Sinopse: Julianne Moore
vencedora do Oscar de Melhor Atriz.Alice Howland é uma renomada professora de linguística que começa a esquecer algumas palavras. Quando diagnosticada com
Alzheimer suas relações familiares passam a ser testadas.
Há alguns trabalhos
indicados ao Oscar de melhor atriz neste ano que são realmente impressionantes,
mas é impossível não se encantar com Julianne Moore em Para Sempre Alice, filme
que é carregado pela atuação da atriz em grande momento de sua carreira impecável.
Adaptado de romance
do mesmo nome, Para Sempre Alice acompanha uma professora universitária de meia
idade que descobre um tipo raro de Mal de Alzheimer. Ironias à parte, ela,
especialista em linguística, se vê perdendo tudo aquilo que conquistou ao longo
da vida: a admiração dos que vivem em seu entorno, a capacidade de se
comunicar, a memória sobre quem ama.
Há um tom um pouco
exagerado no lado dramático na adaptação, que não esconde que faz uso do lado
mais emocional. O roteiro escrito pela dupla que também assina a direção - os
novatos Wash Westmoreland e Richard Glatzer - não tenta fugir das formulas que
estamos tão acostumados a ver em retratos de personagens rumo a sua via cruz.
Para Sempre Alice é como uma versão até leve de Amor, filme de Michael Haneke
que venceu a estatueta de filme estrangeiro em 2012.
Mas o lado sensível da
atuação de Julianne Moore, que impede o filme de se tornar um mero retrato pálido
de uma personagem, cuja sua personalidade vai se deteriorando a nossa frente.
Sempre segura em sua interpretação, Moore
nos conecta a esta personagem cheia de personalidade, mesmo quando a trilha insiste em tentar levar os cinéfilos á encher os olhos de lágrimas.
Se por um lado há
muito açúcar nesta xícara, Para Sempre Alice pelo menos tem personalidade própria.
De alguma forma, o filme consegue enlaçar a trama com o cinéfilo que assiste,
mesmo quando determinados coadjuvantes entram e saiam sem a gente se importar
muito com eles. Alice possui filhos e
marido, mas são tão presos em suas
individualidades que, eles lidam de maneiras diferentes com a doença da protagonista.
O comportamento oposto entre Anna (Kate Bosworth) e Lydia (Kristen Stewart)
humaniza esta trajetória, assim como a possível insensibilidade de seu
companheiro, vivida por Alec Baldwin.
É difícil não desejar em
ficar ao lado de Alice e sua impotência perante o seu mundo. Perdendo as
memórias e as lembranças responsáveis por sua conexão com a realidade em que
vive, a personagem parece perder contra si mesma. O título do filme dá a
entender que ela será para sempre a mulher forte que vemos nos primeiros momentos
de Para Sempre Alice. Viva na memória das pessoas que ama, talvez ainda seja
possível. Isso, obviamente, se você beber uma boa dose de fé perante os obstáculos.
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