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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: O Destino de uma Nação

Sinopse: Com a Grã-Bretanha à beira de perder a guerra para a Alemanha, Winston Churchill sofre pressão para fazer um acordo com Hitler para estabelecer o estado como parte do território do Terceiro Reich, mas resiste à pressão.

Em 2006 Clint Eastwood  surpreendeu muito gente ao dirigir e lançar em um curto espaço de tempo dois filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente sobre o conflito entre americanos e japoneses na ilha de Iwo Jima.  Se no filme a Conquista da Honra mostrava os soldados americanos invadindo aquela ilha e hasteando a bandeira americana, em Cartas de Iro Jima mostra o outro lado do front e focando os japoneses derrotados numa guerra sem sentido. Essa façanha de nós assistirmos a dois filmes em que mostra dois lados diferentes da mesma história em menos de um ano novamente se repete, pois a pouco tempo havia sido lançado Dunkirk, filme de guerra do diretor Christopher Nolan e agora chegamos ao O Destino de uma Nação e do qual retrata o outro lado da mesma história mas em menor grau em termos de espetáculo.
Dirigido por Joe Wright (Desejo e Reparação) a trama se passa em 1940, onde acompanhamos os primeiros dias de Winston Churchill (Gary Oldman, ótimo) como Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, cargo que assume quase que de forma acidental. E ele tem que encarar uma pedreira: decidir se aceita os termos de um suspeito acordo de paz com Hitler (para o qual é pressionado), ou se confronta o ditador, o que culmina com a retirada das tropas inglesas na batalha de Dunkirk. 
Não creio que até a pouco tempo a maioria das pessoas de hoje conheciam essa figura histórica que foi Winston Churchill Porém, ele se tornou conhecido recentemente  pelos amantes da séries da Netflix, mais precisamente na série The Crown, onde na primeira temporada ele havia sido interpretado pelo ator John Lithgow (Footloose - Ritmo Louco).  Agora em O Destino de uma Nação temos a chance de revê-lo  na pele de Gary Oldman que, desde já, entrega uma de suas grandes atuações da carreira.
Sendo apresentado como uma pessoa pouco sociável, e ao mesmo tempo muito rude, esse Churchill vai mudando suas atitudes quando começa a perceber que não é alguém intocável mas sim somente humano. Oldman cria inúmeras camadas complexas desse personagem histórico, onde conseguimos enxergar um conflito interno a todo momento e pronto para estourar na frente dos nossos olhos. Além de uma maquiagem perfeita é uma interpretação assombrosa  e que faz com que o ator brilhe do começo ao fim durante o longa.
Infelizmente o longa depende exclusivamente do desempenho do  ator, já que o restante do elenco não passam de meros figurantes e que pouco tem algo para acrescentar durante a trama. Nem mesmo a veterana  Kristin Scott Thomas como esposa do protagonista ajuda muito nessa situação. Mesmo com uma ótima reconstituição de época, é um filme que depende muito do trabalho do seu protagonista, pois sentimos a todo momento que não houve interesse por parte do cineasta e roteirista em querer desenvolver melhor os demais personagens e dos quais poderiam ter acrescentado algo significativo para o longa. 
O filme se torna relevante a partir do momento em que a trama se direciona no jogo político entre os dois lados da Câmara dos Deputados e que culminou na nomeação de Churchill como Primeiro-Ministro. Esse cenário entre os poderes se torna ainda mais interessante no momento em que o protagonista tenta a todo custo fazer um jogo de cintura e tentar salvar o maior numero de soldados, dos quais se encontram presos na praia de Dunkirk e encurralados pelo exercito alemão. Se no filme de Nolan assistimos a ação, além da conclusão desse conflito, aqui testemunhamos os bastidores e as cordas que puxaram os eventos para o seu imprevisível final.
Apesar de suas falhas acentuadas, O Destino de uma Nação vale pela interpretação assombrosa de Gary Oldman, mesmo em uma produção da qual poderia ter sido melhor elaborada.  


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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Dunkirk



Sinopse:Durante a Segunda Guerra Mundial acontece a Batalha de Dunquerque. É nessa cidade da França que forças britânica e francesa são encurraladas pelos alemães. Dessa forma entra em ação a Operação Dínamo, que visa evacuar pelo mar mais de 300 mil soldados.





Em certa ocasião eu estava assistindo a uma entrevista de Steve Spielberg e da qual ele reconheceu que boa parte do sucesso do seu clássico Tubarão se deve a sua trilha sonora composta pelo compositor John Williams. Há filmes que sobrevivem com o tempo, mas não somente graças ao elenco pela história, mas sim graças a sua parte técnica e que, na maioria das vezes, a trilha sonora se destaca e dando alma a obra. Dunkirk, talvez venha a ser lembrado, não só como mais um ótimo filme de Christopher Nolan (Cavaleiro das Trevas), mas como também pela sua trilha que eleva o seu filme em uma potência máxima sem precedentes.
Baseado em fatos verídicos, o filme se passa no início da Segunda Guerra Mundial, onde acompanhamos 300 mil soldados (ingleses e franceses) isolados em uma praia da cidade de Dunkirki e esperando por resgate. O problema é que eles são encurralados pelo exército alemão e eles não tem como retrocederem para a cidade ou avançarem para o mar. Cabe ajuda que vem, tanto pelo mar, como também pelo ar, para contornar essa situação e salvar então o maior número de vidas possíveis. 
Sem rodeios, Christopher Nolan faz questão de nos colocar no cenário dos acontecimentos, ao ponto das palavras ficarem em segundo plano e as imagens falarem por si. Na sequência que abre o filme, acompanhamos um dos protagonistas, o soldado Tommy (Fionn Whitehead) correndo em direção à praia para assim escapar com vida. Habilidoso como ninguém, Nolan já cria um verdadeiro momento de tensão, onde não vemos em nenhum momento a cara do inimigo, mas o movimento de câmera, os sons das balas e a trilha sonora majestosa do compositor Hans Zimmer constroem um clima de medo devido o que virar a seguir.
Como colaborador na maioria dos filmes de Nolan, o compositor Hans Zimmer, talvez tenha criado aqui o seu melhor trabalho na carreira, onde boa parte dos melhores momentos do filme se deve muito ao seu talento em saber conseguir casar a sua trilha com as cenas que são vistas na tela. Se em Cavaleiro das Trevas, por exemplo, ele usava o som do violino para nos dizer que o perigo estava por vir, o artifício aqui é usado num grau mais elevado, onde a trilha e som da aproximação dos aviões inimigos, por exemplo, se misturam e gerando uma tensão ainda maior para os protagonistas e para aqueles que assistem. Mesmo quando não vemos o perigo chegar, a trilha sendo elevada, alinhada com a expressão de medo de alguns dos protagonistas, se torna uma prova mais do que concreta que velhos artifícios do cinema podem ser sim ainda a melhor maneira de criar determinadas cenas.
Além disso, Nolan jamais perde a nossa atenção, principalmente pelo fato de que o filme se divide em três núcleos distintos e que se passam no mesmo local dos acontecimentos: a tentativa do soldado Tommy e de seus companheiros em escapar da praia com vida; a boa vontade do civil britânico Dawson (Mark Rylance) e dos demais barqueiros da região que decidem resgatar os soldados da praia e do confronto no céu, onde o piloto Farrier (Tom Hardy) precisa destruir aviões inimigos que disparam a todo o momento na praia. Curiosamente, Nolan faz com que esses três núcleos acabem se entre cruzando em situações não cronológicas vistas na tela, mas não faz com que a gente se confunde, mas sim nos dando a oportunidade de assistirmos elas por outra perspectiva.
Embora seja um filme em que o lado técnico e autoral do cineasta fale mais alto, é preciso destacar o bom desempenho dos atores que interpretaram os seus respectivos personagens e dos quais acabamos simpatizando com eles.  Embora novato na área da atuação, Fionn Whitehead até que se sai bem ao interpretar o personagem Tommy, principalmente em situações das quais se exige um determinado desempenho físico perante as situações imprevisíveis da guerra. E se Mark Rylance é a representação da humildade em meio ao caos para salvar o máximo de vidas possíveis com o seu pequeno barco, Tom Hardy nos brinda com uma atuação eficaz como herói piloto da trama e que, mesmo o acompanhando em boa parte da trama dentro do seu avião, o seu personagem acaba obtendo a nossa atenção e gerando em nós uma expectativa com relação ao final de sua missão.
Somando a tudo isso é preciso reconhecer a persistência Christopher Nolan ao usar velhos métodos cinematográficos para criação dos seus filmes. Embora seja alguém que abriu as portas para outros cineastas com relação ao uso das câmeras IMAX, Nolan opta por enquanto em sempre olhar para trás com relação ao que deu certo no cinema de antigamente, trazendo então para o presente e fazendo com que seus filmes tenha um grau de verossimilhança atraente. Portanto não é a toa que, por exemplo, ao vermos inúmeros figurantes representando os soldados na praia, acabem se tornando tão mais surpreendente do que inúmeros bonecos virtuais que poderiam ter sido usados durante a produção.
Em menos de duas horas de projeção, Dunkirk é uma prova absoluta de que as velhas técnicas de filmagens ainda são eficazes para o nascimento de um belo espetáculo cinematográfico.   


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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Cine Curiosidade: Vencedores do Globo de Ouro 2018

elenco de Big Little Lies

 “Dizer a sua verdade é a ferramenta mais poderosa que nós temos!” (Oprah Winfrey).



Esse é um pequeno exemplo do que aconteceu  ontem na premiação do Globo de Ouro 2018. Em tempos de inúmeras denuncias sobre abuso sexual em que as atrizes sofreram ao longo dos anos, havia muita expectativa sobre como seria os discursos durante o evento. Ao mesmo tempo, inúmeras atrizes foram vestidas com belos vestidos pretos e intensificando o clima de luta contra esses abusos e ao mesmo tempo exigindo mais liberdade para as mulheres trabalharem nesse meio artístico.
Além do discurso magistral de Oprah Winfrey, Natalie Portman também se destacou antes de anunciar os indicados ao Oscar de melhor diretor. Pelo fato de nenhuma cineasta ter sido indicada à categoria, Natalie soltou o verbo: "Aqui estão os indicados, todos homens, ao prêmio de melhor direção".
Confira os indicados e os vencedores de cada categoria:  

TV
Melhor Ator em Série Limitada ou Filme para a TV

Robert De Niro - The Wizard of Lies
Jude Law - The Young Pope
Kyle MacLachlan - Twin Peaks
Ewan McGregor - Fargo
Geoffrey Rush - Genius

Melhor Série Limitada ou Filme para a TV

Big Little Lies
Fargo
Feud: Bette and Joan
Top of The Lake: China Girl
The Sinner

Melhor Ator Coadjuvante de TV

David Harbour - Stranger Things
Alfred Molina - Feud: Bette and Joan
Christian Slater - Mr. Robot
Alexander Skarsgard - Big Little Lies
David Thewlis - Fargo

Melhor Atriz em Série Limitada ou Filme para a TV

Jessica Biel - The Sinner
Nicole Kidman - Big Little Lies
Jessica Lange - Feud: Bette and Joan
Susan Sarandon - Feud: Bette and Joan
Reese Witherspoon - Big Little Lies

Melhor Série de Comédia ou Musical

Black-ish
The Marvelous Mrs. Maisel
Master of None
SMILF
Will & Grace

Melhor Série de Drama

The Crown
Game of Thrones
The Handmaid's Tale
Stranger Things
This is Us

Melhor Atriz de TV - Musical ou Comédia

Pamela Adlon - Better Things
Alison Brie - GLOW
Rachel Brosnahan - The Marvelous Mr. Maisel
Issa Rae - Insecure
Frankie Shaw - SMILF

Melhor Ator de TV - Musical ou Comédia

Anthony Anderson - Black-ish
Aziz Ansari - Master of None
Kevin Bacon - I Love Dick
William H. Macy - Shameless
Eric McCormack - Will and Grace

Melhor Atriz Coadjuvante de TV

Laura Dern - Big Little Lies
Ann Dowd - The Handmaid's Tale
Chrissy Metz - This is Us
Michelle Pfeiffer - The Wizard of Lies
Shailene Woodley - Big Little Lies

Melhor Ator de Série de Drama

Jason Bateman - Ozark
Sterling K. Brown - This is Us
Freddie Highmore - The Good Doctor
Bob Odenkirk - Better Call Saul
Liev Schreiber - Ray Donovan

Melhor Atriz de Série de Drama

Caitriona Balfe - Outlander
Claire Foy - The Crown
Maggie Gyllenhaal - The Deuce
Katherine Langford - 13 Reasons Why
Elizabeth Moss - The Handmaid's Tale

Cinema

Melhor Animação

O Poderoso Chefinho
The Breadwinner
Viva - A Vida é uma Festa
O Touro Ferdinando
Com Amor, Van Gogh

Melhor Filme de Drama

Me Chame Pelo Seu Nome
Dunkirk
The Post - A Guerra Secreta
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime

Melhor Filme de Comédia ou Musical

The Disaster Artist
Corra!
O Rei do Show
I, Tonya
Lady Bird - É Hora de Voar

Melhor Filme em Língua Estrangeira

Uma Mulher Fantástica
First They Killed My Father
In the Fade
Loveless
The Square

Melhor Ator de Filme de Drama

Timothee Chalamet - Me Chame Pelo Seu Nome
Daniel Day-Lewis - Trama Fantasma
Tom Hanks - The Post - A Guerra Secreta
Gary Oldman - O Destino de Uma Nação
Denzel Washington - Roman J. Israel, Esq.

Melhor Atriz de Filme de Drama

Jessica Chastain - A Grande Jogada
Sally Hawkins - A Forma da Água
Frances McDormand - Três Anúncios Para um Crime
Meryl Streep - The Post - A Guerra Secreta
Michelle Williams - Todo o Dinheiro do Mundo

Melhor Atriz em Filme de Comédia ou Musical

Judi Dench - Victoria & Abdul: O Confidente da Rainha
Helen Mirren - The Leisure Seeker
Margot Robbie - I, Tonya
Saoirse Ronan - Lady Bird - É Hora de Voar
Emma Stone - A Guerra dos Sexos

Melhor Ator em Filme de Comédia ou Musical

Steve Carell - A Guerra dos Sexos
Ansel Elgort - Em Ritmo de Fuga
James Franco - The Disaster Artist
Hugh Jackman - O Rei do Show
Daniel Kaluuya - Corra!

Melhor Ator Coadjuvante em Filme

Willem Dafoe - Projeto Flórida
Armie Hammer - Me Chame Pelo Seu Nome
Richard Jenkins - A Forma da Água
Christopher Plummer - Todo o Dinheiro do Mundo
Sam Rockwell - Três Anúncios Para um Crime

Melhor Atriz Coadjuvante em Filme

Mary J. Blige - Mudbound
Hong Chau - Pequena Grande Vida
Alison Janney - I, Tonya
Laurie Metcalf - Lady Bird - É Hora de Voar
Octavia Spencer - A Forma da Água

Melhor Diretor em Filme

Guillermo del Toro - A Forma da Água
Martin McDonagh - Três Anúncios Para um Crime
Christopher Nolan - Dunkirk
Ridley Scott - Todo o Dinheiro do Mundo
Steven Spielberg - The Post - A Guerra Secreta

Melhor Trilha Sonora de Filme

Carter Burwell - Três Anúncios Para um Crime
Alexandre Desplat - A Forma da Água
Johnny Greenwood - Trama Fantasma
John Williams - The Post - A Guerra Secreta
Hans Zimmer - Dunkirk

Melhor Canção Original

"Home", Nick Jonas, Justin Tranter, Nick Monson - O Touro Ferdinando
"Mighty River", Raphael Saadiq, Mary J. Blige, Taura Stinson - Mudbound
"Remember Me", Kristen Anderson-Lopez, Robert Lopez - Viva - A Vida é uma Festa
"The Star", Mariah Carey, Marc Shaiman - A Estrela de Belém
"This is Me", Benj Pasek, Justin Paul - O Rei do Show

Melhor Roteiro

A Forma da Água
Lady Bird - É Hora de Voar
The Post - A Guerra Secreta
Três Anúncios Para um Crime
A Grande Jogada

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