Sinopse: A jovem Jay
(Maika Monroe) leva uma vida tranquila entre escola, paqueras e passeios no
lago. Após uma transa, o garoto com quem passou a noite explica que ele
carregava no corpo uma força maligna, transmissível às pessoas apenas pelo
sexo. Enquanto vive o dilema de carregar a sina ou passá-la adiante, a jovem
começa a ser perseguida por figuras estranhas que tentam matá-la e não são
vistas por mais ninguém.
Em 1975, David
Cronenberg (A Mosca) filmou, no Canadá, o seu filme Calafrios, onde usava o
sexo como metáfora. Lá, os personagens transavam e começavam agir de forma
estranha, ao ponto de violentamente desejar a todo custo transar com outras
pessoas e assim passando esse desejo incontrolável para os demais. Quem revê,
não há duvida que o cineasta esteja então profetizando o que viria acontecer no
início dos anos 80, quando doenças venéreas começaram a surgir e se tornando um
grande problema para a população.
Estamos no século 21, às doenças venéreas são (até certo ponto) controláveis e o sexo passou do tabu para um momento rotineiro ou até mesmo esportivo para determinadas pessoas. Claro que, ainda existe temor das doenças, assim como se teme a morte, fazendo com que algumas pessoas se travem para não cair na libertinagem. Em Corrente do Mal, não só o sexo é usado como metáfora para a criação da história, como também o próprio temor da morte é incrementado de uma forma até que original.
Jay (Maika Monroe) leva uma vida tranquila entre escola, paqueras e passeios no lago. Após uma transa casual, ela passa a ser atormentada por estranhas visões e sente estar sendo constantemente perseguida. O interessante que, só haverá uma chance das visões pararem, se ela for transar com outra pessoa, sendo que essa ultima terá que transar com outra para se livrar das visões e assim por diante.
Mais do que visões de pessoas se aproximando, elas na verdade machucam a protagonista e as pessoas em volta dela. Ela poderia transar com qualquer um para se livrar disso, mas fica o dilema de passar esse fardo pesadelo adiante. No decorrer do filme, a trama se torna cada vez mais angustiante, uma vez que as visões se tornam mais constantes.
O sexo é usado como metáfora para libertinagem? Sim, mas de uma forma que representa o desejo de qualquer mero mortal de hoje em dia de transar a hora que quiser. Porém, as visões de pessoas estranhas que assombram os protagonistas é uma metáfora da própria morte, que veio devido o ato sexual que se aflorou entre eles. Mas a morte aqui não é usada como alavanca de freio, mas sim como uma forma de aviso de que, independente do que você faça, ela irá lhe alcançar, não importa aonde e quando.
Sendo assim os protagonistas se ajudam, até mesmo para colocar para fora os desejos que sentem um pelos outros, mesmo com a ideia inevitável da morte vinda ao encalço deles. Tudo isso logicamente poderia render um filme previsível, ou até mesmo ridículo em alguns momentos. Porém, o cineasta David Robert Mitchell prova exatamente ao contrário.
Habilidoso como ninguém, ele usa e abusa do uso de sua câmera, sendo que, ele explora não somente bons movimentos com ela (atenção para a cena do condomínio abandonado), como também as cenas com espaços abertos, dando destaques aos pequenos detalhes ao fundo, que vão gradualmente se tornando algo que contradiz o que a gente pensava no início da cena. São velhas formulas já usadas a exaustão no gênero de horror, mas graças à boa direção de Mitchell, o filme não cai em nenhuma vala comum.
Sucesso de público e critica nos EUA, sendo até mesmo elogiado em festivais pelo mundo como Cannes, Corrente do Mal é uma prova que o gênero de horror ainda pode nos assustar. Desde que, sua mensagem e fórmulas de causar medo, sejam dirigidas por alguém que não esteja pensando em apenas dirigir no piloto automático, mas sim criar algo criativo.
Estamos no século 21, às doenças venéreas são (até certo ponto) controláveis e o sexo passou do tabu para um momento rotineiro ou até mesmo esportivo para determinadas pessoas. Claro que, ainda existe temor das doenças, assim como se teme a morte, fazendo com que algumas pessoas se travem para não cair na libertinagem. Em Corrente do Mal, não só o sexo é usado como metáfora para a criação da história, como também o próprio temor da morte é incrementado de uma forma até que original.
Jay (Maika Monroe) leva uma vida tranquila entre escola, paqueras e passeios no lago. Após uma transa casual, ela passa a ser atormentada por estranhas visões e sente estar sendo constantemente perseguida. O interessante que, só haverá uma chance das visões pararem, se ela for transar com outra pessoa, sendo que essa ultima terá que transar com outra para se livrar das visões e assim por diante.
Mais do que visões de pessoas se aproximando, elas na verdade machucam a protagonista e as pessoas em volta dela. Ela poderia transar com qualquer um para se livrar disso, mas fica o dilema de passar esse fardo pesadelo adiante. No decorrer do filme, a trama se torna cada vez mais angustiante, uma vez que as visões se tornam mais constantes.
O sexo é usado como metáfora para libertinagem? Sim, mas de uma forma que representa o desejo de qualquer mero mortal de hoje em dia de transar a hora que quiser. Porém, as visões de pessoas estranhas que assombram os protagonistas é uma metáfora da própria morte, que veio devido o ato sexual que se aflorou entre eles. Mas a morte aqui não é usada como alavanca de freio, mas sim como uma forma de aviso de que, independente do que você faça, ela irá lhe alcançar, não importa aonde e quando.
Sendo assim os protagonistas se ajudam, até mesmo para colocar para fora os desejos que sentem um pelos outros, mesmo com a ideia inevitável da morte vinda ao encalço deles. Tudo isso logicamente poderia render um filme previsível, ou até mesmo ridículo em alguns momentos. Porém, o cineasta David Robert Mitchell prova exatamente ao contrário.
Habilidoso como ninguém, ele usa e abusa do uso de sua câmera, sendo que, ele explora não somente bons movimentos com ela (atenção para a cena do condomínio abandonado), como também as cenas com espaços abertos, dando destaques aos pequenos detalhes ao fundo, que vão gradualmente se tornando algo que contradiz o que a gente pensava no início da cena. São velhas formulas já usadas a exaustão no gênero de horror, mas graças à boa direção de Mitchell, o filme não cai em nenhuma vala comum.
Sucesso de público e critica nos EUA, sendo até mesmo elogiado em festivais pelo mundo como Cannes, Corrente do Mal é uma prova que o gênero de horror ainda pode nos assustar. Desde que, sua mensagem e fórmulas de causar medo, sejam dirigidas por alguém que não esteja pensando em apenas dirigir no piloto automático, mas sim criar algo criativo.
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