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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Cine Especial: A GÊNESE DA NOVA HOLLYWOOD: Parte 3



De 1967 a 1980, o cinema americano viveu o seu período mais criativo, onde eram apresentadas para o público, histórias sérias, reflexivas e que espelhasse um pouco que os EUA passavam naquele período (período pós Vietnam e o escândalo do Waltergate). Com uma nova e criativa geração de cineastas, Hollywood presenteou para os cinéfilos, algo que somente se via em outros países, como na França e sua “nova onda” (Nouvelle Vague).
O próximo curso criado pelo Cine Um e ministrado por Leonardo Bomfim, intitulado A Gênese da Nova Hollywood tratará exatamente disso. A atividade acontecerá em Porto Alegre, dos dias 05 e 06 de março, mas antes disso, postarei por aqui os primeiros filmes (entre anos 60 e 70) e que deram origem a esse rico período do cinema americano.

 

Na Mira da Morte (1968)



Sinopse: Um velho ator de terror se despede das telas e decide aparecer numa sessão de cinema onde seu último filme seria exibido, em um drive in. Ao mesmo tempo no local está um jovem colecionador de armas que depois de matar a família vai 'brincar de tiro ao alvo' com o público presente.


Na Mira da Morte foi pensado e elaborado através de um acerto entre Corman e Bogdanovich, após o produtor descobrir que o astro Boris Karloff, segundo o contrato assinado por ambos, ainda devia a ele algumas horas de trabalho. Corman pediu a Bogdanovich, à época um de seus assistentes, para que bolasse um projeto qualquer em que pudesse encaixar o ator, já em final de carreira e bastante maltratado pelo tempo. Com base em uma história verídica que havia ocorrido alguns anos antes em uma cidadezinha do Texas, onde a população passou por momentos de terror sob a mira de um atirador, Bodganovich montou o roteiro de seu primeiro longa-metragem, que foi financiado com um custo baixíssimo – aproximadamente U$130 mil – e trazia Karloff como um ator de filmes de horror que decide largar o cinema e tem sua última aparição pública prejudicada pela presença de um atirador. 
Sem duvida a sequencia final é a melhor de todas, passada em um cinema drive in lotado de gente pronta para desfrutar de alguns momentos de pavor cinematográfico com um filme de horror gótico. A intersecção entre o medo fictício e o real proposta por Bogdanovich nestes minutos finais é certamente uma das mais belas sacadas desses primeiros anos da Nova Hollywood, que resulta em uma cena determinante para definir - ou compreender - os rumos do cinema e registrar a degradação do social que era presenciada nas ruas.




Os Monkees Estão Soltos (1968)



Sinopse: Uma coleção de aventuras surreais e psicodélicas da famosa banda fictícia 'The Monkees', que segue Davy, Peter, Mike e Micky em uma viagem por uma série de lugares em busca de significado.


Menudos, Dominó e Polegar. O que essas bandas musicais dos anos 80 tinham em comum? Eram criados em programas de TV para dar audiência e vender inúmeros discos para os jovens daquele tempo!
Curto e grosso era isso mesmo, mas essa moda já veio bem mais lá de trás, mais precisamente quando surgiu na TV americana The Monkees, grupo fabricado para concorrer contra o sucesso da banda Inglesa Beatles. Ou seja, um verdadeiro comércio da musica para dar e vender, independente da boa qualidade ou não das letras tocadas.  Porém, até a própria banda talvez tenha percebido isso e tenham se sentidos saturados pela maquina de fazer dinheiro e esse filme é uma resposta deles num verdadeiro tapa na cara contra o próprio sucesso que obtiveram.
Dirigido por Bob Rafelson e produzido e roteirizado por ninguém menos que Jack Nicholson, o filme é uma viagem psicodélica, onde a banda se encontra numa espécie de sonho, onde tenta do começo ao fim saírem, mas sempre entram num novo cenário, como por exemplo, pleno deserto ou em meio à guerra do Vietnam. O filme nada mais é do que uma crítica ao capitalismo, com direito ao vermos uma maquina da Coca Cola sendo bombardeada, ou vermos ninguém menos que Victor Mature (Manto Sagrado) dando um chute na TV. 
Embora com todo aquele clima e moda dos anos 60, não é um filme que tenha envelhecido e sua crítica contra ao capitalismo e até mesmo com relação ao poderio bélico dos EUA continua mais atual do que nunca.

Interessados em participar do curso cliquem aqui. 


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