Na minha 30ª
participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César
Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural,
irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que
conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da
atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua
influencia é sentida até hoje.
O Vôo do Dragão
Sinopse: Estamos em Roma, e
o couro vai comer! O jovem Tang Lung (Bruce Lee) acaba de chegar para proteger
sua amiga e dona de restaurante Cheng Ching Hua (Miao) da extorsão de um bando.
A Máfia seqüestra uma criança e tenta mandá-lo de volta para China. O chefe do
bando manda vir dos EUA um perigoso mestre japonês de Hap Ki Do, com o reforço
do melhor discípulo do campeão norte-americano de karatê. Tang enfrenta a dupla
e esmigalha os dois adversários. O que Lee não sabe é que, um suposto amigo (na
verdade um traidor), vai conduzi-lo ao Coliseu, onde o próprio campeão mundial
de karatê (Chuck Norris) o espera.
Esse foi o primeiro
(e ultimo) que Bruce Lee escreveu, dirigiu e atuou. Com isso ficamos
desconfiados se a qualidade não ficou aquém do esperado. Verdade seja dita: se
por um lado a historia é fraquinha se comparado aos filmes anteriores, por outro
Lee explora o seu lado cômico de uma forma bem divertida e descontraída.
Seu personagem é um
peixe fora d’água nas ruas de Roma, não consegue sequer se comunicar com quem
quer que seja, a não ser com seus conterrâneos, e acaba se metendo em muita
confusão, numa verdadeira comédia de diferenças culturais. Seus problemas
começam já no aeroporto ao fazer um pedido no restaurante local ou tentar ir ao
banheiro. Mais tarde, acaba indo parar no quarto de uma garota de programa e só
percebe quando a moça está nua na sua frente.
Bruce Lee também foi
responsável pela coreografia das lutas. Aliás, seu personagem acaba se impondo
perante todos com a única coisa que parece saber fazer: lutar kung fu! O caso
que a máfia italiana apresentada aqui não aparenta nenhuma ameaça e sofrem maus
bocados nas mãos do personagem de Lee.
Devido a isso, o filme poderia ser um fracasso
total, por não ter nenhum desafio há altura de Lee. Mas eis que entra em cena ninguém
menos que Chuck Norris, como um lutador campeão de karate e a serviço da gangue.
O confronto entre ambos ocorre nas ruínas do Coliseu, sendo que são quase dez
minutos de luta, onde se explora o melhor de cada um deles e se tornando uma
verdadeira luta clássica de dois grandes astros de filmes de ação.
Vale lembrar que Chuck
Norris nem era ainda um astro de filmes de ação consagrado naquele tempo, mas
tudo isso mudou, quando Bruce Lee assistiu uma exibição de Karatê na praia e se
impressionou com o jovem campeão. Graças a essa participação marcante é que lhe
serviu para outras portas se abrirem e se consagrar em definitivo em filmes de
ação como a trilogia Braddock.
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