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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Cine Dica: "Teobaldo Morto, Romeu Exilado" estreia no CineBancários

Destaque nos festivais brasileiros, novo longa-metragem de Rodrigo de Oliveira estreia em Porto Alegre no Cine Bancários a partir de 30 de Junho

O longa-metragem de ficção “Teobaldo Morto, Romeu Exilado”, de Rodrigo de Oliveira, estreia no CineBancários no dia 30 de junho. O filme será exibido nas sessões das 15h e 19h e dividirá a programação da sala de cinema com “Trago Comigo”, da cineasta Tata Amaral, que fica na sessão das 17h.
Apontado como um dos destaques do circuito de festivais em 2015, o filme teve sua estréia na competição da prestigiada Mostra de Cinema de Tiradentes e seguiu carreira por festivais em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará e Pernambuco até aportar nos cinemas de arte de todo o país este mês.

TEOBALDO MORTO, ROMEU EXILADO
     O longa-metragem é um drama adulto com elementos de mitologia, fantasia e aventura. No filme, João é um músico de 32 anos que se isola em uma fazenda após Flora, sua mulher grávida, romper com ele. Depois de três meses, quando parece estar pronto para reparar seus erros junto a Flora e acompanhar o parto de seu filho, João é surpreendido pela misteriosa visita de Max, seu melhor amigo, há muitos anos desaparecido e dado como morto.
Escrito e dirigido pelo capixaba Rodrigo de Oliveira, “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” é o segundo longa-metragem do premiado diretor de “As Horas Vulgares” (2011), e roteirista de “Exilados do Vulcão” (2013), filme de Paula Gaitán que foi o grande vencedor do Festival de Brasília em seu ano. O filme mais recente de Rodrigo, “Eclipse Solar” (2016), recebeu o Prêmio Aquisição de Melhor Curta-Metragem pelo Canal Brasil na última edição da Mostra de Cinema de Tiradentes.
“No coração do filme está a idéia da paternidade: que homens devemos nos tornar para receber os filhos que colocamos no mundo? O que se deve abandonar da vida anterior – os amigos e os amores que nos formaram – diante da chance de criar uma nova vida?”, explica o diretor.
“O acerto de contas entre os personagens de João e Max explora emoções e dramas bastante reconhecíveis, mas também o preenchemos de sonho e de fantasia. Na fronteira entre o amor de pai e o amor de amigos, jogamos com o imaginário da mitologia ocidental, da tradição popular interiorana, do apelo visual que transtorna a narrativa e oferece ao espectador uma experiência única. Partimos do drama de câmara para chegar ao suspense, ao épico e ao filme de aventura”, completa Rodrigo de Oliveira.
Rodado em locação pelo interior do estado do Espírito Santo, “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” tem à frente do elenco dois atores mineiros que começaram juntos a carreira no teatro de Belo Horizonte, mas que aqui dividem pela primeira vez o protagonismo no cinema. Alexandre Cioletti (de “Depois Daquele Baile”, “Batismo de Sangue” e a novela “Tempos Modernos”) interpreta João, às voltas com a chegada de seu primeiro filho e lidando com os espólios deixados por Max desde sua fuga. Rômulo Braga interpreta o exilado Max, que retorna ao Brasil depois de viver anos escondido na Croácia, lugar em que fora criado enquanto sua mãe fugia da perseguição da ditatura militar brasileira. Rômulo é um dos atores de maior destaque do cinema brasileiro contemporâneo (“Mutum”, “O Que Se Move”, “As Horas Vulgares”, e vencedor do Troféu Redentor de Melhor Ator Coadjuvante no Festival do Rio por “Sangue Azul”).
Completam o elenco a atriz paulista Sara Antunes (“Se Deus Vier Que Venha Armado” e “As Horas Vulgares”); e dois atores de destaque dos palcos e das telas capixabas: Margareth Galvão (“Lamarca”, “O Amor Está no Ar” e “Mar Negro”), e a jovem revelação Erik Martíncues, descoberto pelo diretor na realização de “As Horas Vulgares”, e que protagoniza o premiado “Eclipse Solar”.
“Teobaldo Morto, Romeu Exilado” reúne os parceiros frequentes na trajetória profissional de Rodrigo de Oliveira: a fotografia é assinada por Lucas Barbi (“O Prefeito”, “Futuro Junho” e “Seca”), enquanto a montagem fica a cargo de Luiz Pretti (“Estrada para Ythaca” e “Os Monstros”). Rodrigo Aragão, mestre do horror brasileiro contemporâneo, contribui para a maquiagem de efeitos. A trilha sonora contém canções marcantes de Milton Nascimento e Mercedes Sosa, além do uso épico de um famoso concerto de Beethoven.
Produzido e distribuído pela Pique-Bandeira Filmes, o filme tem co-produção da Galpão Produções. Realizado com recursos do Funcultura, por meio do edital da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo, o filme contou ainda com apoio da Cofril.

FESTIVAIS
- 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes – Mostra Aurora
- Cine.Ema – Festival de Cinema Ambiental e Sustentável de Cachoeiro de Itapemirim
- VII Semana dos Realizadores (Rio de Janeiro)
- Festival Internacional de Cinema do Caeté – FICCA
- Mostra Cinema Brasileiro Contemporâneo (Cinemateca Brasileira)
- 22º Festival de Cinema de Vitória (Filme de Encerramento)
- II Cine Jardim - Festival de Cinema de Belo Jardim (Pernambuco)

FICHA TÉCNICA
TEOBALDO MORTO, ROMEU EXILADO
Brasil / Drama e ficção / 118 minutos
Diretor: Rodrigo de Oliveira
Produtora: Pique-Bandeira Filmes
Sinopse: João é um músico de 32 anos que opta pelo isolamento numa propriedade no interior do Brasil após Flora, sua mulher grávida, romper com ele. Depois de três meses, quando finalmente parece estar pronto para reparar seus erros junto a Flora e acompanhar o parto de seu filho, João é surpreendido pela misteriosa visita de Max, seu melhor amigo, há muitos anos desaparecido e dado como morto.
Elenco: Alexandre Cioletti, Rômulo Braga, Sara Antunes,
Erik Martíncues e Margareth Galvão
Roteiro e Direção: Rodrigo de Oliveira
Produção Executiva: Vitor Graize
Fotografia: Lucas Barbi
Montagem: Luiz Pretti
Direção de Arte: Manuela Curtiss
Figurino: Luiza Fardin
Som Direto: Hugo Reis e Pedro Diógenes
Assistentes de direção: Gabriele Stein e Daniel Salaroli
Direção de Produção: Bob Redins
Edição de som: Hugo Reis
Mixagem: Alexandre Barcelos
Música: Fábio Andrade
Color Grading: Antoine D`Artemare
GRADE DE HORÁRIOS
28 de junho (terça-feira)
15h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
17h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
19h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral

29 de junho (quarta-feira)
15h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
17h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
19h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral

30 de junho (quinta-feira)
15h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
17h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
19h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

1º de julho (sexta-feira)
15h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
17h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
19h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

2 de julho (sábado)
15h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
17h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
19h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

3 de julho (domingo)
15h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
17h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
19h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

5 de julho (terça-feira)
15h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
17h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
19h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

6 de julho (quarta-feira)
15h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
17h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
19h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

Os ingressos podem ser adquiridos no local a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: Independence Day 2: O Ressurgimento



Sinopse: Depois da destruição que alienígenas fizeram 20 anos atrás, a população mundial sempre soube que um dia eles voltariam. O governo americano se prepara para um novo ataque usando a tecnologia alienígena recuperada no primeiro ataque. Mas isso não é o suficiente e as pessoas se unem para lutar mais uma vez pela liberdade e evitar a aniquilação.
Quando Independence Day foi lançado em 1996, o clima de patriotismo e invencibilidade dos americanos era fortíssimo, tanto que nem se importavam se o discurso deles fosse bem piegas. Após 11 de Setembro, o mundo mudou, se tornando mais global, ao ponto que aquele filme, além de muitos da década de 90, ficaram meio que datados, para não dizer ridículos. Vinte anos depois surge finalmente esse Independence Day 2: O Ressurgimento, do qual nada mais é do que uma releitura do original e se entregando ao lado bobo da narrativa daquele tempo.
Os sobreviventes de 1996 reconstruíram a terra e com ajuda da tecnologia alienígena que ficou abandonada. Porém, novamente os aliens retornam com força total, através de uma gigantesca nave que aterrissa e cobrindo boa parte da terra. Novamente, os seres humanos de várias nações  precisam unir forças para combater os invasores antes que seja tarde demais.
Basicamente é isso a trama, sem muitos rodeios e partindo para o principal, que é entreter o cinéfilo que for assistir. O problema é encarar uma trama tão boba, da qual não tem vergonha de assumir que ela é exatamente isso. No decorrer da trama, por exemplo, há inúmeros momentos em que ela tira sarro do próprio gênero, desde ao fato de sempre cidades conhecidas, ou monumentos conhecidos, serem sempre destruídos primeiro, ou então de sempre haver a preocupação em não deixar o cachorro para trás.
Durante os anos após o filme original, Roland Emmerich se especializou na criação de filmes catástrofes, desde O dia depois do Amanhã e 2012, mas com personagens que não nos importávamos muito se fossem viver ou morrer de tão dispensáveis que eram. Aqui, alguns personagens do filme original retornam (com exceção do personagem de Will Smith) e fazendo com que isso seja o único elo que faça com que nos importamos com eles. A surpresa fica por conta do retorno do cientista Brakish Okun (Brent Spiner) do qual aparentemente havia sido morto no filme original e se tornando o personagem mais engraçado da trama, com o direito até mesmo de ser revelado um lado pessoal da sua pessoa.
Mas se há o retorno dos veteranos, é claro que haveria o surgimento de uma nova geração de personagens, mas que infelizmente não são nada interessantes. Se há o herói bad boy (Liam Hemsworth), tem a mocinha (Maika Monroe), filha do ex-presidente (Bill Pullman, mais caricato do que nunca) e que faz parzinho com o primeiro, mas que não nos atrai essa relação nenhum pouquinho. O mesmo se pode dizer de Dylan Hiller (Jessie Usher), do qual só está ali unicamente porque Will Smith não topou retornar para o seu personagem, e ter transformado o jovem no filho dele, foi uma escolha acertada, porém desperdiçada.
Dessa salada toda sem carisma, o único que se salva é o próprio Jeff Goldblum, por assumir descaradamente o fato de estar participando de um filme tão bobo e, portanto as principais piadas da trama são protagonizadas por ele mesmo, com o direito de tirar sarro das situações absurdas que acontecem. Absurdo é talvez a palavra chave que domina o filme, pois nunca se viu uma nave tão gigantesca no cinema, ao ponto de cobrir vários países e quebrando qualquer lógica dessa situação. Mais me parece uma representação do ego do cineasta Roland Emmerich, ou então tenha decidido jogar tudo para o ar e fazer o que bem entender na tela.
Com um ato final cheio de ação e que se torna  a melhor coisa do filme, Independence Day 2: O Ressurgimento é um filme bobo e divertido, daquele que irá passar na tv numa tarde qualquer da vida e logo será esquecido, pois não podemos forçar os nossos cérebros e levar muito a sério isso. 



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Cine Curiosidade: Bifan confirma Premiere Internacional do filme Ponto Zero

Aclamado pela crítica no Brasil, o longa “Ponto Zero”, de José Pedro Goulart foi selecionado para a exclusiva mostra competitiva do Bifan, Festival Internacional de Filmes Fantásticos, na Coreia do Sul entre os dias 21 e 31 de julho. Goulart estará presente no Festival, cuja seleção reúne apenas 12 títulos ao redor do mundo, tendo o filme sido escolhido pela curadoria do evento por sua "criatividade e originalidade". Uma das curiosidades sobre “Ponto Zero” é que ele foi filmado em sequência (cena por cena, como aparece na montagem final), sem que a maioria dos integrantes da equipe, inclusive o elenco, tivesse acesso ao roteiro. O longa entrou em cartaz no dia 26.05 e vem mobilizando os adolescentes que o assistem.


 Leia a minha crítica sobre o filme clicando aqui.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Cine Curiosidade: QUEER FICTION


 Sinopse: Inúmeras tramas onde se explora inúmeras interpretações vindas do desejo do sexo.
Em 1996, David Cronenberg lançou Crash - Estranhos Prazeres, onde mostrava uma sociedade futurista, da qual provocava acidentes de carro propositalmente e para logo em seguida fazerem sexo em meio aos ferros contorcidos. Embora polêmico, o filme recebeu o Prêmio Especial do Júri em Cannes. No principio pode-se achar um tanto exagerado o fetiche retratado nesse filme, mas há pessoas que eu conheço, por exemplo, que fazem tatuagens no corpo unicamente para sentir prazer através da dor.
Essa relação de sexo ao estremo, dor e fetiche são vistos em alguns filmes até recentemente como Ninfomaníaca ou anticristo, onde se explora o prazer, mas ao mesmo tempo a mutilação do corpo. Esses filmes e outros me vieram à cabeça ao assistir ontem no Cinebancários (27/06/16) o filme experimental, anarquista e pornográfico QUEER FICTION onde através de inúmeros contos se retrata todas as expressões do desejo ao extremo. Criado por cineastas e fotógrafos como Alexandre Medeiros e Daniel Selao, o filme é uma verdadeira mistura, desde contos vagamente lineares, para o surrealista e se aproximando até mesmo ao movimento cyberpunk. 
Com uma fotografia na maioria das vezes granulada, ou em preto e branco, as tramas não se passam numa cidade identificável e sintetizando um clima de cidade abandonada, ou livre para fazer quaisquer tipos de libertinagem. Não há exatamente histórias com começo, meio e fim, muito menos nomes ou conversas entre os personagens, mas sim o sexo puro explicitamente, moldurado de uma forma que possa ser apreciada, criticada e analisada por aqueles que procuram algo de diferente para ser visto. Uma espécie de Marquês de Sade contemporâneo, mas feito de uma forma amadora, porém com uma idéia na cabeça de provocar aqueles que assistem.
Na realidade não é muito diferente do que se vê num filme pornô caseiro, mas pincelado de uma forma que gere interpretações, como do real motivo dessa ligação entre pele e máquina, objeto e carne e por fim prazer e dor. Aliás, o filme é acompanhado a todo o momento por uma trilha sonora eletrônica pesada, inquietante e nem mesmo quando se toca Beethoven num determinado momento isso diminui essa sensação, pois o disco que toca o clássico cria um barulho que incomoda propositalmente. É um filme que incomoda, mas ao mesmo tempo se podem encontrar metáforas nas entrelinhas.
A cena (a mais polêmica da sessão de ontem) entre duas garotas vestidas de meninas e fazendo sexo com um urso de pelúcia, para logo em seguida esse último ser esfaqueado por elas, talvez  seja uma representação da transição, ou morte da inocência, para a vida adulta e estar a par dos desejos que sente em seu interior. Não é fácil é claro tirar uma base de tudo que se vê na tela, principalmente para aqueles que não se identifiquem com todos os atos sexuais imprevisíveis vistos. Portanto é um projeto para ser visto com a mente aberta, ou se chocar perante até onde os desejos da carne podem chegar.
Com inúmeras cenas que mais parecem quadros provocantes, mas em movimento constante, QUEER FICTION nasceu para chocar, mas com o fetiche de querer que a gente seja obrigado a pensar no que vê além da luxuria constante e que incomoda muita gente.   


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