De 1967 a 1980, o cinema americano viveu o seu período mais criativo, onde eram apresentadas para o público, histórias sérias, reflexivas e que espelhasse um pouco que os EUA passavam naquele período (período pós Vietnam e o escândalo do Waltergate). Com uma nova e criativa geração de cineastas, Hollywood presenteou para os cinéfilos, algo que somente se via em outros países, como na França e sua “nova onda” (Nouvelle Vague).
O próximo curso criado pelo Cine Um e ministrado por Leonardo Bomfim, intitulado A Gênese da Nova Hollywood tratará exatamente disso. A atividade acontecerá em Porto Alegre, dos dias 05 e 06 de março, mas antes disso, postarei por aqui os primeiros filmes (entre anos 60 e 70) e que deram origem a esse rico período do cinema americano.
SEM DESTINO (1969)
Sinopse: Dois membros da contra- cultura hippie no final dos anos 60 saem de Los Angeles e atravessam o país até Nova Orleans. Na viagem, encaram o espírito da liberdade, mas também muito preconceito.
Filme de estrada, que encarou o preconceito da época. Apesar de todos os seus defeitos (e vícios), Dennis Hopper criou o que talvez seja sua maior obra prima de sua vida. Sem Destino representou uma geração que, exigia acima de tudo, liberdade de expressão e o direito de ir e vir sem dar satisfação para um mundo preso as regras daquele tempo. Dennis Hopper e Peter Fonda se tornaram a dupla da vez e suas imagens aonde aparecem pilotando suas motos envenenadas entraram para a história. O filme também tem a grata surpresa de mostrar uma pequena, porém, surpreendente participação de um jovem Jack Nicholson, que acabou ganhando sua primeira indicação ao Oscar e mostrando que aquele jovem ator iria longe.
A trama em si, é uma visão crítica da sociedade Americana, denunciando suas manifestações de tolerância e vulgaridade. O mais vigoroso filme inconformista dos anos 60, realizado com um roteiro improvisado e orçamento baixíssimo. Premio em Cannes de melhor diretor estreante.
Curiosidades: Sean Penn era a escolha inicial para interpretar o personagem Henry Chinaski. Exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial, no Festival do Rio 2005.
O orçamento de Factotum - Sem Destino foi de US$ 1 milhão.
PERDIDOS NA NOITE (1969)
Sinopse: Caubói (Jon Voight) texano, bonito, inocente e caipira, tenta ganhar a vida em Nova York prostituindo-se com mulheres. Através da amizade de um marginal (Dustin Hoffman) descobre a face cruel da vida.
O orçamento de Factotum - Sem Destino foi de US$ 1 milhão.
PERDIDOS NA NOITE (1969)
Sinopse: Caubói (Jon Voight) texano, bonito, inocente e caipira, tenta ganhar a vida em Nova York prostituindo-se com mulheres. Através da amizade de um marginal (Dustin Hoffman) descobre a face cruel da vida.
Com doses de humor e emoção na medida certa, o inglês Schlesinger mostra a vida nas sarjetas, ao som de canções de sucesso da época e temas originais de John Barry (Corpos Ardentes e a serie James Bond). Forte e ousado para época, ou seja, um filme que era à frente no seu tempo, e que na maioria dos casos, poderia muito bem não ser compreendido. Mas o que se vê na história, era o que muitas pessoas viam no dia a dia de Nova York daquele tempo e, devido a com isso, ouve uma identificação imediata. Jon Voight tem seu primeiro e grande desempenho de sua carreira e Dustin Hoffman, cada vez se afirmando com o grande astro daquele e tempo e que estaria presente em outros grandes filmes posteriormente. A química de ambos é perfeita, e faz com que os dois juntos atuem nos melhores momentos da trama. Sendo que os dois caminhando nas frias ruas da cidade, se tornaram imagens emblemáticas e bastante conhecidas do publico cinéfilo.
Curiosidade: Dustin Hoffman usou pedras no seu sapato durante toda filmagem para que seu personagem (que manco) ficasse convincente em todas as cenas. Perdidos na Noite foi o único filme classificado como "X" nos EUA vencer o Oscar de Melhor Filme. Pouco após a premiação sua classificação mudou para "R".
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