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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Um instante de Amor



Sinopse:O filme se passa na década 40 e gira em torno de Gabrielle (Marion Cotillard), uma mulher que se apaixona por um homem que a rejeita. Ela não consegue lidar com a rejeição e começa a apresentar certos distúrbios psicológicos, inclusive, entrando em depressão. Para conter os excessos de loucura dela, a família tenta lhe obriga a casa com um homem que ela não ama.    

A atriz Nicole Garcia (Meu Tio da América) conheceu o seu verdadeiro caminho no mundo cinematográfico por detrás das câmeras, pois em seu oitavo filme, Um Instante de Amor, ela consegue manter um bom equilíbrio na direção e manter a nossa atenção. Neste longa metragem, ela possui dois grandes trunfos da área da atuação do cinema francês, com a Marion Cotillard que dispensa apresentações e Alex Brendemühl (Thuman) que, graças a esse papel, mostra sinais que está largando a aura de galã. Baseado no livro “From The Land of the Moon”, de Milena Agus, o filme, de numa forma direta, pode ser interpretado como uma espécie de tentativa ao retomar aos clássicos melodramas clássicos com uma protagonista atormentada por não conseguir se unir ao homem do qual realmente se apaixonou.
Sem muitas inovações na trama, mas recorrendo ao que funcionou no passado do cinema, o filme foca na difícil cruzada da protagonista de alguns anos de sua vida, onde conflitos psicológicos não resolvidos e paixões proibidas se tornam o foco principal. Embora a produção remeta aos velhos tempos de um melodrama, o filme ganha pontos graças aos desempenhos dos atores, principalmente de Cotillard. Mesmo que num primeiro momento não captamos em total plenitude as origens das ações que a sua personagem irá praticar no início da trama, Cotillard novamente nos brinda com um personagem complexo, cujo um pequeno olhar ou gesto pode significar inúmeras coisas, pois ela é uma interprete que procura nunca facilitar ao cinéfilo que assiste aos seus filmes.
Infelizmente o filme sofre de carência pela falta de bons personagens coadjuvantes, sendo que, nem o personagem chave, do qual irá colocar em cheque o futuro da protagonista, não consegue ter o mesmo grau de domínio de cena igual a ela. Felizmente isso é um pouco compensado quando surge Alex Brendemühl, que interpreta o marido da personagem de Marion Cotillard. Ele tem uma presença magnética quando surge na trama, pois se num primeiro momento ele surge de uma forma da qual poderíamos desprezá-lo, principalmente com os empecilhos que surgem no início do matrimônio, ele logo prova que o seu personagem é muito mais complexo e humano do que poderíamos imaginar.
Independente das atuações em cena, Nicole Garcia consegue criar belos planos dos quais são valorizados por uma belíssima fotografia. Embora soe pretensioso em querer ser uma grande obra, o filme é honesto em sua proposta, mesmo quando ela seja um tanto que ultrapassada, principalmente em tempos de hoje em que a maioria das mulheres não se vê na situação da protagonista. Não me surpreenderia, aliás, de algumas que forem assistir podem até considerar a obra como um tanto que machista. 
Polêmicas a parte, os pontos positivos que se encontram no elenco e na direção se sobressaem na tela e fazendo da sessão muito valida, principalmente para aqueles que apreciam um romance dramático feito na moda antiga e para os fãs de Marion Cotillard.




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