Para assistir aos filmes
Transformers é preciso estar consciente de que assistirá quatro filmes em que o
roteiro vai para o espaço e dando lugar a uma montanha russa de imagens
ensandecidas. Michael Bay é gênio como ninguém, ao criar cenas de ação ininterruptas, onde a lógica não há nenhuma, mas da qual insiste em nos prender
em quase três horas de cada filme e nos deixar meio que zoados. Com a chegada
do quinto filme ao cinema na próxima semana, decidi rever os quatro filmes
anteriores, mas de uma forma descontraída, com uma cerveja na mão, pois só
assim para encarar altas doses de perseguição, ação, efeitos, roteiro nulo e
atuações cartunescas ao estremo.
Transformers (2007)
Sinopse: O destino da
humanidade está em jogo quando duas raças de robôs, os Autobots e os vilões
Decepticons, chegam à Terra. Os robôs possuem a capacidade de se transformarem
em diferentes objetos mecânicos enquanto buscam a chave do poder supremo com a
ajuda do jovem Sam.
Com o projeto em mãos de
levar o desenho de sucesso dos anos 80 para o cinema, Michael Bay (Armageddon) ganhou
apadrinhamento do mestre Steve Spielberg, ao ponto de ganhar carta branca e
fazer o que bem entender com o projeto. O resultado é um filme que soube
inserir toda a fantasia desses gigantes metálicos no mundo real, mas só obtendo
resultado positivo, graças ao fato que o titio Spielberg estava meio que
segurando o freio de mão a todo o momento.
Quem conhece a sua
filmografia, percebe que o filme tem
assinatura de Bay, mas com umas pinceladas do pai de ET. Basta assistir a
hilária cena em que o protagonista Sam (Shia LaBeouf) tenta esconder os
gigantes robôs em sua casa da visão dos seus pais. Ali é Spielberg puro, mas
que depois disso, Bay acelera como nunca.
Do segundo ato, ao terceiro
ato final, Bay cria um verdadeiro show de efeitos mirabolantes, onde ele se
preocupa com cada detalhe da transformação dos robôs. Mas ao mesmo tempo, sua
obsessão em criar explosões, perseguições na estrada, perseguições com o por do
sol ao fundo e brigas entre os robôs, faz com que a gente, na maioria das
vezes, não sabe ao certo saber o que está realmente acontecendo na tela. Isso
faz com que tenhamos uma experiência pré-3D e que os nossos olhos pedem por
algum momento de refresco.
Esse refresco, aliás, vem
nas cenas em que Bay filma ao estremo todas as curvas da estreante Megan Fox,
com o direito de todos se lembrarem do close da barriga sarada dela. Entre
esses acertos e erros, Transformers gerou mais de R$ 700 milhões na caixa e
obtendo então passe livre para fazer uma sequência. O problema é que ninguém
imaginaria o que estaria por vir.
Transformers
A vingança dos derrotados (2009)
Sinopse: Dois anos após ele
e seus amigos Autobots salvarem a Terra dos Decepticons, Sam Witwicky encara
uma nova batalha: a universidade. Ao mesmo tempo, Optimus Prime e os Autobots
estão trabalhando com uma organização militar secreta e tentam construir uma
casa para eles na Terra. Quando um antigo Decepticon conhecido como The Fallen
aparece para se vingar, Sam e sua namorada Mikaela devem desvendar a história
dos Transformes e achar um caminho para derrotar The Fallen.
Com o sucesso garantido em mãos,
Michael Bay faz o filme do jeito que ele queria, mas ninguém imaginava que o
jeito dele era detonar geral. Esqueça o roteiro, pois ele se torna irrisório, sendo
o que conta aqui é uma ação desenfreada tão grande, que uma montanha russa normal
se torna um simples passeio da tarde. Se você precisa se concentrar para saber
o que acontece na tela no primeiro filme, aqui essa missão se torna
praticamente impossível, ao ponto que nos resta mais nada e deixar o filme
rodar conforme a música.
A ação é tão vertiginosa que
exigiu até demais do elenco principal. Shia LaBeouf e Isabel Lucas
se envolveram em um acidente de carro, sendo necessária uma cirurgia na mão de
LaBeouf. Como consequência as filmagens foram adiadas por dois dias.
Para
os fãs, principalmente em ter a chance de rever os seus personagens preferidos
como Optimus
Prime, o filme pode até ser um prato cheio, mas para aqueles que buscam algum conteúdo,
mesmo que nas entrelinhas, vai acabar se decepcionando e muito. Sinceramente,
eu fui assistir de mente aberta esse filme, mas o que acabou me resultando numa
tremenda dor de cabeça e uma das piores experiências dentro de um cinema. Não é
a toa que o filme viria a ganhar os prêmios framboesas de pior Filme, pior diretor
para Michael Bay e pior Roteiro.
Depois dessa experiência,
mesmo arrecadando horrores de dinheiro, será que o cineasta aprendeu a lição
para não exagerar?
Transformers O
lado oculto da lua (2011)
Sinopse: Sam Witwicky e sua
nova namorada, Carly, entram na briga quando os Decepticons renovam sua guerra
contra os Autobots. Optimus Prime acredita que ressuscitar o antigo Transformer
Sentinel Prime, ex-líder dos Autobots, pode levar à vitória. Essa decisão tem consequências
devastadoras e a guerra parece pender a favor dos Decepticons, causando um
conflito épico em Chicago.
Depois de um filme
anterior desenfreado, eis que Michael Bay até que segura o freio de mão nesse
aqui, mas não significa que tenha abandonado o seu jeito de filmar. A história
é um pouco mais arredondada, onde se apresentam novos robôs carismáticos (?),
mas sem muito tempo para serem mais bem trabalhados. Contudo, o filme sofre uma
baixa com a ausência de Megan Fox e sendo substituída pela sem brilho Rosie
Huntington-Whiteley.
Confesso que ação
aqui é bem melhor trabalhada, principalmente em momentos dos quais se exige
certa tensão e, claro, a nossa atenção. O segundo e terceiro ato final, todo
ele se concentra em Chicago, onde a cidade é praticamente destruída devido a
batalha entre heróis e vilões. O final dá todos os sinais que aqui se
encerraria como uma trilogia.
Mas quem disse que
Michael Bay estava por satisfeito?
Transformers: A era
da Extinção (2014)
Sinopse: Alguns anos
após o grande confronto entre Autobots e Decepticons em Chicago, os gigantescos
robôs alienígenas desapareceram. Eles são atualmente caçados pelos humanos, que
não desejam passar por apuros novamente. Quando Cade (Mark Wahlberg) encontra
um caminhão abandonado, ele jamais poderia imaginar que o veículo é na verdade
Optimus Prime, o líder dos Autobots. Muito menos que, ao ajudar a trazê-lo de
volta à vida, Cade e sua filha Tessa (Nicola Peltz) entrariam na mira das
autoridades americanas.
Quando
se parecia que não veríamos mais aventuras dos robôs gigantes, eis que Michael
Bay decide voltar com mais uma, mas com renovações. Para começar, sai o
personagem Sam (Shia
LaBeouf foi despedido após inúmeras polêmicas com drogas e bebedeira) e entra
em cena o mecânico gênio Cade, interpretado pelo canastrão, porém carismático, Mark
Wahlberg. Isso gera a oportunidade para colocar os principais robôs gigantes
numa espécie de recomeço, sendo que, embora os eventos vistos em Chicago tenham
tido sérias consequências, o filme pode ser visto por aqueles que não haviam
visto as aventuras anteriores.
A primeira hora do
filme é apresentação de Cade, de sua família e dando de encontro com Optimus
Prime escondido num cinema abandonado próximo. Tantos os robôs heróis como vilões
estavam se escondendo do mundo, já que eles passaram a ser fugitivos após os
eventos de Chicago. Isso cria então expectativa com relação ao futuro da
relação amigável dos Autobots com os humanos. Será que Optimus Prime irá se revelar
contra os terráqueos para tentar manter viva a sua raça?
A resposta para isso
será dada no quinto filme que chegará aos próximos dias. Vale lembrar que esse
quarto filme rendeu um bilhão aos cofres da Paramount e fazendo o estúdio ter o
desejo de começar uma segunda trilogia. Porém, tudo depende do desempenho desse
quinto filme. Será que o teimoso Michael Bay continuará incansável como
sempre?
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