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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: Creed II

Sinopse: Adonis Creed  segue sua trajetória rumo ao campeonato mundial de boxe, contra toda a desconfiança que acompanha a sombra de seu pai e com o apoio de Rocky. Sua próxima luta ele precisa enfrentar um adversário que possui uma forte ligação com o passado de sua família, o que torna tudo ainda mais complexo. 

“Creed - Nascido para Vencer” (2015) foi uma agradável surpresa, pois ninguém imaginava que um filme derivado da franquia “Rocky” daria um ótimo filme e tão pouco nos brindar com um grande desempenho de Sylvester Stallone. Claro que era inevitável que houvesse uma continuação, mesmo correndo o sério risco de a trama ser uma espécie de releitura dos filmes anteriores. “Creed II” (2018) é mais ou menos isso, mas cujo ar de nostalgia e explorando o lado mais humano dos personagens centrais é que salvam a obra de cair nas continuações dispensáveis da história.
Com ajuda de Rocky (Stallone) como seu mentor, Creed (Michael B. Jordan) é agora um campeão mundial e está disposto a construir uma família com a sua namorada e cantora Bianca (Tessa Thompson). Porém, Ivan Drago (Dolph Lundgren) surge das cinzas para treinar o seu filho Victor Drago (Florian Muteanu) para desafiar Creed. Ele aceita o desafio, mas por qual realmente o motivo?
Se o primeiro “Creed” fugia de uma possível releitura do clássico estrelado por Sylvester Stallone, aqui a situação é o inverso, já que o filme nos lembra a todo momentos situações vistas em “Rocky III” (1982) e “Rocky IV” (1985). Felizmente, o filme escapa daquele clima EUA x Rússia, principalmente que hoje vivemos outros tempos e vemos um cuidado na reapresentação de Ivan Drago e com o seu filho. É uma pena, portanto, que a presença dos dois não seja melhor explorada, pois o filme ganha melhor relevo e, quem diria, Dolph Lundgren surpreende ao retratar o seu personagem de uma forma mais humana e muito bem construída.
O que me desapontou foi o fato de alguns pontos dramáticos da trama anterior terem sigo meio que ignorados nesse novo filme. Rocky me parece, aparentemente, curado do câncer que o assombrou, mas vive num dilema em novamente treinar ou não Creed. Como ainda não tiveram coragem de tirar de cena o clássico personagem, vemos então Rocky tentando novamente encontrar o seu lugar neste mundo, seja dentro da família Creed, ou procurando uma nova reconciliação com o seu filho que vive distante.
Não há como não constatar que há um esforço por parte dos roteiristas em colocar os personagens principais em uma nova encruzilhada que não pareça repetitiva. As motivações de Creed, por exemplo, me parecem em alguns momentos confusas, mas não sendo um defeito vindo do personagem, mas sim dos próprios realizadores que tentam contornar uma situação para que ela não pareça um Déjà vu. Felizmente Michael B. Jordan nos entrega novamente uma ótima interpretação, principalmente nas cenas em que ele contracena com Tessa Thompson, o que faz da relação dos seus personagens o coração principal do filme.
Mas para os fãs de carteirinha de toda a franquia, o filme não consegue trazer nenhum frescor de novidade, ao ponto que as cenas de luta, por exemplo, já não são tão empolgantes, mesmo com todo o esforço por parte dos realizadores. Talvez a maior prova de falta de criatividade é quando surge a clássica trilha sonora de “Rocky” (1976) na luta final do filme e fazendo quase perder a sua própria identidade. Felizmente, o ato final de Ivon Drago compensa isso numa cena digna de nota e fazendo, novamente, a gente desejar que Dolph Lundgren tivesse tido mais tempo em cena.
"Creed II" é um bom filme para os fãs da franquia, mas que poderia ter escapado das velhas fórmulas do sucesso do passado e nos apresentando algo de novo.  



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