Sinopse: Homem-Aranha: De
Volta ao Lar. Sinopse fala sobre a chegada do Abutre. "O jovem Peter
Parker/ Homem-Aranha (Tom Holland), que fez sua estreia sensacional em Capitão
América: Guerra Civil, começa a navegar em sua recém descoberta identidade como
o super-herói disparador de teia em Homem-Aranha: De Volta ao Lar.
Após o encerramento
da trilogia original do Homem Aranha (2002 – 2007) comandada pelo cineasta Sam
Raimi (Uma Noite Alucinante), a Sony (dona dos direitos cinematográficos do
personagem na época) decidiu continuar com as aventuras do herói aracnídeo, mas
numa nova roupagem e tudo começando novamente do zero. O resultado, porém,
foram dois filmes que, no decorrer do tempo, ficaram aquém do esperado, pois os
roteiristas tiveram a capacidade de criar inúmeras ideias que distanciaram da essência
original do personagem. Tudo muda agora com o personagem retornando para o estúdio
Marvel e Homem-Aranha: De Volta ao Lar é um filme limpo, direto, divertido e do
qual os fãs de todas as idades irão aproveitar ao máximo.
Dirigido por Jon
Watts (Clown), o filme acontece após os eventos de Capitão América: Guerra
Civil, onde vemos Peter Parker (Tom Holland) lutando contra os bandidos do seu
bairro e defendendo as pessoas quando precisam. Ao mesmo tempo, Adrian Toomes, codinome
Abutre (Michael Keaton) usa a tecnologia alienígena (vista no primeiro
Vingadores) para roubar armas poderosas e tentar vender no mercado negro. Não
demora muito para que o herói e vilão se cruzem e gerando inúmeros embates.
Antes de tudo é
preciso deixar claro que não estamos diante de uma mera adaptação de HQ, onde vemos
a simples rivalidade entre herói e vilão megalomaníaco ou algo do gênero, mas
sim a história de um simples rapaz do colegial, que decide combater o crime no
momento que percebeu que grandes poderes trazem grandes responsabilidades.
Embora saibamos de cor e salteado o do porque ele decidiu combater o crime (basta
assistir as versões anteriores), o filme não perde tempo com as suas origens,
mas sim focando no personagem em seus tempos de colégio, sendo algo que quase
não foi explorado nas outras adaptações. Os roteiristas e cineasta foram então sábios
ao inserir essa passagem da história do personagem, pois é algo que faz a gente
se identificar com ele, principalmente em inseri-lo em situações corriqueiras,
desde a sofrer gozação dos valentões da escola, como também ter uma paixão platônica
pela menina bonita da classe, que aqui no caso é a personagem Lis (Laura
Harrier), uma das primeiras namoradas de Peter nos quadrinhos.
Como é de costume nos
filmes da Marvel, o filme é recheado de situações de muito bom humor,
principalmente pelo fato de Peter ter um melhor amigo nerd chamado Ned Leeds (Jacob
Batalon) e ser protagonista dos momentos mais hilários da trama. E para
fortalecer o laço em que o personagem tem com o restante do universo Marvel,
Homem de Ferro (Robert Downey Jr) surge como uma espécie de mentor para o
protagonista, mas diferente do que muitos poderiam imaginar, ele não rouba a
cena a todo o momento, mas sim surgindo somente quando Peter precisa de uma ajuda
ou até mesmo de uma lição de moral.
Ainda no terreno de
humor, é preciso reconhecer, já de imediato, que Tom Holland é a melhor encarnação
do personagem nas telas. Revelado ao mundo pelo filme catástrofe O Impossível,
Holland consegue nivelar muito bem a sua interpretação, tanto nos momentos de
dramaticidade, como também nos momentos de mais puro humor, já que, pela
primeira vez no cinema vemos um Homem Aranha tagarela, cheio de piadas e que
remete a sua fase de ouro dos anos 60 e 70 das HQ. Se há cinéfilos que reclamam
pelo excesso de piadas nos filmes da Marvel, aqui a situação é invertida, pois
esse lado cômico resgata os bons e velhos tempos do personagem e que tanto fazia
falta.
Contudo, o filme também
possui o seu lado obscuro, sendo muito bem representado pelo vilão Abutre,
interpretado com intensidade pelo ex Batman Michael Keaton. Mas diferente do
que a gente imagina o personagem não é um mero vilão que quer conquistar o
mundo, mas sim faz o que faz, para sustentar a sua família e não medindo
esforços para conquistar tais feitos. Com um discurso contra o capitalismo, do
qual se vê pegando os restos jogados fora vindo dos poderosos, o personagem é,
talvez, o melhor vilão desde o surgimento de Loki no universo Marvel do cinema
e isso já é um grande feito.
Mas é claro que nem
tudo são flores, principalmente para aqueles que esperam incríveis cenas de
ação vertiginosas, mas que, embora elas aconteçam, não superam a surpreendente
cena do trem vista em Homem Aranha 2 em 2004. Elas estão lá, sendo a cena do
navio é disparada a melhor, mas nada que vá mudar a vida de ninguém. Porém,
elas não surgem gratuitamente para encher os nossos olhos de efeitos visuais,
mas sim sendo consequências dos eventos dos quais ocorreram durante a trama e
fazendo então delas todo o sentido.
Vale lembrar que, embora
essa aventura pertença ao vasto universo Marvel, ela tem ao mesmo tempo começo,
meio, fim e não se vê preso a ter que explicar algum evento que ocorreu, ou ocorrerá,
nos outros filmes dos personagens do estúdio. Aliás, o ato final deixa mais do
que claro que Peter terá maior responsabilidade no seu bairro onde vive do que
ao lado dos Vingadores ou de outros personagens daquele mundo. Ou seja, uma sensação
de simplicidade, sem maiores exigências no colo do personagem e nos passando absoluta
certeza que o veremos novamente em leves e boas aventuras.
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