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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Cine Especial: A GÊNESE DA NOVA HOLLYWOOD: Parte 2



De 1967 a 1980, o cinema americano viveu o seu período mais criativo, onde eram apresentadas para o público, histórias sérias, reflexivas e que espelhasse um pouco que os EUA passavam naquele período (período pós Vietnam e o escândalo do Waltergate). Com uma nova e criativa geração de cineastas, Hollywood presenteou para os cinéfilos, algo que somente se via em outros países, como na França e sua “nova onda” (Nouvelle Vague).

O próximo curso criado pelo Cine Um e ministrado por Leonardo Bomfim, intitulado A Gênese da Nova Hollywood tratará exatamente disso. A atividade acontecerá em Porto Alegre, dos dias 05 e 06 de março, mas antes disso, postarei por aqui os primeiros filmes (entre anos 60 e 70) e que deram origem a esse rico período do cinema americano.

   
O CALOR DA NOITE (1967)



Sinopse: Quando Philip Colbert (Jack Teter), o principal empresário de Sparta, uma cidade do Mississipi, é morto, o policial Sam Wood (Warren Oates) tenta achar o culpado. Ao ver na estação de trem um negro bem vestido, Virgil Tibbs (Sidney Poitier), ele é preso como suspeito sem chance de argumentar. Quando Sam vê que Tibbs tinha uma incomum quantidade de dinheiro para um negro de Sparta, o policial fica certo que encontrou o assassino. Mas o xerife Bill Gillespie (Rod Steiger) descobre, para seu espanto e constrangimento, que Virgil é um detetive da polícia da Filadélfia, que visitava sua família. Ironicamente Virgil é um expert em homicídios e recebe recebe ordens do seu superior para ajudar no caso. Isto o desagrada e também a Gillespie, que não gosta de ter um policial negro ajudando nas investigações. Para deixar mais tensa a situação Leslie Colbert (Lee Grant), a viúva da vitima, vê a ineficiência da polícia de Sparta e exige a presença de Virgil. Gillespie odeia a idéia, mas há uma grande pressão para o caso ser solucionado, assim aceita a colaboração de Virgil. Aos poucos vai surgindo um respeito entre eles. Virgil reconhece que Gillespieé uma pessoa bem decente, que está tentando fazer o melhor possível, e Gillespie passa a admirar Virgil por sua experiência e profissionalismo. Mas um detetive negro comandar uma investigação em uma região muita racista pode não dar certo.

Assistir a esse filme é no mínimo curioso. Em um tempo que vivemos, onde toda a raça e credo são aceitos, assistir O Calor da Noite é nos dar conta que já ouve tempos bem piores, em que o preconceito era lá e aqui, onde qualquer um poderia ser suspeito de um crime tudo por causa da cor da sua pele.
Norman Jewison (Jesus SuperStar) retrata bem isso com o policial de  Sidney Poitier que sofre com o terrível preconceito, mas jamais se deixa cair (a cena que recebe um tapa e logo em seguida responde com outro tapa é digna de nota) e vai até o fundo sobre o misterioso crime que aconteceu nesta cidade. Atenção pelo ótimo desempenho  de Rod Steiger que interpreta o chefe de policia preconceituoso mas que terá que aprender aos poucos a viver neste novo mundo livre.
Curiosidade: No Calor da Noite foi o 1º filme com classificação de censura PG a ganhar o Oscar de melhor filme.

 

O Bebê de Rosemary (1968)



Sinopse: Um jovem casal se muda para um prédio habitado por estranhas pessoas. Quando ela (Mia Farrow) engravida, passa a ter estranhas alucinações e vê seu marido (John Cassavetes) se envolver com os vizinhos, uma seita de bruxas que quer que ela dê à luz ao Filho das Trevas.

O filme baseado no best Seller de Ira Levin, marca a estreia de Polansk no cinema americano, levando a perfeição a técnica de confundir alucinação e realidade. Grande sucesso em todo o mundo foi precursor de outros exemplares do terror diabólicos que giram em torno de um bebê voltado para o mau. Ruth Gordon (a vizinha intrometida) recebeu o Oscar de atriz coadjuvante.

Curiosidade: Para fazer as cenas de rituais e cânticos satânicos serem o mais realista possível, o diretor Roman Polanski contou com o auxílio de Anton LaVey, fundador da Igreja de Satã e autor de "The Satanic Bibles", que serviu como consultor nestas cenas.- Foi durante as filmagens de O Bebê de Rosemary que a atriz Mia Farrow se divorciou de seu marido, o cantor Frank Sinatra.

Interessados em participar do curso cliquem aqui. 


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