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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: Cobain: Montage of Heck



Sinopse: Documentário sobre o vocalista, guitarrista e compositor Kurt Cobain, líder do Nirvana. Com acesso a arquivos pessoais e depoimentos de familiares de Cobain - inclusive com a participação da filha dele com Courtney Love, Frances -, o filme conta do início até a ascensão de sua carreira, apresentando diversas canções, algumas delas inéditas. O retrato íntimo de um artista que raramente se revelou para a mídia.


Não importa qual área, seja da música, cinema ou até mesmo da pintura, o artista de enorme talento que se preze possuí um dom tão retumbante que, por vezes, o seu corpo que veio ao mundo não consegue administrar tamanha energia, independente de onde ela venha. Com isso, é comum vermos cantores ou atores estarem sempre no auge, mas que, gradativamente, vão sucumbindo ao mundo das drogas, violência e por fim a sua morte. São muitos os exemplos de mestres da área que, tiveram vida curta, mas deixaram a sua marca na história e Kurt Cobain foi um desses deuses da música que fez história, mas que o seu corpo e mente não foram fortes o suficiente para mantê-lo na terra.
Dirigido por Brett Morgen (O Show Não Pode Parar) o documentário promove uma verdadeira analise sobre a vida e a obra de Kurt Cobain, vocalista, guitarrista e compositor da banda Nirvana, que se tornou um dos maiores sucessos da música entre os finais dos anos 80 e início dos anos 90. O filme vai desde o princípio, mais precisamente nos primeiros anos de vida de Kurt, num período (anos 60) em que os EUA e o mundo estavam mudando drasticamente, assim como os costumes das pessoas e na convivência um com o outro do dia a dia. Talvez, essas mudanças que vê vieram através do termo “paz e amor” daquele período, não tenham causado muito efeito nos primeiros anos de Kurt, pois ele buscava amor e atenção, mas seus pais nunca souberam como fazer isso exatamente.
Rebelde, cheio de energia e um desejo de dizer muitas poucas e boas ao mundo, Kurt sempre se expressava como ninguém pela sua guitarra, assim como em seus desenhos e poesias. Através deles, além de gravações de áudio que continham palavras do próprio, o documentário cria uma animação que melhor retratasse os seus anos rebeldes ao lado de seus amigos, mas que ao mesmo tempo, mostrava o quanto ele sofria por não ser compreendido e não conseguir saber expressar da forma que ele queria. Um dos momentos mais marcantes do início do filme, é quando Kurt confessa que, tentou se matar nos trilhos do trem e isso é retratado na animação de uma forma impactante.
Através de depoimentos de familiares, amigos e parceiros, conhecemos um pouco mais sobre Kurt, em momentos dos quais ele não havia deixado nenhum registro para ser ouvido ou retratado. É interessante observar que, embora todos tenham sido próximos ao cantor, nem mesmo eles sabiam com certeza o que se passava em sua mente. O documentário, por vezes, mostra o quanto Kurt era apreensivo com o seu verdadeiro “eu’ por dentro, através de imagens aonde mostram o interior do corpo humano, enlaçando com desenhos, pinturas, bonecos de argila e tudo aquilo do qual ele conseguia se expressar, ao invés de usar palavras saídas de sua própria boca. 
No auge do sucesso de Nirvana, parecia que ninguém poderia conter Kurt, ou saber pelo menos domar a fera que havia em seu interior. Mas coube atriz e cantora Courtney Love saber domar e corresponder tudo que vinha do cantor. Ambos se apaixonaram, casaram e tiveram uma filha, Frances Bean Cobain, (que aqui trabalhou como produtora executiva) e parecia que a vida e carreira ficariam nos eixos, se não fosse à mídia oportunista.
Durante a gravidez, e até mesmo após o nascimento de Frances, o casal era sempre fonte de fofocas que, por vezes, eram infundadas. O documentário faz questão de exibir vídeos caseiros do casal que, embora aparentem terem vivido uma vida da qual não existia nenhum freio para conter os seus desejos, não chegava nem perto das lendas urbanas das quais a imprensa somente aumentava para vender revistas. Isso fez com que Kurt se tornasse mais inquieto, melancólico e cada vez mais se acomodando em seu universo particular.
O final disso tudo talvez todo mundo já saiba, mas o documentário veio para mostrar um Kurt Cobain até então inédito aos olhos do público. Acima de tudo, ele era um gênio, mas ao mesmo tempo humano, com desejo de sempre ser acolhido, mas que infelizmente o mundo e as pessoas dentro dele não souberam como fazer isso. Com as melhores músicas de sucesso ao fundo no decorrer da projeção, Cobain: Montage of Heck é uma sincera e crua homenagem a um dos maiores cantores da história, mas ao mesmo tempo um cartão de visita para os fãs conhecerem quem era realmente o seu ídolo, seja ele por dentro ou por fora. 



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