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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 3 de março de 2015

Cine Dica: Horror surrealista de Giulio Questi no Raros


Na sexta-feira, 6 de março, às 20h, o Projeto Raros da Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe Arcana (1972), de Giulio Questi, um dos filmes mais singulares do horror italiano dos anos 1970. Com entrada franca, a sessão terá projeção em DVD com legendas em inglês. Após a exibição, haverá um debate com os críticos e pesquisadores do cinema de gênero italiano Carlos Thomaz Albornoz, César Almeida e Cristian Verardi. 
“Este filme não é uma história. É um jogo de cartas. Por isso que o começo e o fim não são verossímeis. Vocês são os jogadores. Joguem bem e vençam”. É com essas palavras que Giulio Questi introduz Arcana, seu terceiro longa-metragem. Na trama, uma viúva siciliana ganha a vida como clarividente em Milão e ajuda o filho com poderes sobrenaturais a se tornar um grande feiticeiro. No elenco de Arcana estão Lucia Bosé e Tina Aumont, divas de diferentes períodos do cinema italiano.  
 Nos anos anteriores, Questi já havia introduzido seu surrealismo particular em gêneros populares do cinema italiano. Em O Pistoleiro das Balas de Ouro (1967), também conhecido no Brasil como Django Vem Para Matar (numa tradução internacional oportunista com o sucesso do filme de Sergio Corbucci), subverte as narrativas de vingança típicas do faroeste, apresentando uma cidade repleta de figuras inusitadas. Em A Morte Fez um Ovo (1968), aproxima-se do giallo para criar uma trama política bizarra que entrelaça assassinatos de prostitutas e experiências científicas com frangos. 
O fracasso comercial do experimental Arcana abreviou a trajetória cinematográfica de Questi, um dos poucos a conseguir equilibrar-se entre as premissas narrativas do cinema de gênero e as invenções radicais das rupturas pós-1960. Entre meados da década de 1970 e os anos 1990, o diretor realizou filmes e séries para a televisão italiana. Nos anos 2000, retomou a produção pessoal com elogiadíssimos filmes experimentais, feitos com câmera digital em seu próprio apartamento. Giulio Questi morreu em dezembro de 2014. 

PROJETO RAROS
06/03
ARCANA
Direção: Giulio Questi
1972
102 minutos
Elenco: Lucia Bosé, Tina Aumont e Maurizio Degli Esposti
Exibição em DVD com legendas em inglês
  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

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