADE fez mestrado em cinema na Universidade Paris 8 e é formada em roteiro pela EICTV, Cuba.
Escreveu e dirigiu: MEMÓRIA CUBANA (2010), 71min., doc. Prêmio Especial do Júri no Festival de Fortaleza e 3° Prêmio Coral – Festival de Havana (2010). O DIABO A QUATRO (2004), 108 min., 35mm, fic. Prêmio Especial do Júri e Melhor Ator  Coadjuvante no Festival de Brasília (2005) ; Prêmio do Melhor Filme no Festival de Cinema Brasileiro de Israel ; 3° lugar no Festival Internazionale Delle Donne, Turim, Itália; Prêmios de Melhor Filme, Roteiro, Diretor, Atriz e Som em Cuiabá. Selecionado em Rotterdam, Rio, São Paulo, Créteil, Fribourg, Pésaro, Buenos Aires e Montevidéu.

Distribuição - Arthouse
A ArtHouse é uma distribuidora dedicada ao cinema de autor que traz em seu catálogo filmes como “A Erva do Rato” e “Educação Sentimental”, de Julio Bressane, “A História da Eternidade”, de Camilo Cavalcante, “Big Jato”, de Cláudio Assis, “Futuro Junho”, de Maria Augusta Ramos e muitos outros longas-metragens que se destacaram no circuito de festivais dentro e fora do país, como os Festivais de Rotterdam, Locarno, Roma, Festival do Rio e Festival de Brasília.
Os mais recentes lançamentos incluem: “A Família Dionti”, de Alan Minas, vencedor do prêmio de público no Festival de Brasília; “Introdução à Música do Sangue”, de Luiz Carlos Lacerda; “Love Film Festival”, de Manuela Dias, e “Um Filme de Cinema”, de Walter Carvalho.
Com um foco no cinema nacional de arte, e consciente da importância da comunicação eficaz com o público, a distribuidora ArtHouse ajuda a preencher uma lacuna no setor, dando visibilidade em salas de cinema a toda uma produção brasileira de imensa qualidade e reconhecimento internacional que enfrenta sérias dificuldades de chegar ao espectador. Em 2018, a ArtHouse continua seu crescimento no mercado brasileiro de cinema, apresentando uma carteira diversa, onde se destacam “Canastra Suja”, protagonizado por Bianca Bin e Adriana Esteves, “O Beijo no Asfalto“, longa de Murilo Benício e estrelado por Lázaro Ramos e Débora Falabella, e ”Domingo”, novo filme de Fellipe Barbosa e Clara Linhart, com Camila Morgado e Chay Suede. 

Alguma Coisa Assim
Desenvolvido a partir do curta-metragem homônimo premiado em Cannes, em 2006, o filme “ALGUMA COISA ASSIM”, de Esmir Filho e Mariana Bastos, estreia na sala CineBancários dia 26 de julho, com sessões às 15h e 19h. O longa acompanha três momentos-chave da vida dos personagens Mari (Caroline Abras) e Caio (André Antunes).
Esmir e Mariana reuniram-se em 2013 com o objetivo de dar sequência à história de Caio e Mari, captando o reencontro dos personagens, vividos pelos mesmos atores, em São Paulo e, posteriormente, num novo momento, em Berlim, em 2016. O resultado dos três encontros ao longo de uma década é o longa-metragem que mergulha na transformação da relação entre os dois através dos tempos e propõe uma reflexão sobre temas atuais, como sexualidade, rótulos, aborto e novas formas de família.
- A realização do curta em 2006 gerou um encontro único entre nós (atores e realizadores). Transformou nossas vidas – pessoais e profissionais - e o resultado na tela foi uma recepção muito positiva de público e crítica. Ficou claro que essa experiência tinha combustível pra mais que 15 minutos. Ela seria bem-vinda novamente de qualquer ponto de vista. Deu vontade de entrar de novo no mundo de Mari e Caio, entender o que teria acontecido com aquela relação tão particular, agora com os dois mais maduros, em outro momento da vida, com novos conflitos – revela Mariana.
Produzido pela Saliva Shots e coproduzido por Claraluz Filmes, a alemã Zak Films e Canal Brasil, o filme tem roteiro assinado pelos próprios diretores. “’Alguma Coisa Assim’ foi um curta que escrevi em 2006, que contava a relação entre dois adolescentes descobrindo sentimentos escondidos e vivendo suas primeiras frustrações amorosas em uma Rua Augusta repleta de neons e casas noturnas. Foi um encontro maravilhoso com os atores e Mariana Bastos. Com o tempo, a gente foi acompanhando a transformação da cidade, bem como as questões dos jovens envolvendo sexualidade, relacionamentos contemporâneos e rótulos. Sete anos depois (em 2013), decidimos nos encontrar para criar uma sequência. O que aconteceria com esses mesmos personagens nessa cidade totalmente diferente?”, explica Esmir.
Segundo o diretor, o reencontro entre equipe e elenco funcionou tão bem que eles decidiram mergulhar fundo naquela relação e trazer mais complexidades. “Desenvolvemos o roteiro do longa que se passaria em Berlim/2016, onde um novo encontro dos dois fosse a espinha dorsal da história, usando as imagens que havíamos captado dos outros anos para costurar os momentos que viveram juntos. Portanto, ao longo de 10 anos, contamos uma história de amor, amizade e, acima de tudo, parceria, entre um rapaz e uma garota, ambos fluídos em sua sexualidade, lidando com as dores e delícias de um relacionamento sem rótulos. Acho que o mais lindo do filme é ver os atores com 17 anos, depois com 24 e por fim 28. A gente nota o amadurecimento não só dos personagens como da interpretação. E claro, da direção também”, completa.
Para contar o desfecho da história, 10 anos depois, o elenco original voltou à cena. Caroline Abras, que começou a carreira exatamente com o curta homônimo, hoje é a protagonista da série “O Mecanismo”, de José Padilha.  André Antunes é, além de ator, psicanalista e professor. Interrompeu sua carreira após a realização do curta em 2006 e retornou ao cinema através do longa homônimo, em 2016. “O André trouxe para o filme uma visão ampla de como trabalhar com um personagem em constante conflito psicológico e atribuiu seu conhecimento em outras áreas para enriquecer a dinâmica entre os personagens”, comenta Mariana. Conhecido internacionalmente por trabalhos como “007 – Cassino Royale” e “Praia do Futuro”, o ator alemão Clemens Schick completa o elenco.
Através dos dois personagens e de três momentos, “ALGUMA COISA ASSIM” mostra uma geração que busca representatividade através dos próprios questionamentos. Enquanto o curta acompanhava Mari e Caio - um jovem casal de amigos explorando a noite de São Paulo, descobrindo diferentes aspectos de sua sexualidade e o que cada um sentia pelo outro - o longa expande a história dos protagonistas e vai até a cidade de Berlim, na Alemanha.
O filme teve sua estreia no Festival de Cinema do Rio de 2017, onde saiu premiado como melhor montagem. Foi vencedor de dois Coelhos de Prata no Festival Mix Brasil – melhor roteiro e melhor interpretação para Caroline Abras. Depois foi exibido nos Festivais de Guadalajara, Outshine Film Festival e Portland Film Festival, entre outros. O longa será distribuído pela Vitrine Filmes.

SINOPSE
Caio e Mari são dois jovens adultos cujo relacionamento está além de qualquer definição. Ao longo de 10 anos, o enredo transita entre 3 momentos marcantes em que seus desejos estão em conflito e seu relacionamento é posto à prova. Entre São Paulo e Berlim, acompanhamos a transformação das cidades e dos personagens, vivendo as dores e as delícias de uma relação sem rótulos.

FICHA TÉCNICA
ALGUMA COISA ASSIM
Ficção | 2017 | 80’ | Brasil-Alemanha
Direção e Roteiro: ESMIR FILHO e MARIANA BASTOS
Elenco: CAROLINE ABRAS, ANDRÉ ANTUNES, CLEMENS SCHICK,  JULIANE ELTING, KNUT BERGER e Participação Afetiva LÍGIA CORTEZ e VERA HOLTZ
Produzido por: ESMIR FILHO, THEREZA MENEZES e FERNANDO SAPELLI
Coprodução: JELENA GOLDBACH E CANAL BRASIL
Direção de Fotografia: JUAN SARMIENTO G. (Berlim), MARCELO TROTTA (São Paulo)
Montagem: CAROLINE LEONE
Direção de Som:  MARTÍN GRIGNASCHI
Direção de Arte: SANDRA FINK (Berlim), MARCELO ESCAÑUELA (São Paulo)
Figurino: JULIANA ZANETTI/ MARIA BARBALHO (São Paulo) RENATA GASPAR/ SANDRA FINK (Berlim)
Trilha Sonora Original: LUCAS SANTTANA e FABIO PINCZOWSKI
Trilha Adicional: LUIZ MACEDO E JOÃO MAIA

SOBRE OS DIRETORES
Esmir Filho se formou em cinema na FAAP e viajou com seus filmes para diversos festivais nacionais e internacionais. Seu primeiro longa OS FAMOSOS E OS DUENDES DA MORTE – distribuído pela Warner Bros – foi o vencedor do Festival do Rio 2009, além de ter sido selecionado para a seleção oficial de Locarno e Berlim e conquistado prêmios de melhor filme, direção e crítica em Havana, Valdívia e Guadalajara. O longa estreou em circuito comercial nos cinemas do Brasil, França, Japão e Portugal. É coautor do hit de internet TAPA NA PANTERA, com mais de 10 milhões de acessos no YouTube. Seu curta ALGUMA COISA ASSIM ganhou prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes 2006, enquanto SALIVA – também selecionado para Cannes -  foi escolhido para ser o curta representante do Brasil na corrida para o Oscar 2007. No comando da produtora SALIVA SHOTS desde 2011, foi criador e diretor geral dos programas VIVA VOZ (2014) e CALADA NOITE (2015) no canal GNT, que juntos atingiram mais de 12 milhões de telespectadores. Também criou e dirigiu o programa de debates FILOSOFIA POP (2015) para o canal SESCTV. Em 2017, lançou no Festival do Rio o longa ALGUMA COISA ASSIM, coprodução Brasil-Alemanha, continuação do curta homônimo premiado em Cannes. Seu terceiro longa VERLUST, coproduzido pela Globo Filmes com Andrea Beltrão e Marina Lima no elenco, encontra-se em fase de pós-produção.
Mariana Bastos é diretora e roteirista formada pela FAAP. Atualmente desenvolve seu segundo longa-metragem RAQUEL 1:1, um “suspense bíblico pop”, em produção pela Claraluz Filmes com filmagem prevista para o segundo semestre de 2018. É uma das autoras do hit de internet “Tapa Na Pantera”, com mais de 15 milhões de visualizações no YouTube. Venceu por duas vezes o concurso de roteiros do Festival Cultura Inglesa, que lhe permitiu realizar seu primeiro curta metragem: “Perto de Qualquer Lugar”, em 2007, premiado em vários festivais nacionais e internacionais. Codirigiu o curta "Alguma Coisa Assim", com Esmir Filho, premiado na "Semana da Crítica" do Festival de Cannes.  Com ele também dividiu a direção dos episódios do “Filosofia Pop” com Marcia Tiburi (Sesc TV). Com Rafael Gomes e Marco Dutra roteirizou os episódios da série de ficção "Tudo o que é Sólido Pode Derreter", na TV Cultura. Criou, roteirizou e dirigiu a série de seis episódios do doc-reality “Expedição Xingu”, no Fantástico (Rede Globo). Dirigiu o programa "Base Aliada", com Julia Petit (GNT) e criou o formato do reality "Descontroladas" (GNT).  Dirigiu e roteirizou a segunda temporada da série de ficção “MARIAS” (em parceria com Vera Egito), para o canal Sony. Roteirizou o programa de variedades “Admirável Móvel Novo”, em exibição no canal GNT.  É sócia fundadora do projeto BASE FILMES, com Esmir Filho e Thereza Menezes, uma residência artística para desenvolvimento de roteiros que teve sua primeira edição em 2014.

SOBRE A PRODUTORA
SALIVA SHOTS é um selo que assina projetos que visam quebrar padrões convencionais e produzir conteúdo que valoriza a narrativa e a estética. A produtora foi responsável pela criação e produção dos programas VIVA VOZ e CALADA NOITE, apresentados por Sarah Oliveira no canal GNT e os especiais de música do canal, como a série NA TRILHA DA CANÇÃO, com Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Gal Costa e outros. Também criou e produziu o programa de debates FILOSOFIA POP para o SESCTV. Desenvolveu e produziu espetáculos e obras multimídias, como KOLLWITZSTRASSE 52, um espetáculo de live cinema exibido no MIS em São Paulo em 2012. Na produção de longas, destaque para a co-produção Brasil-Alemanha ALGUMA COISA ASSIM e a co-produção com Globo Filmes VERLUST, de Esmir Filho.

SOBRE A VITRINE FILMES
Em sete anos, a Vitrine Filme distribuiu mais de 100 filmes. Entre seus maiores sucessos estão “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, que alcançou mais de 200 mil espectadores; “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, considerado pelo New York Times um dos melhores filmes de 2012; o Americano “Frances Ha”, indicado ao Globo de Ouro em 2014; “Califórnia”, filme de estreia de Marina Person, selecionado para o Festival de Tribeca; “Mãe Só Há Uma”, de Anna Muylaert, diretora do premiado “Que Horas Ela Volta?”; “Aquarius”, segundo longa de Kleber Mendonça Filho, que competiu no Festival de Cannes e levou 360 mil espectadores aos cinemas brasileiros; e o documentário “Cinema Novo”, que ganhou o prêmio “Olho de Ouro” também no festival de Cannes. Em 2017, a distribuidora lançou “O Filme da Minha Vida”, terceiro filme como diretor de Selton Mello e que já levou mais de 250 mil pessoas aos cinemas.
 
SOBRE O CANAL BRASIL
O Canal Brasil tem um papel fundamental na produção e coprodução de longas-metragens, história que começou em 2008 com “Lóki – Arnaldo Baptista”, de Paulo Henrique Fontenelle, que mostrou a vida do eterno mutante. Agora em 2018, o canal ultrapassa a marca de 290 filmes. Sair do campo da exibição e partir também para feitura fez com que o Canal Brasil atingisse em poucos anos uma importância imensurável dentro do cenário do cinema brasileiro recente. Entre os longas recém coproduzidos estão “ O Processo” de Maria Augusta Ramos; “Canastra Suja” de Caio Soh, “Tungstênio” de Heitor Dhalia, “Animal Cordial” de Gabriela Almeida e “Berenice Procura” de Allan Fiterman.


GRADE DE HORÁRIOS
*Não abrimos segundas-feiras

26 de julho (quinta-feira)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Vinte Anos
19h – Alguma Coisa Assim

27 de julho (sexta-feira)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Vinte Anos
19h – Alguma Coisa Assim

28 de julho (sábado)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Vinte Anos
19h – Alguma Coisa Assim

29 de julho (domingo)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Vinte Anos
19h – Alguma Coisa Assim

31 de julho (terça-feira)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Vinte Anos
19h – Alguma Coisa Assim

1 de agosto (quarta-feira)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Vinte Anos
19h – Alguma Coisa Assim

2 de agosto (quinta-feira)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Vinte Anos

3 de agosto (sexta-feira)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Vinte Anos

4 de agosto (sábado)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Vinte Anos

5 de agosto (domingo)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Vinte Anos

7 de agosto (terça-feira)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Vinte Anos

8 de agosto (quarta-feira)
15h – Alguma Coisa Assim
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Vinte Anos

Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

C i n e B a n c á r i o s
Rua General Câmara, 424, Centro
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230
Fone: (51) 34331204