De 1967 a 1980, o
cinema americano viveu o seu período mais criativo, onde eram apresentadas para
o público, histórias sérias, reflexivas e que espelhasse um pouco que os EUA
passavam naquele período (período pós Vietnam e o escândalo do Waltergate). Com
uma nova e criativa geração de cineastas, Hollywood presenteou para os
cinéfilos, algo que somente se via em outros países, como na França e sua “nova
onda” (Nouvelle Vague).
O próximo curso
criado pelo Cine Um e ministrado por Leonardo Bomfim, intitulado A Gênese da
Nova Hollywood tratará exatamente disso. A atividade acontecerá em Porto
Alegre, dos dias 05 e 06 de março, mas antes disso, postarei por aqui os
primeiros filmes (entre anos 60 e 70) e que deram origem a esse rico período do
cinema americano.
O CALOR DA NOITE
(1967)
Sinopse: Quando
Philip Colbert (Jack Teter), o principal empresário de Sparta, uma cidade do
Mississipi, é morto, o policial Sam Wood (Warren Oates) tenta achar o culpado.
Ao ver na estação de trem um negro bem vestido, Virgil Tibbs (Sidney Poitier),
ele é preso como suspeito sem chance de argumentar. Quando Sam vê que Tibbs
tinha uma incomum quantidade de dinheiro para um negro de Sparta, o policial
fica certo que encontrou o assassino. Mas o xerife Bill Gillespie (Rod Steiger)
descobre, para seu espanto e constrangimento, que Virgil é um detetive da
polícia da Filadélfia, que visitava sua família. Ironicamente Virgil é um
expert em homicídios e recebe recebe ordens do seu superior para ajudar no
caso. Isto o desagrada e também a Gillespie, que não gosta de ter um policial
negro ajudando nas investigações. Para deixar mais tensa a situação Leslie
Colbert (Lee Grant), a viúva da vitima, vê a ineficiência da polícia de Sparta
e exige a presença de Virgil. Gillespie odeia a idéia, mas há uma grande
pressão para o caso ser solucionado, assim aceita a colaboração de Virgil. Aos
poucos vai surgindo um respeito entre eles. Virgil reconhece que Gillespieé uma
pessoa bem decente, que está tentando fazer o melhor possível, e Gillespie
passa a admirar Virgil por sua experiência e profissionalismo. Mas um detetive
negro comandar uma investigação em uma região muita racista pode não dar certo.
Norman Jewison (Jesus
SuperStar) retrata bem isso com o policial de
Sidney Poitier que sofre com o terrível preconceito, mas jamais se deixa
cair (a cena que recebe um tapa e logo em seguida responde com outro tapa é
digna de nota) e vai até o fundo sobre o misterioso crime que aconteceu nesta
cidade. Atenção pelo ótimo desempenho de
Rod Steiger que interpreta o chefe de policia preconceituoso mas que terá que
aprender aos poucos a viver neste novo mundo livre.
Curiosidade: No
Calor da Noite foi o 1º filme com classificação de censura PG a ganhar o Oscar
de melhor filme.
O Bebê de Rosemary
(1968)
Sinopse: Um jovem
casal se muda para um prédio habitado por estranhas pessoas. Quando ela (Mia
Farrow) engravida, passa a ter estranhas alucinações e vê seu marido (John
Cassavetes) se envolver com os vizinhos, uma seita de bruxas que quer que ela
dê à luz ao Filho das Trevas.
Curiosidade: Para
fazer as cenas de rituais e cânticos satânicos serem o mais realista possível,
o diretor Roman Polanski contou com o auxílio de Anton LaVey, fundador da
Igreja de Satã e autor de "The Satanic Bibles", que serviu como
consultor nestas cenas.- Foi durante as filmagens de O Bebê de Rosemary que a
atriz Mia Farrow se divorciou de seu marido, o cantor Frank Sinatra.
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