Sinopse: Com a Grã-Bretanha à beira de perder a guerra para a Alemanha, Winston Churchill sofre pressão para fazer um acordo com Hitler para estabelecer o estado como parte do território do Terceiro Reich, mas resiste à pressão.
Em 2006 Clint Eastwood surpreendeu muito gente ao dirigir e lançar em um curto espaço de tempo dois filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente sobre o conflito entre americanos e japoneses na ilha de Iwo Jima. Se no filme a Conquista da Honra mostrava os soldados americanos invadindo aquela ilha e hasteando a bandeira americana, em Cartas de Iro Jima mostra o outro lado do front e focando os japoneses derrotados numa guerra sem sentido. Essa façanha de nós assistirmos a dois filmes em que mostra dois lados diferentes da mesma história em menos de um ano novamente se repete, pois a pouco tempo havia sido lançado Dunkirk, filme de guerra do diretor Christopher Nolan e agora chegamos ao O Destino de uma Nação e do qual retrata o outro lado da mesma história mas em menor grau em termos de espetáculo.
Dirigido por Joe Wright (Desejo e Reparação) a trama se passa em 1940, onde acompanhamos os primeiros dias de Winston Churchill (Gary Oldman, ótimo) como Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, cargo que assume quase que de forma acidental. E ele tem que encarar uma pedreira: decidir se aceita os termos de um suspeito acordo de paz com Hitler (para o qual é pressionado), ou se confronta o ditador, o que culmina com a retirada das tropas inglesas na batalha de Dunkirk.
Não creio que até a pouco tempo a maioria das pessoas de hoje conheciam essa figura histórica que foi Winston Churchill. Porém, ele se tornou conhecido recentemente pelos amantes da séries da Netflix, mais precisamente na série The Crown, onde na primeira temporada ele havia sido interpretado pelo ator John Lithgow (Footloose - Ritmo Louco). Agora em O Destino de uma Nação temos a chance de revê-lo na pele de Gary Oldman que, desde já, entrega uma de suas grandes atuações da carreira.
Sendo apresentado como uma pessoa pouco sociável, e ao mesmo tempo muito rude, esse Churchill vai mudando suas atitudes quando começa a perceber que não é alguém intocável mas sim somente humano. Oldman cria inúmeras camadas complexas desse personagem histórico, onde conseguimos enxergar um conflito interno a todo momento e pronto para estourar na frente dos nossos olhos. Além de uma maquiagem perfeita é uma interpretação assombrosa e que faz com que o ator brilhe do começo ao fim durante o longa.
Infelizmente o longa depende exclusivamente do desempenho do ator, já que o restante do elenco não passam de meros figurantes e que pouco tem algo para acrescentar durante a trama. Nem mesmo a veterana Kristin Scott Thomas como esposa do protagonista ajuda muito nessa situação. Mesmo com uma ótima reconstituição de época, é um filme que depende muito do trabalho do seu protagonista, pois sentimos a todo momento que não houve interesse por parte do cineasta e roteirista em querer desenvolver melhor os demais personagens e dos quais poderiam ter acrescentado algo significativo para o longa.
O filme se torna relevante a partir do momento em que a trama se direciona no jogo político entre os dois lados da Câmara dos Deputados e que culminou na nomeação de Churchill como Primeiro-Ministro. Esse cenário entre os poderes se torna ainda mais interessante no momento em que o protagonista tenta a todo custo fazer um jogo de cintura e tentar salvar o maior numero de soldados, dos quais se encontram presos na praia de Dunkirk e encurralados pelo exercito alemão. Se no filme de Nolan assistimos a ação, além da conclusão desse conflito, aqui testemunhamos os bastidores e as cordas que puxaram os eventos para o seu imprevisível final.
Apesar de suas falhas acentuadas, O Destino de uma Nação vale pela interpretação assombrosa de Gary Oldman, mesmo em uma produção da qual poderia ter sido melhor elaborada.
Dirigido por Joe Wright (Desejo e Reparação) a trama se passa em 1940, onde acompanhamos os primeiros dias de Winston Churchill (Gary Oldman, ótimo) como Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, cargo que assume quase que de forma acidental. E ele tem que encarar uma pedreira: decidir se aceita os termos de um suspeito acordo de paz com Hitler (para o qual é pressionado), ou se confronta o ditador, o que culmina com a retirada das tropas inglesas na batalha de Dunkirk.
Não creio que até a pouco tempo a maioria das pessoas de hoje conheciam essa figura histórica que foi Winston Churchill. Porém, ele se tornou conhecido recentemente pelos amantes da séries da Netflix, mais precisamente na série The Crown, onde na primeira temporada ele havia sido interpretado pelo ator John Lithgow (Footloose - Ritmo Louco). Agora em O Destino de uma Nação temos a chance de revê-lo na pele de Gary Oldman que, desde já, entrega uma de suas grandes atuações da carreira.
Sendo apresentado como uma pessoa pouco sociável, e ao mesmo tempo muito rude, esse Churchill vai mudando suas atitudes quando começa a perceber que não é alguém intocável mas sim somente humano. Oldman cria inúmeras camadas complexas desse personagem histórico, onde conseguimos enxergar um conflito interno a todo momento e pronto para estourar na frente dos nossos olhos. Além de uma maquiagem perfeita é uma interpretação assombrosa e que faz com que o ator brilhe do começo ao fim durante o longa.
Infelizmente o longa depende exclusivamente do desempenho do ator, já que o restante do elenco não passam de meros figurantes e que pouco tem algo para acrescentar durante a trama. Nem mesmo a veterana Kristin Scott Thomas como esposa do protagonista ajuda muito nessa situação. Mesmo com uma ótima reconstituição de época, é um filme que depende muito do trabalho do seu protagonista, pois sentimos a todo momento que não houve interesse por parte do cineasta e roteirista em querer desenvolver melhor os demais personagens e dos quais poderiam ter acrescentado algo significativo para o longa.
O filme se torna relevante a partir do momento em que a trama se direciona no jogo político entre os dois lados da Câmara dos Deputados e que culminou na nomeação de Churchill como Primeiro-Ministro. Esse cenário entre os poderes se torna ainda mais interessante no momento em que o protagonista tenta a todo custo fazer um jogo de cintura e tentar salvar o maior numero de soldados, dos quais se encontram presos na praia de Dunkirk e encurralados pelo exercito alemão. Se no filme de Nolan assistimos a ação, além da conclusão desse conflito, aqui testemunhamos os bastidores e as cordas que puxaram os eventos para o seu imprevisível final.
Apesar de suas falhas acentuadas, O Destino de uma Nação vale pela interpretação assombrosa de Gary Oldman, mesmo em uma produção da qual poderia ter sido melhor elaborada.
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