Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Não tive tempo para escrever a minha opinião sobre esse esquisito
e maravilhoso filme. Contudo, deixo a palavra para o critico Roberto Sadovski clicandoaqui.
Nos dias 11 e 12 de
julho, eu estarei participando do curso Zumbis no Cinema: Eterno Retorno,
criado pelo Cine Um e ministrado pelo critico, editor e tradutor César Almeida.
Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei relembrando os
principais clássicos desse gênero que, para a nossa sorte, teima em não morrer.
(ROMERO RETORNANDO AO GÊNERO)
TERRA DOS MORTOS(2005)
Em sua retomada no
universo de zumbis, Romero cria um filme que tende a crescer com o tempo. Sua
crítica social é sutil e dá o que pensar. Continuando o que ele já havia
ensaiado em DIA DOS MORTOS (1985), aqui os zumbis começam a adquirir a
capacidade de pensar. Não que haja algum zumbi intelectual nesse novo filme,
mas há um deles, o que recebe o nome carinhoso de "Paizão", que tem
inteligência suficiente para guiar toda a zumbizada para a cidade que até então
estava protegida pela ameaça dos comedores de gente. Nada menos que a metáfora
da sociedade americana pós-11 de Setembro, que achava que estava protegida e se
vê abalada por uma ameaça terrorista de grandes proporções. Por falar em
terroristas, há uma fala do personagem de Dennis Hopper que é bem familiar nos
tempos de dinastia Bush.
Diário dos Mortos(2008)
Quando Danny Boyle
fez sua produção inglesa Extermínio sobre ataque de zumbis, mal sabia ele que
esse gênero de terror voltaria com tudo por causa dele. Com isso vieram
Madrugada dos Mortos, Todo Mundo Quase Morto e Terra dos Mortos, dirigido pelo
mestre George Romero. Não satisfeito somente com o seu filme anterior, ele
decide então fazer Diário dos Mortos com dinheiro do seu próprio bolso. O filme
é mais do que um simples filme de zumbis, mas também uma crítica ao governo em
sempre esconder as verdades dos fatos que estão acontecendo. No filme, o
diretor usa esta crítica com os mortos vivos em cena, onde o governo sempre
avisa que tem a situação sobre controle, mas não é bem assim que acontece.
O interessante que,
por se tratar de além de ser um filme de zumbis, é também um filme que finge
ser um documentário, algo que estava muito na moda na época do seu lançamento,
vide exemplos como Clodefild e REC.
Ilha dos Mortos(2009)
Com a retomada do
cinema zumbi, o diretor decidiu ele mesmo voltar a dirigir esse gênero a partir
de Terra dos Mortos. Depois veio Diário dos Mortos que, curiosamente se destaca
mais pelo humor ácido. Mas neste Ilha dos Mortos, o humor involuntário domina como um todo, mas
com muitos momentos de forma errada e o diretor não inova, mas sim retrocede.
Tanto é, que os zumbis nem correm como nos últimos filmes do gênero e sim andam
devagar como antigamente.
Não que velhas formulas
não deem mais certas hoje em dia, mas dá a sensação que o diretor quis
banalizar o gênero de uma vez por todas e enterrá-lo ele próprio, ao em vez de
dar um novo sopro de vida. Ou ele perdeu a mão? De qualquer forma, as respostas
vieram nos anos seguintes, com mais filmes sobre o gênero, tanto no cinema como
na TV e revitalizando de tal forma que dificilmente é algo que irá acabar!