Sinopse:O filme se
passa na década 40 e gira em torno de Gabrielle (Marion Cotillard), uma mulher
que se apaixona por um homem que a rejeita. Ela não consegue lidar com a
rejeição e começa a apresentar certos distúrbios psicológicos, inclusive,
entrando em depressão. Para conter os excessos de loucura dela, a família tenta
lhe obriga a casa com um homem que ela não ama.
A atriz Nicole Garcia (Meu Tio da América)
conheceu o seu verdadeiro caminho no mundo cinematográfico por detrás das câmeras, pois em
seu oitavo filme, Um Instante de Amor, ela consegue manter um bom equilíbrio na direção e
manter a nossa atenção. Neste longa metragem, ela possui dois grandes
trunfos da área da atuação do cinema francês, com a Marion Cotillard que
dispensa apresentações e Alex Brendemühl (Thuman) que, graças a esse papel,
mostra sinais que está largando a aura de galã. Baseado no livro “From The Land
of the Moon”, de Milena Agus, o filme, de numa forma direta, pode ser interpretado como uma espécie de tentativa ao retomar aos
clássicos melodramas clássicos com uma protagonista atormentada por não
conseguir se unir ao homem do qual realmente se apaixonou.
Sem muitas inovações na
trama, mas recorrendo ao que funcionou no passado do cinema, o filme foca na difícil
cruzada da protagonista de alguns anos de sua vida, onde conflitos psicológicos
não resolvidos e paixões proibidas se tornam o foco principal. Embora a
produção remeta aos velhos tempos de um melodrama, o filme ganha pontos graças
aos desempenhos dos atores, principalmente de Cotillard. Mesmo que num
primeiro momento não captamos em total plenitude as origens das ações que a sua
personagem irá praticar no início da trama, Cotillard novamente nos brinda com
um personagem complexo, cujo um pequeno olhar ou gesto pode significar inúmeras
coisas, pois ela é uma interprete que procura nunca facilitar ao cinéfilo que assiste
aos seus filmes.
Infelizmente o filme sofre de carência pela falta de bons
personagens coadjuvantes, sendo que, nem o personagem chave, do qual irá colocar
em cheque o futuro da protagonista, não consegue ter o mesmo grau de domínio de
cena igual a ela. Felizmente isso é um pouco compensado quando surge Alex
Brendemühl, que interpreta o marido da personagem de Marion Cotillard. Ele tem uma presença magnética
quando surge na trama, pois se num primeiro momento ele surge de uma forma da qual poderíamos
desprezá-lo, principalmente com os empecilhos que surgem no início do matrimônio, ele logo prova que o seu personagem é muito mais complexo e humano do
que poderíamos imaginar.
Independente das atuações em cena, Nicole Garcia consegue
criar belos planos dos quais são valorizados por uma belíssima fotografia. Embora
soe pretensioso em querer ser uma grande obra, o filme é honesto em sua
proposta, mesmo quando ela seja um tanto que ultrapassada, principalmente em
tempos de hoje em que a maioria das mulheres não se vê na situação da
protagonista. Não me surpreenderia, aliás, de algumas que forem assistir podem até considerar a obra como um tanto que machista.
Polêmicas a parte, os pontos
positivos que se encontram no elenco e na direção se sobressaem na tela e
fazendo da sessão muito valida, principalmente para aqueles que apreciam um romance
dramático feito na moda antiga e para os fãs de Marion Cotillard.
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