Sinopse: Michael é um
palestrante motivacional em crise existencial. Todos ao seu redor têm a mesma
voz e isso o incomoda profundamente. Até o dia em que conhece Bella, uma mulher
misteriosa de voz sensual, fazendo Michael pensar seriamente em abandonar a
esposa.
Para começo de conversa Anomalisa
não é uma animação infantil e vale muito à pena avisar os pais desinformados
para não serem pegos de surpresa. Charlie Kaufman, roteirista de Brilho Eterno
de uma Mente Sem Lembranças, Adaptação e Quero Ser John Malkovich, divide a
direção deste filme com Duke Johnson, mas como sempre assina o roteiro sozinho. Rodado em stop motion, o longa nos apresenta Michael Stone, um homem cansado da
vida, que carrega uma aura triste em sua volta.
No decorrer da trama,
conhecemos um pouco mais do protagonista e logo identificamos diversas questões
a serem analisadas. Ao começar por Michael, que, mesmo casado e com um filho,
se mostra uma pessoa vazia e sem foco algum para seguir adiante. Suas emoções
refletem na tela, pois o protagonista não consegue ver os rostos das outras
pessoas que são próximas a ele, a não ser o rosto dele mesmo. Isso torna o
filme bem reflexivo e lança um questionamento sobre o mundo contemporâneo de
hoje, onde cada vez mais as pessoas se tornando individualistas e não se
preocupando com o próximo, mas talvez de uma forma mesquinha com sigo mesmo.
Com tons enigmáticos na narrativa, Anomalisa aproxima o espectador ao tratar de sentimentos comuns do ser humano em bonecos visualmente parecidos, que, neste caso, possuem a mesma voz. Mas, quando Michael conhece Lisa, as coisas mudam. Com a chegada da personagem, ouvimos uma voz feminina pela primeira vez no filme (até então, todos os personagens, inclusive as mulheres, são dublados pelo mesmo dublador). Esse reencontro causa uma reviravolta na vida do protagonista, levando a história para outros patamares. Porém, as características de Kaufman se mantêm presente a todo o momento. Os conflitos internos de Michael, por exemplo, é exposta à sua crua realidade, e causa certo incômodo, mesmo que tenha sido criada no seu “eu” interior. Anomalisa fala de amor e solidão que são temas cada vez mais debatidos hoje em dia.
Com tons enigmáticos na narrativa, Anomalisa aproxima o espectador ao tratar de sentimentos comuns do ser humano em bonecos visualmente parecidos, que, neste caso, possuem a mesma voz. Mas, quando Michael conhece Lisa, as coisas mudam. Com a chegada da personagem, ouvimos uma voz feminina pela primeira vez no filme (até então, todos os personagens, inclusive as mulheres, são dublados pelo mesmo dublador). Esse reencontro causa uma reviravolta na vida do protagonista, levando a história para outros patamares. Porém, as características de Kaufman se mantêm presente a todo o momento. Os conflitos internos de Michael, por exemplo, é exposta à sua crua realidade, e causa certo incômodo, mesmo que tenha sido criada no seu “eu” interior. Anomalisa fala de amor e solidão que são temas cada vez mais debatidos hoje em dia.
Vale destacar a cena de sexo
entre os bonecos, com direito até mesmo um nu frontal. Isso faz com que o filme
se aproxime da realidade de tal forma, que você simplesmente não deseja que o
filme termine tão cedo. Quando a trama acaba, ela continua em nossas mentes e
isso já é um grande feito, do qual nos faz querer revisitar a obra e tentar
achar até mesmo símbolos escondidos que há no decorrer da trama.
Anomalisa é um filme sobre
nós, de estarmos cada vez mais no piloto automático e nos esquecermos sobre o
que nos faz realmente humanos.
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