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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CINE MÊS DAS BRUXAS: CINE TRASH: Parte 4

Neste mês das bruxas, vamos relembrar de umas das sessões de filmes que agente assistia na TV que mais deixou saudades, o Cine Trash. O programa comandado pelo saudoso Zé do Caixão exibia filmes de terror de baixo orçamento, mas muitos se tornaram pequenos clássicos do gênero e que muitos se lembram com bastante saudosismo.


A NOITE DOS MORTOS VIVOS (1990)
Sinopse: Numa cidadezinha, a queda de um meteoro trasforma os mortos em zumbis canibais, que saem de suas tumbas e passam a perseguir os vivos. Pessoas amedrontadas tentam se proteger do ataque numa fazenda, mas os zumbis são ferozes e numerosos.
Apesar da sessão da Band ter se dedicado exclusivamente a filmes B de baixíssimo orçamento e que na maioria das vezes eram desconhecidos pela maioria do publico, houve muitos casos de filmes de grande quilate que foram exibidos nesta sessão e que passaram a virar clássicos do horário da tarde da programação, e com esse, não foi diferente. O primeiro contato que eu tive com filmes de zumbis foi justamente com esse filme, graças ao programa Cine Trash. Nem imaginava que se tratava de uma refilmagem de um clássico de Romero de 1968  e quando falavam da Noite dos Mortos Vivos, sempre achava que era sobre esse filme de 1990. Mas convenhamos, apesar da maioria das refilmagens de certos clássicos nunca prestar, essa versão em cores chega a ser tão boa quanto a original. Claro que muito se deve o fato do próprio Romero  retornar nesta refilmagem, e com isso, foi sucesso garantido. Muito fiel ao filme original, mas diferente do clássico, esse possui um orçamento mais generoso e com isso, possui cenas muito mais elaboradas e efeitos especiais e de maquiagem de primeira. Mas diferente do passado, Romero retornou aqui como produtor e roteirista, sendo que o cargo de direção ficou para Tom Savini que na época era um dos mais requisitados maquiadores de filmes de terror e atualmente muitos se lembram dele atuando como coadjuvante em filmes do Robert Rodrigues como Um Drink no Inferno.



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Cine Dica: Em Cartaz: O Fantástico Sr. Raposo

Sinopse: O Sr. Fox e sua família vivem embaixo de uma árvore onde dividem o espaço com seus amigos Badger, Rabbit, Weasel e todas as suas famílias. Para alimentar a família e os seus amigos, o Sr. Fox toda noite rouba os fazendeiros da redondeza. Cansados disso, os três fazendeiros resolvem dar um fim no Sr. Fox e na sua turma.
Ronald Dahl é o mesmo escritor do muito conhecido A Fantástica Fabrica de Chocolate, e o Fantástico Sr Raposo é um conto mais direcionado para crianças. Contudo, sua adaptação para o cinema, feita em stop motion, vai mais para o lado adulto, isso graças a ousadia do diretor Wes Anderson (Os Excêntricos Tenenbaums). O filme toca em assuntos, sobre, família, dever e instintos da natureza difíceis de largar, mesmo quando se tem uma família para cuidar. Filme de animação de primeira e sem sombra de duvida uma agradável surpresa de originalidade.

Curiosidade: O Fantástico Sr. Raposo é uma adaptação de um livro infantil. No Brasil o livro foi lançado como Raposas e Fazendeiros.


Em cartaz: CineBancários: Rua General Câmara, nº 424 – Centro Porto Alegre / RS (Informações dos horários e dias de exibição,  procurem no blog da sala, clicando aqui)


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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cine Especial: Steven Spielberg: Parte 2

Nos dias 22 e 23 de outubro, estarei participando do curso O FANTASTICO CINEMA DE STEVEN SPIELBERG, na Rua General da Câmera 424 – Porto Alegre/RS. Enquanto os dois dias não vem, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme que esse fantástico diretor criou e que foi um dos primeiros que fez nascer o conceito  “blockbuster”.  

TUBARÃO
Sinopse: Um terrível ataque a banhistas é o sinal de que a praia da pequena cidade de Amity virou refeitório de um gigantesco tubarão branco, que começa a se alimentar dos turistas. Embora o prefeito queira esconder os fatos da mídia, o xerife local (Roy Scheider) pede ajuda a um ictiologista (Richard Dreyfuss) e a um pescador veterano (Robert Shaw) para caçar o animal. Mas a missão vai ser mais complicada do que eles imaginavam.
Depois desse filme, o cinema jamais foi o mesmo. Primeiro grande sucesso de Spielberg no cinema, que inaugurou o termo “blockbuster” e primeiro filme da historia a chegar à cifra de R$ 100 milhões somente nos EUA. Teve três seqüências e inúmeras imitações, mas nenhuma claro capaz de repetir o êxito do original. Baseado em romance de Peter Benchley, é uma aula de suspense moderno, com ótima trilha sonora de John Willians (que o próprio Spielberg satirizou em 1941). É bem da verdade, que muito do sucesso do filme, se deve a trilha sonora composta pelo mestre, já que além de criar um clima de suspense, se torna também um sinal de alerta para quando o tubarão está por perto. Se o famigerado TAM, TAM, TAM, TAM começa a tocar, é porque o bicho vai atacar. Assistindo o filme atualmente, com suas qualidades e tudo mais, é de se espantar o quanto foi complicado para a trama ser filmada. Um dos principais problemas foi o próprio tubarão mecânico que simplesmente não funcionava na hora que deveria funcionar. Com isso, as filmagens ficaram atrasadas, os ânimos diminuíram cada vez mais, isso fora o fato o atrito dos atores Robert Shaw, Richard Dreyfuss. Mas os produtores David Brown e Richard D. Zanuck tinham fé naquele jovem diretor, mesmo tendo apenas um filme no currículo (Encurralado), e com isso, as gravações prosseguiam, os problemas foram diminuindo e o filme por fim foi finalizado, estreando e entrando para historia do cinema. Difícil dizer qual é a minha cena preferida, mas me arrisco a dizer que não foi com nenhuma cena com o tubarão em si, mas uma seqüência fantástica, onde Quint (Robert Shaw) conta uma sombria historia, dos seus dias como naufrago do navio USS Indianápolis, onde teve que passar horrores em auto mar perante inúmeros tubarões famintos. É uma cena simples, mas eficaz, onde realmente vemos as imagens, dentro de nossas mentes, que o personagem de Robert Shaw conta. Anos mais tarde, Steven Spielberg diz que essa foi uma de suas melhores cenas que ele filmou para o filme, e não é para menos.

Curiosidade: Na cena do início do filme em que foi atacada por um tubarão, Susan Backlinie estava presa a correntes e mergulhadores a puxavam para baixo para dar a exata impressão de que um tubarão estava atacando;


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CINE MÊS DAS BRUXAS: CINE TRASH: Parte 3

Neste mês das bruxas, vamos relembrar de umas das sessões de filmes que agente assistia na TV que mais deixou saudades, o Cine Trash. O programa comandado pelo saudoso Zé do Caixão exibia filmes de terror de baixo orçamento, mas muitos se tornaram pequenos clássicos do gênero e que muitos se lembram com bastante saudosismo.

FOME ANIMAL
(NUNCA O HORROR FOI TÃO DIVERTIDO)
Sinopse: A mãe de um rapaz muito tímido é mordida por um macaco-rato de Sumatra, fica doente e morre, mas retorna como um zumbi matando e comendo animais e pessoas. O filho tenta esconder o fato, principalmente da moça por quem está apaixonado, mas a peste se alastra rapidamente e ele vê sua casa ser invadida por uma legião de mortos-vivos.
Apavorei-me quando vi esse filme pela primeira vez numa tarde longínqua dos anos 90. Lembro-me bem que eu estava brincando no chão do quarto com os meus Comandos em Ação (já não tinha idade para isso, mas eu era um viciado), mas então, cansado da brincadeira, decidi ligar minha pequena TV preta e branca para assistir alguma coisa e dou então de cara com um bebê zumbi risonho e um padre que lutava Kung Fu ao estilo Bruce Lee. Sim, eu não peguei o filme desde o inicio, mas já compreendia toda a historia, mesmo pegando por essa parte, mas foi o suficiente para me aterrorizar e gargalhar com as cenas para lá de loucas para o horário da tarde da Band. Uma dos mais divertidos e sangrentos filmes terrir da historia do cinema. Carregado com o mais puro humor negro e a escatologia ao estremo de uma maneira jamais vista. Vencedor do grande premio da critica no festival de avoriaz (França) de 92, o filme exige um estomago forte e resistente, pois ele extrapola todos os limites do bom gosto. Mesmo assim, é uma diversão de tamanha grandeza, que não tem como deixar de rever inúmeras vezes. O ato final é de uma extrapolação só, onde o herói e a mocinha ficam em meio a inúmeros mortos vivos e o sangue jorra solto de tal forma, que da vontade de colocar um balde em baixo da TV, para parar o sangue que está derramando. Com inúmeras cenas bizarras, de um bebê zumbi a um intestino grosso animado, Fome Animal foi o filme que deu sinal verde a Peter Jackson embarcar no cinema americano, e o resto são historia.


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: HANNA

FOI-SE O TEMPO DE MENININHAS INDEFESAS NO CINEMA

Sinopse: Hanna (Saoirse Ronan) não é uma garota comum. Criada por seu pai (Eric Bana), um ex-agente da CIA no ponto mais remoto da Finlândia, ela tem a força, a resistência e o instinto aguçado de um soldado. Sua educação e treinamento tem o mesmo objetivo: tudo funciona para fazer dela a assassina perfeita.O momento decisivo da sua adolescência é muito intenso: enviada por seu pai para cumprir uma missão, Hanna viaja escondida pelo norte da África e pela Europa iludindo agentes secretos e assassinos clandestinos que se reportam a uma espiã implacável que esconde segredos sobre ela mesma (Cate Blanchett). Quanto mais próxima de seu objetivo final, Hanna tem que lidar não só com inimigos poderosos, mas também precisa enfrentar revelações alarmantes sobre sua própria existência.
Joe Wright mostrou-se ser um diretor abiu em dramas de época como Desejo e Reparação e teve o prazer de revelar ao mundo a jovem atriz Saoirse Ronan, que além desse, havia atuado em Um Olhar no Paraíso. Com Hanna, ela se consagra como uma das melhores promessas do cinema americano atual. A trama em si é um tanto que batida, pois explora o mundo da espionagem, algo que o cinema americano dissecou inúmeras vezes, mas só pelo fato de a protagonista ser uma pequena jovem, que é treinada desde pequenina pelo pai (Eric Bana) para se vingar daqueles que um dia tentaram matá-la quando ainda era muito jovem, fazem desse filme no mínimo diferente dos outros. Outro fato que o torna único é o seu ritmo, que da a nítida impressão de que é mais longo que deveria, mas não o torna monótono, muito pelo contrario, principalmente onde os momentos de calmaria se casam muito bem pela montagem frenética "a lá" vídeo clipe, onde o diretor demonstra total controle do que está fazendo. O filme ainda brinca com elementos como Chapelinho Vermelho e até mesmo historias do universo dos  Irmãos Grimm, em cenas oníricas e muito bonitas de serem vistas, principalmente na seqüência final. Com elenco de apoio que inclui uma Kate Blanchett espiã excêntrica, Hanna infelizmente passou em branco em nossos cinemas, mas pode muito bem agora ser redescoberto e ganhar admiradores do cinema de ação de qualidade


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Cine Clássico: MAIS PROXIMO DO TERROR

MERECIDAMENTE REDESCOBERTO
Sinopse: Na Austrália, jovem muda-se para uma casa de repouso para idosos que pertenceu à sua falecida mãe. Lá encontra o diário da mãe, e percebe que misteriosos acontecimentos mencionados por ela nas páginas do diário começam a se tornar realidade - inclusive bizarros assassinatos.
Conheci esse filme no Projeto “Raros Apresenta”, no cinema P.F Gastal da Usina do Gasômetro na ultima sexta. Lançado no inicio dos anos 80 e esquecido ao longo dos anos, o filme começou a ser redescoberto pelas pessoas cinéfilas antenadas em baixar filmes pela internet e por cineastas como Quentin Tarantino que o considera como um dos seus filmes favoritos.
O ritmo é um tanto que lento, mas satisfatório para construção dos personagens, assim como a apresentação gradual da casa em si, que aos poucos, demonstra ser um lugar hostil e cheia de mistério. Isso graças à direção engenhosa Tony Williams (uma pena que não seguiu a carreira cinematográfica) onde cria um clima angustiante que passa sempre a sensação de que algo ruim estará prestes a acontecer nos corredores da casa. Bom exemplo disso é uma cena em que a câmera segue um gato e o acompanhamos até aonde ele para, ou cenas em que não sabemos exatamente se é real ou sonho ou simplesmente alucinação da protagonista (Jackie Kerin). O ato final nos rende momentos inspirados e ao mesmo tempo elementos já vistos em filmes como O Iluminado e Psicose, mas de uma forma bem mais gótica e original. Falando no ato final, como Quentin Tarantino é fã do filme, eu acredito que ao criar o roteiro para o filme Um Drink No Inferno, ele tenha inserido uma espécie de pequena homenagem a esse filme, na cena inicial daquela obra de 1996, que foi dirigida pelo seu parceiro Robert Rodriguez.
Graças a sala P.F Gastal, tive o prazer de conhecer esse filme, para eu então, passar sobre ele para vocês. Portanto busquem-no por ai na rede, porque em DVD é muito difícil.


Curiosidade: Em uma cena, onde a protagonista visita um medico da trama, em determinado momento, a câmera foca uma pintura intitulada O Mundo de Cristina, pintado pelo artista Andrew Wyeth. Esse quadro eu conheci pela primeira vez pelos volumes de HQ Preacher: Rumo ao Sul e A Salvação.


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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cine Especial: Steven Spielberg: Parte 1

Nos dias 22 e 23 de outubro, estarei participando do curso O FANTASTICO CINEMA DE STEVEN SPIELBERG, na Rua General da Câmera 424 – Porto Alegre/RS. Enquanto os dois dias não vem, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme que esse fantástico diretor criou e que foi um dos primeiros que fez nascer o conceito “blockbuster”.  

ENCURRALADO

Feito para a tv, primeiro grande sucesso da carreira de Steven Spielberg, provou que o jovem diretor na época iria longe
Sinopse: Homem de negócios dirigindo sozinho em uma estrada secundária de repente se vê perseguido por motorista de caminhão. Depois de algum tempo, ele chega a conclusão de que aquele motorista pretende matá-lo.
A primeira impressão é a que fica, e realmente Steven Spielberg impressionou super positivamente em seu primeiro filme, feito para a tv, onde ele cria uma trama aparentemente simples, mas eficaz nos momentos de pura tensão e medo. Mesmo com um orçamento modesto para época Steven usa e abusa da câmera e cria tomadas mirabolantes que até hoje impressionam, principalmente se levarmos em conta a época que o filme foi feito (1971). O motorista do caminhão em si não aparece em nenhum momento (somente as botas e uma parte do braço) o que torna o caminhão um verdadeiro mostro assassino perseguindo o pobre motorista (Dennis Weaver, ótimo). Com esse filme Steven Spielberg ganhou sinal verde para embarcar como diretor de cinema com seu primeiro grande sucesso na telona tubarão, e o resto é historia.

Curiosidade: O som de um grito de um dinossauro ouvido no final do filme, foi posteriormente usado também em Tubarão.