Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Na minha 30ª participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural, irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua influencia é sentida até hoje.
O JOGO DA MORTE
Sinopse: Bruce Lee ele é Bily Lo, um ator de filmes de artes marciais. Sua namorada também está alcançando sucesso como cantora quando um "sindicato" criminoso oferece "proteção" aos dois. Bily sabe que eles serão explorados e não aceita, o que faz com que sejam ameaçados. Para enfrentá-los ele forja a sua própria morte e se infiltra na organização para destruí-la completamente.
Neste que se tornou um dos mais famosos (e último) filmes de Bruce Lee, ele na verdade nunca conseguiu terminar este filme pois morreu antes, em 1973. Na realidade, quando surgiu a proposta para Lee atuar em Operação Dragão, ele estava envolvido neste projeto, mas como achou a oferta da Warner mais atraente, decidiu deixar esse filme de lado, para então se dedicar no filme que o consagraria no ocidente. Assim então, O Jogo da Morte se tornou um filme inacabado, onde boa parte das filmagens feitas são to arco final, onde Lee e outros lutadores participam de um jogo de lutas, onde eles vão subindo numa torre e tem que enfrentar um lutador por vez.
O filme só seria concluído em 1978, com uma nova historia e se tornou quase autobiográfico, pois o personagem é um ator de artes marciais que finge sua propia morte para escapar de mafiosos para então caça-los um por um. Embora os produtores tenham se esforçado na criação desse filme, não há como negar que ele envelheceu mal em alguns aspectos como trazer o Bruce Lee a vida: foram usados ao todo dois dublês, que na maioria das vezes, hora usava óculos escuros para disfarçar, hora fica ficava de lado ou simplesmente nas sombras para cobrir o rosto. Talvez o pior momento foi já no inicio do filme, onde o dublê tem o seu rosto substituído pela imagem de Lee no espelho, mas que visto hoje em dia é bem nítido a imagem sobreposta em outra.
Curiosamente, tanto neste filme, como na continuação de 1981 foram usadas imagens verdadeiras do enterro de Bruce Lee como sendo do enterro do personagem! Apesar de Bruce Lee constar como parte do elenco nos créditos do segundo filme ele nunca esteve envolvido diretamente nesta produção, pois já estava morto. Um ator oriental foi usado no lugar do astro interpretando um irmão dele na trama e existem algumas cenas com o verdadeiro Bruce Lee, mas retiradas de outros filmes.
Embora com todos esses defeitos, o filme é uma pequena declaração de amor que muitos tinham pelo astro naquele tempo e a produção passou a ser cultuada, tanto que Tarantino prestou homenagem há esse filme no seu Kill Bill. Destaque para os históricos combates com Chuck Norris (retirado de O Voo do Dragão) e Kareem Abdul Jabbar no embate final da trama.
Na minha 30ª
participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César
Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural,
irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que
conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da
atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua
influencia é sentida até hoje.
Operação Dragão
Sinopse: Lee (Bruce Lee) foi
recrutado para investigar um torneio organizado por Han (Kieh Shih), que serve
de fachada para a venda de ópio. Roper (John Saxon) e Williams (Jim Kelly)
lutaram na Guerra do Vietnã e resolveram competir no torneio devido a problemas
distintos. Enquanto Roper está fugindo da máfia, devido a dívidas de jogo,
Williams está cansado de ser atormentado por policiais racistas e resolveu usar
o carro para fugir deles. Lee também entra no torneio e, além de desmascarar
Han, tem como objetivo retirar Roper e Williams do local com vida.
Operação Dragão foi o
último filme protagonizado Lee antes de morrer, o que é algo que faz deste um
dos filmes mais importantes de sua filmografia. Além de ser o filme mais ambicioso
de sua época, tratando-se do gênero ao qual faz parte (foi o primeiro filme
realizado com a contribuição de um grande estúdio norte-americano, neste caso,
Warner Bros), é uma pequena máquina de atores; acredite se quiser, mas um dos
dublês do filme é ninguém menos que Jackie Chan (ainda lutando em busca da fama
que possui hoje) e a presença de Bolo Yeung que viria mais tarde há se tornar vilão
em inúmeros filmes de ação, incluindo alguns protagonizados por Jean Claude Van
Damme.
Mas, para falar a
verdade, não gosto muito dos ares norte-americanos que este filme tem, até
mesmo porque tira um pouco da identidade chinesa que muitos gostariam que ele
tivesse. O filme pega atores de todos os lugares do mundo (China, Jamaica, EUA,
etc…). Mas isso é o de menos, pois o que realmente não me agradou neste foi o
fato do próprio procurar vestir Bruce Lee como uma espécie de agente 007.
O título ‘’Operação
Dragão’’ é bastante significativo, pois é com ele que as coisas realmente
giram. A trilha sonora, por exemplo, remete ao espectador mais atento a
recordar dos grandes clássicos pertencentes à série de filmes 007, sobretudo o
primeiro filme, 007 Contra o Satânico Dr. No (1962), protagonizado por Sean
Connery. No caso de Operação Dragão,007 seria Bruce Lee, Dr. No seria Shih Kien
(o vilão, Han) e a ilha (o principal palco para toda a trama) seria… a ilha, que
havia uma nos primeiros filmes do agente britanico.
É interessante que
até mesmo ocorre a proposta feita pelo vilão ao mocinho, para trabalhar com ele
nos seus planos malignos, só que, claro, o mocinho recusa da melhor forma
possível. Mas há partes geniais, como quando Lee enfrenta dúzias de seguranças
e da um verdadeiro show de artes marciais, ou no grande clímax, onde o nosso herói
enfrenta o seu adversário dentro de uma sala de espelhos. Essa cena, aliás, é
aquele tipo de seqüência que entra para historia, pois o que vemos ali não é
somente um jogo de espelhos, como também um incrível jogo de câmera, montagem e
fazendo com que até mesmo ficamos confusos junto com o protagonista, para saber
onde está escondido o vilão na sala.
Por fim, se você quer se aprofundar
mais sobre Bruce Lee, não perca este por nada. Há pequenas falhas, mas a ação e
o desenvolvimento narrativo bem-sucedido fazem valer a pena, e claro, só por
ser um clássico vale a pena.
NOTA: Mal foi divulgado, mas
recentemente morreu Jim Kelly aos 67 e que havia se consagrado como um dos
lutadores principais de Operação Dragão. Com cabelão black power e 1m88cm de
altura, Kelly chamou logo atenção e foi escalado para atuar no filme Operação
Dragão (1973), protagonizado por Bruce Lee. Na mesma década, Kelly participou
de uma série de filmes de ação do gênero blaxploitation. A seguir, iniciaria
carreira profissional no tênis.
Na minha 30ª
participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César
Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural,
irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que
conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da
atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua
influencia é sentida até hoje.
O Vôo do Dragão
Sinopse: Estamos em Roma, e
o couro vai comer! O jovem Tang Lung (Bruce Lee) acaba de chegar para proteger
sua amiga e dona de restaurante Cheng Ching Hua (Miao) da extorsão de um bando.
A Máfia seqüestra uma criança e tenta mandá-lo de volta para China. O chefe do
bando manda vir dos EUA um perigoso mestre japonês de Hap Ki Do, com o reforço
do melhor discípulo do campeão norte-americano de karatê. Tang enfrenta a dupla
e esmigalha os dois adversários. O que Lee não sabe é que, um suposto amigo (na
verdade um traidor), vai conduzi-lo ao Coliseu, onde o próprio campeão mundial
de karatê (Chuck Norris) o espera.
Esse foi o primeiro
(e ultimo) que Bruce Lee escreveu, dirigiu e atuou. Com isso ficamos
desconfiados se a qualidade não ficou aquém do esperado. Verdade seja dita: se
por um lado a historia é fraquinha se comparado aos filmes anteriores, por outro
Lee explora o seu lado cômico de uma forma bem divertida e descontraída.
Seu personagem é um
peixe fora d’água nas ruas de Roma, não consegue sequer se comunicar com quem
quer que seja, a não ser com seus conterrâneos, e acaba se metendo em muita
confusão, numa verdadeira comédia de diferenças culturais. Seus problemas
começam já no aeroporto ao fazer um pedido no restaurante local ou tentar ir ao
banheiro. Mais tarde, acaba indo parar no quarto de uma garota de programa e só
percebe quando a moça está nua na sua frente.
Bruce Lee também foi
responsável pela coreografia das lutas. Aliás, seu personagem acaba se impondo
perante todos com a única coisa que parece saber fazer: lutar kung fu! O caso
que a máfia italiana apresentada aqui não aparenta nenhuma ameaça e sofrem maus
bocados nas mãos do personagem de Lee.
Devido a isso, o filme poderia ser um fracasso
total, por não ter nenhum desafio há altura de Lee. Mas eis que entra em cena ninguém
menos que Chuck Norris, como um lutador campeão de karate e a serviço da gangue.
O confronto entre ambos ocorre nas ruínas do Coliseu, sendo que são quase dez
minutos de luta, onde se explora o melhor de cada um deles e se tornando uma
verdadeira luta clássica de dois grandes astros de filmes de ação.
Vale lembrar que Chuck
Norris nem era ainda um astro de filmes de ação consagrado naquele tempo, mas
tudo isso mudou, quando Bruce Lee assistiu uma exibição de Karatê na praia e se
impressionou com o jovem campeão. Graças a essa participação marcante é que lhe
serviu para outras portas se abrirem e se consagrar em definitivo em filmes de
ação como a trilogia Braddock.
Na minha 30ª
participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César
Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural,
irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que
conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da
atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua
influencia é sentida até hoje.
A Fúria do Dragão
Sinopse: Ao retornar
para Shangai, Chen Zhen (Bruce Lee), um jovem estudante de artes marciais,
descobre que Fok-Kap, seu mestre do Kung-fu, morreu sob misteriosas
circunstâncias. Em sua procura pela verdade e desejo de vingança, Chen descobre
que uma grande operação de tráfico de drogas, uma escola de lutadores rivais e
a tensão entre chineses e japoneses foram os fatores que provocaram a morte de
seu mestre.
Agora, em combates
brutais e usando somente a força de seus punhos, ele terá que enfrentar os
assassinos de seu mestre e lutar contra as forças imperialistas japonesas que
querem dominar seu povo.
Embora rodado em
1972, a ação de ‘A Fúria do Dragão’ decorre no início do século XX, o que
explica um pouco a rivalidade histórica entre japoneses e chineses. Inclusive a
cidade de Shangai estava tomada pelos nipônicos e os nativos sofriam
preconceitos na sua própria terra. Há uma cena no filme em que o personagem de
Bruce Lee é impedido de entrar em uma praça, pois ela era exclusiva pra
japoneses e que visto hoje, seria algo bem politicamente incorreto.
Bruce Lee, como
sempre, está impecável nas artes marciais, mas ao mesmo tempo nos brinda com uma interpretação
intensa, onde ele passa toda a fúria e ódio que sente perante os antagonistas. Difícil
dizer qual é a melhor cena de luta com ele, já que todas são espetaculares, mas
posso citar duas essenciais: o primeiro confronto de Lee com a escola japonesa
em que ele deixa todos no chinelo e no ato final, onde ele faz o famoso
movimento de borboleta com os braços.
Embora em muitos momentos ficasse obvio que o
filme foi todo filmado em estúdio, a produção acabou sendo reconhecida em 1972
com o prêmio de Melhor Filme Mandarim nos Golden Horse Awards, “A Fúria do
Dragão” foi realizado por Lo Wei, o mesmo diretor do filme estrelado pelo astro
anteriormente (O Dragão Chinês) e quebrou todos os recordes de bilheterias
naquele tempo na China. Mais informações e inscrição para o curso,
vocês conferem clicandoaqui.
A Coordenação de
Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, em
parceria com as produtoras Tokyo Filmes e Livre Associação, dá início no dia 27
de agosto próximo ao projeto Sessão Plataforma. Realizada mensalmente na Sala
P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), a Sessão Plataforma irá exibir
filmes de produção recente, de diferentes nacionalidades, com caráter
predominantemente independente e sem distribuição comercial garantida no
Brasil. Com curadoria de Davi Pretto e Giovani Borba, e produção de Paola Wink,
a Sessão Plataforma já tem confirmada para os próximos meses a exibição de
importantes filmes que circularam nos principais festivais do mundo todo e no
Brasil passaram apenas pela Mostra de Cinema de São Paulo ou pelo Festival do
Rio, como Room 237, de Rodney Ascher, Bestiaire, de Denis Cotê, The Invader, de Nicolas Provost, e Leviathan,
de Lucien Castaing-Taylor e Verena Paravel. A cada sessão, a Plataforma vai
anunciar o filme seguinte da programação, em um trabalho que procura difundir
um novo cinema e uma busca de realizadores com outros olhares, aproximando
Porto Alegre do circuito de exibição do centro do país, do qual atualmente a
capital gaúcha se vê ainda muito distante.
O filme escolhido para inaugurar a Sessão
Plataforma é o cultuado documentário Room 237, de Rodney Aschner, que
participou dos festivais de Cannes, Sundance e Berlim. O documentário de
Aschner explora os labirintos das inúmeras teorias obsessivas sobre o clássico
filme O Iluminado, de Stanley Kubrick. Um filme sobre a paixão por um filme,
por um realizador e, acima de tudo, pelo cinema, um filme sobre a cinefilia
como única saída para se livrar dos fantasmas de um filme sobre fantasmas. Room
237 será exibido dia 27 de agosto, às 20h, com reprise no sábado, dia 31 de
agosto, às 17h. O valor do ingresso é de R$ 3,00.
Room 237. Estados
Unidos, 2012, 102 minutos. Direção de Rodney Aschner. Documentário. Exibição em
Blu-ray, com legendas em português.
Abaixo, texto dos
curadores Davi Pretto e Giovani Borba e da produtora Paola Wink sobre o projeto
Sessão Plataforma:
BASE
Uma base para se
estar mais próximo aos filmes, pensando os filmes e pensando o cinema.
Foi com esse desejo
que concebemos a Plataforma; imaginando uma estrutura horizontal, praticamente
suspensa, onde se pode ir além. Um espaço para compartilhar a experiência
cinematográfica da sala, e que vai além dela, e a descoberta de novos filmes,
de novos realizadores. Lugar que nos aproxima do horizonte e nos convida a
contemplar, nos convida a refletir.
A Plataforma carrega
um conjunto de ideias e ações que venham a encontrar novos caminhos para a
situação paradigmática que nos encontramos atualmente na cinematografia
brasileira. Vemos uma quantidade grande, ainda que desigual, de ações e
investimentos governamentais, aliado com a facilidade trazida pela
transformação para os equipamentos digitais (câmeras, projetores, etc). Vemos
uma quantidade bastante significativa, e que cresce exponencialmente, de filmes
nacionais lançados, inúmeros novos realizadores de lugares que antes eram
desprovidos da possibilidade de produzir. Vemos a formação e crescimento de
movimentos e realizadores que buscam uma produção mais horizontal e igualitária
de criação coletiva, que corre em paralelo e independente de um modelo
industrial. Porém há ainda um abismo que distancia a possibilidade de diálogo e
inclusão desses filmes e cineastas com produções de grande orçamento e o
circuito comercial “de shopping”. Nessa inclusão, quando ocorre, essas obras
são forçadas a se enquadrar em um modelo industrial, que se propuseram a
contrapor. A democratização das salas de cinema não legitimaria esse novo
cinema, afinal essas obras já percorrem um circuito completo por si só.
Festivais, mostras, cineclubes e exibições online que já somam números de
público para essas obras, maiores que filmes de grande orçamento que pairam
apenas em uma rede convencional de exibição. É imprescindível pensarmos como
esses dois modelos de fazer cinema podem interagir sem a necessidade de nenhum
deles perder sua personalidade.
Essa questão da afirmação e preservação do
âmago desse novo cinema também é indiretamente abalada quando ações do estado
de financiamento fazem realizadores submeter seus projetos em modelos
clássicos, onde são exigidos documentos dignos de uma proposta industrial.
Roteiros, metas e justificativas. Projetos de realizadores internacionais
renomados que trabalham com propostas fluídas e híbridas de encontro e acaso
dificilmente seriam aprovados em editais no modelo encontrado no Brasil. Ainda
parece que esbarramos em um pensamento de criação de um produto óbvio, como uma
linha de montagem. Mais uma vez, vemos uma tentativa inadequada de controlar e definir
o descontrole.
A diversidade cinematográfica atravessa as
fronteiras entre gêneros, bitolas, formatos, meios de exibição, de linguagem e
metragem. Desta mesma maneira, pensamos que uma janela para este outro cinema
pode se apresentar de maneiras também diversas, onde o formato com que se
apresentam os filmes é parte de uma proposta artística.
Foi deste pensar os filmes que queremos
mostrar e como mostrá-los, que surge a Sessão Plataforma. Com o entendimento de
que a Plataforma não está para uma mostra, tampouco festival de filmes. Nossa
proposta é oferecer uma sessão única, e mesmo exibindo regularmente, essa
premissa da sessão única faz de cada uma das sessões, uma nova edição, para um
pequeno universo específico de cinema. Onde cada filme traz uma reflexão,
imprime uma ideia, aponta novos caminhos, proporciona um outro olhar. Uma
experiência cinematográfica periódica e extensiva; um formato horizontal, ao
invés do formato vertical, intensivo e anual de eventos do gênero.
A Sessão Plataforma é apenas uma das vertentes
desta rede maior que propomos para refletir, exibir, escrever e produzir junto
com esse novo cinema. Desta Plataforma, nosso olhar se lança neste horizonte,
em busca da produção contemporânea ao redor do mundo que explora nas possibilidades
narrativas e estéticas, sem artifícios mirabolantes, que atritam, provocam e
instigam; que possam reinventar o fazer cinematográfico, sob a ótica das mais
diferentes culturas, de onde volta e meia nos surpreendem as cinematografias
pouco conhecidas.