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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: O Tempo e o Vento


Sinopse: O filme conta a história da família Terra Cambará durante dois séculos começando nas Missões e seguindo pelo século XX. Sob o ponto de vista desta família passa a história do Rio Grande do Sul e o drama de seu povo na cidade fictícia de Santa Fé.

É uma verdadeira missão impossível adaptar um épico como esse de Erico Veríssimo, cujo resultado não teve como sair 100% positivo. Embora o diretor Jayme Monjardim consiga condensar o grande épico de altos e baixos de uma família em meio a inúmeras guerras que aconteceram na historia do Sul num filme de apenas duas horas de duração, o resultado acaba se tornando um tanto que irregular, principalmente em algumas passagens do tempo. A meu ver, a trama fluiria muito melhor se o filme fosse de duas para três horas de duração, ou então adaptassem a historia novamente numa mini série para TV, cujo formato rendeu um pequeno clássico da TV brasileira anos atrás.   
Felizmente os produtores foram hábeis em já no inicio da historia, em conseguir prender atenção do espectador, no momento que surge a alma penada do Capitão Rodrigo (Tiago Lacerda) ao visitar pela ultima vez sua amada Bibiana (Fernanda Montenegro), que através dela, se inicia o conto da família que se estende em dois séculos. Já no inicio, nos é apresentado o melhor e o pior da produção: se a interpretação de Fernanda Montenegro é ótima como sempre, o mesmo não se pode dizer de Tiago Lacerda, cujo seu desempenho soa um tanto que forçado demais e sua teimosia de ficar sorrindo o tempo todo, parece mais que ele está imitando descaradamente Tarcisio Meira, que foi interprete do personagem na já citada mini série.
Com isso, o espectador que assiste deseja no fundo que o filme tão cedo não chegue ao ponto em que ele surge ainda vivo e deseja desfrutar um pouco mais do primeiro (e melhor) ato da trama. Aliás, Ana Terra com certeza foi à melhor personagem feminina criada por Veríssimo, pois devido as suas atitudes e opiniões fortes, representa uma mulher a frente daquele tempo. Nada melhor então do que ter uma atriz que faz jus a personagem e Cléo Pires da um show de interpretação, ao injetar um ar selvagem, de uma onça dentro de uma gaiola, mas pronta para se libertar e se entregar a um amor proibido.   
Embora com as irregularidades aqui e ali, o final entrega para o publico em geral, uma trama que já temos uma idéia de como ela acaba desde o inicio. Pode até agradar as grandes massas, principalmente os mais tradicionalistas daqui, mas que com certeza irá desagradar aqueles que buscam algo de mais corajoso numa superprodução brasileira como essa. Agora quem ficar durante os créditos de encerramento, ambos os lados que eu já citei, irão de concordar que a musica em "inglês" que é cantada, simplesmente não tem nada a ver com que nos foi apresentado durante as duas horas de projeção.  

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2 comentários:

LEO disse...

Ouvi dizer q a versão de DVD será estendida (passando de 2 horas)... espero q sim, pois não me agrada nada a ideia de assistir um "resumão" dessa obra!!!

já tenho os DVDs da mini-série pra TV dos anos 80 (q deverá continuar superior à essa nova versão)... mas gostaria q lançassem os livros em pockets (com preço acessível tbm)!!!

Abs!

Marcelo Castro Moraes disse...

Pois é, e creio que eu não serei o unio que notei isso sobre o filme.