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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Cine Dicas: Estreias do final de semana (18/02/11)

Boa tarde a todos. Faltando pouco mais de uma semana para a entrega do Oscar, praticamente todos os indicados nas categorias principais já estrearam e com isso inúmeras opções tem os cinéfilos para ir ao cinema. Devido ao fato das salas estarem cheias de opções, somente tivemos aqui no RS duas estréias importantes neste final de semana, 127 horas e Besouro Verde. Se o primeiro é um dos finalistas ao Oscar, o segundo abre a temporada de super heróis do ano que terá, Thor, Capitão America, Lanterna Verde e X-Men: Classic.
Confiram as estréias.

127 Horas
Sinopse: 127 Horas - narra a história baseada em fatos reais do alpinista Aron Ralston vivido por James Franco que luta por sua sobrevivência após uma rocha cair sobre seu braço e aprisioná-lo em um isolado cânion em Utah


O Besouro Verde 3D
sinopse: Depois que o sócio de seu pai foi assassinado e a justiça considerou como roubo o motivo o editor Britt Reid (Seth Rogen) prometeu lutar contra o crime organizado e descobrir o autor do crime. Para isso durante a noite ele vai para as ruas mascarado como o Besouro Verde e na companhia de seu fiel escudeiro o perito em artes marciais Kato (Jay Chou).

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cine Clássico: O Nascimento de uma Nação

OBRA PRIMA QUE SE CONDENOU DEVIDO SUAS IDÉIAS CONTROVÉRSAS

Sinopse: Dois irmãos da família Stoneman visitam os Cameron em Piedmont, Carolina do Sul. Esta amizade é afetada com a Guerra Civil, pois os Cameron se alistam no exército Confederado enquanto os Stoneman se unem às forças da União. São retratadas as conseqüências da guerra na vida destas duas famílias e as conexões com os principiais acontecimentos históricos, como o crescimento da Guerra da Secessão, o assassinato de Lincoln e o nascimento da Ku Klux Klan.
Na época de seu lançamento (1915) foi considerado uma das maiores superproduções de todos os tempos, o primeiro a passar a marca de 100 minutos e o primeiro longa a ter realmente uma historia. Apesar de toda sua importância histórica, porém, o filme não escapou (e com razão) do seu conteúdo racista onde os personagens negros eram um dos grandes vilões da trama e para piorar, todos eram retratados na verdade por brancos, pitados com tinta negra, algo que hoje simplesmente não seria aceito de forma alguma.
Baseado na peça de Tomas Dixon, a trama coloca a tão polemica organização Ku Klus Klan como responsável pela restauração da política e pelo estilo de vida do Sul após a derrota na guerra. Polemicas a parte, a trama possui momentos marcantes como as seqüências de batalha e a cena do assassinato de Abraham Lincoln.
Por muito tempo o filme ficava entre as 100 maiores obras primas de todos os tempos mas em um mundo politicamente correto atualmente, dificilmente isso ira acontecer em sequida. Mesmo com todo o seu conteudo historico, o filme deve ser mais apreciado pelos cinefilos de mente aberta  que souberem aceitar mentalidade racista e estupida da epoca.

Curiosidade: O Nascimento de uma Nação foi banido em várias cidades importantes dos Estados Unidos, como Los Angeles.

Cine Dica: Em DVD E BLU-RAY: Enterrado Vivo

SIMPLISIDADE UNIDA COM TERROR PSICOLOGICO
Sinopse: Paul Conroy (Ryan Reynolds) ainda não está pronto para morrer. Mas, quando ele acorda dentro de um caixão a 2 metros abaixo da terra sem a menor ideia de quem ou porque o colocaram lá, a vida dele se transforma em um único esforço extremo pela sobrevivência. Enterrado apenas com um celular e um isqueiro, o pouco oxigênio transforma Enterrado Vivo numa aflitiva experiência de corrida contra o tempo. Paul tem apenas 90 minutos para conseguir que o resgatem antes que seu pior pesadelo se torne verdade. Prenda a respiração.
Não é de hoje que o cinema nos apresenta uma trama de um determinado protagonista, cujo o ambiente é limitado e toda a ação se passa neste pequeno ambiente. Por Um Fio é um bom exemplo, porém, o diretor Rodrigo Cortés inova essa tensão em um ambiente menor ainda para o protagonista, onde toda a tensão se passa dentro de um caixão em 99% do filme. Sendo assim,  o personagem Paul Conroy, com poucos movimentos e poucos recursos (entre eles celular) tenta desesperadamente pedir ajuda e ao mesmo tempo passar por humilhações psicológicas, seja por aqueles que dizem que irão resgatá-lo, seja por aqueles que o seqüestraram.
Ryan Reynolds atua sozinho, sem contracenar com ninguém e somente com aqueles do outro lado da linha, assim acompanhamos todo o seu desespero e degradação ao longo de uma hora e meia e com isso, o ator que por muitas vezes é tachado como canastrão, finalmente convence com um ótimo desempenho, onde passa todo o seu desespero e terror psicológico.
Mesmo sendo um pequeno filme e com uma historia simples (mas impactante) a trama ainda tem tempo de fazer criticas com relação à Guerra do Iraque e à diplomacia dos Estados Unidos e mesmo que tais criticas já estejam desgastadas já alguns anos, aqui ainda funciona perfeitamente.
Com um final angustiante e pouco reconfortante, Enterrado Vivo não é aconselhado para pessoas que tem claustrofobia, mas não custa se arriscar para ver algo de diferente no gênero de suspense a flor da pele.

Curiosidades: Fez muito sucesso no Sundance Festival de 2009 e foi comprado pela Lionsgate por US$ 3,2 milhões;
Rodado em cerca duas semanas;
Seu orçamento foi de apenas US$ 3 milhões;
Foram usados cinco caixões para as filmagens.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: Bravura Indômita

UMA VERSÃO SUPERIOR EM TODOS OS ASPECTOS E QUE FALA POR SI.
sinopse: O filme acompanha o bêbado grosseiro e totalmente destemido comissário Rooster Cogburn. O rabugento Rooster é contratado por uma decidida garota para encontrar o homem que matou seu pai e fugiu com as economias da família. Quando a nova patroa de Cogburn insiste em acompanhá -lo na empreitada voam faíscas. Mas a situação vai de problemática a desastrosa quando o inexperiente mas entusiasmado Texas Ranger entra na festa.
O Bravura Indômita 1969 ficou na lembrança de muitos por ter sido o filme que deu o único Oscar na vida para John Wayne. Assistindo o filme hoje percebo que o prêmio dado ao ator foi uma espécie de tributo pela sua fantástica carreira ao longo dos anos, já que seu papel como Rooster não apresentava muitos desafios e como sempre John Wayne era sempre John Wayne. O que nos leva ao nosso presente, com os irmãos Coen fazendo não só uma refilmagem, mas uma obra bem mais fiel ao livro que deu origem e mesmo com a aura de “nova versão”, o filme fala por si.
Ao começar pela (logicamente) boa direção dos irmãos que novamente exploram um tom de humor negro na trama com personagens humanos mas não menos que excêntricos. Os diretores já haviam namorado um pouco com o gênero em uma espécie de faroeste contemporâneo em Onde Os Fracos Não Têm Vez, mas é aqui que todos os elementos do velho e bom faroeste retornam as telas, mesmo com uma historia já bastante conhecida pelos cinéfilos. O bom é que eles foram ousados em adotar um ritimo lento no filme para dar maior destaque na personalidade e caracteristicas de cada um dos personagens, portanto não esperem algo do gênero como tiroteios e mortes aos montes, elas existem, mas acontecem em momentos certeiros quando o espectador acha que esta faltando algo para acontecer.
Como sempre, os diretores foram felizes na escolha do elenco e o que posso dizer é que Jeff Bridges se saiu muito bem do que o próprio lendário Wayne. Enquanto o veterano ator fazia “mais do mesmo” na produção de 1969, Bridges simplesmente desaparece no personagem. O que vemos não é o ator e sim o personagem Rooster, com todos os seus trejeitos de uma vida marcada pela dor e bebedeira, Bridges esta maravilhoso neste papel e é mais uma prova que sua velhice ao longo dos anos serviu para melhorar mais ainda suas boas performances nas telas. Matt Damon e Josh Brolin cumprem bem seus papeis, esse ultimo alias se revelando cada vez melhor em cada filme que atua. Mas nenhum deles é a grande força matriz da produção e sim a jovem estreante Hailee Steinfeld. Se na versão de 1969 Kim Darby possuía energia o suficiente para roubar a cena, Hailee Steinfeld possui seriedade, energia em dobro, presença e segurança perante aos veteranos em cena e não é a toa que ganhou uma merecida indicação ao Oscar, provando que essa jovem promissora atriz ira mais longe.
Mesmo sendo anunciado como uma versão mais fiel ao livro, o filme na realidade possui praticamente seqüências idênticas se comparado ao original, contudo, o que torna esse filme muito superior a produção de 69 é o seu ato final, onde entrega destinos parecidos mas muito mais corajosos aos seus personagens. E o que dizer do belo casamento da fotografia de Roger Deakins com a trilha sonora de Carter Burwell, cheia de poesia, beleza e tragédia eminente e desde já, uma das mais belas seqüências que eu já vi recentemente no cinema.
Com o maior sucesso da carreira em mãos e com razão, Ethan Coen, Joel Coen provaram que podem continuar sempre mantendo suas visões particulares de fazer seus filmes, seja vindo da cabeça de ambos, seja uma repaginada de algo que já deu certo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cine Clássico: M, O Vampiro De Dusseldorf

UM RETRATO DE UMA SOCIEDADE PARANOICA
sinopse: Dusseldorf passa por um momento crítico. Assassinatos em série assustam os moradores da cidade. Meninas são abordadas, seviciadas e mortas por um homem que desafia a polícia. À busca de pistas, qualquer pessoa pode ser o procurado e, por vezes, inocentes são acusados.
A polícia vasculha a cidade enquanto os mafiosos, tendo como chefe o poderoso Schränker, montam uma "tropa" composta por mendigos e trapaceiros. O propósito é encontrar o assassino, antes da polícia. Assim, estariam livres para promover seus "negócios"
O primeiro filme falado do diretor austríaco Fritz Lang (Metropolis) e foi baseado em fatos verídicos.. A trama é baseada sobre um assassino de crianças, Peter Kürten, que por volta de 1925 cometeu 10 crimes na cidade de Düsseldorf
O filme é um verdadeiro retrato do clima de terror que se alastrava na Alemanha, na época da ascensão do nazismo e para piorar o cinema alemão estava vivendo seus piores anos, contudo, Anjo Azul e M., o vampiro de Dusseldorf são exceções honrosas .
Rodado do começo ao fim em estúdio, M revela o então ator de teatro Peter Lorre (1904-1968) que, apesar de ter atuado em outros filmes posteriores, ficou marcado para sempre como o homem de olhos esbugalhados e se tornou um dos maiores vilões do cinema..
Não faltam momentos que se tornaram clássicos desse filme,como a parte do cego, vendedor de balões, que tem contato com o assassino. Ele o reconhece através da melodia que o homem assobia. Alertado, um dos componentes da "tropa" escreve com giz um M (Mörder= assassino) na palma da mão, marcando o facínora nas costas. Após uma grande perseguição, os mafiosos capturam o assassino e o submetem a julgamento. Num monólogo, considerado um dos mais expressivos e inesperados da historia do cinema.

Cine Dicas: Estréias no final de semana (11/02/11)

E ai gente tudo bem? Nesta ultima semana retornei ao meu serviço habitual e com isso muita coisa encalhada teve que desencalhar, pois sempre quando fico ausente do meu serviço, sempre quando retorno, tudo esta a maior bagunça. Fora isso existe no momento um certo problema em casa que ando tendo a maior dor de cabeça mas nada que me atrapalhe em deixar esse blog atualizado como agora.
Neste final de semana grandes filmes e favoritos ao Oscar estréiam, como a surpresa pré-Oscar nas premiações “O Discurso do Rei” e o grande sucesso do momento Bravura Indômita que traz novamente o gênero faroeste as telonas em grande estilo. Não podemos esquecer-nos do nosso representante no próximo Oscar "Lixo Extraordinário" que merece uma conferida. Christina Aguilera tenta (mas não consegue) atuar e cantar no musical Burlesque e por fim, nossa Alice Braga faz a lição de casa em mais um filme americano "O Ritual".
Como podem ver,, filmes aos montes estreando em nossas salas, agora dependera de vocês qual escolher em assistir, confiram:

Bravura Indômita
sinopse: O filme acompanha o bêbado grosseiro e totalmente destemido comissário Rooster Cogburn. O rabugento Rooster é contratado por uma decidida garota para encontrar o homem que matou seu pai e fugiu com as economias da família. Quando a nova patroa de Cogburn insiste em acompanhá -lo na empreitada voam faíscas. Mas a situação vai de problemática a desastrosa quando o inexperiente mas entusiasmado Texas Ranger entra na festa.


O Discurso do Rei
sinopse: A história do rei George VI pai da atual rainha da Inglaterra Elizabeth II. Após ver seu irmão Edward (Guy Pearce) abdicar o trono inglês o jovem George (Colin Firth) se vê obrigado a assumir a coroa. Dono de uma gagueira que lhe deixa em maos bocados com os súditos o rei busca a ajuda do terapeuta da fala Lionel Logue (Geoffrey Rush). Em meio a tudo isso precisa juntar forças para comandar o país na Segunda Guerra Mundial.


Lixo Extraordinário
sinopse: Filmado ao longo de quase três anos Lixo Extraordinário acompanha a visita do artista plástico Vik Muniz a um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho na periferia do Rio de Janeiro. Lá ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis. O objetivo inicial de Muniz era pintar esses catadores com o lixo. No entanto o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugestionados a imaginar suas vidas fora daquele ambiente.


Burlesque
sinopse: Ali (Christina Aguilera) é um jovem cantora do interior que decide se virar na cidade grande. Em Los Angeles consegue trabalhar como garçonete na Boate Burlesque cuja proprietária Tess (Cher) sabe tudo sobre música e dança. Ao fazer amizade com uma bailarina local (Julianne Hough) Ali acaba despertando o ciúme de outra (Kristen Bell) e o interesse de Jack (Cam Gigandet) que é barman e músico. Ali se envolve totalmente com a atmosfera sensual do lugar e dá início ao ambicioso plano de tornar-se uma estrela contando com a ajuda do gerente (Stanley Tucci) para resgatar o período de glória do Burlesque. Mas qual será o limite da ambição de Ali ao receber uma proposta tentadora de um outro empresário (Eric Dane)?


O Ritual
sinopse:  Michael Kovak (Colin ODonoghue) é um seminarista cético e recebeui orientação para passar um período no Vaticano. Uma vez lá ele irá estudar rituais de exorcismo algo que acredita ser somente uma doença. Através da jornalista Angeline (Alice Braga) ele conhece um pouco mais sobre o Padre Lucas (Anthony Hopkins) um famoso exorcista que irá apresentar para ele o lado mais obscuro da igreja e de sua fé. Alguém que o fará refletir sobre o fato de que a descrença no diabo não significa proteção e pelo contrário pode representar um grande perigo na hora de enfrentá-lo porque o terror é real.


O Bom Coração
sinopse: Jacques (Brian Cox) é dono de um bar em Nova York. Fumante inveterado, ele já teve quatro ataques cardíacos mas não quer mudar de vida. Ao ter o quinto ele é internado no hospital, onde conhece o jovem Lucas (Paul Dano), morador de rua que tentou o suicídio há pouco tempo. Determinado em manter seu legado vivo, Jacques faz de Lucas seu herdeiro e passa a tomar conta e lhe ensinar as regras do seu bar: sem novos clientes, sem confraternizações e sem mulheres. Lucas aprende rápido, mas sua amizade é colocada à prova quando a bela e atormentada April (Isild Le Besco) aparece no bar à procura de abrigo e o jovem insiste em ajudá-la.


O Samba que mora em mim‎ 
sinopse: O samba que mora em mim é um documentário ambientado no Morro de Mangueira na cidade do Rio de Janeiro no período do pré-carnaval. O ponto de partida é a quadra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira lugar do reencontro da diretora Georgia Guerra-Peixe com sua própria história. É no inicio do documentário em primeira pessoa que a diretora conta o que o carnaval sempre significou na sua família e na sua vida. Da quadra ela parte para subir o morro pela primeira vez movida pelo desejo de ir alem do samba. Se eu pudesse calar uma escola de samba. O olhar muito particular da diretora conduz este deixar-se ir continuo pelo morro um caminhar que naturalmente vai adquirindo variações melódicas e cadências rítmicas diferentes resultando na composição do que poderia ser chamado de samba enredo documental ou um samba de olhar. Além da quadra mora o samba de Georgia Guerra-Peixe. Um samba que é jeito de ser de viver e também mas não só de cantar e dançar.


Tio Boonmee que pode recordar suas vidas passadas‎ 
sinopse: PALMA DE OURO no Festival de Cannes 2010. Tio Boonmee que sofre de insuficiência renal escolhe passar seus últimos dias na floresta cercado por pessoas que o amam. O fantasma de sua falecida mulher aparece para tomar conta dele e seu filho desaparecido há tempos retorna para casa numa forma não-humana. Refletindo sobre as causas da doença Boonmee anda pela floresta lembrando-se de suas vidas passadas em forma de homem ou animal. Ele chega a uma misteriosa caverna no topo de um monte o lugar de origem de sua primeira vida.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Cine Especial: O Melhor de 2001 a 2010: LAVOURA ARCAICA

Sinopse: André (Selton Mello) é um filho desgarrado, que saiu de casa devido à severa lei paterna e o sufocamento da ternura materna. Pedro, seu irmão mais velho, recebe de sua mãe a missão de trazê-lo de volta ao lar. Cedendo aos apelos da mãe e de Pedro, André resolve voltar para a casa dos seus pais, mas irá quebrar definitivamente os alicerces da família ao se apaixonar por sua bela irmã Ana.
Essa ambiciosa adaptação das telas do romance homônimo de Raduan Nassar marca a ousada estréia na direção de longas de Fernando Carvalho, que vindo da TV, assina aqui o roteiro e a montagem. É um exercício formal rigoroso e hermético, uma parábola sobre o filho prodigo que retorna ao lar. Espetáculo para poucos, o filme avança em ritmo lento e contemplativo, com imagens de absurda beleza.
Seltom Mello da um verdadeiro show de interpretação mas Raul Cortes não fica muito atrás como o patriarca da família. Sem duvida um dos projetos mais autorais desde a retomada do cinema brasileiro. Ganhou o premio de contribuição artística em Montreal em 2001 e premio de publico na 25ª Mostra internacional de São Paulo.